Assim como outras instituições, a família tem o direito de reivindicar seus direitos, até mesmo como forma de solucionar os problemas que afetam diariamente o ambiente familiar. Um auxílio para esta tarefa pode ser a associação familiar, que tem sido alvo de discussão na Comissão Episcopal para Vida e Família da CNBB.
O tema foi destaque da reunião realizada pela comissão na última segunda-feira, 6. O assessor da comissão, padre Wladimir Porreca, ressaltou a importância do assunto. “As associações da família foram o tema mais central que nós tivemos porque houve a preocupação de que a família seja estimulada a reivindicar os seus direitos”.
Ele lembrou ainda que igrejas do mundo inteiro estão mobilizadas em torno dessa temática e que a comissão quer criar um estatuto para fazer com que haja mais associações de famílias nas dioceses e nas paróquias. O objetivo é permitir maior reivindicação dos trabalhos.
Desafios
Além de explicar as diretrizes que a comissão episcopal para Vida e Família da CNBB está traçando para este ano, o sacerdote comentou as dificuldades que as famílias enfrentam nos dias de hoje.
“O maior desafio é o que estamos trabalhando esse ano a pedido do papa: que a família saiba conciliar o trabalho e a festa. Hoje, com a questão do trabalho, da buscado do lucro pelo lucro, a família está gastando pouco tempo com ela mesma. A competição, o individualismo e o relativismo têm feito com que a família esteja perdendo os valores que estão dentro dela mesma”.
O padre completou dizendo que uma das propostas é fazer a família aproveitar mais as festas familiares, em especial a santa missa. Ele revelou, ainda, qual o grande valor da instituição familiar. “A maior riqueza que a família tem é o valor da própria família. Uma preocupação é fazer com que ela descubra que, por si só, ela é um bem para a sociedade”.
A reunião
Os participantes também discutiram a Semana Nacional da Vida, os preparativos para a Semana Nacional da Família, que será realizada em agosto, e o trabalho do Instituto Nacional da Família e da Pastoral Familiar (Inapaf).
De acordo com o padre Wladimir, a formação dos membros da Pastoral da Família também é uma preocupação da comissão. “Nós também trabalhamos sobre o Inapaf, que envolve um curso de formação da nossa pastoral familiar. A preocupação é formar os novos agentes de pastoral e, nesses anos de 2012 e 2013, fazer com que as pessoas tenham mais acesso e organização”.
O padre também comentou que a comissão quer falar sobre os filhos no próximo ano. A ideia é realizar um trabalho voltado para os filhos. “Já que vai ter a Jornada Mundial da Juventude, nós estaremos juntos abordando a questão dos filhos durante o ano de 2013”, contou padre Wladimir.
Jéssica Marçal, daRedação
Fonte: cançãonova
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