O resgate de um relacionamento

 Dado Moura - comportamento e reflexões // visit site

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Não há como lutar pelo relacionamento ou desejar  fazer deste algo mais fecundo, se não houver reciprocidade nos esforços.

Quando felicitamos alguém desejamos o melhor e juntamente com a listas desses votos estão também  a saúde e a felicidade. Mas para muitas pessoas, a importância em salvar seu relacionamento seria o desejo que gostaria de alcançar.

Não é difícil encontrarmos pessoas que lutam  para o resgate da saúde do seu namoro quando, depois de algum tempo de convivência, a pessoa percebe que o envolvimento com o outro tem deixado a desejar.  Poderá, então, ser o momento de reavaliar os objetivos assumidos neste namoro. Entretanto, mais delicado que acolher a decisão de romper com um namoro é viver certos impasses dentro da relação conjugal.
Em qualquer relacionamento, seja no namoro ou no casamento, as nossas decisões, de certa maneira, afetam o nosso parceiro.  Se os casais não aprenderem a acolher a opinião do outro antes de tomar uma decisão,  eles, na verdade, estarão acumulando problemas para o futuro.

Das dificuldades que podemos enfrentar na vida conjugal, na sua grande maioria, está aquela em acreditar que a minha maneira de viver  o compromisso é a correta ou a minha atitude é a certa e cabe ao cônjuge, o qual na nossa visão está errado, em entender e aceitar definitivamente aquilo que propomos. Na tentativa de cada um convencer o outro da sua verdade, muitas "farpas" são trocadas.

Na vida a dois, fica cada vez mais claro que não podemos ser felizes se quisermos viver o compromisso por nós mesmos. A exemplo disso, basta-nos lembrar das vezes que dizíamos : "Se fulano (a) está feliz, eu estou feliz também!  Em outras ocasiões, compadecíamos das coisas que entristeciam o nosso cônjuge e também rejubilávamos por aquilo que lhe agradava, entre outras coisas.
Tal disposição precisa ser reassumida  e cultivada por ambos não somente no período que estavam em  lua de mel mas por todo o tempo.

Todavia, podemos ter esquecido que o relacionamento conjugal por si, une não somente os corpos, mas também  realiza um vínculo emocional. Ao abandonarmos esse princípio, as crises podem ofuscar aquela nossa disposição – assumida no casamento – de acolher o outro seja na alegria e nas tristezas, na saúde ou na doença todos os dias da nossa vida.  E, consequentemente, o interesse pelos sentimentos do outro é suprimido ou desprezado.

No convívio a dois, não há como apenas uma pessoa estar disposta a lutar pelo relacionamento, ou desejar  fazer deste cada vez mais fecundo, se não houver reciprocidade nos esforços. Quando as nossas expectativas dentro da vida conjugal vêm sendo ignoradas pelo outro, pode  parecer que há apenas uma opção…O rompimento!

Diante da radical possibilidade, somos tomados por uma grande agitação emocional, pois não sabemos se estaríamos fazendo a coisa certa.
Mas, antes de qualquer atitude e por mais difícil que possa ser, precisamos mostrar ao nosso cônjuge a nossa vulnerabilidade, naquilo que nos faz cogitar até na ideia de assumir algo extremo para a relação.
Se acreditamos que o casamento estabelece entre nós um vínculo também emocional,  a maneira mais apropriada de resgatar nosso relacionamento é fazer com que o outro entenda que através da imposição de regras unilaterais, não é a forma mais eficaz de viver um compromisso, especialmente, às custas do silêncio ou do desrespeito do seu cônjuge, numa relação que tem como princípio o bem estar coletivo.

Um abraço

Dado Moura


Plebiscito sobre união gay?

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"Comissão de Feliciano aprova projeto de plebiscito sobre união civil gay", dizem. A forma escolhida para passar a notícia carrega já na manchete uma dose grotesca de ideologia.

Antes de mais nada, a comissão não é "de Feliciano". É uma comissão permanente da Câmara dos Deputados que não foi inventada pelo pastor e nem pela dita "bancada evangélica". Está no Regimento Interno da Câmara. Ainda, presidente de comissão não é "dono" dela. A frase faz tanto sentido quanto dizer, por exemplo, "Câmara de Henrique Alves", uma vez que o deputado do PMDB é o atual presidente da Câmara dos Deputados.

O projeto de plebiscito tampouco é da autoria do Marco Feliciano ou mesmo do seu partido. O PDC 232/2011 é do deputado Zacharow, do PMDB do Paraná. Foi recebido pela CDHM no dia 14/06/2011, há mais de dois anos portanto, quando o deputado Feliciano sequer sonhava em ser presidente da Comissão.

Certo, o PDC 521/11 – apensado ao 232 – é da autoria do Marco Feliciano, mas (insista-se) foi proposto em novembro de 2011, quando o deputado não era presidente da CDHM e quando o 232/2011 já estava há meses nesta comissão. O projeto apensado é na verdade totalmente irrelevante aqui, uma vez que nada acrescenta ao que está em tramitação ordinária. Portanto, o que existe aqui é meramente uma tentativa retórica de desqualificar a priori a proposta, associando-a ao fundamentalismo evangélico. Não se trata de jornalismo informativo, e sim de guerrilha cultural disfarçada de boa imprensa. Tal não se pode perder de vista.

Isto posto, dois breves comentários sobre o mérito do projeto. Há dois aspectos sobre os quais ele pode ser analisado.

Primeiro, por princípio, trata-se de uma proposta absurda para qualquer um dos dois lados em litígio. Os que defendem que "Família" é uma realidade que não é passível de ser (re)inventada pelo direito positivo negam-se também, é óbvio, a aceitar que a sua destruição possa ser referendada via democracia direta. O povo não tem potestade para dizer que dois pederastas ou duas safistas são uma família, e não o tem nem por intermédio dos seus representantes e nem diretamente. Aqui, a forma de exercício da democracia (direta ou indireta) em rigorosamente nada altera os seus limites intrínsecos.

Depois, os que defendem que se trata de fazer justiça a uma minoria socialmente oprimida também não podem aceitar que o assunto seja levado a júri popular, uma vez que o próprio fato de se tratar de uma "minoria socialmente oprimida" implica em dizer que a maioria da população não é sensível aos seus anseios.

[E estariam cobertos de razão, registre-se, se este caso fosse de direitos de minorias. No entanto, é precisamente isso o que nós negamos. É isto o que deve ser discutido com honestidade, e não brandido ad baculum como se se tratasse de uma platitude auto-evidente.]

Segundo, para fins práticos, parece-me que um resultado não-manipulado deste plebiscito seria grandemente favorável aos defensores da Família. A maior parte da população brasileira, que ainda é conservadora, rejeitaria enfaticamente, penso, esta nefasta equiparação entre a união homossexual e a Família radicada na natureza humana. O que seria muito bom para o Brasil.

O problema é que esta seria uma vitória meramente parcial e contingente, obtida sobre falsas bases (é errado dizer que dois marmanjos são uma família não porque o povo "acha" que não é, e sim porque "Família" é uma entidade que contém em si mesma a potencialidade para a geração e educação de novos membros para a sociedade) e permanentemente periclitante (e quando o povo "mudar de idéia"? Qual deve ser o prazo de validade de uma consulta popular dessa natureza?). No entanto, nas atuais conjunturas, talvez seja o melhor que nós possamos ter. Talvez seja a nossa melhor oportunidade para rompermos a cortina de desinformação sobre o tema. Talvez seja a nossa melhor chance de esclarecermos – em igualdade de condições – a população sobre este assunto tão importante para a sobrevivência da civilização. E, por tudo isso, talvez não devamos ser tão ligeiros em rejeitar a proposta.


Os Bispos da Alemanha declaram guerra



Acredito que não existe nenhum outro país com uma contribuição tão "bipolar" quanto a Alemanha. Sua literatura, a cultura do seu povo e a tradição e o amor ao trabalho duro são características do povo e da nação alemã. Entretanto não podemos esquecer que foi dessa terra que brotou três dos piores males que afligem o mundo moderno, uma sombra perpétua que parece encobrir a face da humanidade. O primeiro mal foi, sem dúvida, a revolta protestante. O segundo foi a teoria marxista. O terceiro, o nazismo. Um foi consequência direta do outro.
Não por acaso essas três manifestações do mal encarnaram-se em homens de grande intelecto e capacidade de convencimento: Lutero, Marx e Hitler. Os três males - que aqui vejo como as "Três Dores da Alemanha" - se caracterizam ainda por uma estreita relação com a Igreja Católica, quer diretamente, como no caso de Lutero, que foi monge católico, ou indiretamente, como foi o caso de Marx, ateu convicto da necessidade de destruição do cristianismo, e Hitler, um católico de fachada.
Agora, entretanto, é a vez da Igreja alemã apunhalar a Igreja Universal. A revolta e o desejo de destruir o que há de santo e católico estão dentro do templo de Deus.

Chega-nos a notícia que a Igreja Alemã, num ato cismático (entretanto não receberão preâmbulo doutrina para assinar), planeja aprovar a comunhão para os divorciados em segunda união. Sobre isso já escrevemos antes.
A reunião plenária dos bispos da Alemanha está marcada para março próximo, mas segundo informa o site "Catholic Herald" (CH), os bispos já possuem um documento pré-aprovado com diretrizes para a prática. O documento seria baseado na nota que a arquidiocese de Friburgo emitiu em outubro, mas que foi feita sem efeito pela Congregação para Doutrina da Fé, comandada hoje por um bispo alemão, e também num rascunho redigido por uma comissão de seis bispos.

Segundo informa o CH, os bispos estão confiantes que a sua "prática pastoral" não sofrerá qualquer repreensão de Roma. Essa confiança foi reforçada, segundo o CH, pela nova Exortação Apostólica Pós-Sinodal do Papa Francisco.

"Nós já temos as nossas próprias diretrizes e o Papa assinalou claramente que certas coisas podem ser decididas localmente.
Não somos a única diocese que busca soluções úteis para este problema e nós tivemos reações positivas de outras dioceses na Alemanha e do exterior nos assegurando que eles já praticam o que nós escrevemos em nossas diretrizes",afirmou Robert Eberle, porta-voz da arquidiocese de Friburgo.

A exortação Apostólica "Evangelii Gaudium", publicada no último dia 26, no seu número 32 assinala que:

Dado que sou chamado a viver aquilo que peço aos outros, devo pensar também numa conversão do papado. Compete-me, como Bispo de Roma, permanecer aberto às sugestões tendentes a um exercício do meu ministério que o torne mais fiel ao significado que Jesus Cristo pretendeu dar-lhe e às necessidades atuais da evangelização. O Papa João Paulo II pediu que o ajudassem a encontrar «uma forma de exercício do primado que, sem renunciar de modo algum ao que é essencial da sua missão, se abra a uma situação nova». Pouco temos avançado neste sentido. Também o papado e as estruturas centrais da Igreja universal precisam de ouvir este apelo a uma conversão pastoral. O Concílio Vaticano II afirmou que, à semelhança das antigas Igrejas patriarcais, as conferências episcopais podem «aportar uma contribuição múltipla e fecunda, para que o sentimento colegial leve a aplicações concretas». Mas este desejo não se realizou plenamente, porque ainda não foi suficientemente explicitado um estatuto das conferências episcopais que as considere como sujeitos de atribuições concretas, incluindo alguma autêntica autoridade doutrinal. Uma centralização excessiva, em vez de ajudar, complica a vida da Igreja e a sua dinâmica missionária.

Segundo o trecho acima, com negritos meus, o Papa vê um novo futuro para as Conferências Episcopais. Bento XVI nunca viu as conferências episcopais como verdadeiros sínodos ou como entidades com referências canônicas. As conferências são uma criação recente, que predata em alguns anos a própria inauguração do Vaticano II. As conferências episcopais não possuem um status dentro da realidade eclesial superior a um órgão meramente consultivo; ao longo dos anos, entretanto, elas adquiriram considerável poder a ponto de regular o que um bispo, este sim um verdadeiro prelado, pode ou não fazer dentro da sua diocese. Isso nos conduziu à situação esdruxula em que vivemos hoje no Brasil, por exemplo, onde bispos católicos ortodoxos são reféns da CNBB.

Acredito - e aqui cabe uma pausa - que as conferências episcopais são, na sua maioria, as verdadeiras pedras de tropeço na ação evangelizadora da Igreja. Potencializar a sua autoridade, conferindo-lhes alguma posição análoga a uma "antiga Igreja Patriarcal" reduzirá a Igreja Universal a uma porção de igrejolas nacionais unidas por comodismo, interesse financeiro ou afinidade ideológica. O "sentire cum ecclesia" desaparecerá se o projeto apontado por Francisco no nº 32 se tornar realidade.

Uwe Renz, porta-voz da diocese de Rottenburg-Stuttgart, acredita que os bispos alemães estão agindo de acordo com o "espírito do ensinamento do Papa Francisco". Até onde sei o espírito do Papa Francisco encontra-se com o mesmo, não saiu a borboletear pelas margens do Reno.

Estamos como as vésperas de uma invasão, num estado de guerra fria. É guerra, mas ao mesmo tempo não é.

O que fará Francisco se a Alemanha adotar a comunhão aos divorciados? Prosseguirá com sua "Agenda 32" de patriarcalização das Conferências Episcopais? Não sabemos ainda.

A doutrina da Igreja sobre o divórcio é clara. As palavras de Francisco nem tanto. Esse é o problema do discurso "pastoral", que é inevitavelmente ambíguo e subjetivo.

A aprovação da prática pela Alemanha conduzirá a um efeito dominó em toda a Europa e América Latina. Se a Santa Sé indulgenciar tal prática escandalosa com um silêncio pastoral obsequioso ou com uma aprovação tácita justificada por algum malabarismo teológico, então será hora deste blogueiro jogar a toalha. Desculpe o desabafo, mas todos experimentamos extravios, incertezas, dúvidas. Quem não experimentou? Todos, eu também! Faz parte da fé.

Rezo para que as portas do inferno não prevaleçam, para que Francisco veja o perigo diabólico da "Agenda 32" e derrote a marcha de hereges que rompe nas terras de Ratzinger.

Antes perder a moribunda igreja alemã que perder todo o rebanho!
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É preciso pensar também com o coração para entender os sinais dos tempos, diz Papa

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Papa destaca que o cristão pensa segundo Deus Na Missa desta sexta-feira, 29, na Casa Santa Marta, Papa Francisco concentrou-se sobre o pensamento cristão. Ele enfatizou que o cristão pensa segundo Deus e por isso rejeita pensamentos frágeis e uniformes. O Santo Padre também lembrou a necessidade de pensar com o coração e o espírito interior para entender os sinais dos tempos.
O Senhor ensina seus discípulos a compreender os sinais dos tempos, mas, segundo o Papa, sem pensar com o coração e o espírito interior não é possível compreender o caminho de Deus na história. "O Senhor quer que nós entendamos o que acontece: o que acontece no meu coração, na minha vida, no mundo, na história…O que significa isto que acontece agora? Estes são os sinais dos tempos!".
Em contrapartida, Francisco lembrou que o espírito do mundo traz outras propostas, porque não quer um povo, mas uma massa sem pensamento e sem liberdade, que segue pelo caminho da uniformidade.
"O pensamento uniforme, igual, fraco, um pensamento assim difuso. (…) Aquilo que o espírito do mundo não quer é o que Jesus nos pede: o pensamento livre, o pensamento de um homem e de uma mulher que são parte do povo de Deus e a salvação é propriamente isto!".
Mas nesse processo de entender os sinais dos tempos, o Papa ressaltou que o homem precisa da ajuda de Deus e o Espírito Santo dá como presente este dom da inteligência para entender, e para não se deixar levar pelo que os outros dizem.
"É belo pedir ao Senhor esta graça, que nos envie o seu espírito de inteligência, para que não tenhamos um pensamento fraco, uniforme e segundo os próprios gostos: somente tenhamos um pensamento segundo Deus, de mente, coração e alma. Com este pensamento, que é dom do Espírito, procurar o que significam as coisas e entender bem os sinais dos tempos", concluiu.
Canção Nova

O TESTEMUNHO - A HISTÓRIA SECRETA DO PAPA JOÃO PAULO II (Testimony)

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Áudio em Português - English subtitles.


Sinopse: "O Testemunho" é um filme sobre o Papa João Paulo II baseado no livro "Uma vida com Karol", do Cardeal Stanislaw Dziwisz, arcebispo de Cracóvia, e amigo pessoal de João Paulo II. O filme traz diversas informações que o livro não possui e mostra a humanidade de João Paulo II. Além das tentativas de assassinato, você sabia que ele gostava de se disfarçar para sair no meio das pessoas comuns sem ser reconhecido? E que ele começou sua carreira como ator e adorava cantar karaokê? Estas são apenas algumas das emocionantes revelações do filme. 

O Contrato Social

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Em seu experimento hipotético sobre a situação do homem no estado de natureza, Hobbes vislumbra uma constante guerra de todos contra todos. No entanto, seguindo o raciocínio do pensador inglês, como os homens são seres racionais, não será difícil a eles perceberem que uma situação de paz, ainda que na sujeição a terceiros, é mais vantajosa que o medo constante que se experimenta numa guerra de todos contra todos. Nasce daí o que Hobbes chama de "segunda lei fundamental da natureza".
Percebendo que uma situação de paz lhes é mais vantajosa que o estado da natureza, os homens, em comum acordo, renunciam livremente a seus direitos sobre todas as coisas desde que lhes seja assegurada ao menos a preservação da vida. Nessa renúncia, cujo beneficiário é o Leviatã, tem origem o contrato social acordado mutuamente entre os homens e daí nasce o Estado Político.
Para quem havia descrito em tintas tão negras a situação humana no estado de natureza, essa solução é surpreendente. Tal acordo, evidentemente, só pode ser vantajoso para um dado homem se os demais homens também assim o fizerem. Se, conforme postulado por Hobbes, a desconfiança é inata ao ser humano, é incompreensível como um homem, mesmo supondo que a paz lhe será vantajosa, possa estar dispostos a abrir mão de seu direito à guerra sem ter plena certeza de que os demais homens também farão o mesmo. Ainda que a renúncia aos direitos seja o mais racional a fazer, é impossível supor que tal ocorra livremente sem que haja previamente um mínimo de confiança entre os homens, o que contraria o estado de natureza hobbesiano. O filosófo de Malmesbury silencia sobre esse paradoxo em sua teoria.

Bernardo Francisco de Hoyos (1711-1735), apóstolo do sagrado Coração de Jesus…

Terra Boa - Reflexões do Pe. J. Ramón // visit site
Imagen del Padre Hoyos. / EL NORTE
Bernardo nasceu perto de Valladolid/Espanha e de cedo, estudou em Colégios dos jesuítas (Medina del Campo e Villagarcia de Campos) e, após concluir o último ano, entrou no Noviciado da Companhia de Jesus.
Estudando Teologia, Bernardo teve experiências místicas de locução interior que o levaram a entrar no profundo amor de Jesus Cristo pela humanidade. Daí sua devoção experiencial ao Sagrado Coração de Jesus!
Aos 24 anos de idade é ordenado presbítero e pouco tempo depois enfermou de tifus, vindo a falecer dessa doença.
Foi beatificado em 2010.
Bem-aventurado Bernardo, jovem apóstolo do amor de Jesus, intercedei para que sejamos melhores discípulos e missionários do Senhor!
Uma pergunta: Como ser místico aos 22 anos de idade?

Sobre a autenticidade das relíquias de S. Pedro Apóstolo [feedly]

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Na esteira da primeira exibição pública dos ossos do Apóstolo S. Pedro, alguns meios de comunicação relatam o ressurgimento das polêmicas sobre a autenticidade das relíquias. Ora, essa "polêmica" há muito já deu o que tinha que dar.

Estamos falando de ossos com dois mil anos de idade! A Bíblia Sagrada não nos legou o código genético de S. Pedro para que pudéssemos fazer um teste de DNA, e nem foi erigido para o Pescador da Galiléia um monumento funerário da envergadura das Pirâmides egípcias ou do Taj Mahal. Tudo o que temos – mais ainda, tudo o que podemos ter – é o que nos conta a história cristã. O máximo que nós podemos hoje dizer, portanto, é que as descobertas das escavações feitas sob a Basílica de São Pedro são condizentes com os testemunhos históricos que foram conservados pelos cristãos. É o que temos a apresentar ao mundo. E, sinceramente, parece-me mais do que suficiente.

Há um excelente texto em português contando a instigante história dessas escavações, disponível na internet em três partes (parte 1, parte 2 e parte 3). Não quero entrar aqui em detalhes técnicos. Contento-me em expôr alguns pontos sobre o assunto.

1. Não existe nenhuma dúvida razoável de que o túmulo de S. Pedro tenha sido encontrado. Sempre soubemos que Constantino construiu uma Basílica no lugar onde o Primeiro Papa foi enterrado (um antigo cemitério pagão que à época de Constantino já era destino de peregrinação dos cristãos), e que na Renascença os Papas construíram a atual Basílica Vaticana no lugar da de Constantino. As escavações do século passado encontraram essas duas coisas: sob o edifício atual a Basílica velha, e sob ela a necrópole. Dentre os diversos túmulos que a compunham, um se destacava pela sua posição privilegiada, pelos inúmeros afrescos primitivos que o cercavam, pela posição que os demais túmulos ocupavam em relação a ele, por uma antiga inscrição grega enfim: PETRUS ENI, Pedro está aqui.

2. A polêmica envolvendo os ossos do Príncipe dos Apóstolos envolve uma série de aspectos inerentes à maneira como a história se desenrolou nesses dois mil anos. Havia muitas pessoas – cristãos anônimos – enterradas próximas a S. Pedro; o decurso dos séculos danificou as construções originais; no interior do túmulo foram encontrados ossos de pessoas distintas; etc. Mas, sobretudo, a polêmica reside no fato de que os restos mortais de S. Pedro não foram encontrados exatamente no interior do túmulo do Apóstolo, e sim em uma cavidade de mármore próxima. Não obstante, são ossos de uma única pessoa, do séc. I, de compleição robusta, morto entre os 60 e 70 anos; são ossos que passaram algum tempo enterrados na terra nua (mesma terra do chão do túmulo) e, depois, séculos envoltos em púrpura e fios de ouro.

3. A explicação é óbvia: S. Pedro foi enterrado no chão da necrópole. Os cristãos rapidamente transformaram o lugar em um centro de peregrinação. Foi erigido – ainda durante o tempo das perseguições – um monumento fúnebre no local. Para evitar profanações, em algum momento os restos mortais do Apóstolo foram trasladados do chão do túmulo para um nicho na parede do próprio monumento. Quando Constantino construiu a sua Basílica, envolveu os ossos em púrpura imperial e fechou todo o complexo, só aberto nas escavações do séc. XX. Isso é perfeitamente plausível e bate com as descobertas que foram feitas.

4. As conclusões são tão certas quanto a arqueologia é capaz de proporcionar. A autoridade da Igreja reconheceu a autenticidade dessas relíquias, não nas expressões peremptórias das declarações dogmáticas, mas com fórmulas adequadas à natureza do conhecimento histórico: Paulo VI disse que as relíquias foram identificadas «de modo que se pode julgar convincente», e na urna ontem apresentada ao mundo está gravado que os ossos são atribuídos a S. Pedro («B. Petri. Ap. esse putantur»). É o máximo a que a ciência humana é capaz de chegar. E ela, mais uma vez, está do lado da Igreja.


Petrus Eni. Papa reza o Credo com as relíquias se São Pedro em mãos

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Ontem foi o fechamento do Ano da Fé, junto com a celebração da Missa de Cristo Rei. Em Roma, o Papa Francisco fez uma coisa extraordinária: rezou a Profissão de Fé tendo nas mãos a urna com os restos de São Pedro Apóstolo, os quais foram depois expostos à veneração dos fiéis. Mais fotos podem ser encontradas no Facebook.

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As relíquias de São Pedro, nas mãos do seu sucessor, enquanto ele professava o Credo! Se estamos em tempos onde uma boa imagem vale mais do que mil palavras, foquemo-nos nesta imagem assombrosa: um Papa prestando vassalagem ao primeiro que ocupou o sólio pontifício; invocando o Príncipe dos Apóstolos por testemunha, o Bispo de Roma fazendo a sua solene Profissão de Fé. Passado longínquo e presente unem-se, assim, neste grandioso quadro, e o elemento que une o primeiro século aos dias de hoje é justamente a Fé. A Fé dos Apóstolos, a Fé da qual a Igreja é Mestra e Guardiã Infalível, a Fé que não muda e que é a mesma enquanto o mundo dá voltas. Papa Francisco e São Pedro Apóstolo, unidos na mesma Profissão de Fé. Que o mundo perceba a força dessa imagem e entenda essa verdade.


Crianças e televisão: um estudo

 Maria Rosa Mulher // visit site

Leia (clique no link abaixo): Crianças e televisão: um estudo Trechinho: "a melhor maneira que os pais têm para estimular as mentes dos seus filhos é brincar com eles, interagindo directamente, pois não há melhor professor do que a experiência social directa ao lado dos próprios pais."

Obama fecha embaixada americana no Vaticano

 Christe eleison // visit site

Em resposta às tímidas críticas da Igreja ao seu  governo, Barack Obama acaba de decidir fechar a embaixada americana no Vaticano. A medida é uma represália contra os ataques da Igreja americana ao programa Obamacare, que quer obrigar todas as empresas, inclusive as católicas, a pagarem programas de contracepção e aborto  para seus funcionários, sem poderem recorrer à objeção de consciência.
O que significa tornar obrigatória para todos os americanos a cumplicidade no grande massacre de crianças patrocinado pelo Estado "líder do Ocidente".
Mais um tapa na cara dos católicos americanos.
Mas não era de esperar outra coisa. É sabido que hoje o Ocidente é apenas a parte do mundo dominada pelo Grande Oriente e que Obama é só mais uma marionete em suas mãos.
De qualquer forma, não há como negar  que a saída dos representantes da grande potência satânica vá tornar um pouco mais respirável o ar na Santa Sé. Já está mais do que na hora de romper os laços de Pedro com os Estados cuja religião oficial é o culto a Belzebu.
Já vai tarde.

Desertos

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Há dias ,ó Deus, em que me sinto demasiado pequeno.

Seco, vazio e sem ser capaz de reter nada por dentro.
Talvez, de entre todas as palavras que leio ou ouço, do trabalho apressado e da montanha de papéis acumulados em cima da mesa, das responsabilidades e obrigações a cumprir, talvez, além de tudo isso, me falte simplesmente fazer silêncio.
Falta contemplar a vida, aquela que se desenvolve, vive, nasce e avança diante dos meus olhos e aquela que inunda e habita o meu próprio coração.
Quem sou?
Que quero?
Quem És ?
Falta-me silêncio para descobrir o amor que é mar em meu coração, falta-me mergulhar, com todas as forças, dentro de mim, nos teus braços.
Nem sempre o percebo, mas sei que me chamas a ser feliz, sem medo, sabendo que me aceitas nos meus medos, contradições, desistências, enigmas, no meu lado mais inseguro, nos meus sonhos mais impossíveis.
Talvez me falte acreditar que acreditas em mim.
Ensina-me a acreditar na beleza e na simplicidade de fazer as coisas e de viver, na verdade e na honestiidade da chamada que fazes ao meu coração, nas aspirações, nos desejos e sonhos que são sementes prontas a nascer quando eu confio.
Ensina-me sempre a encontrar quem sou.

Lima Duarte declama Pe. Antonio Vieira em Portugal

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Na última segunda-feira, 25, o ator Lima Duarte declamou em Coimbra, Portugal, trechos de sermões do jesuíta Antônio Vieira, no âmbito da celebração dos 350 anos do sermão de Santa Catarina.

Ao aceitar o convite do cineasta português Manoel de Oliveira para desempenhar o papel Padre Antônio Vieira no filme "Palavra e Utopia", ele começou a estudar os escritos do jesuíta e ficou "apaixonado". Hoje, considera que o padre foi "sem dúvida nenhuma" um príncipe das letras e um mestre da oratória.

"Quem se aproxima da palavra do Padre Antônio Vieira, jesuíta que viveu no século XVII (1608-1697), fica tocado com a escrita "tão maravilhosa, rica e candente", disse Lima Duarte à Agência Ecclesia.

Apesar da sua experiência na arte de representar – Lima Duarte tem 83 anos – confessou à Agência Ecclesia que antes de declamar o sermão, na Capela de São Miguel, na Universidade de Coimbra, estava "nervoso e tenso" porque "ninguém enfrenta um texto como este do Padre Antônio Vieira de forma incólume e tranquila".

A leitura dos sermões estava incluída num programa mais vasto de homenagens ao padre jesuíta e na apresentação, em Coinbra, das obras completas do Padre Antônio Vieira.
(CM)





Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/11/28/lima_duarte_declama_pe._antonio_vieira_em_portugal/bra-750721
do site da Rádio Vaticano 

Papa Francisco desmascara o Socialismo/Comunismo

 Católicos Tradicionais - Repetimos o que é da Fé Católica 

Começa a circular a transcrição de uma entrevista feita com o atual Papa Francisco quando ele era o então Cardeal Bergoglio, na Argentina. Na realidade, foi uma emboscada realizada pelo jornalista Chris Matthews da MSNBC, mas Bergolio encurralou Matthews de tal forma que a entrevista nunca foi ao ar porque, ao perceber que seu plano havia falhado, Matthews arquivou o vídeo. Porém, um estudante de Notre Dame, que prestava serviços sociais na MSNBC, apoderou-se dele e o deu para seu professor.
O destaque da entrevista é a discussão sobre a pobreza. A entrevista começou quando o jornalista, tentando embaraçar o Cardeal, perguntou-lhe o que ele pensava sobre a pobreza no mundo.

O Cardeal respondeu:
- Primeiro na Europa e agora nas Américas, alguns políticos têm-se dedicado a endividar as pessoas, fazendo com que fiquem dependentes. E para quê? Para aumentar o seu poder. Eles são grandes especialistas em criação de pobreza e isso, ninguém questiona. Eu esforço-me para lutar contra esta pobreza. A pobreza tornou-se algo natural e isso é ruim. Minha tarefa é evitar o agravamento de tal condição. As ideologias que produzem a pobreza devem ser denunciadas. A educação é a grande solução para o problema. Devemos ensinar as pessoas como salvar sua alma, mas ensinar-lhes também a evitar a pobreza e a não permitir que o governo os conduza a esse estado lastimável

Matthews pergunta:
- O senhor culpa o governo?
- Eu culpo os políticos que buscam seus próprios interesses. Você e seus amigos são socialistas. Vocês (socialistas) e suas políticas, são a causa de 70 anos de miséria, e são culpados de levar muitos países à beira do colapso. Vocês acreditam na redistribuição, que é uma das razões para a pobreza. Vocês querem nacionalizar o universo para poder controlar todas as atividades humanas. Vocês destroem o incentivo do homem, até mesmo para cuidar de sua família, o que é um crime contra a natureza e contra Deus. Esta vossa ideologia cria mais pobres do que todas as empresas que vocês classificam de diabólicas.

Replica Mathews:
- Eu nunca tinha ouvido nada parecido de um cardeal.
- As pessoas dominadas pelos socialistas precisam de saber que não têm que ser pobres.

Ataca Mathews:
- E a América Latina? O senhor quer negar o progresso conseguido?
- O império da dependência foi criado na Venezuela por Hugo Chávez, com falsas promessas e mentindo para que se ajoelhem diante de seu governo. Dando peixe ao povo, sem lhes permitir pescar. Se na América Latina alguém aprende a pescar é punido e seus peixes são confiscados pelos socialistas. A liberdade é castigada. Você fala de progresso e eu falo de pobreza. Temo pela América Latina. Toda a região está controlada por um bloco de regimes socialistas, como Cuba, Argentina, Equador, Bolívia, Venezuela, Nicarágua. Quem vai salvá-los (a América Latina) dessa tirania?
Acusa Mathews:
- O senhor é um capitalista?
- Se pensarmos que o capital é necessário para construir fábricas, escolas, hospitais, igrejas, talvez eu seja capitalista. Você se opõe a este raciocínio?
- Claro que não, mas o senhor não acha que o capital é retirado do povo pelas corporações abusivas?
- Não, eu acho que as pessoas, através de suas escolhas econômicas, devem decidir que parte do seu capital vai para esses projetos. O uso do capital deve ser voluntário. Só quando os políticos se apropriam (confiscam) esse capital para construir obras públicas e para alimentar a burocracia, é que surge um problema grave. O capital investido voluntariamente é legítimo, mas o que é investido com base na coerção é ilegítimo.
- Suas ideias são radicais, diz o jornalista.
- Não. Há anos Khrushchev advertiu: "Não devemos esperar que os americanos abracem o comunismo, mas podemos ajudar os seus líderes com injeções de socialismo, até que, ao acordar, eles percebam que abraçaram o comunismo". Isto está acontecendo agora mesmo no antigo bastião da liberdade. Como os EUA poderão salvar a América Latina, se eles próprios se tornarem escravos de seu governo?
Mathews diz:
- Eu não consigo digerir (aceitar) tal pensamento.
O Cardeal respondeu:
- Você está muito irritado porque a verdade pode ser dolorosa. Vocês (os socialistas) criaram o estado de bem-estar que consiste apenas em atender às necessidades dos pobres, pobres esses que foram criados por vocês mesmos, com a vossa política. O estado interventor retira da sociedade, a sua responsabilidade. Graças ao estado assistencialista, as famílias deixam de cumprir seus deveres para obterem o seu bem-estar, incluindo as igrejas. As pessoas já não praticam mais a caridade e veem os pobres como um problema de governo. Para a igreja já não há pobres a ajudar, porque foram empobrecidos permanentemente e agora são propriedade dos políticos. E algo que me irrita profundamente, é o fato dos meios de comunicação observarem o problema sem conseguir analisar o que o causa. O povo empobrece e logo em seguida, vota em quem os afundou na pobreza.
A entrevista é muito maior, para os que quiserem ler na totalidade clique AQUI (Em Inglês)

A Excomunhão a todos que se associam com a doutrina Marxista (Comunismo e o Socialismo)
O choque que a entrevista do Papa pode causar em alguns católicos é por pura falta de conhecimento da Fé Católica.
O Papa Leão XIII publicou vários documentos condenando o Socialismo e o Comunismo como doutrinas assassinas e materialistas e que por isso são causa de excomunhão da Igreja Católica. Para ler a Documentação clique AQUI. (infelizmente está em latim, mas com um bom tradutor eletrônico e clicando "control F" para localizar "Communismum, e Socialismum" no texto.)
Cabe também ler o Decreto contra o Comunismo e o Socialismo da Santá Sé de 1949, o qual transcrevo da fonte abaixo:
DECRETUM CONTRA COMMUNISMUM
Decreto do Santo Ofício de 1949
Q. 1 Utrum licitum sit, partibus communistarum nomen dare vel eisdem favorem praestare.
[Acaso é lícito dar o nome ou prestar favor aos partidos comunistas?]
R. Negative: Communismum enim est materialisticus et antichristianus; communistarum autem duces, etsi verbis quandoque profitentur se religionem non oppugnare, se tamen, sive doctrina sive actione, Deo veraeque religioni et Ecclesia Christi sere infensos esse ostendunt.
{Não: Porque o comunismo é materialista e anticristão;, no entanto, acontece de políticos Comunistas fazerem declarações de não atacarem a religião, no entanto, tanto na sua doutrina ou nas suas ações, plantam as sementes de inimizade para com Deus e a inimizade para com a verdadeira religião de Cristo e da Igreja.
Q. 2 Utrum licitum sit edere, propagare vel legere libros, periodica, diaria vel folia, qual doctrine vel actioni communistarum patrocinantur, vel in eis scribere.
[Acaso é lícito publicar, propagar ou ler livros, jornais ou revistas que defendam a ação ou a doutrina dos comunistas, ou escrever nelas?]
R. Negative: Prohibentur enim ipso iure
{Não. É proibido por lei canônica}
Q. 3 Utrum Christifideles, qui actus, de quibus in n.1 et 2, scienter et libere posuerint, ad sacramenta admitti possint.
[Se os cristãos que realizarem concientemente e livremente, as ações conforme os n°s 1 e 2 podem ser admitidos aos sacramentos?]
R. Negative, secundum ordinaria principia de sacramentis denegandis iis, Qui non sunt dispositi
{Não. Os Sacramentos deverão ser RECUSADOS.}
Q. 4 Utrum Christifideles, Qui communistarum doctrinam materialisticam et anti Christianam profitentur, et in primis, Qui eam defendunt vel propagant, ipso facto, tamquan apostatae a fide catholica, incurrant in excommunicationem speciali modo Sedi Apostolicae reservatam.
[Se os fiéis de Cristo, que declaram abertamente a doutrina materialista e anticristã dos comunistas, e, principalmente, a defendam ou a propagam, "ipso facto" caem em excomunhão ("speciali modo") reservada à Sé Apostólica?]
R. Affirmative
{Sim.}

Comentários do site:
Deste modo todos os católicos que votarem (é uma espécie de prestar favor) ou se filiarem em partidos comunistas, escreverem livros filo-comunistas, ou revistas estão excluídos dos sacramentos.
Os que defenderem, propagarem ou declararem o materialismo dos comunistas também estão excomungados automaticamente.
Esse decreto do Santo Ofício de Pio XII, que foi confirmado por João XXIII em 1959, continua válido. Aliás, Pio XII trabalhou pessoalmente contra o comunismo na Itália.
Tal condenação do comunismo se soma às condenações feitas por Pio IX, Leão XIII, São Pio X, Pio XI, Pio XII (ele também condenou em outras oportunidades), João XXIII, Paulo VI, Concílio Vaticano II (reiterou as condenações precedentes) e João Paulo II.
Faz mais de cem anos que a Igreja Católica condena o comunismo, socialismo e qualquer tipo de materialismo e igualdade material. A pena para os que desobedecem a proibição de ajudar o comunismo (ou suas variantes) sob qualquer aspecto (incluindo a votação nos partidos filo-comunistas) é a excomunhão automática.
"Socialismo religioso, socialismo cristão, são termos contraditórios: ninguém pode ao mesmo tempo ser bom católico e socialista verdadeiro" (Pio XI)
Fonte: Monfort.
 ENCÍCLICAS QUE CONDENAM O SOCIALISMO/COMUNISMO:

CARTA ENCÍCLICA
"QUOD APOSTOLICI MUNERIS"
Aos Veneráveis Irmãos Patriarcas, Primazes, Arcebispos e Bispos do mundo católico, na Graça e na comunhão com a Santa Sé Apostólica:
Sobre o socialismo e comunismo.
Veneráveis Irmãos, Saúde e Bênção Apostólica.
INTRODUÇÃO
Crescem os males da sociedade.
1. Obedecendo ao dever do Nosso cargo apostólico, não deixamos logo no princípio do Nosso Pontificado, nas cartas encíclicas que Vos dirigimos, Veneráveis Irmãos, de apontar esta peste mortal que se introduz como a Serpente por entre as articulações mais íntimas dos membros da sociedade humana, e a leva à beira da destruição. Ao mesmo tempo vos indicamos os remédios mais eficazes para que a sociedade possa voltar ao caminho da salvação e escapar aos graves perigos que a ameaçam. Mas os males, que então deploramos, aumentam tão rapidamente, que somos, de novo, obrigados a dirigir-Vos a palavra, porque nos pareceu ouvir mais uma vez ressoar aos nossos ouvidos estas palavras do Profeta: 'Clama, não cesses de clamar, levanta a tua voz e que ela seja semelhante a uma trombeta" (Is 58,1).
Socialismo, comunismo, niilismo.
2. Vós compreendereis, caríssimos irmãos, que Nos referimos a essa seita de homens que, debaixo de nomes diversos e quase bárbaros, se chamam socialistas, comunistas ou niilistas, e que, espalhados sobre toda a superfície da terra, e estreitamente ligados entre si por um pacto de iniquidade, já não procuram um abrigo nas trevas das reuniões secretas, mas caminham ousadamente à luz do dia, e se esforçam por levar a cabo o desígnio, que têm planejado há muito tempo, de destruir toda e qualquer sociedade civil. É a eles, certamente, que se referem as sagradas escrituras quando dizem: "Eles mancham a carne, desprezam o poder e blasfemam da majestade" (Judas 8).
Contra a sociedade.
3. Eles nada deixam intacto ou inteiro do que foi sabiamente estabelecido pelas leis divinas e humanas para a segurança e honra da vida. Enquanto censuram a obediência, devida às autoridades às quais o Apóstolo nos ensina que toda a alma deve ser sujeita e que receberam por empréstimo de Deus o direito de governar, eles pregam a igualdade absoluta de todos os homens no que diz respeito aos direitos e deveres. A união natural do homem e da mulher, sagrada até entre as próprias nações bárbaras, eles a destroem, e este laço, pelo qual a família se mantém unida, é enfraquecido até ser reduzido a um mero capricho da sensualidade.
Contra a propriedade.
4. Seduzidos pela cobiça dos bens presentes, que é "a origem de todos os males e que faz errar na fé aqueles em quem domina" (1 Tim 6,10), eles combatem o direito de propriedade, sancionado pela lei natural; e, por um atentado monstruoso, enquanto dizem ter interesse pelas necessidades de todos os homens e pretendem satisfazer todos os seus desejos, trabalham por arrebatar e pôr em comum tudo o que tem sido adquirido ou por título de legitima herança, ou pelo trabalho da mente e das mãos, ou pela poupança de toda uma vida.
Contra a autoridade.
5. E estes monstruosos erros, eles os proclamam nas suas reuniões, os advogam nos seus panfletos e os semeiam entre o povo por meio de uma nuvem de jornais. De onde se segue que a majestade respeitável dos Reis e a autoridade estão expostas, a tal ódio do povo sedicioso, que alguns traidores desleais, sem nenhum limite, várias vezes, num curto espaço de tempo, animados de ímpia audácia, têm apontado repetidamente as suas armas contra os próprios chefes das nações tentando tirar-lhes a vida.

ORIGEM DE TAIS DOUTRINAS
O racionalismo.
6. Esta audácia de homens pérfidos, que ameaça com uma ruína cada vez mais grave a sociedade civil, e enche de inquietação e temor todos os espíritos, tem a sua origem e a sua causa nessas doutrinas envenenadas, que, em tempos anteriores, espalhadas como germe de corrupção entre os povos, têm produzido a seu tempo frutos mortais.
7. Efetivamente sabeis muito bem, Veneráveis Irmãos, que a guerra encarniçada que os Inovadores declararam, a partir do século XVI, contra a fé católica, e que tem aumentado dia após dia, cada vez mais, até à nossa época, tende a este fim, que, recusando toda a revelação e suprimindo toda a ordem sobrenatural, esteja aberto o campo às invenções, ou aos delírios da razão somente. Este erro, que da razão indevidamente tira o nome, lisonjeia e excita o orgulho do homem e tira o freio de todas as suas paixões ilícitas. Por isso invadiu naturalmente não só o espírito de muitos indivíduos, mas também, em grande escala, a sociedade civil.
SEUS FRUTOS
O Estado, e o Ensino sem Deus.
8. Daí veio que, por uma nova iniquidade, desconhecida até aos pagãos, os Estados se constituíram sem fazerem caso algum de Deus, nem da ordem por Ele estabelecida; a autoridade pública foi declarada corno não tirando de Deus nem o seu princípio, nem a majestade, nem a força de mandar, mas que provinha da multidão, que, reputando-se livre de toda a sanção divina, julgou que devia submissão apenas às leis que ela mesma fizesse, consoante o seu capricho. Sendo combatidas e rejeitadas as verdades sobrenaturais da fé como contrárias à razão, o próprio Autor e Redentor do género humano é insensivelmente e pouco a pouco banido das Universidades, dos liceus, dos colégios e de todo o uso púbico da vida humana.

A rebelião dos necessitados.
9. Portanto, as recompensas e punições da futura vida eterna, foram jogadas no esquecimento e o desejo ardente da felicidade foi circunscrito aos limites do tempo presente. Estando por toda parte profusamente espalhadas estas doutrinas e introduzindo-se em todos os lugares esta extrema licenciosidade de pensamento e de ação, não é de se admirar que os homens de pouca condição, cansados da pobreza de suas casas ou pequenas oficinas, estejam ansiosos para atacar as casas dos ricos e os seus bens: não é de se admirar que já não haja tranquilidade na vida pública e particular, e que a raça humana tenha chegado à borda da extinção total.
OS PAPAS ALERTAM OS POVOS
10. Entretanto os Pastores Supremos da Igreja, a quem incumbe o cuidado de preservar o rebanho do Senhor dos embustes do inimigo, empregaram logo ao princípio todos os seus esforços para afastar o perigo e prover à salvação dos fiéis. Efetivamente, depois que começaram a formar-se as sociedades secretas, em cujo seio já se iam desenvolvendo os germes dos erros que temos apontado, os Pontífices romanos Clemente XII e Bento XIV não se descuidaram em desmascarar os desígnios ímpios das seitas e avisar os fiéis do mundo inteiro da ruina que lhes preparava secretamente.
O filosofismo, As seitas ocultas.
11. Depois que os que se ufanavam do nome de filósofos atribuíram ao homem uma espécie de independência desenfreada e começaram a inventar e a sancionar o que chamam o direito novo, contrário à lei natural e divina, o Papa Pio VI, de saudosa memória, assinalou imediatamente, com documentos públicos, o carácter iníquo e a falsidade destas doutrinas e ao mesmo tempo predisse, com previdência apostólica, o estado ruinoso ao qual o povo, miseravelmente enganado, seria conduzido. Contudo, como não se tomou medida alguma eficaz para impedir que as perversas doutrinas das seitas se espalhassem cada vez mais pelos povos e penetrassem nos altos círculos dos governos, os Papas Pio VII e Leão XII anatematizaram estas seitas secretas e avisaram de novo a sociedade do perigo que a ameaçava.

O socialismo.
12. Finalmente, todos sabem com que gravidade de linguagem, com que firmeza e constância o Nosso glorioso Predecessor Pio IX, de saudosa memória, combateu, quer nas suas alocuções, quer nas suas Encíclicas dirigidas aos Bispos de todo o mundo, tanto os esforços iníquos das seitas, como nomeadamente a peste do socialismo, que já irrompia dos seus antros.
Os governantes desconfiam da Igreja.
13. Mas é muito para lastimar que os que se encarregaram de vigiar, pelo bem público, enganados pelos ardis dos ímpios e assustados pelas suas ameaças, sempre deram prova de desconfiança e até de injustiça para com a Igreja, não compreendendo que todos os esforços das seitas teriam sido impotentes se a doutrina da Igreja católica e a autoridade dos Pontífices romanos tivessem sempre sido devidamente respeitadas pelos príncipes e pelos povos. Porque "a Igreja do Deus vivo, que é a coluna e o sustentáculo da verdade" (1 Tim 3,15), ensina as doutrinas e princípios, cuja verdade consiste em assegurar inteiramente a salvação e tranquilidade da sociedade e destruir completamente o germe maldito do socialismo.
OPOSIÇÃO ENTRE A DOUTRINA DO EVANGELHO E O SOCIALISMO
O igualitarismo socialista.
14. Porque, ainda que os socialistas, abusando do próprio Evangelho, a fim de enganarem mais facilmente os espíritos incautos, tenham adotado o costume de distorcerem em proveito próprio, entretanto a divergência entre as suas doutrinas depravadas e a puríssima doutrina de Cristo é tamanha que maior não podia ser. Pois "que pode haver de comum entre a justiça e a iniquidade. Ou que união entre a luz e as trevas?" (2 Cor 6,14). Os socialistas não cessam, como todos sabemos, de proclamar a igualdade de todos os homens segundo a natureza; afirmam, como consequência, que não se devem honras nem veneração à majestade dos soberanos, nem obediência às leis, a não serem estabelecidos por eles próprios e segundo o seu gosto.

A Igualdade evangélica.
15. Mas, ao contrário, segundo as doutrinas do Evangelho, a igualdade dos homens consiste em que todos, dotados da mesma natureza, são chamados à mesma e eminente dignidade de filhos de Deus, e que, tendo todos o mesmo fim, cada um será julgado pela mesma lei e receberá o castigo ou a recompensa que merecer. Entretanto a desigualdade de direitos e de poder provém do próprio Autor da natureza, "de quem toda a paternidade tira o nome, no céu e na terra" (Ef 3,15).
16. Mas as almas dos príncipes e dos súbditos estão, segundo a doutrina e preceitos católicos, ligadas de tal sorte, por deveres e direitos mútuos, que se modere o desejo de dominar e o motivo da obediência se torne fácil, constante e nobilíssimo.
Doutrina da Igreja sobre o poder.
17. Por isso a Igreja inculca constantemente aos súbditos o preceito do Apóstolo: "Não há poder que não venha de Deus e os que existem foram ordenados por Deus. Aquele, pois, que resiste ao poder resiste à ordem de Deus e os que resistem atraem sobre si a condenação". E de novo ordena que sejam submissos não só por temor, mas também por motivos de consciência, e que se dê a cada um o que for devido: "a quem o imposto, o imposto; a quem o temor, o temor; a quem a honra, a honra" (Rom 13,1-7). Aquele que criou e governa todas as coisas regulou com a sua sabedoria providencial que as íntimas coisas ajudadas pelas medianas, e estas pelas superiores, consigam todas o seu fim.
18. Por isso, assim como no céu quis que os coros dos Anjos fossem distintos e subordinados uns aos outros, e na Igreja instituiu graus nas ordens e diversidade de ministérios de tal forma que nem todos fossem apóstolos, nem todos doutores, nem todos pastores (1 Cor 12,27); assim estabeleceu que haveria na sociedade civil várias ordens diferentes em dignidade, em direitos e em poder, a fim de que a sociedade fosse, como a Igreja, um só corpo, compreendendo um grande número de membros, uns mais nobres que os outros, mas todos reciprocamente necessários e preocupados com o bem comum.

Admoestação aos que governam.
19. Mas, para que os governantes dos povos usem do poder que lhes é concedido para edificar e não para destruir, a Igreja de Cristo avisa-os de que a severidade do julgamento supremo ameaça também os príncipes, e repetindo as palavras da Divina Sabedoria brada a todos em nome de Deus: "Prestai atenção, vós que dirigis as multidões e que vos comprazeis do número das nações, porque o poder vos foi dado por Deus e a força pelo Altíssimo que examinará as vossas obras e perscrutará os vossos pensamentos... Porque o julgamento dos que governam será muito severo. Deus efetivamente não excetuará pessoa alguma nem terá atenção com as grandezas de ninguém, pois Deus criou o pequeno e o grande e tem igual cuidado por todos; mas para os mais fortes está reservado um castigo mais forte" (Sab 6,3).
Contra o abuso do poder.
A paciência e a oração.
20. Se, portanto, acontecer alguma vez que o poder do Estado seja exercido pelos governantes de maneira precipitada e tirânica e ultrapassando os limites da justiça, a doutrina da Igreja católica não permite que os súbitos se revoltem contra eles, com receio de que a tranquilidade da ordem fique ainda mais perturbada e por isso a sociedade sofra um prejuízo muito maior. E, quando as coisas chegarem ao ponto de já não brilhar esperança alguma de salvação, a Igreja ensina que o remédio deve ser rogado e apressado pelos merecimentos da paciência cristã e com fervorosas orações a Deus.
21. Se a vontade dos legisladores e dos príncipes sancionar ou ordenar alguma coisa que esteja em oposição com a lei divina ou natural, a dignidade e o dever do nome cristão, assim como o preceito apostólico, prescrevem que devemos "obedecer a Deus antes que aos homens" (At 5,29).
A FAMÍLIA
22. A família, que é o princípio e a base da cidade e do reino, ressente e experimenta necessariamente esta virtude salutar da Igreja, que contribui para a perfeita organização e para a conservação da sociedade civil. Pois bem sabeis, Veneráveis Irmãos, que a verdadeira constituição da sociedade é baseada, segundo a necessidade do direito natural, diretamente sobre a união indissolúvel do homem e da mulher e que é completada pelos direitos e deveres mútuos entre os pais e os filhos, entre os patrões e os empregados. Sabeis também que as doutrinas do socialismo desorganizam completamente a sociedade, porque, perdendo o apoio que lhe dá o casamento religioso, tem forçosamente de ver enfraquecer-se o poder do pai sobre os filhos, e os deveres dos filhos para com os pais.
23. A Igreja, pelo contrário, nos ensina que o casamento é respeitável em tudo (Heb 13,4), instituído pelo próprio Deus no princípio do mundo para a propagação e conservação da espécie humana, e por Ele decretado indissolúvel, foi feito mais indissolúvel e mais santo ainda por Cristo, que lhe conferiu a dignidade de Sacramento, e dele fez a figura da sua união com a Igreja.
24. Por consequência, é necessário, segundo as exortações do Apóstolo (Ef 5,23), que o homem seja o chefe da mulher como Cristo é o Chefe da Igreja, e que as mulheres sejam submissas a seus maridos e deles recebam as provas de amor fiel e constante, como a Igreja é submissa a Cristo, que a abraça com amor eterno e castíssimo.
Poder paterno e heril.
25. A Igreja regula igualmente o poder dos pais e dos patrões, a fim de que possam conter os filhos e os empregados no cumprimento dos seus deveres, sem se afastarem dos Imites da justiça. Porque, segundo a doutrina católica, a autoridade dos pais e dos patrões deriva da autoridade do Pai e do Senhor celeste. Por consequência tira dela não somente a origem a força, mas até, e muito necessariamente, a sua essência e carácter. Daí vem que o Apóstolo exorta os filhos "a obedecer a seus pais no Senhor e a honrarem seu pai e mãe, que é o primeiro mandamento acompanhado de promessa" (Ef 6,1-2). E aos pais diz: "E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à cólera, mas dai-lhes educação instruindo-os e corrigindo-os segundo o Senhor" (Ei 6,4).
Relações entre patrões e empregados.
26. E mais adiante o mesmo Apóstolo recomenda aos empregados e aos patrões: aos primeiros que "Obedeçam a seus senhores segundo a carne, como ao próprio Jesus Cristo servindo-os de bom grado como ao Senhor; aos outros que e não excedam em ameaças nem maus tratos, lembrando-se que Deus é o Senhor de todos, e que para Ele não há distinção de pessoas" (Ef 6,5-9).
27. Se todas estas coisas fossem observadas por aqueles a quem dizem respeito, conforme a disposição da vontade divina, cada família ofereceria a imagem da morada celeste e os insignes benefícios que daí resultariam não ficariam encerrados unicamente dentro das paredes da casa, mas espalhar-se-iam também profusamente nas Nações.
DIREITO DE PROPRIEDADE
28. Quanto à tranquilidade da sociedade pública e doméstica, a sabedoria católica, apoiada nos preceitos da lei natural e divina, a isso provê muito prudentemente com suas doutrinas e ensinos sobre o direito da propriedade e sobre a partilha dos bens que são arranjados para as necessidades e utilidades da vida. Porque os sectários do socialismo, apresentando o direito de propriedade como uma invenção humana que repugna à igualdade natural dos homens, e reclamando o comunismo dos bens, declaram que é impossível suportar com paciência e pobreza e que as propriedades e regalias dos ricos podem ser violadas impunemente. Mas a Igreja, que reconhece muito mais útil e sabiamente que existe a desigualdade entre os homens, naturalmente diferentes nas forças do corpo e do espírito, e que esta desigualdade também existe na propriedade dos bens, determina que o direito de propriedade ou domínio, que vem da própria natureza, fique intacto e inviolável para cada um.
Condenação da rapina.
Desvelo pelos pobres.
29. Ela sabe, efetivamente, que o roubo e o latrocínio foram proibidos por Deus, autor e defensor de todos os direitos, de tal forma que nem sequer é permitido desejar os bens de outrem, e que os ladrões e os saqueadores, assim como os adúlteros e idólatras, são excluídos do Reino dos Céus. Mas entretanto a Igreja, esta piedosa mãe, nem por isso despreza o cuidado pelos pobres nem se descuida de prover às suas necessidades, porque, abraçando-os com a sua ternura maternal e sabendo que eles representam o próprio Jesus Cristo, que considera como feito a EIe o bem que por qualquer um for feito ao mais ínfimo dos pobres, os tem em grande consideração; ela os ajuda por todos os meios possíveis, toma a seu cargo mandar levantar por todo o mundo casas e hospitais para os receber, sustentar e tratar, e os toma debaixo da sua proteção.
30 Além disso, impõe como rigoroso dever aos ricos dar esmolas aos pobres e ameaça-os com o juízo de Deus que os condenará aos suplícios eternos, se não acudirem às necessidades dos indigentes. Enfim, atenta e consola o coração dos pobres, quer apresentando-lhes o exemplo de Jesus Cristo que, "sendo rico, quis fazer-se pobre por nós" (2 Cor 8,9), quer lembrando-lhes as suas palavras, pelas quais declara felizes os pobres e ordena-lhes que esperem as recompensas da felicidade eterna.
31. Quem não verá, na verdade, que é este o melhor meio de apaziguar a antiga questão entre os pobres e os ricos? Porque, a própria evidência das coisas e dos fatos bem o demonstra, desprezado ou rejeitado este meio, terá de acontecer necessariamente uma de duas Coisas: ou a maior parte da raça humana será reduzida à ignominiosa condição dos escravos, como o foi por muito tempo entre os pagãos, ou a sociedade será agitada por perturbações continuas e desolada pelos roubos e assassinatos, como muito recentemente tivemos o desgosto de ver.
Exortação aos povos e autoridades.
32. Sendo isto assim, Veneráveis Irmãos, Nós, a quem incumbe, há pouco tempo, o governo de toda a Igreja, depois de termos mostrado desde o princípio do Nosso Pontificado aos povos e aos príncipes, acossados pelo furor da tempestade, o porto onde encontrariam um abrigo seguro, impelidos agora pelo gravíssimo perigo que está ameaçando, fazemos de novo ressoar a seus ouvidos a palavra apostólica para a salvação dos mesmos, bem como para a salvação de seus Estados. Nós lhes pedimos, Nós lhes rogamos insistentemente que aceitem o magistério da Igreja tão benemérita dos Estados, debaixo do ponto de vista da prosperidade pública, e que atentem bem que os interesses do Estado e os da religião, estão de tal forma unidos entre si, que tudo quanto se fizer perder a esta última, outro tanto enfraquece o dever dos súditos e a majestade do poder.
E quando reconhecerem que, para afastar esta peste do socialismo, a Igreja possui uma força como nunca tiveram nem as leis humanas, nem as repressões dos magistrados, nem as armas dos soldados, tratarão de restituir logo à Igreja a condição e liberdade tais, que possa exercer esta força tão salutar para o bem comum de toda a sociedade humana.

EXORTAÇÃO AO EPISCOPADO
Prevenir as crianças.
33. Quanto a Vós, Veneráveis Irmãos, que reconheceis perfeitamente a origem e o carácter dos males que nos assolam por toda a parte, lutem com todas as forças e com todo o esforço do vosso espírito de espalhar e fazer penetrar profundamente nas, almas a doutrina católica. Esforçai-vos por que todos os cristãos acostumem seus filhos desde a mais tenra idade a amar a Deus e a respeitar a Sua santa vontade, a inclinarem-se perante a majestade dos príncipes e das leis, e refrear as paixões e a conservar escrupulosamente a ordem que Deus estabeleceu na sociedade civil e na sociedade doméstica.
Não apoiar o socialismo.
34. É necessário, além disto, que trabalheis para que os filhos da Igreja Católica não ousem, seja debaixo de que pretexto for, filiar-se a esta seita abominável, nem favorecê-la. E também que por ações nobres e pela honradez do seu comportamento mostrem como a sociedade humana seria feliz, se cada um dos seus membros brilhasse pela retidão dos seus atos e pelas suas virtudes.
Fomentar as associações de trabalhadores sob a tutela da Igreja.
35. Finalmente, como o socialismo procura recrutar, principalmente, operários que, cansados da condição de trabalhadores, são muito facilmente iludidos pela esperança das riquezas e pelas promessas de fortuna, parece oportuno sustentar as sociedades de artesãos e operários, que, fundadas debaixo da proteção da Religião, ensinam a todos os associados que se contentem com a sua sorte e suportem o trabalho com paciência e os persuadam a que tenham uma vida sossegada e tranquila.
Confiança em Deus.
36. Favoreça os Nossos esforços e os Vossos, Veneráveis Irmãos, Aquele a quem somos obrigados a atribuir o princípio e o êxito de todo o bem. Aliás, nestes dias em que celebramos o Nascimento de Nosso Senhor, encontramos motivos de esperança de um socorro muito próximo. Efetivamente, esta nova salvação que Cristo recém-nascido trouxe ao mundo já envelhecido e quase decomposto pela enormidade de seus males, Ele nos ordena que a esperemos também; e aquela paz anunciada aos homens pelos Anjos, também prometeu que no-la dava. "A mão do Senhor não se retirou para não nos poder salvar, nem aos seus ouvidos se obstruíram para não nos poder ouvir" (Is 59,1). Nestes dias, pois, de feliz auspício, Nós vos desejamos a Vós, Veneráveis Irmãos, e a todos os fiéis das Vossas Igrejas, todas as felicidades e todas as alegrias; e Nós rogamos com instância Àquele que dá todos os bens — "para que de novo apareça aos homens a benignidade de Deus nosso Salvador" (Tito 3,4), que, depois de nos ter arrancado do poder do Nosso inimigo mortal, nos elevou à nobilíssima dignidade de filhos.
37. E a fim de que os Nossos votos sejam mais pronta e completamente realizados, juntai-Vos a Nós, Veneráveis Irmãos, para dirigir a Deus fervorosas orações; invocai também a proteção da bem-aventurada Virgem Maria, Imaculada desde a origem, e de S. José seu esposo, e dos bem-aventurados Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, em cuja intercessão temos a maior confiança. Entretanto, como penhor dos favores celestes, Nós Vos damos do fundo do coração, no Senhor, a Bênção Apostólica, a Vós, Veneráveis Irmãos, ao Vosso clero e a todos os povos fiéis.
Dada em Roma, junto de S. Pedro, aos 28 de dezembro de 1878, primeiro ano do Nosso Pontificado.
LEÃO XIII, PAPA
Fonte: Site do Vaticano. Para ler a Encíclica clique AQUI. (Em inglês, pois não há tradução da Encíclica em português no site)

CARTA ENCÍCLICA RERUM NOVARUM DO PAPA LEÃO XIII:

A solução socialista
Os Socialistas, para curar este mal, (as injustiças do mundo moderno industrial),instigam nos pobres o ódio invejoso contra os que possuem, e pretendem que toda a propriedade de bens particulares deve ser suprimida, que os bens dum indivíduo qualquer devem ser comuns a todos, e que a sua administração deve voltar para - os Municípios ou para o Estado. Mediante esta transladação das propriedades e esta igual repartição das riquezas e das comodidades que elas proporcionam entre os cidadãos, lisonjeiam-se de aplicar um remédio eficaz aos males presentes. Mas semelhante teoria, longe de ser capaz de pôr termo ao conflito, prejudicaria o operário se fosse posta em prática. Pelo contrário, é sumamente injusta, por violar os direitos legítimos dos proprietários, viciar as funções do Estado e tender para a subversão completa do edifício social.
O comunismo, princípio de empobrecimento
Mas, além da injustiça do seu sistema, vêem-se bem todas as suas funestas consequências, a perturbação em todas as classes da sociedade, uma odiosa e insuportável servidão para todos os cidadãos, porta aberta a todas as invejas, a todos os descontentamentos, a todas as discórdias; o talento e a habilidade privados dos seus estímulos, e, como consequência necessária, as riquezas estancadas na sua fonte; enfim, em lugar dessa igualdade tão sonhada, a igualdade na nudez, na indigência e na miséria. Por tudo o que Nós acabamos de dizer, se compreende que a teoria socialista da propriedade colectiva deve absolutamente repudiar-se como prejudicial àqueles membros a que se quer socorrer, contrária aos direitos naturais dos indivíduos, como desnaturando as funções do Estado e perturbando a tranquilidade pública. Fique, pois, bem assente que o primeiro fundamento a estabelecer por todos aqueles que querem sinceramente o bem do povo é a inviolabilidade da propriedade particular. 
A família e o Estado
Todavia, a ação daqueles que presidem ao governo público não deve ir mais além; a natureza proíbe-lhes ultrapassar esses limites. A autoridade paterna não pode ser abolida, nem absorvida pelo Estado, porque ela tem uma origem comum com a vida humana. «Os filhos são alguma coisa de seu pai»; são de certa forma uma extensão da sua pessoa, e, para falar com justiça, não é imediatamente por si que eles se agregam e se incorporam na sociedade civil, mas por intermédio da sociedade doméstica em que nasceram. Porque os «filhos são naturalmente alguma coisa de seu pai... devem ficar sob a tutela dos pais até que tenham adquirido o livre arbítrio» (4). Assim, substituindo a providência paterna pela providência do Estado, os socialistas vão contra a justiça natural e quebram os laços da família.
Não luta, mas concórdia das classes
O primeiro princípio a pôr em evidência é que o homem deve aceitar com paciência a sua condição: é impossível que na sociedade civil todos sejam elevados ao mesmo nível. É, sem dúvida, isto o que desejam os Socialistas; mas contra a natureza todos os esforços são vãos. Foi ela, realmente, que estabeleceu entre os homens diferenças tão multíplices como profundas; diferenças de inteligência, de talento, de habilidade, de saúde, de força; diferenças necessárias, de onde nasce espontaneamente a desigualdade das condições. Esta desigualdade, por outro lado, reverte em proveito de todos, tanto da sociedade como dos indivíduos; porque a vida social requer um organismo muito variado e funções muito diversas, e o que leva precisamente os homens a partilharem estas funções é, principalmente, a diferença das suas respectivas condições.
O erro capital na questão presente é crer que as duas classes são inimigas natas uma da outra, como se a natureza tivesse armado os ricos e os pobres para se combaterem mutuamente num duelo obstinado. Isto é uma aberração tal, que é necessário colocar a verdade numa doutrina contrariamente oposta, porque, assim como no corpo humano os membros, apesar da sua diversidade, se adaptam maravilhosamente uns aos outros, de modo que formam um todo exatamente proporcionado e que se poderá chamar simétrico, assim também, na sociedade, as duas classes estão destinadas pela natureza a unirem-se harmoniosamente e a conservarem-se mutuamente em perfeito equilíbrio.

Para ler a Carta Encíclica original clique AQUI. (Em português, contudo, essa tradução é péssima, pois quem traduziu adulterou uma série de palavras e sentenças, por isso recomendo a leitura da Encíclica em Inglês, para ler clique AQUI.)

É de suma importância aos Católicos e demais cristãos e pessoas de boa vontade terem a verdadeira noção da gravidade do que é estar associado, de qualquer forma, a partidos e políticas de esquerda, sejam socialistas ou comunistas. Para maiores informações assista aos vídeos abaixo:

Excelente artigo retirado do site blitzdigital.com.br

Não à homologação de um pensamento único pretensamente neutro: Papa à Plenária do Conselho para o Diálogo inter-religioso [feedly]

 GUIADOS PELO ESPÍRITO SANTO // visit site


(RV) Dialogar não significa renunciar à própria identidade, nem muito menos ceder a compromissos sobre a fé e sobre a moral cristã. A verdadeira abertura implica manter-se firme nas próprias convicções, mas ao mesmo tempo aberto a compreender as razões do outro, capaz de relações humanas respeitosas. Palavras do Papa Francisco, ao receber nesta quinta-feira os participantes na assembleia plenária do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, que teve desta vez como tema "Membros de diferentes tradições religiosas na sociedade civil".

O Papa observou que o nosso mundo se tem tornado, num certo sentido, cada vez "mais pequeno". De facto, o fenómeno das migrações aumenta os contactos entre pessoas e comunidades de tradição, cultura e religião diversa.

"Esta realidade interpela a nossa consciência de cristãos, é um desafio para a compreensão da fé e para a vida concreta das Igrejas locais, das paróquias e de muitíssimos crentes".
O Papa Francisco evocou mesmo algumas passagens da sua Exortação Apostólica ontem mesmo publicada e em que considera que há-de ser "uma atitude de abertura na verdade e no amor " a "caracterizar o diálogo com os crentes das várias religiões não cristãs, e isso não obstante diversos obstáculos e dificuldades, particularmente os fundamentalismos de ambas as partes".

"O encontro com quem é diverso de nós pode ser ocasião de crescimento na fraternidade, de enriquecimento e de testemunho. É por isso que diálogo inter-religioso e evangelização não se excluem, mas se alimentam reciprocamente".
O Santo Padre advertiu para o facto de hoje em dia, nas sociedades fortemente secularizadas, "a religião é vista como algo de inútil ou mesmo perigoso". Por vezes, pretende-se que os cristãos renunciem às próprias convicções religiosas e morais, no exercício da profissão" e difunde-se a mentalidade segunda a qual a convivência só seria possível dissimulando a própria pertença religiosa, encontrando-se (todos) numa espécie de espaço neutro, isento de referências à transcendência". Uma atitude que precisa de ser revista e superada.

Se "é necessário que tudo ocorra no respeito pelas convicções dos outros, mesmo de quem não crê", em todo o caso, "precisamos de ter a coragem e a paciência de irmos ao encontro uns dos outros com aquilo que somos".

"O futuro está na convivência respeitadora das diversidades, não na homologação de um pensamento único teoricamente neutro. É imprescindível o reconhecimento do direito fundamental à liberdade religiosa".
"Temos a convicção de que é por este caminho que passa a edificação da paz do mundo".
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Para além dos participantes na Plenária do Conselho para o Diálogo Inter-religioso, o Santo Padre recebeu nesta quinta-feira de manhã, em audiências sucessivas:
- o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, D. Gerhard Muller;
- D. Diego Causero, Núncio Apostólico na Suíça e no Principado de Liechtenstein;
- o Núncio Apostólico na Bósnia-Herzegovina e em Montenegro, D. Luigi Pezzuto; e
- o Irmão Alois, Prior da Comunidade de Taizé.

Lugar de Animação Bíblica da Vida e da Pastoral

 Oficina de Valores // visit site


A proposta do nosso blog em linhas gerais é abordar temas do cotidiano à luz do cristianismo. Contudo, em algumas ocasiões do ano faz-se necessário voltarmos as nossas atenções para temas pertinentes à Igreja, enquanto católicos que somos. Pertencer à Igreja é a nossa grande riqueza e a nossa razão de ser. O princípio e o motivo de tudo o que fazemos está no fato de sermos cristãos católicos apostólicos romanos.

Somos um grupo que pertence à Diocese de Petrópolis-RJ e este mês tivemos a nossa Assembleia diocesana de 2013, na qual o nosso Bispo Dom Gregório Paixão lançou as bases para o nosso trabalho pastoral, fundamentado em 5 urgências. Hoje venho explorar um pouco mais a 3ª urgência, que se refere a Igreja como lugar de animação Bíblica da vida e da Pastoral.

Considero que devemos voltar o nosso olhar para as Sagradas Escrituras. O cristianismo é uma religião que não se baseia prioritariamente em uma doutrina, mas em uma pessoa: Jesus Cristo. Isso significa que ser cristão é em primeiro lugar estar em relacionamento com Cristo. E é a partir dessa relação que uma doutrina se apresenta para que os ensinamentos Dele sejam bem vividos. Sendo assim, a nossa doutrina nos ensina que existem duas formas mais diretas de nos relacionarmos com o próprio Cristo: a Eucaristia (presença viva e sacramental de Jesus) e as Sagradas Escrituras (palavra viva de Deus). Acontece que infelizmente, nós permitimos que por vezes as Escrituras sejam ignoradas, ou não recebam a atenção que mereciam e aí nós acabamos incorrendo no erro que São Jerônimo, grande tradutor da Bíblia, já alertava há tantos séculos: "Ignorar as Escrituras é ignorar o próprio Cristo".

O que essa urgência vem propor a cada um de nós é o que já se encontra na "Dei Verbum" n. 21: "Toda a pregação da Igreja, como a própria religião cristã, seja alimentada e regida pela Sagrada Escritura". É interessante pensarmos nessa proposta em dois âmbitos: o pessoal e o eclesiológico. A Igreja enquanto tal possui duas dimensões; a dimensão institucional (eclesiológica) que é toda a estrutura hierárquica na qual o Papa é o grande líder e os bispos e sacerdotes por sua vez são os líderes locais e a dimensão pessoal, que compreende a Igreja corpo de Cristo que somos todos nós. Poderíamos dividir a urgência em questão entre as duas dimensões:

1 – Animação Bíblica da Vida: O primeiro chamado que recebemos enquanto Igreja que somos é o de permitirmos que a nossa vida pessoal seja alimentada e regida pela Palavra de Deus. As escrituras precisam ser para nós um alimento diário. Já possuímos um grande incentivo que é a liturgia diária. Todos os dias temos uma leitura (duas aos domingos e em datas solenes que podem ser do antigo ou do novo testamento), um salmo e um Evangelho específico para meditarmos. Possuímos orientações para fazê-lo de forma eficaz, como por exemplo, através do método da Lectio Divina que é uma maneira de meditar e orar a partir da leitura dos textos bíblicos.

O fato é que somente uma vida que é vivida à luz da Palavra de Deus configura verdadeiramente uma experiência cristã. É pesado isso, mas verdadeiro, uma pessoa que se diz cristã mas não possui intimidade com as escrituras na verdade não o é. Isso ressoa nos meus ouvidos porque muitas vezes essa intimidade me falta. Essa urgência vem para reforçar em nós uma grande verdade, que tudo em nossa vida cristã vai ser reflexo do impacto que a Bíblia tem em nossas vidas, uma vida profundamente marcada pela Palavra de Deus é uma vida que produz frutos condizentes com os dEle, enquanto que uma vida que não é marcada pelas escrituras não poderá fazer muito nessa direção, uma vez que ninguém pode oferecer aquilo que não tem. Talvez aí esteja a explicação para a nossa dificuldade em convencer as pessoas da verdade que cremos.

2 – Animação Bíblica da Pastoral: O segundo chamado que recebemos é o de comunicarmos o que experimentamos e o local da comunicação da Graça de Deus é a Igreja, a pastoral. A nossa atuação pastoral vai ser consequencia daquilo que fazemos na nossa dimensão pessoal, por isso o primeiro aspecto que analisamos é tão fundamental. A pastoral nada mais é do que o reflexo das pessoas que a compõem. Por isso a expressão dos carismas, por isso quando observamos diferentes paróquias vemos características diferentes nos trabalhos que realizam, características que variam de acordo com o perfil do padre, com o perfil dos coordenadores e líderes que la atuam. Independente dos carismas ou das características uma pastoral que não é verdadeiramente alicerçada na Palavra de Deus está fadada ao fracasso e que bom que esteja, afinal de contas não está cumprindo o seu propósito. 

Ainda que o propósito da pastoral em questão não seja falar da Bíblia explicitamente (como é o caso da Oficina de Valores com o trabalho realizado nas escolas e aqui mesmo no blog) pelo fato de se dirigirem a públicos não necessariamente cristãos, a preparação interna da pastoral e das pessoas que a compõem precisa ser com base na Palavra de Deus.

Na oração do Angelus nós dizemos: "O Verbo Divino se encarnou e habita entre nós". Esse Verbo Divino a quem nos referimos na oração é o próprio Jesus Cristo, Ele é a palavra viva do Pai. Ora, se Cristo é a Palavra Viva do Pai e as Sagradas Escrituras são a palavra viva de Deus, significa que a Bíblia é o próprio Cristo. Por isso é tão necessário retomarmos algo que parece óbvio, quando Dom Gregório se apropria dessa diretriz, que na verdade já vem da CNBB, e aplica na Diocese, no fundo o que ele alerta é: "Que Jesus Cristo seja o animador das suas vidas e de seus trabalhos pastorais, relacionem-se com Ele, que vive nas escrituras." A Palavra de Deus é viva e atual, mas ela só se manifesta a medida em que é compreendida e concretizada em atos. Você tem dado vida à palavra de Deus? 

Peçamos a Maria, que teve a Graça de dar a vida a Jesus através do seu sim a Deus, que nos ensine a também dizer o nosso sim e permitir que Jesus viva na nossa vida e dê vida às nossas pastorais.

Rodrigo Moco
Psicólogo / Coordenador da Oficina de Valores

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