Modestizando: vestido navy com barra verde

/ Maria Rosa Mulher

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Um belo projeto de Kristina Clemens para nos inspirar. Adoro essa ideia de colocar uma barra para alongar um vestido.

Lembre-se sempre que para um visual modesto devemos deixar a barra da saia cobrir os joelhos mesmo ao sentar.

Vejam o que ela diz:

Às vezes, a maneira mais fácil (e mais divertida) de alongar um vestido é escolher uma cor contrastante. Já comprei roupas em lojas e incorporei faixas color-block na bainha o tempo todo, por isso não tenha medo de experimentar por si mesma e usá-lo com confiança. Isso funciona muito bem, especialmente se você já viu uma versão que você deseja imitar. A ideia para este projeto veio de um vestido Ralph Lauren usando a combinação de azul marinho e verde e funciona como um sonho se você está precisando de apenas cerca de sete a quinze centímetros de comprimento extra.

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Determine o quanto você precisa antes de cortar. Eu usei doze centímetros de uma faixa larga para poder fazer a bainha.

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Sempre retire a bainha original do vestido antes de adicionar a faixa.

A barra de seu vestido deve ficar fluida em vez de ficar pendurada rigidamente. kj navy barra verde4

Corte duas faixas na largura do vestido com mais 2,5 cm para costuras laterais e bainha.

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Os pontos terminam juntos.

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Remova a bainha do vestido e junte a faixa contrastante costurando os lados direitos juntos.

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Vire a faixa 1,5 cm e costure à bainha.

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Conclua a costura por baixo com ponto ziguezague.

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Feito!


Religião Salva?

// Download Católico
Diálogo ecumênico:

RELIGIÃO SALVA?

Em síntese: A Religião, entendida como instituição, não salva. Só Jesus Cristo, segundo o protestantismo, salva... Salva, porém, (dizem os católicos) mediante seu Corpo Místico que é a Igreja-instituição. A Religião, que consiste em aderir à Igreja, vem a ser o sacramento pelo qual passa a salvação que vem de Cristo. A instituição, que goza da assistência de Cristo, resguarda os fiéis contra o subjetivismo, que tende a destruir a mensagem revelada. Está claro, porém, que a fé será sempre o princípio dinamizador da vida do cristão na Igreja.
* * *
No diálogo ecumênico os interlocutores protestantes colocam a pergunta "Religião salva?", pergunta à qual dão resposta negativa. Esta atitude merece consideração.
1. O problema
Eis a mensagem enviada a PR via internet:
"As palavras de Tiago, irmão do Senhor, líder espiritual da Igreja primitiva em Jerusalém, martirizado pelos judeus no ano 62, nos ensinam o que é religião:
A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai é esta: 'visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se não contaminado do mundo' (Tg 1, 27).
Vemos, então, que o coração da verdadeira religião não se manifesta na institucionalização de dogmas, credos ou ritos, mas na prática cotidiana do amor, porque Deus é amor e a sua lei é o amor. Como ensinou Jesus Cristo, nosso Salvador, a lei de Deus se resume a:
Religião, portanto, é algo pessoal, algo que se desenvolve em duas dimensões: uma dimensão humana, terrena, na qual movidos por amor ao próximo e compaixão pelos necessitados, nós os auxiliamos em suas 'tribulações' (na sociedade judaica da época, por exemplo, os órfãos e viúvas eram os necessitados); a outra dimensão é a espiritual, em que nos relacionamos diretamente com o Deus e Pai, guardando-nos daquilo que este mundo tem a nos oferecer e que pode levar à corrupção do caráter e contaminação da alma. Coisas, enfim, que nos macularão e nos afastarão de Deus.

'Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e amarás o teu próximo como a ti mesmo' (Lc 10, 27).
Porque Deus é único, e cada um de nós somos seres únicos, o que Ele espera de nós é que, por meio de Jesus Cristo, a cada dia vivamos esta religião pura e sem mácula".
Dizem outros: a Religião é um conjunto de crenças, leis e práticas codificadas, aptas a atrofiar a fé, suscitando a impressão de que a pessoa religiosa pode obter efeitos mágicos.
Em nossos dias é o protestantismo neopentecostal que professa tais idéias, tendo em vista esvaziar os conceitos de Igreja e magistério da Igreja em favor da tese do livre exame da Bíblia: a cada crente se confere o direito de configurar o Cristianismo a seu modo, já que "Religião-lgreja" não salva.
Perguntamos:
2. Que dizer?
Proporemos seis observações a respeito:
1)  Sem dúvida, a fé é o dínamo da vida espiritual; é a fonte de toda prática religiosa. Cf. Rm 1,17: "o justo vive da fé".
2)  O princípio "Somente a fé" acarreta o risco do subjetivismo religioso alimentado pela prática do livre exame da Bíblia; assim vai-se dilacerando cada vez mais o patrimônio da fé ou da Revelação Divina, como acontece nas comunidades dos Mórmons e das Testemunhas de Jeová.
3)  Para conter o subjetivismo esvaziador, faz-se necessária uma instância objetiva, que paire acima dos subjetivismos ou dos "achismos (eu acho que...)" que é a Igreja com seu magistério assistido pelo Espírito Santo; cf. Jo 14, 25s. A Igreja é Mãe e Mestra, que tem a promessa da infalibilidade em matéria de fé e de Moral.
4)  Mais: o Cristianismo não é simplesmente uma escola, na qual o mestre dá as suas aulas e vai embora. Cristo não é somente um Mestre martirizado; é um tronco de videira, da qual nós somos os ramos (cf. Jo 15,1-5); é Cabeça de um Corpo, do qual somos os membros cf. 1Cor 12, 12-20. Ele continua vivo e atuante na Terra mediante os sacramentos: o Sacramento da Igreja, que prolonga o Sacramento da Encarnação e que se estende a cada cristão através dos sete sacramentos da Liturgia. Em outros termos: Deus se dá aos homens não de maneira meramente privada e individualista, mas mediante sinais, que são a humanidade de Jesus, o Corpo de Cristo que é a Igreja, e os sete sinais sacramentais (água, pão, vinho, gestos, palavras), que perfazem o que se chama uma instituição. Esta é indispensável para que haja ordem numa sociedade.
5)   Está claro que somente Jesus Cristo salva, mas Ele quer salvar mediante a Igreja, da qual Ele é Cabeça, Igreja que professa o seu Credo, tem seu Código de Moral e seus ritos sagrados... Este conjunto institucional não sufoca a fé, mas a preserva contra o subjetivismo deteriorante.
6)   Para preencher seu papel de instrumento da salvação, a Religião ou a religiosidade do cristão há de ser esclarecida e consolidada mediante a leitura e o estudo, preservando-a de cair na superstição e no sincretismo. Cada fiel católico saberá avaliar as modalidades de aprofundamento da fé de que precisa.
Eis em que termos se pode dizer que, se a Religião não salva, Ela é ao menos indispensável instrumento de salvação.

Dom Estêvão Bettencourt



Por que a Igreja não vende tudo e dá para os pobres?

// Católicos Tradicionais - Repetimos o que é da Fé Católica


Está é uma pergunta bastante pertinente e apesar de antiga, nunca deixou de ser atual, aliás, ultimamente,  com o apetite cada vez mais voraz que a mídia  secular demonstra ter para escornear a Igreja Católica, ela torna-se ainda mais relevante. Sendo assim, vamos direto aos fatos, porque apesar de haver um grande número de "bem-intencionados" Judas Iscariotes,, sejamos francos,  dentre eles são poucos os que são dados à leitura e à pesquisa.  Assim, não é prudente que me extenda muito.
Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de trair disse. Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres? (João 12,4-5)
A igreja Católica é a instituição mais antinga da terra. Se fosse uma empresa privada, seria a maior do mundo, não apenas em tamanho mas em termos de volume do seu patrimônio e sua riqueza e por sua presença em quase todo o país do mundo. Sua importância, porém, não se restringe ao seu tamanho e número de fiéis batizados. Foi a Igreja Católica que criou, por exemplo, o sistema universitário, os métodos de pesquisa científica ou a filantropia instituicional, sem a qual a palavra caridade, que significa amor,  não teria sequer o sentido que têm hoje nas sociedade  ocidentais.  Contudo, apesar de inúmeros outros feitos de valor, o mais nótorio deles: a caridade da Igreja Católica, é infelizmente, ignorada tanto pelos católicos como não-católicos. Assim, a Igreja Católica é sistematicamente cristicada por sua riqueza.


Deus Caritas Est – Deus é Amor
"Mas se a Igreja é tão rica e poderosa, por que não vende tudo o que possui para ajudar aos necessitados?"


Vamos ao números e fatos:
A Igreja Católica mantém na Ásia: 1.076 hospitais; 3.400 dispensários; 330 leprosários; 1.685 asilos; 
3.900 orfanatos; 2.960 jardins de infância.  Na África: 964 hospitais; 5.000 dispensários; 260 leprosários; 650 asilos; 800 orfanatos; 2.000 jardins de infância.  Na América: 1.900 hospitais; 5.400 dispensários; 50 leprosários; 3.700 asilos; 2.500 orfanatos; 4.200 jardins de infância. Na Oceania: 170 hospitais; 180 dispensários; 1  leprosário; 360 asilos;60 orfanatos; 90 jardins de infância. Na Europa: 1.230 hospitais; 2.450 dispensários; 4 Leprosários; 7.970 asilos;2.370 jardins de infância.


No Brasil, podemos seguramente dizer  que a contribuição da Igreja Católica para a Saúde pública foi mais valiosa do que a de qualquer outro governo já existente no país. Na década de 50, quando a rede  pública de saúde ainda não contava com uma capacidade operacional expressiva, eram as casas de caridade da Igreja Católica que cuidavam das pessoas que não tinham condições de se tratarem em um hospital. As Santas Casas de Misericórdia e Sanatórios eram e continuam a ser  dirigidos e subsidiados pela Igreja Católica,  e têm as  freiras e religiosos católicos como sua principal fonte de recursos humanos.


Seria quase impossível listar e numerar as atividade e contribuições da Igreja Católica no campo da caridade. O vídeo abaixo mostra algumas  maneiras pelas quais a Santa Igreja tem, ao longo dos séculos, posto em prática as palavras de Cristo sobre a caridade e o amor ao próximo.


"Tudo o que fizerdes ao mais pequeninos dos Meus irmãos, o fazeis a Mim." 

É preciso ter vida de discípulo para conhecer Jesus, diz Papa

// Blog de Santo Afonso
Francisco destacou que para conhecer Cristo é preciso segui-Lo
Da Redação, com Rádio Vaticano
É preciso ter vida de discípulo para conhecer Jesus,diz PapaPara conhecer Jesus é preciso segui-Lo, antes mesmo de estudá-Lo. Esse foi, em síntese, o foco da homilia do Papa Francisco, nesta quinta-feira, 20, na Casa Santa Marta. O Santo Padre enfatizou que a resposta para a pergunta "quem é Cristo para mim" só pode ser dada vivendo como discípulos de Jesus.
Como exemplo, Francisco citou a figura de Pedro, que, no Evangelho do dia, aparece como corajoso ao testemunhar "Tu és o Cristo" e, ao mesmo tempo, reprova Jesus quando Ele anuncia Seu sofrimento e morte na cruz.
O Papa lembrou que, muitas vezes, Jesus faz esta pergunta ao homem – "Para você, quem sou?" – e a resposta é sempre aquela que se aprende no catecismo. Segundo o Papa, é importante estudar e conhecer o catecismo, mas isso não é suficiente.
"Para conhecer Jesus é necessário fazer o caminho que fez Pedro. Ele seguiu adiante com Jesus, viu os milagres que o Mestre fazia, viu o Seu poder. Mas, a um certo ponto, Pedro renegou Jesus, traiu-O e aprendeu aquela difícil ciência – mais que ciência, sabedoria – das lágrimas, do pranto".
Francisco explicou ainda que esta pergunta – "Quem sou eu para vós, para você?" – só se entende no decorrer de um longo caminho de graça e pecado, um caminho de discípulo.
"A Pedro e a Seus discípulos Jesus não disse 'Conhece-me! ', mas disse 'Siga-me'. E este 'seguir Jesus' nos faz conhecê-Lo. Seguir o Senhor com as nossas virtudes, também com os nossos pecados, mas segui-Lo sempre. Não é um estudo de coisas que é necessário, mas é uma vida de discípulo".
O Papa defendeu a necessidade de um encontro cotidiano com Deus em meio às vitórias e fraquezas. No entanto, é um caminho que não se faz sozinho, mas, sim, com a intervenção do Espírito Santo.
"Conhecer Jesus é um dom do Pai, é Ele quem nos faz conhecer Seu Filho; é um trabalho do Espírito Santo, que é um grande trabalhador. (…) Olhemos para Jesus, para Pedro, para os apóstolos e ouçamos, no nosso coração, esta pergunta: 'Quem sou eu para você?'. Como discípulos, peçamos ao Pai que nos dê o conhecimento de Cristo no Espírito Santo, que nos explique este mistério".

ANSIEDADE x PAZ

// Antônio Juracy N Lima
Estamos inquietos, com uma ansiedade medonha, estamos paralisados por picuinhas, bobagens, besteiras, conversinhas vazias e vãs, nossos e os dos outros. Que nos impedem de crescer espiritualmente, profissionalmente e como pessoas.
Estamos mais dependentes das pessoas, da criatura do que do Criador.  Estamos mendigando amor e atenção dos próximos. Estamos muito inquietos, com os problemas que inventamos, ou os problemas que não confiamos em desabafar em oração. Ao invés disso, queremos desabafar para a criatura, para os facesbooks da vida, como se ele fosse um ponto de desabafo que aliviasse a dor, a inquietação interior, e assim acabamos não sendo compreendidos e mal interpretados.
Estamos ainda presos ao passado, preocupados com o futuro e perdendo a beleza do momento, do presente. Estamos buscando respostas para essas ansiedades incomodantes nas pessoas erradas, lugares errados e de formas erradas, aumentando mais a ANSIEDADE que SUFOCA!
"Não vos inquieteis com nada!
Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações,
mediante a oração, as súplicas e a ação de graças". (Fl 4,6)

Na busca de Deus, de forma lenta e progressiva, Ele vais nos revelando as suas coisas. Cada um de forma diferente. Passamos a enxergar mais além, e percebemos que muitas coisas que falávamos, escutávamos e víamos são "lixos espirituais" para a nossa alma.
"Como crianças recém-nascidas desejai com ardor o leite espiritual que vos fará crescer para a salvação," (1Pd 2,2)
No início ficamos inquietos, em ver tantas almas "comendo lixo do chão" havendo um "banquete preparado do céu". Essa é uma expressão espiritual que o céu nos revela para entender a situação de nossas almas. A sensação de MEDIOCRIDADE nos incomoda. Incomoda por nós mesmos, e pelos os que estão ao nosso redor.
Mais com o tempo, o céu vai nos acalmando, e nos mostrando que nós por nós não somos capazes de nada. Que a verdade revelada deve ter como nossa resposta, a nossa mudança interior, radicalidade em nós mesmos e não com os outros. Nossa oração, nossa mudança e nossa misericórdia. Que ainda continuamos tão cheio de defeitos como antes, sendo que agora podemos enxergá-los melhor.
"Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito". (Rm 12,2)

Mas por misericórdia, aos poucos  a paz vai nos invadindo, o silêncio também. Começamos a aprender que o nosso silêncio contemplativo tem mais força do que palavras, que nosso sorriso, compaixão, tocar pode tocar mais a alma, do que palavras. Vamos percebendo que nossas palavras só nas palavras, nos dá sensação de "falta de algo", algo incompleto em nossa alma. É como se somente palavras não adiantassem mais, e que Deus quer atitudes.  É como vi pixado num muro:   - PALAVRAS, + ATITUDES.




Tarde Vos amei, 
ó Beleza tão antiga e tão nova,
 
tarde Vos amei!
 
Eis que habitáveis dentro de mim,
 
e eu, lá fora, a procurar-Vos!
 
Disforme, lançava-me sobre estas formosuras que criastes.
 
Estáveis comigo e eu não estava Convosco!
 
Retinha-me longe de Vós
 
aquilo que não existiria,
 
se não existisse em Vós.
 
Porém, chamastes-me,
 
com uma voz tão forte,
 
que rompestes a minha Surdez!
 
Brilhastes, cintilastes,
 
e logo afugentastes a minha cegueira!
 
Exalastes Perfume:
 
respirei-o, a plenos pulmões, suspirando por Vós.
 
Saboreei-Vos
 
e, agora, tenho fome e sede de Vós.
 
Tocastes-me
 
e ardi, no desejo da Vossa Paz"

Santo Agostinho





O papa Francisco expulsa mais um padre pedófilo

// Viver Santamente
Assim como Bento XVI, o pontífice não esperou a terceira instância da justiça italiana e reduziu ao estado laical mais um padre acusado de abuso sexual contra quatro meninas

Em vários artigos, estivemos falando sobre o compromisso da Igreja na luta contra a pedofilia. Em outros vários, sobre a obstinação de alguns organismos internacionais em atacar a Santa Sé, fingindo não enxergarem a evidência dos seus progressos em transparência e no combate a esse fenômeno terrível.

A "linha dura" foi adotada por Bento XVI, que, só entre 2011 e 2012, expulsou do sacerdócio 400 padres acusados de pedofilia. O papa Francisco manteve a mesma postura. Um dos exemplos aconteceu algumas semanas atrás, mas só foi revelado há poucos dias: sem esperar o fim do julgamento em terceira instância por parte do Estado italiano, a Santa Sé reduziu ao estado laical mais um sacerdote acusado de pedofilia.

Trata-se do pe. Marco Mangiacasale, da diocese de Como, no norte do país. Nos dois primeiros níveis do processo criminal italiano, ele já foi condenado a três anos, cinco meses e vinte dias de prisão por abusar sexualmente de quatro meninas menores de idade. O processo está agora na terceira instância, mas a Igreja não esperou e já reduziu o ex-pároco e tesoureiro da paróquia de San Giuliano ao estado laical. A decisão foi assinada no dia 13 de dezembro pelo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o futuro cardeal Gerhard Ludwig Müller (Il Fatto Quotidiano, 12 de fevereiro).

No jornal La Repubblica, uma fonte apresentada como "especialista em assuntos do Vaticano" comenta a decisão do papa Francisco sem manifestar surpresa: "Esta política, em linguagem laica, nós poderíamos definir como 'justicialista'. Ela foi implantada pelo cardeal Ratzinger quando ele dirigia o Santo Ofício. Antes como prefeito e depois como papa, ele aplicou uma legislação inflexível para combater esse triste fenômeno [da pedofilia]". A sentença contra o ex-padre foi lida por dom Coletti em 30 de janeiro para as famílias das vítimas, reunidas em seu gabinete: "O pe. Marco Mangiacasale foi reduzido ao estado laical, não podendo mais atuar como educador nas escolas católicas nem participar de forma alguma em grupos ou organizações onde houver a presença de jovens" (11 de fevereiro).




Luigi Accattoli, vaticanista do Corriere della Sera durante anos, também acredita que houve no Vaticano uma espécie de "virada justicialista": "A era dos procedimentos de segurança e garantias já passou. Faz algum tempo que o Vaticano abriu caminho para os procedimentos rápidos, derrubando a ideia de uma Igreja que esconde a verdade. O critério distintivo passou a ser a certeza moral". O jornalista explica ao Corriere di Como, edição local do Corriere della Sera: "O sistema antigo previa primeiramente os três graus de julgamento e depois o processo canônico. Era uma escolha ditada oficialmente pelo conceito da não perseguição e pela suposição da inocência do acusado até prova em contrário. Às vezes, era até conivência, mas, no geral, eram procedimentos de segurança". A virada veio com o papa Ratzinger. "Já com o papa Bento XVI, os procedimentos de redução ao estado laical foram acelerados. Em poucas palavras, não há necessidade de esperar as três instâncias dos tribunais quando já existe a 'certeza moral' de que o sacerdote é mesmo responsável e culpado, mesmo sem uma sentença definitiva. E isso se aplica não apenas à pedofilia, mas também a outros casos" (13 de fevereiro).

Sermão da Missa Votiva de Nossa Senhora de Lourdes, em Betim/MG: 500 anos da "reforma" protestante.

// Pale Ideas - Tradição Resistente
Publicamos o sermão do Rev. Pe. Ernesto Cardozo, da Missa Votiva de Nossa Senhora de Lourdes, em Betim/MG, que recebemos por e-mail e foi publicado, primeiro, no blog de nossos cristeros da Missão Sagrada Família de Betim. Fizemos umas pequenas correções e anexamos alguns links.

Giulia d'Amore

Prezados amigos,

Salve Maria!

Abaixo, o vídeo e a transcrição do sermão do Pe. Cardozo na Missa Votiva de Nossa Senhora de Lourdes, em Betim/MG, dia 19/02/2.014, onde ele tratará da "comemoração" dos 500 anos da revolução protestante.



 
Ontem havíamos comentado que íamos dizer algumas palavrinhas sobre o tema de "Martin Lutero". E vamos falar um pouco de Martin Lutero, em razão de que, faz pouco mais de uma semana, saiu em um site do Vaticano a notícia de que vão celebrar-se os 500 anos do reformador Martin Lutero, do herege Martin Lutero.  Vocês sabem que, no ano de 1517, o monge Martin Lutero, que era um monge agostiniano, que se rebelou contra Roma e pregou na porta de uma igreja suas 95 teses heréticas [vide aqui, mas cuidado, é um blog protestante!], e nestas 95 teses, dentre outras coisas, negava a presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo na Eucaristia, negava que a Missa fosse um Sacrifício, negava que a Missa fosse propiciatória, que fosse em reparação dos nossos pecados, dava a livre interpretação das Sagradas Escrituras, e é por isso que Lutero abre a porta da livre interpretação da Bíblia, com a qual se origina a multidão de seitas protestantes que existe. Porque se você lê a Bíblia e interpreta em tal passagem tal coisa, diferente do que interpreta a Igreja Católica e o que interpreta qualquer outro grupo, você já pode fundar a sua própria igreja

E é assim que este homem, que realmente foi um blasfemo, um herege – por respeito ao Altar e por respeito a vocês, eu não posso dizer as barbaridades que este homem escreveu, por exemplo, blasfemando da Virgem, blasfemando de Nosso Senhor Jesus Cristo

E é lamentabilíssimo ver como, a partir, especialmente após o Concílio Vaticano II, com base num documento do Concílio Vaticano II, Unitatis Redintegratio, se trabalha pela unidade com os protestantes. A Igreja sempre trabalhou pela conversão dos protestantes, mas não para unir-nos a eles, tanto e quanto eles perseveram nos seus erros, suas heresias. E é assim que nos encontramos a notícia de que existe uma Comissão Luterano-Católica que está preparando a celebração dos 500 anos de Martin Lutero em Roma, no Vaticano

Então, como é possível isso? O texto diz que esta Comissão Luterano-católica tem lançado nova luz sobre as diferenças teológicas que existem entre Católicos e luteranos e esta nova luz está a suavizar e a procurar a união com os luteranos. Então, pareceria que esta Comissão Católico-luterana tem mais luz que a Luz do Espírito Santo que no Concílio de Trento condenou o protestantismo, condenou os erros protestantes, as heresias protestantes. Lembremos que Martin Lutero tem, pelo menos, 3 (três!) excomunhões: a primeira delas declarada pelo Papa Leão X. Então, quando vem agora uma Comissão que está "espalhando luz" sobre o problema de Lutero, pareceria que não houvesse luz com o Espírito Santo. Então, uma vez mais se cria um conflito se vamos estar com a Igreja Católica que condenou a Martin Lutero, que condenou as heresias de Martin Lutero, ou vamos estar com esta igreja nova que lança novas luzes – entre aspas – sobre heresias já condenadas pela Igreja de Cristo, a Igreja Católica.

Não podemos permanecer católicos se se diz que, agora, vamos seguir as "novas luzes" desta Comissão Luterano-Católica. Porque é blasfemar do Espírito Santo, blasfemar e dizer que o Espírito Santo então errou no século XVI a condenar o protestantismo e agora esta comissão de homens – mistura supostamente católicos com protestantes – tem mais "luz" e mais "poder" que o Espírito Santo.

E outra coisa, que realmente digo que estamos vivendo num quadro surrealista, é o fato de que os Católicos celebrem algo que é lamentabilíssimo, porque com Martin Lutero se rompe a unidade católica na Europa. Com Martin Lutero começam as guerras da Religião, a quantidade de mártires que surgiu na defesa da fé católica contra o protestantismo e agora temos que festejar este fato desgraçado do aparecimento deste Martin Lutero. Dizia na vez passada, acredito que os brasileiros perderam um campeonato de futebol em 1959 e creio que houve mais de 15 suicídios por isso. É como se os brasileiros festejassem a cada ano aquela derrota, aquela perda do campeonato mundial – LOUCO! – Ou que os polacos festejassem a invasão dos alemães na Polônia ou que os chineses festejassem a invasão dos japoneses em 1937 na China. Eu não entendo onde está a razão nisso.

E a razão está em que existem duas igrejas. Há uma Igreja que condena o protestantismo, que condena a heresia, uma Igreja que foi conduzida e é conduzida pelo Espírito Santo: a Igreja Católica, e existe uma igreja nova, uma igreja pós-conciliar, uma igreja que foi sustentada no alicerce de areia do Concílio Vaticano II, que se contrapõe em tudo que a Igreja Católica tem ensinado em 21 séculos! 

Então, queridos fiéis, uma vez mais observem como os católicos se foram protestantizando, como os católicos foram aceitando os erros modernistas, entre outras coisas, através da missa nova. A missa nova, como o mesmo Paulo VI disse, foi feita para agradar os protestantes [vide aqui, nota 118]. Esta foi a intenção da Missa Nova. E a Missa Nova manifesta claramente a teologia protestante: mudando o sentido de "Sacrifício" por "ceia", fazendo tirar o sentido sacrifical, penitencial, na missa; que a missa é uma festa, que a comunhão é somente  um alimento, um símbolo. E assim temos sacerdotes supostamente católicos que dizem que a Eucaristia é somente um símbolo. Ai se vê claramente como os católicos foram protestantizados a partir do Concílio Vaticano II e, dentre outras coisas, por meio da missa nova. Claro, se a isso agregarmos o péssimo exemplo que deu o Papa João Paulo II, por exemplo, quando visitou o templo luterano em Roma, no ano de 1982 – se mal me lembro [foi em 11 de setembro de 1983, cf. aqui em italiano; Em 31 de outubro de 1999 (o 482º aniversário do Dia da Reforma, o dia em que Lutero pregou as 95 Teses), representantes do Vaticano e da Lutheran World Federation (LWF) assinaram a Declaração Conjunta Sobre a Doutrina da Justificação como um gesto de unidade. A assinatura foi fruto do diálogo teológico que vinha ocorrendo entre a LWF e o Vaticano desde 1965] – onde João Paulo II disse que vinha para honrar a figura de Lutero, que foi um "homem de grande espiritualidade". Um homem de uma grande espiritualidade que chegou a dizer que Jesus Cristo tinha adulterado com várias mulheres. Esse é um homem de grande espiritualidade. BLASFEMO! 

E depois, Bento XVI, que visitou a cidade natal de Lutero e plantou uma arvorezinha, e fizeram toda uma cerimônia, e João Paulo II que disse: "Venho a esta cidade como um peregrino" [Em janeiro de 2011, Bento envia uma árvore "católica" para fazer parte do Jardim de Lutero, em , como parte das comemorações. Aqui a foto e a notícia em italiano. Em setembro de 2011, Bento discursa em Erfurt, em um convento agostiniano DESATIVADO]. Disse João Paulo II! Ou seja, como a cidade de Lutero se fosse Assis ou qualquer outra cidade onde tenha sido famoso um santo. É terrível ver a defecção dos homens da Igreja e como eles, e com os seus maus exemplos, estão arrastando uma infinidade de almas ao erro luterano, ao erro protestante.

Então devemos ter bem claro: MARTIN LUTERO É UM HEREGE! E não um irmão separado. É um herege! Esta é a definição! Alguém que se rebela contra a Doutrina Católica, alguém que divide a Igreja. E neste documento se volta a falar de outro erro grande que é a afirmação de que: Com esta Comissão Luterano-Católica estamos trabalhando pela unidade da igreja. A Igreja é una sempre. Não existem várias igrejas. E se os luteranos  se separaram da Igreja é uma heresia, como um ramo morto, pronto, acabou! Mas a Igreja continua sendo una! Não existem múltiplas igrejas. É o que dizemos no Credo: Creio em Una, Santa, Católica, Apostólica Igreja

Então, guardemo-nos de todo o erro que nos assemelhe ou nos aproxime dos luteranos. É engraçado que, por um lado, João Paulo II chega a dizer que vem a venerar a Lutero por ser um homem de "grande espiritualidade" e depois, beatifica uma freira, mística alemã – creio que foi [trata-se da Beata Maria Serafina Micheli, uma italiana] –  que, dentre outras coisas, esta freira disse que viu no inferno Lutero. Que contradição! 

Bem, peçamos à Virgem Santíssima que nos fortaleça na nossa Fé Católica, peçamos pela conversão dos hereges para que voltem à única Igreja pela qual podemos ser salvos: A Igreja Católica! Para que se convertam os hereges, para que voltem a ter e reconhecer como Mãe a Virgem Santíssima, Mãe de Deus, e que nós saibamos defender a Fé Católica contra tanta heresia e tantos disparates modernistas. Ave Maria Puríssima!
Visto em: http://missaosagradafamilia.blogspot.com.br/2014/02/sermao-da-missa-votiva-de-nossa-senhora.html.

Sobre as manifestações. O que diz a Doutrina Social da Igreja?



Eis um tema que precisa ser bem meditado. Vamos lá!

As manifestações populares, que tomaram o país nos últimos meses, revestem-se de importância pois revelam diversas características da sociedade brasileira, que não se deixam perceber de outro modo.

Antes de tudo, é necessário reafirmar o legítimo direito constitucional à livre reunião, sem prévio aviso, em lugares abertos ao público. Contudo, a Constituição Federal (CF) condiciona o direito a não existência de armas. De fato, a liberdade de ir e vir anexa também o direito à reunião. Nesse sentido, o direito civil vai ao encontro da ética e da Doutrina Social da Igreja, que reconhece o direito à greve e, parece razoável, também reconheceria manifestações civis, contanto que:

1. Outros recursos tenham se mostrado ineficazes;

2. Seja necessário para um bem proporcional;

3. Devem tratar de um objetivo bem comum e;

4. Não admite uso de violência (cf. Compêndio de Doutrina Social, § 304).

Assim, as manifestações por um país justo e menos corrupto, de per si, não são contrárias ao ordenamento jurídico vigente e – mais importante – não estão em contradição com o sentimento religioso católico, nem com princípios de uma ética mais geral.

Entretanto, na prática, as manifestações que têm ocorrido resvalam em questões difíceis de justificar. Por exemplo, ano passado, quando houve a destruição do patrimônio público e privado, pelos criminosos Black Bloc's, o motivo foi o aumento da passagem em 20 centavos. Será que a reação dos manifestantes foi proporcionada ao objeto perseguido? Esgotaram-se todos os meios de diálogo? São perguntas que, confesso, não me sinto capaz de responder nem de dar uma resposta simpática. Contudo, há um nó: o uso de armas.

Por princípio, o uso de armamento deveria ser eliminado dessas manifestações, pois aumentam a insegurança dos manifestantes e incitam à violência. A CF adverte contra a ilegalidade de reuniões que tenham tais artefatos, para a segurança dos participantes e dos policiais. Afinal, por que motivo se sai de casa com uma bomba senão com o objetivo de deflagá-la? Com efeito, o Papa Bento XVI, na sua Carta Encíclica Caritate in Veritate relembra-nos que atos de vandalismo e violência "refreiam o desenvolvimento autêntico e impedem a evolução dos povos para um bem-estar socioeconômico e espiritual" (cf. § 29). E o Papa Francisco, na Exortação Apostólica Evangelii Gaudim (EG), destaca que armas e a violência, no contexto dos embates sócio-econômicos, "mais do que dar solução, criam novos e piores conflitos" (cf. § 60).

Outro ponto delicado é a propriedade privada. Papa Francisco, que não se pode ser acusado de conservador ou algo que o valha, confirma a Doutrina Social da Igreja a respeito da propriedade privada:

A solidariedade é uma reação espontânea de quem reconhece a função social da propriedade e o destino universal dos bens como realidades anteriores à propriedade privada. A posse privada dos bens justifica-se para cuidar deles e aumentá-los de modo a servirem melhor o bem comum, pelo que a solidariedade deve ser vivida como a decisão de devolver ao pobre o que lhe corresponde – EG, 189.

Os manifestantes não respeitam o direito dos comerciantes terem suas lojas, dos proprietários terem seus carros, dos cidadãos suas casas. Há inclusive a cena registrada por um fotógrafo em que um grupo de criminosos Black Blocs incendeia um automóvel com a família ainda dentro do veículo (inclusive uma menina). Felizmente, esse caso não terminou como a tragédia do cinegrafista Santiago.

Deve-se dizer, contudo, que o Compêndio de Doutrina Social "reconfirma o direito à propriedade privada, evocando-lhe a sua função social" (cf. § 91). Atacar o bem, muitas vezes responsável pela sobrevivência de uma família, como o veículo do seu Itamar Santos (acima), não é função de manifestações populares.

De forma breve, as manifestações que ocorrem nas principais capitais brasileiras não parecem ser contrárias ao direito ou à justiça. Entretanto, os cristãos que delas participam deveriam analisar a oportunidade e a necessidade da sua participação. Além de abster-se absolutamente da depredação de bens públicos e privados.

Livro: O Inferno - Monsenhor de Ségur (PDF).

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Neste vídeo logo abaixo o Padre Paulo Ricardo recomenda a compra do livro "O Inferno". Assista:
 Autor: Monsenhor de Ségur

Descrição: "Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento pleno da verdade." (1 TM 2,3)

Louis Gaston de Ségur nasceu em Paris a 15 de abril de 1820. Descendente de uma família nobre, era filho do marquês Eugène de Ségur e da célebre condessa de Ségur, conhecida escritora de livros infantis.

Zeloso nos estudos, logo que se formou em Direito foi enviado como adido à Embaixada Francesa em Roma, junto a Santa Sé (1842-1843). Perto dos Apóstolos Pedro e Paulo, sentiu o chamado para o sacerdócio, e, ao retornas a Paris, ingressou no Seminário de Santo Súplico, sendo ordenado sacerdote em dezembro de 1847.

Dedicou-se a evangelização de crianças, pobres e soldados prisioneiros de guerra. Mas devido a um problema na visão que o levaria à cegueira, passou a ditar livros explicando – e defendendo com fervor – a doutrina católica em linguagem popular. Até o momento de sua morte, em 1881, seus livros somavam 700 mil cópias vendidas na França e na Bélgica, sem contar as edições em italiano, espanhol, alemão, inglês e até mesmo na língua hindu. O Inferno foi publicado em 1876, e a idéia inicial, segundo o autor, partiu do que dizia o Papa Pio IX: "nada é mais capaz de fazer os pobres pecadores refletirem e, conseqüentemente, fazê-los retornar a Deus, do que as verdades do inferno". Para Ségur, "o grande missionário do céu é o inferno", pois no momento em que alguém se dá conta de que se trata de algo real, não apenas um símbolo, passa a compreender perfeitamente que, como diz o salmista, "a sabedoria começa com o temor a Deus" (Sl 111,10).

Enfim, o inferno realmente existe! Essa é a crença de todos os povos de todos os tempos.
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É preciso, pois, meditar no inferno enquanto é tempo!

 Se Existe
O que é
Como poderemos evitá-lo
Monsenhor de Ségur
Livro de 1905 - 147 págs

 INDÍCE


Prólogo

Se Existe Inferno

Há inferno: tem sido esta a crença de todos os povos em todos os tempos
Há inferno: o inferno não foi nem podia ser inventado 
Há inferno: Deus revelou-nos a existência dele
Se é certo que existe inferno, como é que nunca ninguém voltou de lá
O dr Raymundo Diocres
O religioso de S. Antonino
A meretriz de Nápoles
O amigo do conde Orloff
A senhora do bracelete de ouro
A prostituta de Roma
Porque é que tanta gente se esforça em negar a existência do inferno
Embora os mortos ressuscitassem muitas vezes, o ímpio não acreditaria no inferno
O que é o Inferno
Das ideias falsas e supersticiosas acerca do inferno
O inferno consiste, em segundo lugar, na grande pena de condenação
O inferno consiste em segundo lugar, na pena horrível do fogo
O fogo do inferno é sobrenatural e incompreensível
O P. Bussy e o mancebo libertino
Os três filhos de um velho usurário
Meus filhos, evitai o inferno!
O fogo do inferno é um fogo corporal
O fogo do inferno, ainda que é corporal, atormenta as almas
O capitão ajudante-mór de Saint-Cyr
A mão queimada de Foligno
O fogo do inferno é tenebroso (visão de Santa Tereza)
De outras penas muito grandes, que acompanham o sombrio fogo do inferno
Da Eternidade das Penas do Inferno
A eternidade das penas do inferno é uma verdade de fé revelada
O inferno é necessariamente eterno, atenta a natureza da eternidade
Segunda razão da eternidade das penas: a falta de graça
Terceira razão da eternidade das penas: a perversidade da vontade dos condenados
Se é verdade que Deus é injusto punindo com penas eternas, faltas de um momento
Se sucede o mesmo com os pecados de fragilidade
Quais são os que trilham o caminho do inferno
Se podemos estar certos de que se condenou alguém que vimos morrer mal
Conclusões práticas
Sair imediatamente e a todo o custo, do estado de pecado mortal      
Evitar cuidadosamente as ocasiões perigosas e as ilusões
Assegurar a sua salvação eterna com uma vida seriamente cristã

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BREVE
DIRIGIDO POR
Sua Santidade o Papa Pio IX ao Autor
__________
PIO IX, PAPA

Amado Filho, Saúde e Benção Apostólica.
Nós vos felicitamos de todo o coração por não deixardes de seguir fielmente e com tanto proveito a vossa vocação de arauto do Evangelho. As vossas publicações são bem depressa espalhadas entre o povo por meio de milhares de exemplares.
Se os vossos escritos são tão procurados, é porque agradam; e se não tivessem o dom de atrair os espíritos, de penetrar até ao íntimo dos corações e de produzir neles os seus benéficos efeitos, não poderiam agradar.
Aproveitai, pois, a graça que Deus vos concedeu, continuai a trabalhar com ardor e a cumprir vosso ministério de evangelização.
Quanto a Nós, vos prometemos fia parte de Deus uma grandiosa proteção para poderdes trazer ao caminho da salvação um número de almas cada vez mais considerável, e granjeardes deste modo uma magnífica coroa de glória.
Nesta expectativa, recebei, como penhor da proteção divina e dos outros dons do Senhor, a Benção Apostólica, que vos concedemos, muito amado Filho, com todo o afeto do Nosso coração, para vos testemunhar a Nossa paternal benevolência.
Dado em Roma, junto de S. Pedro, aos 2 de Março de 1876, trigésimo ano do Nosso Pontificado.

Pio IX, Papa


~ * ~


PRÓLOGO


Era em 1837. Dois alferes, ainda moços, que, há pouco, tinham saído de Saint-Cyr, visitavam os monumentos e raridades de Paris. Entraram na igreja da Assunção, junto das Tulherias, e estacaram a observar os quadros, as pinturas e todas as obras artísticas daquele belo edifício. Nem sequer pensavam em orar.
Um deles viu ao pé de um confessionário um padre, ainda novo, com sobrepeliz, que adorava o SS. Sacramento.
— Olha para este padre, disse ao seu camarada; sem dúvida espera por alguém.
— Talvez por ti, respondeu o outro rindo-se.
— Por mim? Para que?
— Quem sabe? Talvez para te confessar.
— Para me confessar?! Pois bem, apostas que sou capaz de lá ir?
— Tu, ires confessar-te?! Ora! E pôs-se a rir, sacudindo os ombros.
— Apostas? repetiu o novo oficial, com um modo zombeteiro e decidido. Apostemos um bom jantar, acompanhado de uma garrafa de vinho de Champagne.
— Aceito a aposta do jantar e do vinho. Desafio-te a ires confessar-te.
Dito isto, o outro dirigiu-se ao padre e falou-lhe ao ouvido; este levantou-se, entrou no confessionário, enquanto o fingido penitente lançava para o seu camarada um olhar de vencedor, e ajoelhava como para confessar-se.
«Tem graça!», murmurou o outro; e assentou-se, para ver em que viria aquilo a parar. Esperou cinco minutos, dez minutos, um quarto de hora. «O que é que ele faz?, perguntava a si mesmo, com uma curiosidade quase impaciente. O que poderá ele ter dito todo este tempo?»
Enfim, o confessionário abriu-se, o padre saiu com o semblante animado e grave, e, depois de ter sondado o jovem militar, entrou na sacristia. O oficial levantou-se também, vermelho como a crista de um galo, puxando pelo bigode com ar um pouco dissimulado, e deu sinal ao seu amigo que o seguisse, afim de saírem da igreja.
«Que é isso?, disse este. O que foi que te aconteceu? Sabes que te demoraste quase vinte minutos com o padre? Palavra de honra, julguei por um momento que ias confessar-te deveras. Com efeito, ganhaste bem o teu jantar. Queres que seja esta tarde?
—Não, respondeu o outro com mau humor; hoje não. Qualquer dia nos veremos. Tenho que fazer e preciso de me retirar de ti.»
Apertando a mão de seu companheiro, afastou-se precipitadamente, de má catadura.
O que se teria passado, entre o alferes e o confessor? Ei-lo: Apenas o padre abriu a portinha do confessionário, conheceu, pelas maneiras do jovem oficial, que este ia ali, não para confessar-se, mas para fazer zombaria. Tinha ele ousado dizer-lhe, concluindo não sei que frase: «A religião! confissão! Eu zombo de tudo isso!»
O padre era homem atilado. «Perdão, meu caro senhor, disse interrompendo-o com brandura; vejo que o que fazeis não é a sério. Deixemos de parte a confissão e conversemos alguns instantes. Gosto muito dos militares, e, segundo me parece, vós sois um jovem bom e amável. Dizei-me: qual é a vossa graduação?» O oficial começava a conhecer que tinha cometido uma sandice. Contente por achar um meio de sair deste estado, respondeu cortesmente:
«— Sou apenas alferes. Saí ainda há pouco de Saint-Cyr.
— Alferes? E ficareis muito tempo alferes?
—Eu sei lá. Dois anos, ou três anos, quatro anos talvez.
—E depois?
—Depois passarei a tenente.
— E depois?
— Depois serei capitão.
—Capitão? em que idade se pode ser capitão?
— Se tiver fortuna, respondeu o oficial sorrindo, posso ser capitão aos vinte e oito ou vinte e nove anos.
— E depois?
— Oh! depois é difícil. Fica-se muito tempo capitão. Depois passa-se a major, em seguida a tenente-coronel, e depois a coronel.
— Muito bem! Aí estais vós coronel aos quarenta ou quarenta e dois anos de idade. E depois?
— Depois serei general de brigada e depois general de divisão.
— E depois?
— Depois não resta senão o grau de marechal; mas as minhas aspirações não chegam a tanto.
— Embora; mas não chegareis a casar-vos?
— Talvez chegue, talvez; mas será só quando for oficial superior.
— Pois bem! Então sereis casado, oficial superior, general de brigada, general de divisão o talvez até marechal de França, quem sabe? E depois, senhor?, acrescentou o padre com autoridade.
— Depois? depois? replicou o oficial, quase confuso. Oh! crede; não sei o que sucederá depois.
— Vede como isto é singular, disse então o sacerdote com um acento cada vez mais grave. Sabeis o que se passará até então e não sabeis o que depois sucederá. Pois bem, eu o sei e vou dizê-lo. Depois, senhor, morrereis. Apenas morrerdes, aparecereis diante de Deus para serdes julgado. Se continuardes a viver como até agora, sereis condenado e ireis arder eternamente no inferno. Eis-aqui o que depois sucederá!»
O mancebo, aterrado e enfastiado deste remate, parecia querer esquivar-se. «Um instante mais, senhor, continuou o padre. Tenho ainda algumas palavras a dizer-vos. Sois honrado, não é verdade? Pois bem, eu também o sou. Viestes aqui zombar de mim; deveis por isso dar-me uma reparação. Peço-a, exijo-a em nome da honra. Será além disso muito simples. Haveis de me afiançar que, por espaço de oito dias, de noite, antes de vos deitardes, posto de joelhos, direis em voz alta: «Um dia hei de morrer, mas rio-me disso. Depois da minha morte serei julgado, mas rio-me disso. Depois do meu julgamento serei condenado, mas rio-mo disso. Ireis arder eternamente no inferno, mas rio-me disso.» Direis isto; mas dais-me a vossa palavra de honra de que não haveis de faltar, não é verdade?»
O alferes, cada vez mais enfadado, querendo a todo o custo sair daquele embaraço, prometeu tudo e em seguida o bom padre despediu-o com bondade, acrescentando: «Não preciso, meu caro amigo, dizer que vos perdoo de todo o meu coração. Se tiverdes necessidade de mim, aqui me achareis sempre no meu posto. Não vos esqueçais da palavra dada.» Depois separaram-se, como vimos.
O novo oficial jantou só. Via-se que estava vexado. À noite, antes de se deitar, hesitou um pouco; mas tinha dado sua palavra de honra; não faltou ao prometido, «Morrerei, serei julgado; irei talvez para o inferno...» Não teve animo de acrescentar: «rio-me disso.»
Assim decorreram alguns dias. Sua penitência lembrava-lhe continuamente e parecia zunir-lhe aos ouvidos. A sua índole, como a das noventa e novo centésimas partes dos mancebos, tinha mais de dissipado que de mau. O oitavo dia não passou sem que o oficial voltasse, então desacompanhado, à igreja da Assunção. Confessou-se com contrição sincera, e saiu do confessionário com o rosto banhado de lágrimas e a alegria no coração.
Segundo alguém me certificou, ele foi depois um digno e fervoroso cristão. Foi a meditação do inferno que, com a graça de Deus, operou aquela mudança. Ora, o fruto que ela produziu no espirito deste novo oficial, porque o não produzirá no vosso, caro leitor?
É preciso, pois, meditar no inferno enquanto é tempo.
Cumpre pensar no inferno. É uma questão pessoal a sua existência, e, confessai-o, é profundamente temível. Aquela questão é proposta a cada um de nós; e, bom ou mau grado nosso, necessita de uma solução positiva.
Vamos pois, se quiserdes, examinar, breve mas rigorosamente, duas coisas: 1ª. se existe inferno; 2ª. o que é o inferno. Apelo aqui unicamente para a vossa fé e probidade.

Fonte do arquivo PDF: Alexandria Católica

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A Matemática de Deus

// Centro Pastoral Mãe da Reconciliação

De fato, os caminhos de Deus não são os caminhos dos homens (cf. Is 55,8); e mesmo no domínio mais incontestável da razão e lógica humanas – atributos, aliás, recebidos da graça divina, e pelos quais podemos chegar a conhê-lO e amá-lO – Ele nos demonstra a Sua perfeição e originalidade, muito acima dos limites aos quais, infelizmente, com freqüência buscamos nos apegar. Deus nos oferece sempre mais; e tantas são as vezes em que nos esforçamos para não aceitar, e ciosamente nos agarrarmos, ao curto horizonte dos nossos próprios cálculos. Assim também na matemática, a ciência propriamente exata – precisa, correta, incontestável – aquela em cima da qual se define, de algum modo, este mundo material: pois, sem dúvida, estava correto Pitágoras ao afirmar que "Tudo são números".

Porém um amigo padre (Pe. Alan Rodrigues) chamou a atenção para a situação de que duas pessoas reunidas não somam duas, mas três: é que Deus também está ali presente. O fundamento disto é, sem dúvida, a afirmação do próprio Cristo, "…onde estão dois ou três reunidos em Meu Nome, Eu estou lá entre eles" (Mt 18, 20). Desenvolvendo a idéia, verifica-se que em qualquer circunstância a presença de Deus é obrigatória: pois a simples existência de cada ser humano pressupõe a vontade explícita do Criador para que ele ali esteja, e neste sentido Deus também está sempre presente. Porém, é possível elaborar ainda mais esta soma (lembrando, com trocadilho proposital, que soma em grego significa "corpo"). Deus é Uno e Trino; e inseparável, pois onde está o Pai, estão igualmente o Filho, com o Seu corpo glorioso, e o Espírito Santo. Logo, duas pessoas reunidas somam, a esta altura, cinco, acrescentadas que são as três divinas Pessoas. Porém…


…Não se separa do Cristo a Virgem Santíssima; onde um está, inevitavelmente está também o outro, sendo Maria o caminho obrigatório para chegar a Jesus (cf. Catecismo da Igreja Católica; S. Luís M. G. Montfort, "Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem"). Onde está Cristo, está Maria: onde dois se reúnem, somam-se, agora, seis. Porém…


…Houve época na França em que era costume, ao cumprimentar-se alguém, começar a saudação pelo cumprimento ao seu anjo da guarda. A presença constante destes anjos, em sua missão de acompanhar pessoal e individualmente a cada ser humano, é matéria de fé obrigatória pela Igreja, e mesmo quando a alma está em pecado (cf. Catecismo da Igreja Católica). Onde dois se reúnem, somam-se, então – oito. Porém…


Cristo Jesus é Cabeça da Igreja, que é o Seu Corpo Místico: a união de Deus e Seus filhos, a Comunhão dos Santos, também é matéria de fé (cf. Catecismo da Igreja Católica) -; e, não é possível separar da Cabeça, o Corpo. Estando Jesus, Cabeça, presente à reunião de dois, está também presente, necessariamente, o Corpo; e a soma, agora…


Agora, finalmente, a adição de Deus e Seus filhos é… um. Porque é do desejo do Pai "Que todos sejam um!" em Cristo, "para que sejam um, como nós somos um: Eu neles e Tu em Mim, para que sejam perfeitamente unidos… (cf. Jo 17, 20-24). Eis a matemática segundo a lógica da Sabedoria Eterna: multiplicar na nossa nulidade e alcançar a cifra do valor de um Deus.
Sim, a matemática de Deus é diferente da do Homem. Teremos, é certo, contas a Lhe prestar, uma vez exponenciado que será o nosso corpo desta vida. É preciso que diante dEle não estejamos fracionados, mas inteiros. Mas na equação que Deus nos tem preparada, Ele multiplica as Suas misericórdias, se nos subtraímos ao Seu amor; nos iguala ao "número dos eleitos" (cf. Ap 13,8), se nossa radiciação está sob a potência da caridade; e, se o diabo (do grego diá, separação) nos divide, Ele nos reúne novamente, unindo a verticalidade que sobe, da terra de que somos feitos, ao Céu, com a horizontalidade do abraço que abarca o mundo inteiro – no sinal, positivo, da Cruz.


Agradeçamos, portanto, a este Deus para Quem os últimos serão os primeiros, para Quem quanto mais se dá mais se tem, e dos mais baixos e humildes faz os maiores e mais exaltados! E acertemos pela dEle a nossa aritmética, neste tempo quaresmal que se aproxima, de forma a participarmos do produto final do Seu infinito – incalculável – Amor.
José Duarte de Barros Filho 7-8/2/2014

Consagração a São Miguel Arcanjo

// Centro Pastoral Mãe da Reconciliação

 Consagração a São Miguel Arcanjo

Oh! Príncipe nobilíssimo dos Anjos, valoroso guerreiro do Altíssimo, zeloso defensor da glória do Senhor, terror do espíritos rebeldes, amor e delícia de todos os Anjos justos, meu diletíssimo Arcanjo São Miguel, desejando eu fazer parte do número dos vossos devotos e servos, a vós hoje me consagro, me dou e me ofereço e ponho-me a mim próprio, a minha família e tudo o que me pertence, debaixo da vossa poderosíssima proteção.

É pequena a oferta do meu serviço, sendo como sou um miserável pecador, mas vós engrandecereis o afeto do meu coração; Recordai-vos que de hoje em diante estou debaixo do vosso sustento e deveis assistir-me em toda a minha vida e obter-me o perdão dos meus muitos e graves pecados, a graça da amar a Deus de todo coração, ao meu querido Salvador Jesus Cristo e a minha Mãe Maria Santíssima, obtende-me aqueles auxílios que me são necessários para obter a coroa da eterna glória.

Defendei-me dos inimigos da alma, especialmente na hora da morte.
Vinde, oh! príncipe gloriosíssimo, assistir-me na última luta e com a vossa alma poderosa lançai para longe, precipitando nos abismos do inferno, aquele anjo quebrador de promessas e soberbo que um dia prostrastes no combate no céu.
São Miguel Arcanjo defendei-nos no combate para que não pereçamos no supremo juízo.
Amém.