Estamos inquietos, com uma ansiedade medonha, estamos paralisados por picuinhas, bobagens, besteiras, conversinhas vazias e vãs, nossos e os dos outros. Que nos impedem de crescer espiritualmente, profissionalmente e como pessoas.
Estamos mais dependentes das pessoas, da criatura do que do Criador. Estamos mendigando amor e atenção dos próximos. Estamos muito inquietos, com os problemas que inventamos, ou os problemas que não confiamos em desabafar em oração. Ao invés disso, queremos desabafar para a criatura, para os facesbooks da vida, como se ele fosse um ponto de desabafo que aliviasse a dor, a inquietação interior, e assim acabamos não sendo compreendidos e mal interpretados.
Estamos ainda presos ao passado, preocupados com o futuro e perdendo a beleza do momento, do presente. Estamos buscando respostas para essas ansiedades incomodantes nas pessoas erradas, lugares errados e de formas erradas, aumentando mais a ANSIEDADE que SUFOCA!
"Não vos inquieteis com nada!
Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações,
mediante a oração, as súplicas e a ação de graças". (Fl 4,6)
Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações,
mediante a oração, as súplicas e a ação de graças". (Fl 4,6)
Na busca de Deus, de forma lenta e progressiva, Ele vais nos revelando as suas coisas. Cada um de forma diferente. Passamos a enxergar mais além, e percebemos que muitas coisas que falávamos, escutávamos e víamos são "lixos espirituais" para a nossa alma.
"Como crianças recém-nascidas desejai com ardor o leite espiritual que vos fará crescer para a salvação," (1Pd 2,2)
No início ficamos inquietos, em ver tantas almas "comendo lixo do chão" havendo um "banquete preparado do céu". Essa é uma expressão espiritual que o céu nos revela para entender a situação de nossas almas. A sensação de MEDIOCRIDADE nos incomoda. Incomoda por nós mesmos, e pelos os que estão ao nosso redor.
Mais com o tempo, o céu vai nos acalmando, e nos mostrando que nós por nós não somos capazes de nada. Que a verdade revelada deve ter como nossa resposta, a nossa mudança interior, radicalidade em nós mesmos e não com os outros. Nossa oração, nossa mudança e nossa misericórdia. Que ainda continuamos tão cheio de defeitos como antes, sendo que agora podemos enxergá-los melhor.
"Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito". (Rm 12,2)
Mas por misericórdia, aos poucos a paz vai nos invadindo, o silêncio também. Começamos a aprender que o nosso silêncio contemplativo tem mais força do que palavras, que nosso sorriso, compaixão, tocar pode tocar mais a alma, do que palavras. Vamos percebendo que nossas palavras só nas palavras, nos dá sensação de "falta de algo", algo incompleto em nossa alma. É como se somente palavras não adiantassem mais, e que Deus quer atitudes. É como vi pixado num muro: - PALAVRAS, + ATITUDES.
Tarde Vos amei,
ó Beleza tão antiga e tão nova,
tarde Vos amei!
Eis que habitáveis dentro de mim,
e eu, lá fora, a procurar-Vos!
Disforme, lançava-me sobre estas formosuras que criastes.
Estáveis comigo e eu não estava Convosco!
Retinha-me longe de Vós
aquilo que não existiria,
se não existisse em Vós.
Porém, chamastes-me,
com uma voz tão forte,
que rompestes a minha Surdez!
Brilhastes, cintilastes,
e logo afugentastes a minha cegueira!
Exalastes Perfume:
respirei-o, a plenos pulmões, suspirando por Vós.
Saboreei-Vos
e, agora, tenho fome e sede de Vós.
Tocastes-me
e ardi, no desejo da Vossa Paz"
ó Beleza tão antiga e tão nova,
tarde Vos amei!
Eis que habitáveis dentro de mim,
e eu, lá fora, a procurar-Vos!
Disforme, lançava-me sobre estas formosuras que criastes.
Estáveis comigo e eu não estava Convosco!
Retinha-me longe de Vós
aquilo que não existiria,
se não existisse em Vós.
Porém, chamastes-me,
com uma voz tão forte,
que rompestes a minha Surdez!
Brilhastes, cintilastes,
e logo afugentastes a minha cegueira!
Exalastes Perfume:
respirei-o, a plenos pulmões, suspirando por Vós.
Saboreei-Vos
e, agora, tenho fome e sede de Vós.
Tocastes-me
e ardi, no desejo da Vossa Paz"
Santo Agostinho
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