A ideia de abrir a Igreja ao mundo, central na Grande Avacalhação pós-conciliar, não é um erro como outro qualquer. A oposição entre a Igreja e o mundo é constitutiva da essência mesma do Cristianismo. Ou seja, há contradição interna no ato que se pretende ao mesmo tempo cristão e "aberto ao mundo".Cristo crucificado é o signo máximo da violência desse antagonismo, que torna impensável qualquer veleidade de compromisso.
Por exemplo, na perspectiva cristã, a pobreza é uma vantagem no caminho estreito que leva ao Reino. Assim, uma política pretensamente cristã que se concentre na erradicação pura e simples da pobreza material pode constituir-se num empecilho à Graça e redundar, portanto, num mal.
Não por acaso, as populações pobres e profundamente cristãs do sertão nordestino tinham uma vida muito mais santa e uma postura diante do mundo muito mais cristã do que seus descendentes da periferia de São Paulo, que, com suas televisões, geladeiras e notebooks, se convertem em massa à doutrina dos Sílvios Santos, Gugus e Edires.
A Europa riquíssima é palco da mais espetacular apostasia que o planeta já presenciou. O mesmo se diga dos outrora cristãos Estados Unidos da América. É o moço rico que se afasta de Cristo. A disseminação da droga tanto na Europa como Nos Eua dão a medida do desespero provocado pelo afastamento de Deus. Como não disse John Lennon, drogar-nos é um ato pelo qual medimos a nossa dor.
O mesmo se diga da medicina que mira tão somente à eliminação da dor e do desconforto. A dor tem valor positivo no cristianismo, quando dedicada à participação no sofrimento de Cristo na Cruz. Ora, toda a medicina funciona justamente para eliminar essa dor, mesmo que positiva. Não há, portanto, acordo possível entre o cristianismo e a medicina hedonista.
Se quisermos restaurar o Cristianismo, não podemos perder de vista essa oposição central, Igreja versus mundo. Sob pena de oferecermos a Cristo um cristianismo morno que não merece mais que ser vomitado.
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A oposição ao mundo é essencial ao Cristianismo
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