A Igreja Católica em Cuba, país historicamente marcado pela resistência à fé religiosa, exaltou o perdão e a reconciliação durante a primeira Sexta-Feira Santa de feriado realizada em décadas na ilha, que, por sua vez, foi marcada pela transmissão ao vivo do discurso do cardeal cubano Jaime Ortega.
O sermão de Ortega, realizado na Catedral de Havana, foi televisionado para todo país por um canal estatal.
Por mais de uma hora, os cubanos puderam ver e escutar as palavras do arcebispo de Havana, que fez questão de ressaltar o valor do perdão como parte do legado de Jesus.
"Sem perdão não podemos ter relações interpessoais sãs, como vida familiar, convivência social, reconciliação entre grupos e entre os povos entre si. Mas, quanto nos custa perdoar?", indagou Ortega, que seguia a mesma linha de "reconciliação entre cubanos" adotada pela Igreja nos últimos meses. A decisão do Conselho de Ministros de retomar essa data foi anunciada três dias depois que o papa Bento XVI finalizasse sua visita a Cuba, onde o pontífice pediu ao atual presidente a restituição desse feriado religioso.
Após o pedido do papa, o governo cubano declarou que o dia 6 de abril seria uma data de 'recesso laboral' com "caráter excepcional". No entanto, as autoridades encaminharam a determinação definitiva sobre o tema "aos órgãos superiores da Nação". Várias pessoas consultadas pela Agência Efe nesta sexta em Havana concordaram que a medida deveria ser mantida de forma definitiva em Cuba, já que se trata de um sinal de "respeito" e "civilidade".
O Papa Bento XVI visitou Cuba de 26 a 28 de março, período no qual realizou duas missas campais em Santiago de Cuba e Havana, assim como visitou o Santuário Nacional do Cobre, onde fez uma homenagem à Virgem da Caridade do Cobre, padroeira nacional, e se reuniu com autoridades.
Bento XVI pediu, na quarta-feira (28/03/2012), em Havana, que as autoridades cubanas concedam o pleno exercício das "liberdades fundamentais" aos cubanos.
Durante cerimônia de despedida, no aeroporto, na presença do atual presidente, antes de partir em direção a Roma, o Papa destacou novamente a necessidade de Cuba "edificar uma sociedade renovada e reconciliada, com horitontes amplos".
"Que ninguém se veja impedido de participar desta tarefa apaixonante por uma limitação de suas liberdades fundamentais",
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