"Meu irmão, o Papa", por Georg Ratzinger



Estou a ler "Meu irmão, o Papa", de Georg Ratzinger (D. Quixote). Até à página 94, onde me encontro, é o melhor livro que li até agora sobre Joseph Ratzinger, embora ainda tenha falado pouco dele. As palavras de Georg respiram bonomia, serenidade. Leem-se com imenso agrado. E alguma piada. Humanizam o Papa.


Fico com uma boa ideia da família Ratzinger. Uma família urbana. O pai, polícia, pouco falador, era um bom contador de histórias para os filhos. Detestava Hitler (chamava-lhe "o vagabundo") e recusou juntar-se ao partido nazi. A mãe, boa cozinheira. Para não pôr em perigo a família, fez parte da organização feminina do regime e ia a umas reuniões onde não  falavam de Hitler, mas trocavam receitas de culinária, falavam dos seus jardins e às vezes rezavam o terço.


Antes do nazismo. Um dia (19 de junho de 1931; Joseph tinha quatro anos), o cardeal de Munique e Freising foi a Tittmoning, onde residia então a família Ratzinger, administrar o crisma. Conta Georg (pág. 68-69):
"O carro parou, mas a porta permaneceu fechada até que o nosso pai, estreando o uniforme de gala com sabre, capacete e cinturão brilhantes, a abriu. O cardeal desceu lentamente e observou a multidão com olhar majestoso. Ficámos todos extraordinariamente impressionados, e o meu irmão disse laconicamente: «Um dia, vou ser cardeal». 
Uns dias mais tarde, pintaram o nosso apartamento. O pintor fazia tudo com tanto jeito, que o meu irmão o observou com admiração até declarar por fim: «Um dia também vou ser pintor»".


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Livro do irmão do Papa

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