O fim da Procissão é marcado por uma cerimônia do mais alto e mais profundo simbolismo. No momento de voltar à igreja, o piedoso cortejo encontra as portas fechadas. Detém-se a marcha triunfal; mas os cantos de alegria não param. Ressoa nos ares um hino especial a Cristo Rei com seu jubiloso refrão, até que por fim, tendo o subdiácono batido à porta com o bastão da cruz, a porta se abre e a multidão, precedida pelo clero, torna a entrar na igreja, celebrando o Único que é a Ressurreição e a Vida.
Essa cena misteriosa tem por fim evocar a entrada do Salvador em outra Jerusalém, de que a da terra era apenas figura. Essa Jerusalém é a pátria celeste cujo ingresso Jesus nos concedeu. O pecado do primeiro homem fechara-lhe as portas; mas Jesus, Rei de glória, as reabriu pela força de sua Cruz, à qual não puderam resistir. Continuemos, pois, a seguir os passos do filho de Davi; pois Ele é também o Filho de Deus e nos convida a participar do seu reino.
(Dom Prosper Guéranger, La Passion et la Semaine Sainte em L'Année Liturgique, 1875; trad. Yours Truly)
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A Procissão de Ramos e a Jerusalém Celeste
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