O ícone mais conhecido entre nós, graças ao trabalho dos padres Redentoristas, é o de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. É considerado cópia do que teria sido pintado por São Lucas e destruído pelos turcos, na tomada de Constantinopla, em 1453.
Alguns historiadores
indicam que o quadro teria sido pintado por um artista grego, por volta
do século XIII ou XIV. Sabe-se, porém, que ele pertencia a uma igreja
na ilha de Creta, onde era venerado.
Os padres redentoristas, guardiães desse histórico quadro, espalharam pelo mundo a devoção à N. Sra. do Perpétuo Socorro.
Esse ícone, ao longo dos séculos, recebeu os seguintes títulos: N. Sra. Mãe de Deus, Madonna di San Matteo, N. Sra dos Anjos, N. Sra das Dores ou da Paixão (no Oriente), por causa dos instrumentos da morte de Jesus, apresentados pelos arcanjos Miguel e Gabriel.
Interpretação do quadro
Sobre um fundo dourado aparecem 4 pessoas: Maria, em destaque, Jesus de uns 7 anos e os arcanjos Miguel e Gabriel. A representação não é estática, mas dinâmica. São Miguel aparece ao menino, mostrando-lhe uma lança, a vara com a esponja e o vaso com fel e vinagre. Jesus se assusta e salta para buscar socorro no colo da mãe; com o pulo se parte a correia da sandália do pé esquerdo; ela está caindo. Pousado no braço esquerdo de Maria, Jesus volta-se para São Gabriel, que lhe apresenta a cruz e 3 cravos. As mãozinhas do Infante seguram fortemente a mão direita da mãe. Maria não está olhando para o Filho mas dirige um olhar triste para nós. Como que dizendo: "Evitem o pecado e a injustiça, causa dos sofrimentos e morte do Filho." Ela é N. Sra. do Silêncio. No alto de sua cabeça brilha uma estrela. No mar da vida ela é nossa luz e guia... Maria está segurando a mão esquerda do Filho, a fim de que não castigue, mas deixe livre a direita para abençoar. A sandália presa só pela correia, é símbolo do pecador, que continua unido a Jesus pela devoção a Nossa Senhora.
As preciosas coroas não fazem parte da obra original. Foram colocadas em 23/06/1867.
Jesus está trajado de cor marrom-claro e túnica verde: da tristeza, dos sofrimentos do Salvador surgem para nós, a esperança. O vestido de Maria é vermelho: é o distintivo das virgens. O manto azul, além de lembrar o céu, era o emblema das mães: ela é virgem e mãe. Mãe de Deus e dos homens. O quadro foi pintado em nogueira, medindo 53 x 41,5 cm.
Autor: Pe. Antonio D. Lorenzatto.
Fonte: Livro da Família - 1993.
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