Isarael: Politeísmo, Henoteísmo e Monoteísmo

Antes de atingir o monoteísmo em sentido estrito, Israel sofreu uma evolução passando por três etapas: politeísmo, henoteísmo e monoteísmo.

Por politeísmo, entende-se uma relação entre deuses diferentes, adorados segundo uma identidade inerente a cada um. O politeísmo acentua a predominância de um superior entre eles.

O henoteísmo, por seu lado, é a adoração de uma só Deus, mas sem prescindir da existência de outros. Presta-se uma adoração exclusiva a Deus, de modo oficial, sem eliminar a existência de outras divindades.

O monoteísmo é a adoração de um e único Deus, excluindo toda e qualquer possibilidade de existência de outra divindade, por se tratar da única divindade existente.

A crença em uma única divindade existente teve sua conclusão no pós-exílio, com a doutrina deuterocanônica, mediante um conceito de universalismo.

Para Israel, Deus é um Deus pessoal, de tal forma um, que se torna impensável uma doutrina trinitária sobre Ele.

A filosofia se iguala, de certo modo, ao pensamento judeu quando afirma que: “se Deus é infinito, não pode haver simultaneamente dois ou mais seres oniperfeitos e infinitos, posto que coincidirão em identidade estrita e numérica entre eles.

Por outro lado, filosofia e judaísmo se diferenciam quanto ao relacionamento de Deus com a humanidade.

Para o judaísmo, Deus se revela na experiência histórica do Povo.

Enquanto para os filósofos, o imutável, perfeito, motor imóvel existe para si, Deus, IHWH, existe para seu Povo.

Israel se entende como o outro com o qual o Senhor se relaciona sempre em ordem à salvação.


O AT expressa um conceito de Deus como sendo pessoal, de que Deus é capaz de todas as emoções que uma pessoa pode ter: amor, ira, arrependimento e outras emoções.
O Deus transcendente que habita na luz, onde ninguém pode se aproximar, está exaltado acima do tempo e do espaço, e, portanto, é único na Sua divindade… Seu aspecto mais fundamental se expressa na palavra “santo”.

No AT este é o atributo característico de Deus. Ele é o Santo (Is 40,25; Hc3,3; Os 11,9). Mesmo assim, o Deus, transcendente e santo, sai da Sua situação oculta mediante Sua palavra e Seus atos de revelação, e repetidas vezes Se comunica com Seu povo nas Suas demonstrações de poder e de glória.

Pois bem, o Deus uno e único em todo o Seu ser era assim entendido. Confessavam o Deus único com lealdade inabalável e lutavam apaixonadamente contra toda sorte de seita, e neste sentido, para ele, entram os cristãos primitivos, e também contra os pagãos por causa do politeísmo.


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