A Desinformação de Hollywood Sobre a Maçonaria








Crítica do filme A Lenda do Tesouro Perdido (National Treasure)





Por Margaret C. Galitzin


Traduzido por Andrea Patrícia












A propaganda do filme
se orgulha de abrir os segredos da Maçonaria





Talvez alguns leitores tenham ficado surpresos - como eu
fiquei - pelas referências abertas a "segredos" maçônicos no filme A
Lenda do Tesouro Perdido (National
Treasure
), que eu vi recentemente. Isso simplesmente nunca costumava
acontecer nos filmes de Hollywood. Durante décadas nós temos ouvido sobre cada
um dos segredinhos sujos - reais e imaginários - sobre a máfia, egípcios,
astecas, índios, etc., mas quase nada sobre os ritos de iniciação e fraternidade
da Maçonaria. Para todos os efeitos práticos, os ritos secretos e propósitos da
Maçonaria simplesmente não existem para Hollywood, embora todos saibam que eles
existem.







Estaria a Maçonaria experimentando uma
"aproximação" com o mundo moderno, um “sair do armário” para revelar
todos os seus costumes há muito escondidos e práticas de ocultismo? Eu não
conseguia entender a nova tendência em filmes de grande sucesso como A Lenda do
Tesouro Perdido e Anjos e Demônios.







Recentemente me deparei com um blog chamado “Vigilant
Citizen” ["Cidadão Vigilante"] que forneceu uma resposta satisfatória
em uma crítica dos dois filmes acima mencionados. Infelizmente, o nosso
"cidadão vigilante" não tem nome para que eu possa creditar trechos
de seu artigo que vou citar a seguir, por isso vou simplesmente me referir a
ele como VC a partir de agora. Como VC não cedeu ao novo rosto amigável da
Maçonaria, talvez ele queira permanecer no anonimato para evitar qualquer
retaliação.







Eu não concordo com sua análise inteira, por exemplo, ele sustenta
a noção errônea dos Cavaleiros Templários, uma ordem grande de Cruzados, como
seguidores de uma doutrina gnóstica de ocultismo. Mas eu pensei que eu
compartilharia vários de seus pontos mais interessantes para lançar luz sobre a
nova estrada que Hollywood está trilhando, de modo que o nosso público Católico
vigilante não siga adiante ingenuamente.








Uma abertura
calculada





Por que as sociedades secretas de repente se encontram no
centro de intrigas nos filmes, VC pergunta, especialmente porque muitas pessoas
na indústria do cinema são notoriamente parte dessas sociedades secretas? Por
que essas sociedades estão se expondo ao freqüentador de cinema comum, que na
maioria das vezes mal possui conhecimento da sua existência? O segredo não é um
requisito importante para a sobrevivência dessas organizações clandestinas?







Esta é a sua resposta:







Acredito que uma
mudança importante está ocorrendo nas estratégias de comunicação dessas
sociedades da elite. O advento da era digital, onde qualquer pessoa pode criar
e publicar conteúdo tornou o sigilo de tais organizações impossível. Sites,
livros, documentários, DVDs e outros meios de comunicação expuseram muitos
segredos da Maçonaria e de outras organizações secretas.












Nicholas Cage carrega
tocha de Lúcifer na busca da iluminação








Informações que só
poderiam ser encontradas em livros raros e exclusivos estão agora dispostas para
pesquisa no Google. Ouvi de alguns maçons que ficaram atônitos com o nível de
conhecimento possuído pelo "profano". Esses tipos de estudiosos
maçônicos, que não são realmente iniciados na Irmandade, eram muito raros, até
há pouco tempo atrás. Como o interruptor digital é irreversível (e completo), as
ordens ocultas adaptaram suas estratégias a este novo contexto (que
provavelmente viu anos atrás o que estava prestes a acontecer). A estratégia é:
"Se eles têm de saber sobre nós, nós vamos lhes dizer o que saber".







Através de
Hollywood e livros best-sellers, as sociedades secretas estão sendo
introduzidas para o homem comum, mas com uma condição importante: ao público é
dado um retrato distorcido, caricaturado e romântico das sociedades secretas.
Estamos introduzindo na cultura pop uma doutrina mítica em torno das sociedades
secretas, associando-as com símbolos fascinantes, caça tesouros e aventuras
exóticas. Os telespectadores acreditam que estão realmente aprendendo fatos
sobre a Maçonaria ou os Illuminati, e eles saem do cinema com uma sensação de
fascínio, maravilhamento e admiração.







Esses sentimento,
no entanto, tem base em fatos totalmente errôneos, explicações dúbias e “Contos
da Carochinha”. Depois de ver esses filmes, o espectador tem uma predisposição
positiva em relação a essas ordens e estarão menos inclinados a acreditar e
pesquisar sobre conspirações relacionadas a elas.









A Lenda do Tesouro
Perdido - uma sessão de desinformação







A Lenda do Tesouro Perdido - produzido por Walt Disney
Pictures - é talvez um dos melhores esforços conhecidos para oferecer a toda a
família uma “agradável e benéfica sessão de desinformação maçônica". O
filme gira em torno de uma caça ao tesouro com base em pistas deixadas por
maçons de destaque na Declaração da Independência. VC explica:












Ao passo que o avô
conta sua história seu olho é transposto sobre a Pirâmide de Gizeh








O filme começa com
o personagem principal (interpretado por Nicholas Cage) como um pequeno menino,
buscando informações sobre sua história familiar. O avô do rapaz chega e dá ao
garoto (e ao público) uma história totalmente falsa e distorcida dos Cavaleiros
Templários e dos Maçons.





Estas são algumas
das reivindicações: Os cavaleiros templários encontraram sob o Templo de
Salomão um grande tesouro de [manuscritos antigos, moedas de ouro, obras de
arte e artefatos] que foi perdido por mil anos. Eles trouxeram o tesouro de
volta à Europa.









Deixe-me inserir aqui uma observação de que este tesouro
supostamente é uma lenda provavelmente espalhada pelos maçons, nunca apoiada
por todos qualquer fato histórico.









Os Templários
decidiram contrabandear o tesouro para os Estados Unidos e mudaram seu nome
para Maçons.









Novamente, isto não é objetivo. Os templários nunca mudaram
seu nome para Maçons, e a ordem foi fechada pelo Papa Clemente V em 1311, mais
de 400 anos antes de os EUA ter sido fundado.









A Maçonaria não é
uma instituição totalmente americana, como o filme insinua. É uma sociedade
secreta européia que data da Idade Média, que abriu lojas na América do Norte
para expandir seu alcance. O objetivo da Maçonaria não é "proteger um grande
tesouro templário", é uma antiga ordem de construtores que incorporou aos
seus ritos, ao longo dos anos, os ensinamentos dos Templários, Rosacruzes e dos
Illuminati.









Como católicos sabemos, o objetivo real dessas sociedades
ocultas é estabelecer uma república universal, uma nova sociedade que viva numa
paz indiferente a Deus. Por esta razão, eles odeiam e lutam contra a Una,
Santa, Católica e Apostólica Igreja Romana, o grande obstáculo que estava no
caminho do seu plano.









O herói do filme está
em busca de iluminação e os enigmas que ele deve resolver representam as
iniciações pelas quais ele deve passar antes de acessar o conhecimento
superior. Este tesouro mais importante é simbolicamente sepultado sob a Trinity
Church
[Igreja da Trindade], na Filadélfia, em uma caverna escondida que é
escura e profunda.







Ben Gates tem de
acender a tocha de iluminação para encontrar seu caminho para o conhecimento
oculto. A tocha representa a doutrina luciferiana da Maçonaria Americana
instituída por Albert Pike. No mais alto grau, Lúcifer é ensinado a ser o
"portador de luz", o deus do Bem, que mostra a caminho para
iluminação.









"Tal [alto
grau do Rito Escocês] religião é o maniqueísta Neo-Gnosticismo, ensinando que a
divindade é dupla e que Lúcifer é o igual de Adonay, com Lúcifer, o Deus da Luz
e Bondade lutando pela humanidade contra Adonay o Deus das Trevas e mal"
(Domenico Margiotta 33°, Adriano Lemmi).







"Quando o
maçom aprende que a chave para o guerreiro no bloco é a aplicação correta do
dínamo do poder da vida, ele aprendeu o mistério de seu ofício. As energias
ardentes de Lúcifer estão em suas mãos e antes que possa ir avante e para cima,
ele precisa provar sua capacidade de aplicar corretamente a (esta) energia".
(Manly P. Hall, Lost Keys of Freemasonry).









Voltemos à
história. Ben Gates, com sua tocha Luciferiana encontra o caminho para a
iluminação e obtém acesso a uma fonte infinita de conhecimento. Durante a cena
onde os heróis olham em torno da sala do tesouro, eles encontram itens muito
importantes: Manuscritos da Biblioteca de Alexandria, estátuas egípcias e
outros artefatos da Antiguidade. Todos esses objetos referem-se ao conhecimento
oculto que foi comunicado através dos tempos por meio de sociedades secretas.












Anel maçônico do inspetor
do FBI








No final do filme,
Ben Gates fala com o inspetor do FBI e implora para ele não mandá-lo para a
cadeia. Fazendo brilhar seu anel maçônico, o representante da lei diz que
"alguém tem que ir para a cadeia" pelo roubo da Declaração da
Independência. A próxima cena mostra os "caras maus" (os não-maçons)
sendo presos, mesmo que eles realmente não tenham roubado a Declaração. Vemos
aqui um exemplo gritante do juramento maçônico substituindo a lei. O agente do
FBI deliberadamente ignorou a lei para ajudar o seu irmão maçônico.









O filme teve um final Hollywoodiano - os heróis se apaixonam
(eu não tenho certeza que se casam já que isso não é necessariamente parte do
final feliz moderno) e ficam ricos com sua parte do Tesouro Nacional encontrado.
Como VC aponta: "Não há nenhum significado esotérico para isto, é apenas
um fim bobinho ao estilo Disney". De qualquer maneira o enredo não importa
realmente. Foi apenas uma janela para adornar a desinformação que está sendo
espalhada sobre as Sociedades Secretas.










Original aqui.







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Influências nefastas do rock satânico

Pe. Gabrielle Amorth

Vários autores católicos já preveniram das consequências nefastas do rock satânico. Recordo especialmente de Piero Montero, Satana e lo stratagemma della coda, Ed. Segno; Corrado Balducci, Adoratori do Satana, Ed. Piemme. Transcrevo alguns traços fundamentais, extraídos da revista Lumiére et Paix, maio-junho 1982, p. 30.

***

"Existe, nos Estados Unidos - depois, estendeu-se à escala internacional - uma associação chamada WICCA (traduzida, esta sigla significa: Associação dos Bruxos e Conjurados). Os compomentes desta associação são numerosíssimos, possuem três companhias discográficas e cada disco tem por objetivo contribuir para a desmoralização e para a desorganização interior da psicologia dos jovens. Praticam o satanismo e consagram-se à pessoa de Satanás.

Cada um destes discos descreve exatamente os estados de alma que convêm aos discípulos de Satanás e convida as pessoas a celebrarem a sua glória, a sua honra e o seu louvor. Há também um grupo famoso, muito famoso, cujos membros também pertencem a uma seita satânica da região de San Diego, divulgam em muitas de suas músicas - embora não em todas elas - os mesmos princípios, porque são sempre pessoas consagradas ao culto de Satanás.

Outra organização, também muito conhecida, é a de Garry Funkell, que produz o mesmo tipo de música. Estes grupos têm, sobretudo, o objetivo de divulgar os discos que têm por finalidade conduzir os jovens ao satanismo, ou seja, ao culto de Satanás.

Os discos consagrados a Satanás baseiam-se em quatro princípios:

- Primeira coisa: é importante o ritmo, chamado beat, que se desenvolve seguindo os movimentos da relação sexual. Repentinamente, os ouvintes sentem-se envolvidos numa espécie de frenesi. É por esse motivo que se registram muitos casos de histeria, produzidos pela escuta contínua desses discos; é o resultado que se obtém exasperando o instinto sexual por intermédio do beat de que falamos.

- Em segundo lugar, usa-se a intensidade sonora, deliberadamente escolhida de maneira a atingir uma força de sete decibéis acima da tolerância do sistema nervoso. Está tudo muito bem calculado; quando nos sujeitamos a esta música durante algum tempo, logo em seguida, a pessoa passa por um certo tipo de depressão, de rebelião e de agressividade, de tal modo, que se chega a certas atitudes, dizendo sem tomar consciência: "No fundo, eu não fiz nada de mal: só ouvi um pouco de música na balada". (Assim acreditam, também, muitos pais e educadores, totalmente inexperientes neste campo) Mas trata-se de um método previsto e bem calculado, que visa exasperar o sistema nervoso e, desse modo, leva à obtenção de um resultado bem determinado: levar os ouvintes a um estado de confusão e de desordem, que os impele a buscar formas de realizar o beat, ou seja, o ritmo que ouviram durante a balada; e é assim que se chega, também, a recrutar novos adeptos a iniciar no satanismo. Este é o objeto final dos seus autores.

- O terceiro princípio é transmitir um sinal subliminar. Trata-se de transmitir um sinal elevadíssimo, muito acima da capacidade do ouvido, um sinal supersônico, que atua no inconsciente. É um som importuno, da ordem dos 3.000 quilohertz por segundo, que não é possível captar com os nossos ouvidos, precisamente por ser supersônico; desencadeia no cérebro uma substância, cujo efeito é exatamente idêntico ao da droga, mas uma droga natural, produzida pelo cérebro, depois que aqueles estímulos são recebidos, mas de que não se dá conta. Num determinado momento, a pessoa sente-se estranha... Esta sensação incômoda induz a pessoa a procurar a droga propriamente dita ou a tomar doses maiores, caso já faça uso dela.

- Ainda há um quarto elemento: a consagração ritual de cada disco, no decurso de uma missa negra. De fato, antes de cada disco ser lançado no mercado, é consagrado a Satanás com um ritual particular que é uma forma autêntica de missa negra.

Se já parou para analisar as palavras destas canções (palavras que, por vezes, estão escondidas e apenas são perceptíveis se ouvirmos o disco na rotação contrária - ndr), percebemos que os temas gerais são sempre os mesmos: rebelião contra os pais, contra a sociedade e contra tudo o que existe; libertação de todos os instintos sexuais; a possibilidade de criar um estado anárquico para fazer triunfar o reino de Satanás. Basta tomar, por exemplo, a canção Hair, para encontrar quatro partes dedicadas ao culto de Satanás.

Depois de tudo o que dissemos, quem ousaria negar o perigo das influências do Maligno que conta com tantos cúmplices no caminho da rebelião e do ódio? Lemos no Apocalipse: "E furioso contra a Mulher, o dragão foi fazer guerra contra o resto da sua descendência, isto é, os que observam os mandamentos de Deus e guardam o testemunho de Jesus" (cf. Ap 12,17).

Pe. Gabrielle Amorth, Novos Relatos de Um Exorcista


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Frases que bloqueiam o bom planejamento da catequese


Tem muita gente que sonha alto na catequese.

Que bom! Pessoas que não querem ficar no marasmo de sempre e não se contentam com a mesmice. Vejo e falo com muitos catequistas entusiasmados com a missão que lhes foi confiada. Porém, existem aqueles que desistem facilmente. Acham-se sem condições, sem tempo, limitados, despreparados. Ficam com medo de saber até onde podem chegar como catequistas.


O medo nos paralisa e atrofia, nos impede de sonhar mais alto, de mudar o mundo, atingir as pessoas com o projeto de Deus. O medo é um câncer para a catequese. É ele que nos impede de prosseguir, de alcançar vôos mais altos, de lutar por encontros melhores, de entusiasmar jovens, crianças, adultos, pais, padrinhos e até mesmo outros catequistas que conosco caminham.



O medo, quando ataca, vem com tudo, paralisa sonhos, fragiliza ações, desvia caminhos. Precisamos enfrentá-lo com toda a fé e força. A oração é um antídoto precioso contra este sentimento terrível que é medo.



Muitas comunidades estão iniciando agora o ano catequético. Por este Brasil afora, estão acontecendo encontros, reuniões de formação, palestras, planejamento para o ano inteiro, aprendizado de técnicas, dinâmicas e até mesmo, a busca de conteúdos para os encontros semanais.



Sempre surgem idéias diferentes nestas reuniões. Alguém sempre diz “ Porque a gente não faz diferente desta vez”. O entusiasmo está presente, eu noto isso. Conversando com catequistas de todo o país, sinto que estão dispostos a mudar, a crescer, tornar a catequese algo que realmente toque e indique o projeto de Deus. Mas, o “maldito” medo, busca outros sentimentos para reinar nas idéias de muitos catequistas e coordenadores.



O medo nos apresenta frases que vão de encontro aos nossos ideais e vontades. E aos poucos, muitas lideranças vão se tornando dominadas pela sensação de insegurança, impotência e desânimo. Com isso, a frase que surge, com mais ênfase é “Não podemos fazer. Deixemos tudo como está”. É uma pena que seja assim.



Resolvi separar algumas outras frases, que no meu entendimento, atrapalham um bom planejamento da catequese impedindo que diversos grupos de catequistas pelo menos tentem fazer coisas diferentes, saindo da mesmice e do marasmo.

São elas:

• Que ridículo!

• Não temos tempo.

• Em time que está ganhando não se mexe.

• Está bom assim. Por que mudar se está funcionando bem?

• Ninguém vai participar. É melhor nem fazer.

• Nunca fizemos isso antes. Não vai funcionar.

• Não estamos preparados para isso.

• Isso é problema deles, não nosso.

• Vamos pôr os pés no chão.

• O Padre não concordaria com isso.

• Não é prático.

• Custa muito caro. Não está no orçamento.

• Já tentamos assim.

• Alguém já tentou antes?

• Será que o conselho pastoral aprovaria?

• Não é nossa responsabilidade.

• Os pais não querem nada com nada. Não adianta convidá-los.



O medo não pode ser o maior sentimento entre nós, lideranças pastorais, catequistas e coordenadores. Quem sabe você arrisca a enfrentá-lo? Quem sabe você tenta fazer coisas diferentes? Quem sabe você partilha com os demais os seus sonhos, projetos e desejos para a catequese?



Se eu disser “Eu posso, eu quero, eu vou conseguir” e acreditar nisso, o universo conspira a seu favor. Mas por favor, não desista antes de pelo menos tentar.



“Eu posso, eu quero, eu vou conseguir.”

E você conseguirá.



Ps: perguntei para a Ana Carolina e a Tati, em São João Del Rei, se o medo tomou conta dos sonhos dela? Se elas desistiram de ir atrás do que sonharam?

Façam a mesma pergunta para a Viviane, da cidade de Itu e para a Eliza, da cidade de Leme, no interior de São Paulo.

Elas sonharam e foram atrás do que queriam.

Sonhemos iguais a ela!



Fonte: Alberto Meneguzzi






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Frases que bloqueiam o bom planejamento da catequese

A educação católica, educação de valores


Sao Tomas de Aquino, Notre Dame de Paris.jpg
São Tomás de Aquino, Doutor da Igreja
A educação, desde os filósofos gregos até o século XVIII, visava a formação do homem como um todo, procurando desenvolver suas habilidades e capacidades, explorando suas apetências, seguindo um currículo muito flexível, quase que adaptado a cada aluno.

As aulas das universidades ocorriam com frequência em espaços públicos, com acesso a qualquer um. A respeito dessa informalidade, conta-se, até, na vida de São Clemente Maria Hofbauer um fato significativo. Na sua juventude, sendo aprendiz de padeiro, sentou-se na praça em Viena, Áustria, para assistir a uma aula de famoso teólogo. Em determinado momento ele interrompeu a exposição observando: "Mestre, não sei explicar por quê, mas o que o Sr. acaba de falar está errado!" Indignado, o professor expulsa o jovem da aula. Anos depois, encontrando-se com São Clemente, agora sacerdote, o mestre lhe agradece aquela intervenção, explicando que fora tirar a limpo e, realmente, estava ensinando algo equivocado. Era o senso católico prevalecendo sobre a mera erudição.

Competia nessa época ao mestre ou preceptor atender às legítimas curiosidades e pontos vivos de interesse do discípulo, pois se compreendia que cada indivíduo é único e tem uma visão do universo personalíssima, originalíssima e riquíssima.
São Tomás de Aquino (século XIII) "introduz um princípio pedagógico moderno e revolucionário para seu tempo: o de que o conhecimento é construído pelo estudante e não simplesmente transmitido pelo professor" (Revista Nova Escola, julho de 2008, p. 22, sem autor). Vê-se por aí que Piaget e o construtivismo não representaram nenhuma novidade pedagógica na História, como tantas vezes são apresentados.
Hoje fala-se de inter e transdisciplinaridade. Até na Revolução Francesa se ensinava assim... O conhecimento era uno, coeso, formava um todo coerente, harmônico entre as partes, baseado na mesma concepção religiosa do universo. Todos os conhecimentos se relacionavam entre si. Hoje fala-se que a criança deve aprender brincando ou que o aprendizado deve ser prazeroso.
Na pesquisa bibliográfica, pudemos constatar que São Tomás de Aquino já ensinava isso na Suma Teológica (II-II, q. 168, art. 2, 3 e 4), no século XIII, tendo inclusive escrito um Tratado sobre o brincar. E São João Bosco (século XIX) tinha como pedra fundamental de seu sistema preventivo na educação a "amorevolezza": a benquerença; a criança deveria ser benquista e sentir-se benquista pelo professor que, assim, conquistava a confiança do discípulo. Nos recreios salesianos havia uma só regra: é proibido estar triste.


platao_aristoteles.jpg.jpg
Platão e Aristóteles
Hoje dá-se muita importância aos laboratórios, às experiências (John Dewey, 1978); os antigos da Escola peripatética, de Aristóteles, a qual possuía uma orientação empírica, já procediam assim pelo ano 320 a.C. ...

Ou seja, as melhores tendências da pedagogia atual vão no sentido de restaurar o que a educação cristã vem fazendo há séculos. A chamada pedagogia "tradicional" - distinta da católica de que tratamos acima - é da idade moderna, fruto da Revolução Francesa. Um dos filósofos dessa escola foi Johann Friedrich Herbart (1776-1841), considerado o organizador da Pedagogia como ciência.
O conhecimento humano ficou compartimentado, fragmentado com o iluminismo e o racionalismo, gerando as incontáveis especializações estanques modernas.

Por se basear no princípio de que a mente humana apenas apreende novos conhecimentos e só participa do aprendizado passivamente, o herbartianismo resultou num ensino que hoje qualificamos de tradicional. "[...] um ensino totalmente receptivo, sem diálogo entre professor e aluno e com aulas que obedeciam a esquemas rígidos e preestabelecidos" (Revista Nova Escola, dezembro de 2004, p. 24, sem autor).

O sistema de ensino prevalente nas universidades medievais era baseado na intensa participação dos alunos através da "disputatio", o debate, que se seguia à apresentação de um tema, a "lectio", no qual cada um defendia sua opinião. Nem o mais ousado sistema educacional hodierno chega a ser tão participativo como o medieval.

Por Pe. Ricardo Basso, EP.


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Artigo: A educação católica, educação de valores

Livro: Novos Relatos de Um Exorcista, do Pe. Gabrielle Amorth

Ontem, uma amiga minha me disse: "Fábio, você é de tempo. Numa hora, você é todo metafísica; em outra, é todo mística; e agora, tá voltado pra esse assunto de exorcismos". Ela falava isso referente às postagens que tenho feito ultimamente sobre o tema. rsrs..

Tenho postado estes artigos porque estou lendo detidamente o livro do Pe. Gabrielle Amorth, Novos Relatos de Um Exorcista. O Pe. Gabrielle já nos é conhecido de longa data; ele é o Exorcista Oficial do Vaticano. Porém, este livro não é meu; foi trazido pelo amigo Everton que está nos fazendo uma visita durante somente dez dias, cinco dos quais já são idos. Ele me mostrou o livro e me pediu para dar uma olhada. Naturalmente, não foi preciso percorrer tantas páginas para que o livro despertasse maior interesse.

É por este motivo que tenho privilegiado a sua leitura e conforme eu for encontrando alguma coisa que considere conveniente postar aqui no blog, eu o farei. ^^

Aproveito a ocasião para recomendar o livro. É este aí da imagem.

E, lembrando que hoje é dia de Sto Tomás de Aquino, peçamos que ele interceda por nós.


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Dicas para viver bem a Quaresma:: Silêncio interior



Que a quaresma é um tempo propício para a conversão, todo mundo está cansado de saber. Entra ano e sai ano, e os sacerdotes continuam ensinando ao povo essa verdade. Porém é triste perceber que muitos católicos passam pela quaresma como se nada estivesse acontecendo e assim sendo, perdem a oportunidade sair dela sendo cristãos melhores.

Porém é fato: Muita gente deseja aproveitar esse tempo e não sabe por onde começar. As vezes falamos muito para as pessoas que é necessário caminhar mas esquecemos de apontar caminhos. Por isso resolvi postar aqui algumas das coisas que eu faço nesse tempo para viver bem. A minha experiência em quaresmas tem sido muito boas. São pequenos passos que quando dados, me ajudam a viver melhor esse tempo. Sei que existem muitas fórmulas escritas por santos e doutores da Igreja, mas essas que vou relatar ao longo da quaresma, são as que funcionam bem comigo. Espero que ajudem você.

1ª Dica:: Busque o silêncio interior

Vivemos em meio ao barulho. Carros que passam, música alta, pessoas falando… A poluição sonora realmente nos incomoda. Porém o pior barulho que existe não vem de fora. Vem de dentro de nós.

Infelizmente se chegarmos a um lugar sem barulho nenhum, conseguimos perceber que muitas vozes gritam dentro dos nossos ouvidos. O nosso cotidiano faz nossa cabeça trabalhar quase que vinte quatro horas. Quem não conhece uma pessoa que quando chega em casa e percebe que está sozinho, logo não liga o rádio ou a TV para fugir do silêncio? Muita gente se sente perturbada com o silêncio.

Por isso a dica que dou hoje é treinarmos nosso ser para cultivar o silêncio. É no silêncio que o Senhor nos fala. Fica difícil ouvir alguém em meio ao barulho. Portanto é essencial buscarmos e cultivarmos o silêncio. Não estou dizendo que na quaresma você terá que ficar calado e sem ouvir música ou ver TV. Estou dizendo que você precisa cultivar o silêncio. Quando nos determinamos a silenciar é como se estivéssemos no deserto, mesmo estando no meio da cidade mais barulhenta.

Um excelente exercício para se exercitar no silêncio é tirar alguns minutos do seu dia para não pensar em nada, não escutar nada e não fazer absolutamente nada.

Eu faço assim: Quando começo meu dia de trabalho, eu tiro 5 minutos do meu dia para silenciar o coração. Faço o sinal da cruz, e rezo: Jesus silencia meu coração. Que os ruídos internos e externos não atrapalhem os meus ouvidos. Quero escutar apenas a tua voz.

Depois disso, eu fecho os meus olhos e busco não pensar em nada. Se você fizer isso, você vai perceber que o seu interior logo vai buscar algo para pensar ou se preocupar. Quando se pegar nessa situação, faça novamente essa oração e recomece. Ao fim do tempo estabelecido agradeça ao Senhor e vá seguir com sua vida.

Você perceberá que com o tempo, você sentirá necessidade de fazer esse silêncio interior mais vezes. Fazendo isso constantemente você perceberá que seu interior vai silenciar. Esse exercício simples vai te ajudar a ouvir melhor as orientações que o Senhor te dá ao longo do dia.

Veja também:: Exame de consciência para uma boa confissão


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Dicas para viver bem a Quaresma:: Silêncio interior

O CULTO CATÓLICO E SUAS CERIMÔNIAS E SEUS SÍMBOLOS

CAPÍTULO III

SINAL DA CRUZ E INCENSAÇÃO

I. SINAL DA CRUZ

Esta prática, que reencontramos em cada cerimônia da liturgia, e que se tornou o símbolo do cristão, merece toda nossa atenção. O hábito de se fazê-lo freqüentemente cria, infelizmente, uma rotina culpável que, somente o conhecimento de sua história, de seu significado, de sua eficácia, pode destruir entre uns e prevenir entre outros.


SÍMBOLO DA CRUZ NA ANTIGUIDADE – A memória da queda do homem e a esperança de sua redenção tinham sido preservadas entre todos os povos, junto com o sinal do instrumento sobre o qual deveria se operar nossa redenção. A cruz aparece como uma árvore gigante, cujos imensos ramos se estendem desde a primeira era do mundo, até o último de seus dias, abrigando todos os homens sob sua sombra benfazeja, oferecendo para todos, o fruto da vida e da imortalidade.

Que o sinal da cruz já era conhecido dos Judeus, vários fatos emprestados da santa Escritura vão nos mostrar claramente: “Jacó, diz Tertuliano (52), abençoa os filhos de José: a mão esquerda colocada sobre a cabeça daquele que estava à direita, e a direita sobre a cabeça daquele que estava à esquerda. Nessa posição, elas formavam a cruz e anunciavam as bênçãos cujo Crucificado deveria ser a fonte (53) ”. “Porque Moisés, diz ainda o ilustre doutor, no momento em que Josué vai combater Amalech faz o que ele jamais havia feito, orando com as mãos estendidas? Em uma circunstância tão decisiva, não deveria para dar maior eficácia à sua oração, dobrar os joelhos e bater no peito prostrado no pó? Nada disso. Porque? Por que o combate do Senhor que se entrega contra Amalech prefigurava as batalhas do Verbo encarnado contra Satanás, e o símbolo da cruz pelo qual Ele devia trazer a vitória.

O sangue do Cordeiro pascal tingindo em forma de cruz as portas dos Hebreus, seus membros dispostos em cruz diante os convidados da Páscoa. A serpente que foi erguida em forma de cruz no deserto aos olhos dos Israelitas como uma garantia de salvação.

Nos sacrifícios, o sacerdote judeu oferecia a vítima sob os auspícios da cruz. Primeiro ele elevava a hóstia e a carregava do oriente para o ocidente. Era, ainda, pelo sinal da cruz que o povo recebia as bênçãos sacerdotais após os sacrifícios.

Dos filhos de Judá, o conhecimento do sinal redentor era passado para outros povos. Os pagãos, testemunha Apulée (54), adoravam suas divindades colocando transversalmente o polegar direito sob o índex que eles carregavam na boca. Em Roma havia uma deusa encarregada de interceder sem cessar pela República. Ela era representada com os braços estendidos em cruz, e em suas costas havia um altar onde queimava incenso, símbolo da oração (55).

Os egípcios fizeram desse sinal o símbolo da vida. As mais recentes descobertas da ciência nos mostram a cruz entre as mãos das divindades que eles observavam como benfeitoras e propícias ao homem. Em Atenas, como em Roma, quando um juiz declarava a inocência de um acusado, ele o marcava com esse sinal de vida(56). A história da China mostra que um de seus imperadores, para honrar o Altíssimo, uniu dois pedaços de madeira, um reto, e outro em transversal (57).

O simples bom senso admitirá que um uso assim tão universalmente difundido, não deve sua origem ao acaso. “Tocamos aqui, diz Monsenhor Gaume (58), em um interessante trabalho sobre essa matéria; em um dos mais profundos mistérios da ordem moral. Para que Deus ouça o homem, é preciso que o homem seja agradável a Deus. Somente seu Filho é agradável, e aqueles que lhe assemelham. Ora, o Filho de Deus, este único mediador entre Deus e os homens, é um sinal vivo da cruz, símbolo da cruz desde a origem do mundo. É o grande Crucificado, e esse grande Crucificado é o novo Adão, é o modelo do gênero humano. Para ser agradável a Deus é preciso, então, que o homem se pareça com seu divino modelo, e seja um crucificado, um sinal da cruz vivo. Tal é, como o do próprio Verbo, seu destino sobre a terra... Daí a existência e a prática, sob uma forma ou outra, do sinal da cruz entre todos os povos, desde a origem dos séculos até nossos dias (59)”.

FORMA E PALAVRAS DO SINAL DA CRUZ – O sinal da cruz, garantia de esperança para as gerações além do Calvário, se tornou para os filhos da nova Lei uma nova lembrança. Com os grandes mistérios da fé, ele lhes recorda os principais deveres que lhe impõe o título de cristão. É como um vaso de ouro repleto de lembranças divinas. Dele parte sobre nossa alma um licor suave e vivificante que a perfuma e a fortifica. Se o fazem mal, é porque não o compreendem, e por isso, algumas linhas resumirão seus principais ensinamentos.

Primeiro, seu nome e sua forma o dizem suficientemente: o sinal da cruz recorda o mistério da Redenção. Os Apóstolos traçavam sobre eles esse sinal sagrado, e quem não imaginaria que seus olhos, a cada vez, se molhavam de lágrimas? Ele era para seus corações uma lembrança de sua covarde apostasia no momento da crucificação, e de amor infinito do Salvador, que logo que eles o abandonaram como um desconhecido, derramou por eles até a última gota de seu sangue. Como nossos sentimentos estão longe de serem semelhantes aos dos apóstolos!

E, além do mais, o sinal da cruz não nos diz que estávamos condenados ao inferno, que Deus sabia de nossa ingratidão, e que Deus, apesar disso, morreu por todos nós? Quando um homem se dedica por qualquer um de nós, nosso coração conversa eternamente essa memória. E quanto a um Deus que se empurra devotamento até a morte por nós? Porque é um Deus, nós não pensaríamos Nele? Esquecê-lo seria, talvez, desculpável se nada recordasse essa benção, mas, a cada momento, o sinal colocado sobre nossos olhos recorda esse devotamento de uma infinita caridade. Notemos bem, seus mínimos detalhes são indicados. Não colocamos a mão na fronte para recordar o chefe augusto, Jesus Cristo coroado de espinhos? Não colocamos a mão no peito como lembrança de seu lado transpassado pela lança? Não colocamos a mão do lado esquerdo, depois do lado direito, para não esquecer o ombro machucado pela cruz e as mãos rasgadas pelos cravos?

Pela morte de Jesus Cristo, de pecadores nos tornamos justos, da esquerda, lugar dos reprovados, passamos à direita, lugar dos eleitos. O mistério de nossa justificação é representado quando colocamos a mão do lado esquerdo ao lado direito (60) .

O sinal da cruz também lembra ao cristão os dois outros mistérios da fé, a Santíssima Trindade e a Encarnação.

Pronunciando o nome do Pai, se coloca a mão na fronte: a fronte, sede da inteligência, princípio e fonte da vida, que simboliza Deus, o Pai, princípio eterno de toda vida divina e humana, o qual, pela via da inteligência, engendra o Verbo divino.

O Verbo de Deus se fez carne, desceu e se aniquilou. Ele desceu do céu, no seio de Maria, do seio de Maria, na humilhação do presépio; das humilhações do presépio, no trabalho da oficina; do trabalho da oficina, nas ignomínias da paixão; das ignomínias da paixão, no silêncio da tumba; do silêncio da tumba, na solidão do tabernáculo. Ele desceu para reparar o ultraje feito a seu Pai pela revolta do primeiro homem que quis se levantar até o trono de Deus. É a injuria que lhe faz nosso tolo orgulho, que deseja sempre subir, e por isso, a mão que desce da fronte ao peito, enquanto a boca pronuncia o nome do Filho, ilustra essa profunda frustração.

O Espírito Santo procede do Pai e do Filho. Ele é o vínculo e a caridade dessas duas Pessoas divinas. Ele é o espírito de força que o cristão recebe no dia em que ele se torna soldado do exército de Cristo. Esses diversos atributos são indicados pela linha transversal que formamos entre a fronte e o peito, tocando os ombros, sede da força, e passando pelo coração, trono do amor (61).

Além desses mistérios que o sinal da cruz nos rende em ensinamentos sublimes, e em uma linguagem acessível a todos, há ainda outros. Estamos aqui na terra condenados ao sofrimento, como filhos de uma mãe culpável, e como discípulos de um Deus crucificado: “Nos tornamos, diz o Rei-Profeta, como ovelhas destinadas ao sacrifício (62) ”. A cruz que formamos sobre nós é o signo de nossa imolação. Reconhecemos, então, a grande e universal lei do sacrifício promulgada por Jesus Cristo: “Aquele que quer vir depois de mim, deve carregar sua cruz todos os dias (63)”. Fazer o sinal da cruz é, então, professar que se é discípulo de Jesus, e de Jesus crucificado. Mas fazer esse sinal sagrado sobre um corpo entregue a todas as moléstias do sensualismo, sobre uma fronte que se dobra sob o pensamento de vingança, orgulho, impureza, e nos lábios sujos pela maledicência e obscenidade, sobre um coração repleto de afeições criminais, não é mais do que uma mentira, é um sacrilégio. Professamos que a faca da imolação foi colocada sobre nosso corpo pela castidade; sobre nossos pensamentos, pela fé; sobre nossas palavras, pela reserva; sobre nosso coração pela caridade.

As palavras do sinal da cruz fornecem, por sua vez, um santo alimento à piedade cristã. Os benefícios, do qual fomos preenchidos pela Santíssima Trindade, poderiam não nos ser apresentados quando pronunciamos os nomes das três pessoas divinas? O Pai nos deu a vida por seu poder; o Filho nos resgatou por sua sabedoria; o Espírito Santo nos santifica por seu amor. Para tais benefícios não teríamos um pensamento de gratidão?

O homem é fraco, e sem Deus, ele não pode nada. E as palavras do sinal da cruz redizem com eloqüência este ensinamento a todo o momento ao nosso orgulho!

No início de nossas principais ações repetimos: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Isso quer dizer que eu rezo, eu trabalho, ajo em nome do Pai, ou seja, em seu poder que fortifica minha fraqueza; no nome do Filho, ou seja, em sua sabedoria que ilumina minha ignorância; em nome do Espírito Santo, ou seja, em seu amor que reanima minha languidez.

EFICÁCIA DO SINAL DA CRUZ – “O sinal da cruz, diz Sto. Agostinho, é para nós um penhor de triunfo, ele reduz à impotência todas as armadilhas do inferno. O que Nosso Senhor fazia sobre a terra por sua presença corporal, Ele opera pela invocação confiante de seu nome (64) ”.

Sto. Éfrem o chama de escudo e arsenal dos cristãos contra os assaltos do inimigo (65) . E S. Cirilo: “Façamos ardentemente o sinal da cruz, pois até os demônios fogem dele, eles recordam-se do Crucificado, fogem, se escondem e nos deixam (66)”.

De onde vem que o sinal da cruz é como uma virtude? Sto. Inácio, mártir, nos responde: “Ele é como um troféu que o cristão carrega sobre a fronte, troféu que lembra ao demônio sua derrota vergonhosa no Calvário, e é por isso, que à sua vista, ele treme e foge”.

Todos os Padres são unânimes em ensinar que o sinal da cruz é uma arma poderoso nas mãos do cristão contra o inferno, e a eloqüente autoridade desses fatos está ai para apoiar seus testemunhos.

Esses fatos abundam na vida dos santos, citaremos apenas um exemplo. O grande fundador da vida monástica no oriente, Sto. Antônio, foi exposto pelo demônio em lutas que somente uma leitura faria desvanecer a mais orgulhosa coragem. Ocorre que ele saia delas sempre vitorioso. “De qual arma o senhor se serve, lhe perguntam um dia, para resistir ao inimigo da salvação? – O sinal da cruz, respondia ele, e uma fé viva em Jesus Cristo são armas invencíveis para os servos de Deus, e um muro de bronze contra todas os esforços do inferno. Sente-vos um mau pensamento nascer em vosso coração, faça tão logo o sinal da cruz e esteja certo que ele desaparecerá”.

Se para inúmeros, a derrota segue facilmente ao primeiro ataque, é por causa de sua relutância em usar de um meio infalível, proclamado pela voz dos santos Padres?

Armemo-nos do sinal da cruz antes de nossas refeições, contra o demônio da sensualidade; antes de nosso trabalho, contra o demônio da preguiça; antes de nossa oração, contra o demônio da tibieza; antes de dormir, contra o espírito de trevas; nos sofrimentos, contra o demônio do desânimo. Que ele seja sempre nossa arma, e bem mais do que a Constantino, a vitória nos está assegurada. “In hoc signo vinces”.

O sinal da cruz não é somente uma arma, ele é, sobretudo, uma excelente oração. Quando nos marcamos do signo redentor, Deus não nos vê mais como pecadores, mas como irmãos de Jesus Cristo. Não são mais nossos crimes que cobrem seu olhar, mas as chagas de seu Filho na cruz. Ele esquece nossas iniqüidades para considerar somente os méritos da paixão de Jesus Cristo.

A cruz, então, ora por nós, e sua oração é escutada. É o que dizem os teólogos ao afirmarem que o sinal da cruz “é uma oração curta, mas muito eficaz”, que dirigimos a Deus pelos méritos da paixão de Jesus Cristo.

Tracemos sobre nós o sinal da cruz toda vez que formos pedir alguma graça, nos revestindo de um tipo de passaporte sangrento do Justo por excelência, a fim de sermos agradáveis para seu Pai. São os passaportes de Esaú, o irmão mais velho do qual se cobre Jacó: “Esse é som da voz de Jacó, pôde dizer o Senhor, a voz do pecador, mas são os perfumes das roupas de Esaú. Vejo apenas a cruz, vejo somente o sangue, somente as chagas de meu Filho bem amado”. Aquele que se ajoelha no santo tribunal faz o sinal da cruz. Curta, mas sublime oração! Eloqüente grito! Senhor sou digno do castigo, mas lembre-se do Calvário!

Sublime oração antes de receber a Eucaristia. Ali, diante de nós, o Deus do Céu, que em instantes nosso coração possuirá. A alma mais pura, neste momento solene, é tomada de um piedoso temor, pois, para o Santo dos santos, é preciso um trono de santidade. O sinal da cruz tranqüiliza-a, atira sobre ela as bênçãos que nos mereceu a morte do Senhor.

Oração eficaz nos perigos, como no caso de dois homens que viajavam de Genova à Lausane. Um era católico, o outro protestante. Durante o caminho uma violenta tempestade surge sobre suas cabeças. Fiel às recomendações de uma piedosa mãe, o católico faz o sinal da cruz para pedir que o Senhor o proteja, enquanto que o protestante o cobre dos escárnios mais sacrílegos. De repente, uma luz brilha, e um relâmpago abate-se sobre o ímpio, que morre, enquanto que seu companheiro fica isento de todo mal.

Por ser, tanto uma arma quanto uma oração, é que a Igreja não faz nada sem recorrer ao sinal da cruz. Ela o emprega em todas suas bênçãos, em todas suas cerimônias. O padre no altar o faz sobre ele, sobre a matéria do Sacrifício, sobre os fiéis. Os fiéis, por sua vez, o traçam sobre eles mesmos. Desse uso tão freqüente podemos reconhecer a intenção da Igreja de mostrar aos cristãos que toda graça nasce do Calvário


II. INCENSAÇÃO

Um dia Nosso Senhor se queixou a Simão, o fariseu, de que ele não tinha derramado perfumes sobre seus pés e sua cabeça, uma honra reservada, segundo os costumes do oriente, às pessoas de qualidade. A Igreja ouviu essa crítica do divino Mestre, e por isso mesmo, espalhou nuvens de incenso em torno Dele.

O amor, sem dúvida, inspirou esta piedosa cerimônia, mas devemos ver nela algo mais. Ela é, sobretudo, um ato de fé, onde a Igreja saúda Jesus Cristo como o Deus imortal dos séculos. Entre os presentes dados pelos magos não temos o incenso que proclamava a divindade do Filho de Belém?


Sim, este Jesus escondido, este Cristo humilde, silencioso, ultrajado na Eucaristia, é este Deus irredutível que nos céus faz clarear visivelmente sua glória, que em uma palavra ordena o universo. Este Deus que os anjos e os santos adoram nos transportes de uma emoção indescritível. Eis o que a Igreja quer dizer cada vez que ela balança o turíbulo diante o Deus da Eucaristia.

Não é somente Nosso Senhor que a Igreja incensa. Ela rende esta homenagem ao altar, ao Evangelho, ao padre e aos fiéis.

Isso não seria tratado como idolatria, se é verdade, como o atesta a pratica religiosa de todos os povos, de que o incenso só deve ser queimado diante o Senhor?

Quebremos a casca e provaremos tudo o que há de instrutivo e piedoso nesta cerimônia. Incensa-se o altar porque ele figura Jesus Cristo, e se o incensa por inteiro porque toda a pessoa de Jesus Cristo é adorável; Se incensa o Evangelho que encerra sua palavra, e sua palavra merece tanta honra quanto seu próprio corpo; Se incensa o padre, chamado a ser, por seu poder e santidade, outro Cristo; Se incensa os fiéis, pois, pelo batismo e pela santa Eucaristia, eles foram incorporados à Jesus Cristo.

Nesta incensação se renovam, freqüentemente, diante de nós, grandes lições. Lição de respeito pelo altar, figura de Jesus Cristo, do qual fazemos um glorioso dever de embelezá-lo por nossa generosidade. Lição de respeito pelo Evangelho, palavra de Cristo, que não nos deixa cair na dúvida e na culpa por causa de seus divinos ensinamentos. Lição de respeito pelo padre, outro Cristo, do qual devemos cercar de veneração e amor. Lição de respeito por nós mesmos, templos de Jesus Cristo, no qual qualquer mácula grave se torna uma profanação e um sacrilégio.

Já tivemos a ocasião de dizer que para se ter o verdadeiro sentido de todas as coisas no culto, é necessário descobrir Jesus Cristo escondido sob os véus do simbolismo. Ora, falando do turíbulo, os Padres nos ensinam que ele representa a humanidade de Jesus Cristo dilacerada pelas chagas do Pretório e do Calvário. O fogo ilustra sua divindade, e o vapor do perfume sua oração. O padre, elevando o turíbulo para o céu, oferece, assim, para Deus, os méritos das orações de Nosso Senhor. E quando o incenso se elevar em ligeira coluna, sigamos este vapor odorífico, pois ele é para nós o penhor da esperança e da salvação.

A salvação, porque ela vem para terra, se não por causa de uma seca devorante, marcada pela esterilidade? No final do horizonte, em um sulco solitário, uma leve nuvem de luz aparece subindo rumo ao céu, ali, sob a ação do poder Deus, ela se expande, se condensa e se dissolve em chuva fecunda.

O mundo está marcado pela desolação. Um vento quente, o vento do sensualismo secou os corações. Grande é o mal, maior ainda deve ser nossa confiança. Do tabernáculo se eleva a oração de Jesus Cristo como essa nuvem de incenso do qual temos a imagem. Ela sobe até o coração de Deus, e nesse coração, pelo efeito de uma infinita misericórdia, ela se transforma em chuva de graças e de bênçãos que vêm dar a vida às almas feridas pela dúvida e o sensualismo.

O incenso é também o símbolo da oração cristã, segundo esta palavra do profeta Davi: “Faça que minha oração se eleve até vós, ó meu Deus, como o incenso queimado em vosso santuário”. Que nossa oração tenha por lar um coração repleto do fogo divino, da caridade. Que ela suba como uma coluna de fumaça, sem que a sopre as distrações culpáveis, e que as preocupações mundanas não venham turvá-la. Ela se elevará, então, até Deus, e sua misericórdia descerá sobre nós.

S. Cirilo atribui ao incenso outro significado, que lhe dão, com efeito, em diversas cerimônias nos quais ele é empregado. O incenso que perfuma foi tomado, naturalmente, pelo símbolo da boa reputação, da vida que edifica por suas obras (67) .

As diversas cerimônias nas quais se faz a incensação mostram ao leitor a aplicação desses princípios gerais, várias vezes, durante a obra, iremos retornar a eles.


(52) N.d.T.: Quintus Septimius Florens Tertullianus – Tertuliano (160 – 220). Apologista e polemista católico. Foi o primeiro autor cristão a produzir uma obra em latim. Suas principais obras são: Aos pagãos, Apologeticum, De baptismo, A fuga da perseguição, O véu das virgens e Aos mártires
(53) De Baptismo
(54) N.d.t. : Apuleius – Apulée (123/125-170). Filosofo do Norte da África.
(55) Gretzen., De Cruce – Forcellini. Art. Pietas
(56) Cornel à Lapid. In: Ez 9, 4
(57) P. Prémare, c. IX.
(58) N.d.t.: Jean-Joseph Gaume (1802-1879). Escritor, apologista de grande ciência e de grande zelo, com obras inumeráveis, como Catéchisme de persévérance, La Révolution, Le signe de la Croix au XIXe siècle, Les disciples de Notre Seigneur, e Les trois Romes. É tido pela crítica como digno de figurar entre os doutores da Igreja.
(59) Do sinal da cruz no século XIX, carta X
(60) In: III, De Sacro alt. myst.
(61) In: III, Eod. Loc. – Ollier, Traité des Cérémonies de la grand-messe de paroisse – Curé d’Ars, ses Catéch.
(62) Sl 43, 22
(63) Lc 9, 23
(64) Serm. XIX, de Sanctis
(65) Serm. de Cruce
(66)Catec. XIII
(67) De Ador., I. XII


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OS PREGADORES DO ANTICRISTO

Visão de São João

I

Os livros santos que entram em tantos detalhes sobre o homem do pecado, nos fazem conhecer um misterioso agente de sedução que lhe submeterá a terra. Este agente, ao mesmo tempo um e múltiplo, é, segundo São Gregório, uma espécie de corpo ensinante que propagará por toda parte as perversas doutrinas da Revolução.


O Anticristo terá seus ajudantes de ordem e seus generais; possuirá um inumerável exército. Mal se ousa tomar ao pé da letra o número que São João nos dá falando de sua cavalaria (Ap 9, 16). Mas ele terá sobretudo a seu serviço falsos profetas como ele, iluminados do diabo, doutores de mentiras; inimigo pessoal de Jesus Cristo, macaqueará o divino Mestre, cercando-se de apóstolos ao contrário.

Falemos então, segundo São João, destes doutores ímpios que chamaremos pregadores do Anticristo.

II

São João, no capítulo XIII de seu Apocalipse, descreve uma visão parecida com a de Daniel. Ele vê surgir do mar um monstro único, reunindo em si mesmo uma horrível síntese de todos os caracteres das quatro bestas vistas pelo profeta. Este monstro parece o leopardo; tem pés de urso, goela de leão; tem sete cabeças e dez chifres.

Ele representa o império do Anticristo, formado por todas as corrupções da humanidade. Ele representa o próprio Anticristo que é o nó de todo esse conjunto violento de membros incoerentes e díspares.

Chega-se a ver o impostor, com o cortejo de cristãos apóstatas, muçulmanos fanatizados, judeus iluminados, que o seguirá por toda parte.

Ora, enquanto São João considerava esta Besta, viu uma das cabeças ferida de morte; depois a chaga mortal foi curada. E toda a terra se maravilhou com a Besta. Os intérpretes vêm nisto um dos falsos prodígios do Anticristo; um de seus principais ajudantes de ordem ou talvez ele mesmo, aparecerá ferido gravemente, acreditar-se-á que morreu, quando de repente, por um artifício diabólico, se recuperará cheio de vida. Esta impostura será celebrada por todos os jornais, muito crédulos nesta ocasião; o entusiasmo irá ao delírio.

“Então, continua São João, os homens adorarão o dragão que deu o poder à Besta, dizendo; quem é semelhante a ela, e quem poderá pelejar contra ela?”.

Assim, tanto o diabo será adorado como o Anticristo; e não será um duplo culto, o primeiro sendo adorado no segundo. São João nos faz assistir em seguida à perseguição contra a Igreja.

“E foi dada à Besta uma boca que proferia coisas arrogantes e blasfêmias; e foi-lhe dado o poder de fazer guerra durante quarenta e dois meses”.

Esta é a mesma palavra de Daniel e designa o tempo da perseguição no seu paroxismo. Quarenta e dois meses, é justo três anos e meio.

“E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus para blasfemar o seu nome, o seu tabernáculo e os que habitam no céu”.

“E foi-lhe permitido fazer a guerra aos santos e vencê-los. E foi-lhe dado poder sobre toda tribo, e povo, e língua, e nação”.

“E adoraram-na todos os habitantes da terra, cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro, que foi imolado desde o princípio do mundo”.

“Se alguém tem ouvidos, ouça!”.

“Aquele que levar para o cativeiro, irá para o cativeiro; aquele que matar à espada, importa que seja morto à espada. Aqui está a paciência e a fé dos santos”. (13, 3-11).

É assim que o apóstolo bem amado descreve a terrível perseguição. A todas as ameaças se juntam todas as seduções; disto resultará um fanatismo delirante que lançará o mundo inteiro aos pés da Besta. Mas todos os assaltos do inferno fracassarão diante da “paciência e a fé dos santos”.

III

São João nos pinta em seguida o grande agente de sedução que dobrará os espíritos dos homens ao culto da Besta.

“E vi outra besta que subia da terra e que tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro, mas que falava como o dragão”.

“E ela exercia todo o poder da primeira besta na sua presença; e fez que a terra e os que a habitam adorassem a primeira besta, cuja ferida mortal tinha sido curada”.

“E operou grandes prodígios, de sorte que até fez descer fogo do céu sobre a terra à vista dos homens”.

“E seduziu os habitantes da terra com os prodígios que lhe foi permitido fazer diante da besta, persuadindo os habitantes da terra que fizessem uma imagem da besta, que tinha recebido um golpe de espada e conservou a vida”.

“E foi-lhe concedido animar a imagem da besta, de modo que falasse; e forçar a todos os homens, sob pena de morte, a adorar a besta”.

“E fará que todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, tenham um sinal em sua mão direita, ou nas suas frontes; e que ninguém possa comprar ou vender, exceto aquele que tiver o sinal ou o nome da besta, ou o número de seu nome”.

“É aqui que está a sabedoria. Quem tem inteligência, calcule o número da besta. Porque é número de homem; e o número dela é seiscentos e sessenta e seis”. (Ap 13, 11-18).

Tal é a segunda parte da profecia de São João. São Gregório interpreta esta misteriosa passagem no sentido, como dissemos, de que o Anticristo terá seu colégio de pregadores e de apóstolos ao contrário. E esses doutores da mentira serão qualquer coisa como nossos sábios modernos, misto de mágico ou espírita.

Eles terão a aparência do Cordeiro. Adotarão na aparência as máximas evangélicas de paz, de concórdia, de liberdade, de fraternidade humana; e debaixo dessas aparências propagarão o ateísmo mais desavergonhado.

Eles terão a aparência do Cordeiro. Apresentar-se-ão como agentes de persuasão, respeitosos para com as consciências; e depois, farão morrer entre tormentos aqueles que se recusarem a ouvi-los.

“Seus ouvintes, diz fortemente São Gregório, serão todos réprobos; sua tática, diz ele ainda, consistirá em proclamar que o gênero humano, durante as épocas de fé, estava mergulhado nas trevas; e saudarão o advento do Anticristo como a aparição do dia e o despertar do mundo” (Mor. in Job. lib. XXXIII).

Essas pregações serão apoiadas por falsos prodígios. Instruídos pelo diabo e por seu agente a respeito de segredos naturais ainda desconhecidos, os missionários do Anticristo espantarão e seduzirão as multidões com toda espécie de sortilégios; farão descer fogo do céu, e farão falar as imagens do Anticristo que terão erigido.

Mas isso não é tudo. Forçarão os homens, sob pena de morte, a adorar essas imagens falantes. Obrigarão os homens a levarem na mão direita ou na testa, o número do monstro. E aquele que não tiver esse número não poderá nem comprar nem vender.

Aí aparece o terrível requinte da suprema perseguição. Aquele que não levar a estampilha do monstro estará por isso mesmo fora da lei, fora da sociedade, passível de morte.

Mas não vemos desde o presente se desenhar alguns ensaios dessa tirania?

O que são todos esses mestres do ensino sem Deus, senão os precursores do Anticristo? A Revolução quer ter seu corpo ensinante, encarregado oficialmente de descristianizar a juventude, e de imprimir na testa de todos, pequenos e grandes, pobres e ricos, a estampilha do Deus-Estado. O ensino obrigatório e leigo não tem outro fim. Já se preparam leis para interditar a entrada nas carreiras públicas de quem não tenha recebido a assinatura das escolas do Estado. No dia em que essas leis abomináveis passarem, pode-se pôr luto pela liberdade humana. Estaremos sob uma tirania sombria, sufocante, infernal. O Anticristo poderá chegar.

Esperemos, a consciência pública é ainda bastante cristã e não suportará tal tortura. Também procura-se, de todas as maneiras possíveis, adormecê-la.

Além disso, que os fiéis se consolem! Todos esses extremos só servirão, nos desígnios de Deus, ao brilho da paciência e fé dos santos.

O DRAMA DO FIM DOS TEMPOS - PE. EMMANUEL-ANDRÉ - PAGS 20-24


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O Milagre de Fátima (Filme Completo)

Este filme é muito interessante e edificante quanto ao conhecimento das mensagens de Fátima. Sabemos que as mensagens e tudo o que envolve as aparições de Fátima são incontavelmente maiores e mais profundas do que o filme relata. Desde as aparições do anjo, como o conteúdo das mensagens, as visão do inferno, e os fatos ocorridos como, por exemplo, as penitencias feitas pelos pastorinhos e a morte de Francisco e Jacinta (se cumprindo o que Nossa Senhora lhes disse). Mas de qualquer forma, é uma chave para que possamos conhecer mais as coisas divinas, e saber o que a Santa Mãe de Deus nos ensina e exorta para que sejamos santos e consequentemente: salvos.
Shalom!







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O Milagre de Fátima (Filme Completo)

Coração Endurecido



Seu coração endurecido se fecha à piedade; só têm na boca palavras arrogantes.(Sl 16,10).

Caríssimos, estamos vivendo o tempo quaresmal, tempo de renúncia, de penitência, e vida de oração.

Viver o tempo quaresmal é fazer em si mesmo uma profunda revisão dos nossos atos, rever nossas atitudes tendo como foco e centro de meditação o próprio Cristo que viveu esse momento no deserto por quarenta dias.Jesus foi ao deserto guiado pelo Espírito Santo, "para ser tentado pelo diabo" (Mt 4,1).

Todos nós devemos ir ao deserto pois é lá que descobrimos nossas fraquezas, limitações, e a nossa arrogância diante dos outros... ser corajoso, estar propenso a mergulhar nesse deserto e vivendo em meio a tantas confusões descobrirmos que somos seres em constantes descobertas e transformações.

A quaresma nos proporciona viver uma vida mais cristã na humildade de coração, redescobrindo a cada dia que devemos viver na simplicidade e na humildade.

Muitas vezes o sofrimento é causa da nossa arrogância, do nosso orgulho, pois jamais admitimos que devemos ser inferiores aos outros, não aceitamos ser subordinados a qualquer ordem,ou regras.Não estamos dispostos a concordar com as idéias e pensamentos dos outros.

Que nesta quaresma Cristo nos ensine a romper com as tentações do egoísmo, da vaidade, do orgulho, do individualismo e nos liberte de toda a força do mal que às vezes não nos deixa ir ao encontro dos mais fracos, desamparados, marginalizados e oprimidos.

Que o Senhor nos ensine o caminho da PAZ interior, e que nos de um coração puro, renovado e cheio de amor.

PARA MEDITAR:

"Lembra-te de todo o caminho por onde o Senhor teu Deus te conduziu, esses quarenta anos, no deserto, para te humilhar e te pôr à prova, para saber o que tinhas no teu coração, e para ver se observarias ou não seus mandamentos" (Deut 8,2).



PAZ E BEM!!!

Tarcísio Silva


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Coração Endurecido

Centinelas de la Mañana aplica sus métodos en 40 diócesis de Italia


Andrea Brugnoli es el sacerdote fundador de Centinelas de la Mañana, un proyecto para entrenar a jóvenes (y no tan jóvenes) en los métodos de la nueva evangelización. Lo entrevistamos en el Congreso de Nueva Evangelización de Manresa, donde estuvo formando a muchos chavales de las diócesis de Vic y de Solsona, las anfitrionas, y a responsables juveniles de otras muchas diócesis.


–Hay quien dice que evangelizar no requiere métodos, que basta con dar un buen ejemplo personal y confiar en el Espíritu Santo.

–Si quieres ser un gran pianista necesitas tener una técnica perfeccionada y así serás libre para expresar luego tus sentimientos, los de la obra, etc. Con la evangelización pasa lo mismo: cuanta más técnica tengas, más puedes poner al servicio del Espíritu Santo. La técnica es buena: nos ayuda a dejar intervenir a Dios. La evangelización no es algo espontáneo, requiere saber hacerlo. Tener un método como el nuestro te ayuda y te hace cobrar conciencia de que ¡tú puedes! El joven que aplica alguno de nuestros métodos cobra conciencia de que puede y debe evangelizar, y le coge el gusto, así que lo hará luego en su vida cotidiana, en la universidad, con la familia y con los amigos.




–¿Qué tienen en común los nuevos métodos de evangelización como los que se han explicado en este congreso de Manresa?

–Todas estas metodologías dejan que el Espíritu Santo tenga el protagonismo: Él es el verdadero evangelizador. Son métodos que parten del anuncio del kerigma, es decir, el anuncio de que Dios te ama personalmente, que te salva, te perdona y te transforma. No tenemos que dar por hecho que nuestros parroquianos hayan recibido el kerigma. Pero tampoco podemos usar esos métodos sin libertad. Por ejemplo, no podemos decir «si no haces un Curso Alpha no bautizo a tus hijos». Creo que no funcionan con quien solo viene buscando sacramentos. Hay que dejar libertad a la persona, para que actúe el Espíritu.




–¿Y después del kerigma?

–Hay que trabajar dos cosas: el «in» y el «out», es decir, el salir afuera a anunciar el Evangelio y el saber acoger. No tiene sentido salir a la calle a dar kerigma si nuestro grupo o parroquia no está preparada para acoger y recibir a los nuevos conversos o personas que se interesan. Quien ya ha tenido un encuentro con Dios, pero aún no con la Iglesia, necesita a un evangelizador que le acompañe, le apadrine. Tenemos un método llamado «La barca», un grupo de jóvenes acogedores, de su edad y nivel, que reciben a estas personas que vienen de la calle, de la increencia, y que aún no puedes enviar directamente a misa o a Acción Católica o a la vida parroquial plena. Se llama «La barca» porque Jesús no solo pescaba en barca: ¡también llevaba los peces a la orilla!




–¿Siempre hay que mencionar la palabra «Jesús»?

–Si en la Iglesia intentamos imitar al mundo, nadie nos escuchará. Si alguien ve que un joven habla de Jesús se pregunta: «¿y éste, por qué cree?» Y quizá empiecen a dialogar. Cuando nuestros chicos salen a la calle a evangelizar tienen miedo, claro, pero lo hacen por obediencia a Jesús, que lo pide. Pablo VI, en «Evangelium Nuntiandii», ya decía que dar un buen testimonio de vida, sin anunciar explícitamente a Jesús, no es suficiente. El nombre de Jesús es eficaz.




–Kerigma por la calle, «La barca», cursos Alpha de evangelización... ¿qué otros métodos usáis?

–El método de las células tiene mucho éxito en todas las edades. Es un grupo pequeño de gente que evangeliza en su ambiente, suma más miembros invitando amigos y conocidos, y cuando ha crecido se divide creando otra célula. En Italia está extendiéndose bastante. Evangelizar es algo que todos debemos hacer, aunque no todos salgamos a la calle. El igual evangeliza al igual: los niños a los niños, los ancianos a los ancianos, los casados a los casados. Tener esa gente con deseo misionero va antes que cualquier método.




–¿Sois un movimiento?

–No, jurídicamente los Centinelas somos sólo un proyecto, unos métodos. A mí nadie me llama fundador. No tenemos espiritualidad propia. Yo enseño la metodología, me voy y los jóvenes de ese grupo o diócesis lo aplican. No tenemos red ni estructura de movimiento.




PERFIL
De la Santa Sede a las calles

Andrea Brugnoli, sacerdote de la diócesis de Verona, trabajaba en la Santa Sede en tareas más o menos rutinarias cuando se sintió en 1997 llamado a formar jóvenes para que fuesen evangelizadores activos. Su obispo le dio permiso y nació Centinelas de la Mañana, primero en Verona, y hoy extendido a 40 diócesis italianas, «grandes y pequeñas, urbanas y rurales», explica. Centinelas entrena en métodos que pueden emplear las diócesis, las parroquias y los grupos de laicos de cualquier estilo o espiritualidad, sin depender de ningún movimiento. «Es para todos», dice.




«FASHIONÍSIMO»

En un país que cuida tanto la imagen como Italia, Centinelas de la Mañana trabaja mucho la «primera sensación», el uso de música actual y la decoración de localidades para que sea todo, en sus palabras, «fashionísimo».


(Texto: La Razón / Pablo J. Ginés)










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