Mas onde está a falha nesse pensamento?
Parece complexo não? Mas não é. A questão aqui é bem simples e trata-se de uma premissa básica da própria natureza divina. Ou seja, o simples fato de ser Deus implica logicamente que Ele é infalível pois, se falhasse não seria Deus, seria um ET, um guru, o Super Man, Goku, Vegeta, Kaio-Samá, o chefão dos gorilas no Planeta dos Macacos, enfim… qualquer outra coisa, menos Deus. Pois o fato de ser Deus implica que deve ser infalível e isso é óbvio para qualquer um. Afinal, quem aqui aceitaria uma entidade como Deus se não tivesse a absoluta certeza de que ela é infalível. Pois se pode falhar, por que seguí-la e não a mim mesmo, já que eu também posso falhar? Compreendem?
Mas “isso é óbvio” não é resposta! Então agora vou responder direito.
Judeus e Cristãos (bem como outras crenças) sempre defenderam que Deus é onipotente. Afinal, se não for, implica que possa haver algo mais poderoso que Deus e logicamente na pergunta: por que não seguir essa entidade mais poderosa? Logo, essa nova entidade é que, na realidade seria Deus. Porém, por ser Deus também não seria onipotente e, sucessivamente haveria outra entidade mais poderosa. Logo, Deus não existe. Conseguiram captar? Ou seja, Deus necessariamente deve ser onipotente!
Onipotente vem do Latim, Omnipotens = “ominis” (todo) + “potens” (poder); logo, onipotente é aquele que detém todo o poder. Onipotente não significa que Deus possa fazer o que é logicamente impossível! Onipotente significa que Ele pode realizar o que é impossível sim, aos nossos olhos e à nossa razão, não o que é absurdo, o que fere sua Natureza.
Por exemplo, Deus não pode tentar uma pessoa para fazer o mal (Tiago 1:13), nem mentir (Tito 1:2), etc., pois isso seria contrário à sua natureza e logicamente impossível.
Perguntar “Deus pode criar uma rocha tão pesada que ele mesmo não possa carregar?” é, de fato, perguntar “Deus é poderoso o suficiente para falhar?” o que é absurdo, é uma pergunta completamente sem pé nem cabeça, pois a partir do momento que levantarmos a premissa “Deus pode falhar” já não estamos mais falando de Deus, daí o absurdo da construção!
Assim sendo, essa é uma pergunta completamente sem sentido como perguntar: “Pode Deus roxo rosa no Vietinã tostar um gremilin alienígena armário?”, ou seja, uma construção interrogativa onde os vocábulos estão esvaziados de sua natureza, sua essência, e, consequentemente, de seu significado.
CS Lewis já afirmava: “Combinações sem sentido de palavras não adquirem, de repente, significado porque prefixou-lhes as duas outras palavras [" Deus pode "].” (CS Lewis, O Problema do Sofrimento, pág. 18)
Então, em resposta a estas objeções a respeito da omnipotência de Deus, nós devemos invocar as palavras de São Tomás de Aquino, que escreveu: “é mais exato dizer que o impossível intrinsecamente é incapaz de produção, do que dizer que Deus não pode produzi-lo.” (Summa I, Q. xxv, a. 3)
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