O super-católico

Existem dois tipos de “super-católico”, bastante diferentes entre si, mas que se sentem donos da Igreja:
1- O chamado “rad-trad”, tradicionalista ao extremo, não tem televisão nem torce pra time de futebol, porque Deus não gosta, além de ter decorado a Ave Maria e o missal romano em latim e achar que o último papa legítimo foi Pio XII. Esse tipo se acha o único católico apostólico romano da face da terra, vive jogando na cara dos outros que vai à missa de São Pio V e se acha o bonzão.
2- O outro tipo de “super-católico” é o “vale-tudo”, que acha que tudo é válido pela evangelização, até mesmo copiar as coisas do mundão, como balada, rock e até o imoral funk! Esse tipo de católico acha normalíssimo cantar músicas dos hereges protestantes na Santa Missa ou imitá-los ao orar - vide muitos pregadores da RCC, que mais parecem clones do Malafaia ou do Waldemiro! Esse tipo de católico acha que o Vaticano II foi a “primavera da Igreja” e João Paulo II o melhor papa de todos.
E por que escrevi isso? Porque já estou farto desses super-caóticos, já deu no saco (Oh! Ele escreveu "saco"! Que lástima! Que pecado!) essa cambada de fariseus latinizados que crêem piamente que basta a abolição do Novus Ordo do papa Paulo VI (e a conseqüente restauração do rito de São Pio V) que todos os problemas da Igreja estarão resolvidos!
Já estou cansado também desses vermes (Vixe! Ele escreveu "vermes"! Que coisa nojenta!) que se apossaram da liturgia, sejam eles leigos ou o pior, padres! Aceitam de ótimo grado copiar idéias protestantes ou comunistas na religião católica ou o pior, as introduzem na santa missa!
Ainda não tive a graça de assistir a missa no rito extraordinário por questão de distância, já que a mais próxima fica em Fortaleza. Sou menos católico por isso? Estou codnenado ao inferno por causa disso?
Sou palmeirense e assisto televisão, logo, estou condenado?
Não fico contorcendo a língua em orações de linguagem indecifrável, estou condenado por isso?
Não sei dançar nas baladas, logo, estou condenado?


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