Outrora, viver a pureza e conseguir a continência era sinal de virilidade para o homem, enquanto que a prática do sexo fora do casamento era vista como comportamento de homens fracos, por os fazer semelhantes aos cães que agem pelas suas paixões, ao invés de agir pela inteligência. A mulher que vivia a pureza era respeitada e até reverenciada como algo sagrado. Hoje, o homem casto é ridicularizado como impotente e "boiola". A mulher casta é vista como frígida e antipática.
Assim, perdemos há muito tempo a dimensão da beleza da castidade e da felicidade que é vivida dentro dela, especialmente na sua forma mais perfeita que é a virgindade - caso em que, durante toda a vida, pratica-se a pureza de corpo e de alma, por amor a Deus e em dedicação à caridade. Acaso, ultimamente, em rodas de conversas ou na mídia, alguém ouve elogio ou fala bem da castidade?
Acontece que, pensando na santa pureza, tornou-se comum achar que, vivendo a castidade, a pessoa deixa de aproveitar a vida. Afinal - pensam -, como, em sã consciência, alguém pensaria em não fazer sexo? Ou em não se masturbar? Ou em não ver um filme pornô? Ou em não ter relacionamentos com o maior número de pessoas possível, mesmo que isso signifique, depois de casado, ter de cometer adultério? Quem abriria mão de sentir o prazer sexual? Exagerou-se tanto a necessidade que o ser humano tem por sexo que isso gerou nas pessoas a certeza de que jamais alguém poderia ser feliz sem sexo durante sua vida, nem mesmo tendo-o apenas com uma pessoa, até o fim da sua vida.
Contudo, o sexo não é condição de felicidade para o ser humano. Se fosse, teríamos de constatar que os praticantes de sexo são todos felizes. O que sabemos que não é verdade, pela simples conferência da realidade. Quantas vezes não ouvimos histórias de pessoas inseguras e infelizes dentro de relacionamentos sem compromisso? Quantos jovens não se queixam de solidão, apesar de masturbar-se ou ter experiências sexuais regulares? Há inclusive aqueles que, pelo uso desordenado do sexo, ficam viciados nele e testemunham grande angústia e infelicidade por isso, tendo que submeter-se a tratamentos, podendo, inclusive, participar dos Sexólicos Anônimos. Ademais, se o sexo fosse condição de felicidade, teríamos de constatar, pelo testemunho dos santos, que eles viviam extremamente infelizes. Mas, isto é estranhíssimo, considerando que, por exemplo, São Filipe Néri, São Francisco de Sales, Santa Teresa do Menino Jesus, São João Bosco e tantos outros eram conhecidos por sua alegria constante, além de que todos os santos testemunharam por seus escritos (ou por narrações de terceiros) uma profunda alegria pelo simples fato de possuir Jesus Cristo.
A razão da felicidade deles é simples: eles não eram governados pelas suas paixões e, por esse fato apenas, já experimentavam grande paz interior. Mas isso não é tudo. Eles são felizes porque aquele que vive a castidade, buscando-a até sua forma mais perfeita, busca saciar sua fome mais íntima de amor com o amor infinito de Deus - seja aprofundando o conhecimento desse amor de Deus por eles, seja fazendo obras de amor pelo próximo. De modo especial, o que vive a pureza como celibatário toma Jesus por seu Esposo. Este é um mistério que escandaliza a muitos, mas para nós é fonte de nossa liberdade e felicidade.
O Papa Pio XII, na encíclica Sacra Virginitas, ensina:
"O apóstolo das gentes [São Paulo], inspirado pelo Espírito Santo, observa: 'Quem está sem mulher, está cuidadoso das coisas que são do Senhor, como há de agradar a Deus... E a mulher solteira e virgem cuida das coisas que são do Senhor, para ser santa de corpo e de espírito' (1Cor 7,32.34). É essa, portanto, a finalidade primordial e a razão principal da virgindade cristã: encaminhar-se apenas para as coisas de Deus e orientar, para ele só, o espírito e o coração; querer agradar a Deus em tudo; concentrar nele o pensamento e consagrar-lhe inteiramente o corpo e a alma."(Encíclica Sacra Virginitas, n.14, Papa Pio XII)
É verdade que o Papa Pio XII tratou em sua encíclica de modo especial da castidade consagrada dos sacerdotes, religiosos e leigos consagrados. Mas, podemos aprender muito com este documento para também pensar a castidade vivida por nós que sentimos atração pelo mesmo sexo.
Quando nos doamos por inteiro a Deus, de corpo e de alma, entregando-Lhe cada pensamento, vontade, sentimento e ação, e sendo-Lhe exclusivo, e tendo-Lhe fidelidade dentro dessa exclusividade, acabamos vivendo um matrimônio com Deus.
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Sobre isso diz Santo Ambrósio: "É virgem quem possui a Deus como esposo" (De virginibus, lib. I, c. 8; n. 52; PL 16, 202). Também rezam os virgens consagrados: "O reino do mundo e toda a sedução do século desprezei-os por amor de nosso Senhor Jesus Cristo, que eu vi, que eu amei, em quem confiei, a quem preferi". (Pontificale Romanum: De benedictione et consecratione virginum).
Aquele que vive a castidade, por amor a Deus, experimenta da paz e da alegria do Céu. Dissemos, já aqui no blog, que "a vivência da castidade traz vários e vários benefícios para aquele que tem atração pelo mesmo sexo. Focando-se em unir as nossas intenções sexuais, submetendo as da carne às do espírito, a castidade direciona a nossa sexualidade a encontrar sua plenitude no amor cristão, um amor que é capaz de sacrificar-se pelo bem e salvação dos outros" (Castidade: um chamado de Deus a todos). Na mesma publicação dissemos que a castidade faz com que não sejamos escravizados pela carne, que compreendamos o grande valor da sexualidade humana, que tenhamos uma visão bonita e equilibrada das relações humanas. "Ganhamos mais confiança em nós mesmos, cultivamos paz interior e, principalmente, aprendemos a valorizar verdadeiramente nós mesmos" (ibidem).
Como diz o Apostolado Coragem, no artigo Crescimento espiritual e emocional: nove verdades espirituais, "Seguir fielmente Cristo e viver em união com Sua Igreja - mesmo em meio às tentações – nos trazem uma paz que ultrapassa qualquer entendimento. Esta paz de viver na verdadeira união com Cristo é o maior dom que podemos receber".
Mais ainda, se somos por inteiro de Deus, devotando cada parte de nós a Ele e guardando fidelidade a Ele, também Deus, de Sua parte, devota tudo de si a nós e nos é fiel. Se somos de Deus por inteiro, Ele também é nosso por inteiro.
Sabemos que, dentre nós, há os que se envolveram com o estilo de vida gay ou que se macularam pela prática da masturbação ou pela pornografia. Apesar dessas manchas nas suas vestes batismais, não há razão para abandonar a busca pela castidade e pela união esponsal com Cristo. Sempre é possível recomeçar.
Aquele que vive a castidade, por amor a Deus, experimenta da paz e da alegria do Céu. Dissemos, já aqui no blog, que "a vivência da castidade traz vários e vários benefícios para aquele que tem atração pelo mesmo sexo. Focando-se em unir as nossas intenções sexuais, submetendo as da carne às do espírito, a castidade direciona a nossa sexualidade a encontrar sua plenitude no amor cristão, um amor que é capaz de sacrificar-se pelo bem e salvação dos outros" (Castidade: um chamado de Deus a todos). Na mesma publicação dissemos que a castidade faz com que não sejamos escravizados pela carne, que compreendamos o grande valor da sexualidade humana, que tenhamos uma visão bonita e equilibrada das relações humanas. "Ganhamos mais confiança em nós mesmos, cultivamos paz interior e, principalmente, aprendemos a valorizar verdadeiramente nós mesmos" (ibidem).
Como diz o Apostolado Coragem, no artigo Crescimento espiritual e emocional: nove verdades espirituais, "Seguir fielmente Cristo e viver em união com Sua Igreja - mesmo em meio às tentações – nos trazem uma paz que ultrapassa qualquer entendimento. Esta paz de viver na verdadeira união com Cristo é o maior dom que podemos receber".
Mais ainda, se somos por inteiro de Deus, devotando cada parte de nós a Ele e guardando fidelidade a Ele, também Deus, de Sua parte, devota tudo de si a nós e nos é fiel. Se somos de Deus por inteiro, Ele também é nosso por inteiro.
Sabemos que, dentre nós, há os que se envolveram com o estilo de vida gay ou que se macularam pela prática da masturbação ou pela pornografia. Apesar dessas manchas nas suas vestes batismais, não há razão para abandonar a busca pela castidade e pela união esponsal com Cristo. Sempre é possível recomeçar.
Pelo Sangue do Cordeiro, nós somos purificados e, pela graça do Seu Santo Espírito, somos ornados assim como a noiva é ornada para o noivo. Diante de um coração arrependido, Deus abre o oceano infindável da Sua Misericórdia e ama-o intensamente, como ao filho que retorna para a casa paterna. Muitos santos tiveram uma vida de impureza, antes da sua conversão, como, por exemplo, Santo Agostinho de Hipona. O seu passado não os impediu de tomar a firme resolução de seguir os passos de Nosso Senhor. Do mesmo modo, você não precisa exitar em buscar a Deus. Ele está de braços abertos, sempre, tal como diz o Santo Padre Bento XVI em sua encíclica Deus caritas est:
À luz do que dissemos até aqui, oferecemos testemunhos de santos que viveram a castidade de maneira especial e que, por sua invocação, podem nos auxiliar a conquistar a castidade na sua forma mais perfeita.
"O eros de Deus pelo homem — como dissemos — é ao mesmo tempo totalmente agape. E não só porque é dado de maneira totalmente gratuita, sem mérito algum precedente, mas tambémporque é amor que perdoa. Sobretudo Oseias mostra-nos a dimensão da agape no amor de Deus pelo homem, que supera largamente o aspecto da gratuidade. Israel cometeu « adultério », rompeu a Aliança; Deus deveria julgá-lo e repudiá-lo. Mas precisamente aqui se revela que Deus é Deus, e não homem: « Como te abandonarei, ó Efraim? Entregar-te-ei, ó Israel? O meu coração dá voltas dentro de mim, comove-se a minha compaixão. Não desafogarei o furor da minha cólera, não destruirei Efraim; porque sou Deus e não um homem, sou Santo no meio de ti » (Os 11, 8-9). O amor apaixonado de Deus pelo seu povo — pelo homem — é ao mesmo tempo um amor que perdoa. E é tão grande, que chega a virar Deus contra Si próprio, o seu amor contra a sua justiça. Nisto, o cristão vê já esboçar-se veladamente o mistério da Cruz: Deus ama tanto o homem que, tendo-Se feito Ele próprio homem, segue-o até à morte e, deste modo, reconcilia justiça e amor." (parágrafo 10. Grifo nosso).
À luz do que dissemos até aqui, oferecemos testemunhos de santos que viveram a castidade de maneira especial e que, por sua invocação, podem nos auxiliar a conquistar a castidade na sua forma mais perfeita.
Santa Maria, Virgem e Mãe
Maria é também chamada "Santíssima Virgem" e invocada como "Virgem das virgens". Sobre ela, alude o texto do Cântico dos Cânticos (4,12): "És um jardim fechado, minha irmã, minha esposa, uma nascente fechada, uma fonte selada". Maria foi virgem em sua juventude, virgem na concepção de Nosso Senhor e virgem no seu casamento com São José. Na infância, ela era uma das virgens que cuidavam do Templo do Senhor. Ela optou por viver a virgindade por toda a vida e Deus lhe proveu São José como esposo, afim de assegurar o cumprimento do desejo mais íntimo de Maria: ser toda de Deus. Ela não só viveu a pureza do corpo, mas também a do coração.
Ela nasceu livre do pecado original e seu coração jamais inclinou-se para o pecado, por isso dizemos que Maria é imaculada. Por isso, Deus escolheu Maria para ser mãe do seu Filho Único. Na virgindade de Maria, o Espírito Santo escolheu manifestar sua fecundidade, gerando no seu ventre o corpo imaculado de Nosso Senhor. Ademais, como medianeira da graça, tal como ensinam Santo Afonso e São Luiz Montfort, confirmados pelo Magistério (Catecismo da Igreja Católica, 969), não há graça que chegue a nós que não passe por Maria - não por que isso fosse necessário, mas porque Deus assim quis estabelecer. Sendo assim, se queremos a graça da santa pureza, convém que nos dirijamos à nossa Mãe e lha peçamos. Com razão, todos os santos são unânimes em dizer que, para viver seguramente a castidade, é preciso ter devoção à Maria, a Santíssima Virgem, tal como diz São Filipe Néri: “A devoção ao Santíssimo Sacramento e a devoção à Santa Mãe não são apenas o melhor caminho, mas na verdade são o único caminho para manter a pureza".
Por causa de tanta pureza, diz o Espírito Santo, é que a Virgem "é bela como a pombinha" (Ct 1,9). Essa pombinha é Maria, a modestíssima Virgem, diz Apônio. De açucena chamam-na também: "Assim como a açucena entre os espinhos, é a minha amiga entre as filhas" (Ct 2,2). Na opinião de Dionísio Cartuxo, é ela açucena entre os espinhos, porque as outras virgens são espinhos para si e para os outros. Ao contrário, Maria, com a sua só presença, insinuava a todos pensamentos e afetos de pureza. Isso confirma as palavras de São Tomás: "A beleza da Santíssima Virgem despertava em quantos a viam o amor à pureza". (Santo Afonso Maria de Ligório. Glórias de Maria. 3.4.2)
Ela nasceu livre do pecado original e seu coração jamais inclinou-se para o pecado, por isso dizemos que Maria é imaculada. Por isso, Deus escolheu Maria para ser mãe do seu Filho Único. Na virgindade de Maria, o Espírito Santo escolheu manifestar sua fecundidade, gerando no seu ventre o corpo imaculado de Nosso Senhor. Ademais, como medianeira da graça, tal como ensinam Santo Afonso e São Luiz Montfort, confirmados pelo Magistério (Catecismo da Igreja Católica, 969), não há graça que chegue a nós que não passe por Maria - não por que isso fosse necessário, mas porque Deus assim quis estabelecer. Sendo assim, se queremos a graça da santa pureza, convém que nos dirijamos à nossa Mãe e lha peçamos. Com razão, todos os santos são unânimes em dizer que, para viver seguramente a castidade, é preciso ter devoção à Maria, a Santíssima Virgem, tal como diz São Filipe Néri: “A devoção ao Santíssimo Sacramento e a devoção à Santa Mãe não são apenas o melhor caminho, mas na verdade são o único caminho para manter a pureza".
São José, o Justo
José foi o castíssimo esposo de Maria. Sobre ele, diz São Mateus, Apóstolo e Evangelista, que era um homem justo e, por isso, ele foi escolhido por Deus para proteger a virgindade da Sua serva, Maria, e para ser pai adotivo do Seu Filho Único, Jesus. São José trabalhou como carpinteiro e, segundo a tradição latina da Santa Igreja, viveu a virgindade antes e durante o matrimônio com Maria. Apesar de não ter contraído núpcias com Maria, seu matrimônio foi verdadeiro porque houve prole, fidelidade e sacramento, tal como ensina Santo Agostinho (De nuptiis et concupiscentia, I, 11, 13: PL 44, 421). Apesar de Jesus não ter sido gerado do seu sêmen, José o educou e o protegeu como seu próprio filho, a tal ponto que todos conheciam Jesus como "filho de José, o carpinteiro". Esta é uma obra de Deus, extraordinária, que abala a abusiva convicção contemporânea de que o matrimônio é sustentado e constituído pelo sexo, e que relembra aos cristãos seus verdadeiros fundamentos: o amor e a fidelidade. São José aparece, com frequência, nos ícones segurando lírios, como sinal de sua pureza. Ele também é invocado como Protetor da Igreja.
"[...] a Igreja invoca-o [São José] como protetor, por um desejo profundo e actualíssimo de rejuvenescer a sua existência secular, com autênticas virtudes evangélicas, como as que refulgem em São José". (Paulo, Alocução (19 de Março de 1969): Insegnamenti, VII (1969), p. 1269). A Igreja transforma estas exigências em oração. Recordando que Deus confiou os inícios da nossa Redenção à guarda desvelada de São José, suplica-lhe: que lhe conceda colaborar fielmente na obra da salvação; e que lhe dê a mesma fidelidade e pureza de coração que animaram José no serviço do Verbo Incarnado; e, ainda, a graça de caminhar diante do mesmo Deus pelas vias da santidade e da justiça, amparados pelo exemplo e pela intercessão de São José. (Beato João Paulo II. Exortação Apostólica Redemptoris Custos, n. 30-31).
São João, Apóstolo e Evangelista
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"O Verbo Eterno, vindo a este mundo, escolheu para Sua Mãe uma Virgem, para pai adotivo um virgem, para precursor um virgem, e a São João Evangelista amou com predileção porque era virgem, e, por isso, confiou-lhe Sua santa Mãe, da mesma forma como entrega ao sacerdote, por causa de sua castidade, a santa Igreja e Sua própria Pessoa." (St. Afonso Maria de Ligório.Tratado da Castidade. in.: Escola da Perfeição Cristã)
A João foi concedido ver a transfiguração de Nosso Senhor, a força e a coragem para acompanhar Cristo na sua Paixão e, por fim, a tarefa de cuidar da Santíssima Virgem até seus últimos dias. Pela sua fidelidade a Cristo e por sua pureza, foi-lhe concedido a graça de ser o apóstolo a conhecer os desígnios mais profundos de Deus, que ele escreveu em Apocalipse, e aquele dos apóstolos a viver mais e por morte natural - quando todos os outros foram vitimizados pelo martírio.
São Paulo, Apóstolo
São Paulo escreveu nas suas cartas vários ensinamentos sobre a castidade. “O corpo, porém não é para a impureza, mas para o Senhor e o Senhor para o Corpo: Deus que ressuscitou o Senhor, também nos ressuscitará a nós pelo seu poder” (1 Cor 6,13). Na mesma carta, São Paulo nos introduz ao mistério da habitação de Deus em nós, pela graça: nós somos templo de Deus. “Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo que habita em vós, o qual recebestes de Deus, e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço” (I Cor 6,19). À luz desse mistério, São Paulo adverte sobre os pecados contra a pureza: "Quem se une ao Senhor torna-se com ele um só espírito. Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo" (I Cor 6, 17s). Falando dos estados de vida, São Paulo também diz: "O homem solteiro cuida das coisas que são do Senhor, de como agradar ao Senhor" (I Cor 7,32 b); e ainda "A mulher que não é casada cuida das coisas do Senhor, para ser santa no corpo e no espírito" (I Cor 7, 34 b).
Além do ensinamento sobre castidade, São Paulo ajuda-nos, nós que sentimos atração pelo mesmo sexo, quando fala em II Cor 12 sobre sua experiência com sua própria fraqueza e sobre como Nosso Senhor o consolou imensamente. Naquela ocasião, São Paulo queixou-se de ter um "espinho na carne", algo que desconhecemos o que seja, mas que era uma grande provação para ele. São Paulo chegou a acreditar que, se Deus removesse aquele "espinho", ele seria um apóstolo ou um cristão melhor. Por isso, suplicou que Jesus o libertasse daquele mal. Porém, Nosso Senhor negou-lhe a satisfação desse pedido, explicando na sequência porque: "Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente minha força". Ouvindo isso, São Paulo entendeu que aquela sua fraqueza, longe de prejudicar sua vida, era o meio pelo qual Deus se manifestava mais intensamente nele.
Com base neste ensinamento, Pe. Paul Check nos lembra a todos a obra redentora de Nosso Senhor, em seu artigo Coragem e a cruz. A atração pelo mesmo sexo é certamente um espinho que nos põe sob constante provação. Porém, por causa de Nosso Senhor, ao invés de nos levar à morte e à infelicidade, a atração pelo mesmo sexo submetida à vivência da castidade nos proporciona o cultivo de várias virtudes e a união mais íntima com a Cruz de Jesus - o que traz consolo e alegria para nossas almas.
O pai de Santa Teresinha do Menino Jesus foi, desde sua juventude, sedento pelo Céu. Antes de conhecer sua esposa, Louis Martin vivia com simplicidade a fé dentro das suas atividades cotidianas. Ele viveu em um tempo em que a fé cristã era fortemente atacada pelo cepticismo e pelo ateísmo. Contudo, aspirando cumprir a vontade de Deus, não apenas guardou a fé, mas também a pureza de corpo e de alma, chegando a cogitar a vida como sacerdote. Porém, ele não sabia latim - o que, na época, era exigência para entrar no seminário. Diante dessa negativa, poderia Louis fazer como muitos homens fazem: julgando que não precisam viver a pureza se não forem padres, abandonam a castidade e a vida devota, e abraçam a vida de prazeres do mundo. Contudo, Luis manteve sua resolução de cumprir o mandamento de Deus de não pecar contra a castidade. Enquanto manteve essa decisão, aconteceu de ele conhecer Zélia Guérin, por quem se apaixonou e com quem se casou e teve cinco filhas. A partir daí, Louis viveu a pureza dentro do matrimônio, pela sua fidelidade à Zélia, que também, desde jovem, vivia com zelo a vontade de Deus. Este santo casal foi fecundo por sua simplicidade e fidelidade, de modo que floresceram cinco vocações religiosas, as de suas filhas, que entraram todas para as ordens religiosas para se dedicarem à caridade e à oração.
Pier foi um jovem italiano, de uma rica família, que amava os esportes e as artes, mas que se dedicou durante sua curta vida especialmente à caridade, socorrendo os pobres. Sobre ele diz o Beato João Paulo II:
Apesar de tantas atividades a que se dedicava, Pier cultivava uma ardente vida de oração, pelo amor a Jesus Eucarístico, pela frequente adoração noturna e pela meditação do hino da caridade de São Paulo. Ademais, apesar de sua juventude, guardou a santa pureza, testemunhando para um mundo que exalta a promiscuidade como experiência por excelência do jovem, que é possível ser feliz e ter uma juventude sadia pela continência, pela abnegação de si mesmo, pela prática da caridade.
Beata Chiara Luce Badano
Chiara foi uma cristã que viveu intensamente a fé, como leiga, jovem e participante do Focolare, movimento da Santa Igreja fundado por Chiara Lubich.
(Fonte: Canção Nova) O início da caminhada mais íntima de Chiara rumo ao seu Esposo Jesus, como gostava de chamá-Lo, começou em 1989, quando estava prestes a completar 18 anos. Ela enfrentou o diagnóstico de um osteosarcoma, tipo de câncer nos ossos, após sofrer uma forte dor nas costas durante uma partida de tênis.
A propósito, ela era uma "esportiva por excelência" e gostava de patinação, montanhas e mar, como lembra sua mãe. "Era uma menina cheia de vida: gostava de rir, cantar e dançar. Era uma jovem maravilhosa", complementa.
"Chiara, não tenha medo de dizer-lhe o seu sim, momento por momento. Ele lhe dará a força, esteja certa disso! Eu também rezo e estou sempre aí com você. Deus lhe ama imensamente e quer penetrar no íntimo da sua alma e fazer com que você experimente gotas de céu. 'Chiara Luce' ('Clara Luz') é o nome que escolhi para você. Você gosta? É a luz do Ideal que vence o mundo. Eu o mando a você junto com todo o meu afeto...", escreve a fundadora do Movimento dos Focolares, Chiara Lubich, em uma das cartas da intensa correspondência que as duas trocaram durante o período da doença
E os 25 minutos? A mãe da jovem beata conta essa história, que aconteceu logo depois da primeira sessão de quimioterapia a que Luce teve que se submeter:
"Naquele dia, eu não podia acompanhá-la, porque estava com flebite e o médico tinha me proibido qualquer movimento. Depois de duas horas intermináveis, Ruggero e Chiara voltaram. Ela vinha na frente, caminhando lentamente, vestida com a sua jaqueta verde. Tinha o rosto sombrio e olhava para o chão. Perguntei como tinha sido e ela, sem me olhar, respondeu: 'Não diga nada agora', e se jogou na cama com os olhos fechados. Aquele silêncio era terrível, mas eu tinha que respeitá-lo. Eu olhava para ela e pela expressão de seu rosto via toda a luta que estava travando interiormente para dizer o seu ‘sim’ a Jesus. Passaram 25 minutos. De repente ela se girou na minha direção, com o sorriso de sempre, dizendo: 'Agora você pode falar'. Naquele momento eu me perguntei quantas vezes ela iria ter que repetir o seu sim, no sofrimento. Mas Chiara precisou, como eu já disse, de 25 minutos, e desde então nunca mais voltou atrás".
Chiara veio a falecer em 7 de outubro de 1990. Ela mesmo havia preparado tudo: as canções de seu funeral, as flores, o penteado, o vestido de noiva, para a sua 'festa de núpcias' com o Senhor.
"As suas últimas palavras – que não foram o seu último ato de amor, porque esse foi a doação das suas córneas a dois jovens – quando se despediu, foram: 'Tchau mamãe! Esteja feliz, porque eu estou feliz'", relata Maria Teresa.
Beato Karol Wojtyla (Papa João Paulo II)
Antes de se tornar papa, e antes mesmo de se tornar sacerdote, Karol Wojtyla viveu como um jovem comum, porém ávido de Deus. Ele praticava esportes e gostava de teatro, chegando inclusive a encenar peças - boa parte delas clandestinamente, por causa da dominação nazista que afligiu a Polônia durante a II Guerra Mundial. Já na juventude, seu coração estava voltado para Deus. Porque sofreu sob dois regimes totalitários, o comunista e o nazista, o beato aprendeu cedo que o caminho do ódio era destrutivo e que apenas em Deus o ser humano descobriria o amor necessário para ser transformado e alcançar o bem. Desse modo, o exemplo do jovem Karol Wojtyla nos ensina duas coisas: primeiro, que é possível viver a santidade em qualquer etapa da vida, dentro de nossa condição, realizando as atividades cotidianas, das obrigações aos momentos de lazer; segundo, que não importa o mal que testemunhemos no mundo, ele nunca deve nos desanimar, mas que, conhecendo o poder do amor de Deus e do Seu Cristo, devemos combatê-lo com ânimo e convicção.
Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo. Eis por que sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor de Cristo. Porque quando me sinto fraco, então é que sou forte. (II Cor 12, 9-10)
Com base neste ensinamento, Pe. Paul Check nos lembra a todos a obra redentora de Nosso Senhor, em seu artigo Coragem e a cruz. A atração pelo mesmo sexo é certamente um espinho que nos põe sob constante provação. Porém, por causa de Nosso Senhor, ao invés de nos levar à morte e à infelicidade, a atração pelo mesmo sexo submetida à vivência da castidade nos proporciona o cultivo de várias virtudes e a união mais íntima com a Cruz de Jesus - o que traz consolo e alegria para nossas almas.
Beato Louis Martin
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Beato Pier Giorgio Frassatti
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Os que pensam que os santos são pessoas tímidas e solitárias, que depreciam esta vida pensando na outra, ficarão surpreendidos diante da figura do beato Pier Giorgio Frassati. Verdadeiro brincalhão, apelidado de "Robespierre" por seus amigos, com quem formou a associação denominada "I tipi loschi" - os tipos arruaceiros. Frassati foi um amigo dos pobres e via neles o Cristo. (Roma, 20/05/1990).
Apesar de tantas atividades a que se dedicava, Pier cultivava uma ardente vida de oração, pelo amor a Jesus Eucarístico, pela frequente adoração noturna e pela meditação do hino da caridade de São Paulo. Ademais, apesar de sua juventude, guardou a santa pureza, testemunhando para um mundo que exalta a promiscuidade como experiência por excelência do jovem, que é possível ser feliz e ter uma juventude sadia pela continência, pela abnegação de si mesmo, pela prática da caridade.
São Giuseppe Moscatti
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Sobre São Giuseppe, diz o Beato João Paulo II:
"O homem que a partir de hoje nós invocaremos como um Santo da Igreja universal representa para nós a realização concreta do leigo cristão. José Moscati, Médico director de clínica, pesquisador famoso no domínio científico, professor universitário de fisiologia humana e de química fisiológica, tomou suas múltiplas actividades com todo o engajamento que necessita a delicada profissão de leigo. Sob este ponto de vista Moscati é um exemplo não somente a ser admirado mas a ser seguido, sobretudo pelos representantes sanitários. Ele representa um exemplo até para os que não partilham de sua fé."
Beata Chiara Luce Badano
Chiara foi uma cristã que viveu intensamente a fé, como leiga, jovem e participante do Focolare, movimento da Santa Igreja fundado por Chiara Lubich.
(Fonte: Canção Nova) O início da caminhada mais íntima de Chiara rumo ao seu Esposo Jesus, como gostava de chamá-Lo, começou em 1989, quando estava prestes a completar 18 anos. Ela enfrentou o diagnóstico de um osteosarcoma, tipo de câncer nos ossos, após sofrer uma forte dor nas costas durante uma partida de tênis.
A propósito, ela era uma "esportiva por excelência" e gostava de patinação, montanhas e mar, como lembra sua mãe. "Era uma menina cheia de vida: gostava de rir, cantar e dançar. Era uma jovem maravilhosa", complementa.
"Chiara, não tenha medo de dizer-lhe o seu sim, momento por momento. Ele lhe dará a força, esteja certa disso! Eu também rezo e estou sempre aí com você. Deus lhe ama imensamente e quer penetrar no íntimo da sua alma e fazer com que você experimente gotas de céu. 'Chiara Luce' ('Clara Luz') é o nome que escolhi para você. Você gosta? É a luz do Ideal que vence o mundo. Eu o mando a você junto com todo o meu afeto...", escreve a fundadora do Movimento dos Focolares, Chiara Lubich, em uma das cartas da intensa correspondência que as duas trocaram durante o período da doença
E os 25 minutos? A mãe da jovem beata conta essa história, que aconteceu logo depois da primeira sessão de quimioterapia a que Luce teve que se submeter:
"Naquele dia, eu não podia acompanhá-la, porque estava com flebite e o médico tinha me proibido qualquer movimento. Depois de duas horas intermináveis, Ruggero e Chiara voltaram. Ela vinha na frente, caminhando lentamente, vestida com a sua jaqueta verde. Tinha o rosto sombrio e olhava para o chão. Perguntei como tinha sido e ela, sem me olhar, respondeu: 'Não diga nada agora', e se jogou na cama com os olhos fechados. Aquele silêncio era terrível, mas eu tinha que respeitá-lo. Eu olhava para ela e pela expressão de seu rosto via toda a luta que estava travando interiormente para dizer o seu ‘sim’ a Jesus. Passaram 25 minutos. De repente ela se girou na minha direção, com o sorriso de sempre, dizendo: 'Agora você pode falar'. Naquele momento eu me perguntei quantas vezes ela iria ter que repetir o seu sim, no sofrimento. Mas Chiara precisou, como eu já disse, de 25 minutos, e desde então nunca mais voltou atrás".
Chiara veio a falecer em 7 de outubro de 1990. Ela mesmo havia preparado tudo: as canções de seu funeral, as flores, o penteado, o vestido de noiva, para a sua 'festa de núpcias' com o Senhor.
"As suas últimas palavras – que não foram o seu último ato de amor, porque esse foi a doação das suas córneas a dois jovens – quando se despediu, foram: 'Tchau mamãe! Esteja feliz, porque eu estou feliz'", relata Maria Teresa.
Beato Karol Wojtyla (Papa João Paulo II)
Antes de se tornar papa, e antes mesmo de se tornar sacerdote, Karol Wojtyla viveu como um jovem comum, porém ávido de Deus. Ele praticava esportes e gostava de teatro, chegando inclusive a encenar peças - boa parte delas clandestinamente, por causa da dominação nazista que afligiu a Polônia durante a II Guerra Mundial. Já na juventude, seu coração estava voltado para Deus. Porque sofreu sob dois regimes totalitários, o comunista e o nazista, o beato aprendeu cedo que o caminho do ódio era destrutivo e que apenas em Deus o ser humano descobriria o amor necessário para ser transformado e alcançar o bem. Desse modo, o exemplo do jovem Karol Wojtyla nos ensina duas coisas: primeiro, que é possível viver a santidade em qualquer etapa da vida, dentro de nossa condição, realizando as atividades cotidianas, das obrigações aos momentos de lazer; segundo, que não importa o mal que testemunhemos no mundo, ele nunca deve nos desanimar, mas que, conhecendo o poder do amor de Deus e do Seu Cristo, devemos combatê-lo com ânimo e convicção.
A todos estes santos e santas, dirigimos nossa súplica de intercessão para que vivamos com coragem a castidade em nossos dias: "Rogai por nós!".
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A castidade e seus testemunhos
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