Thomas Merton: a vida espiritual não é um sonho; é real e tem de ser real


‎"Considero a vida espiritual como a vida do verdadeiro eu do homem, a vida desse eu interior, cuja flama, tantas vezes, consentimos em ver abafar sob as cinzas da angústia e dos mais fúteis cuidados. Orientada para Deus, e não para as necessidades materiais, a vida espiritual nem por isso é uma vida irreal ou uma vida de sonhos. Bem ao contrário, sem a vida do espírito, é a nossa existência toda que se torna inconsistente e ilusória. Integrando-nos na ordem de coisas estabelecidas por Deus, a vida do espírito nos põe no mais pleno contato com a realidade, não como a imaginamos, mas tal qual é em si mesma."

"Este encontro de Cristo não é jamais sincero se não for mais que uma fuga para fora de nós. Muito ao contrário, ele não pode ser uma evasão. Deve ser uma consumação. Não posso descobrir Deus em mim nem a mim em Deus, se não tenho a coragem de enfrentar-me exatamente como sou, com todas as minhas limitações, e de aceitar os outros como são, com todas as suas limitações. A solução religiosa não é religiosa, se não é plenamente real. Evasão é a resposta da superstição."

MERTON, Thomas. Homem Algum é Uma Ilha. 5 Ed. Rio de Janeiro: Editora Agir, 1968.

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A vida espiritual não é um sonho; é real e tem de ser real

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