O que realmente pensa Dilma a respeito do aborto?

Gostaria de lembrar a presidente Dilma (não vou chamá-la de presidenta) que 82% da população brasileira se declara contra o aborto. Também gostaria de lembrar Dilma que esta parcela da população, contrária a permissão do Estado para que a mãe mate o seu filho, votou no PT acreditando que a legislação brasileira não seria modificada no que se refere ao aborto, mas não somente isto: votou porque acreditou que haveria uma militante mulher “pró-vida”, ex-guerrilheira que viu a morte de perto, portanto sabe o quanto é preciosa uma vida humana, mesmo esta escondida e reclusa no ventre de uma mulher.

No entanto, Dilma zombando de minha, da sua inteligência, coloca na Secretaria de Políticas para Mulheres uma militante pró-morte, que diz que já fez aborto e que recomenda a todas as mulheres, que por incompatibilidade de seu estilo de vida, ou pelas dificuldades que se apresentem no momento, que é bom e recomendável extirpar seu filho do útero, como se fosse um parasita, ou um amontoado de células que cresce que nem um câncer.



De maneira mágica, logo depois que a abortista Eleonora Menicucci, amiga e companheira de cela de Dilma, foi nomeada ministra, o tema aborto volta a pauta no senado por meio de uma comissão de juristas que foram contratados para elaborar uma revisão no Código Penal, que permitirá o aborto desde que, por meio de uma avaliação de um médico, ou psicólogo, ateste que a mulher (pasmem) não tenha condições para arcar com a maternidade. Logicamente não será difícil encontrar alguém que facilmente possa fornecer um laudo como este, pois estamos em um país no qual a sociedade ainda não conseguiu vencer os desvios éticos presentes em nossa vida cotidiana e política. Hoje compra-se pela internet atestados médicos, teses de doutorado, diplomas de graduação e, na vida real, fala-se que até sentenças de juízes são adquiridas em balcão.

Dilma em campanha se declarou pró-vida, portanto contra o aborto, mas sabemos que política não se faz somente por meio de declarações públicas, principalmente quando existem subterrâneos e trocas de favores e interesses que são negociados fora dos holofotes da imprensa e da opinião pública. Se uma comissão no senado é criada com a finalidade de relativizar e afrouxar a legislação no que se refere ao aborto, logicamente é de se presumir que articulações de bastidores estão sendo bem encaminhadas por uma minoria que é a favor da cultura da morte, inclusive tendo uma aliada de peso como a ministra Eleonora Menicucci. Agora sendo direto, mesmo não declarando, alguém que não mudou suas convicções e encontra resistência aos seus pensamentos, faz na clandestinidade uma batalha de convencimento com a finalidade de impô-los. É isto o que eu vejo na politica para as mulheres no governo Dilma tendo como ministra Eleonora Menicucci.

O artigo quinto da Constituição Federal declara a inviolabilidade do direito à vida, mas o tema aborto tenta reclassificar o que seria vida, ou fazer crer que o feto no ventre da mãe com até doze semanas “não é vida”, ou considerá-lo como um amontoado de células ainda em crescimento (veja a foto de uma vida humana de doze semanas). Interessante analisar a arrogância de alguns humanos, pois quando quando sondas são enviadas ao espaço, na qual a descoberta de uma ameba extraterrestre seria motivo de grande festa e entusiasmo de celebração de vida, um ser humano em crescimento no ventre da mãe, já com suas características formadas, é considerado “não vida”.




O que desejam esses senhores é classificar a vida humana no ventre de uma mulher por meio de fatores socio-econômicos e agora buscam dar respaldo por meio de análises psicológicas recheadas de subjetividade, ou critérios clínicos muitas vezes feitos por encomenda.

Outro argumento, este defendido pela ministra Leonora, é que mulheres pobres morrem ao fazer abortos clandestinos, sendo portanto plausível que façam o procedimento em clínicas públicas, que ao seu turno seriam mais seguras. Ora, é uma falácia dizer que o aborto em clínicas bem equipadas são isentos de riscos, da mesma forma que uma lipoaspiração em clínicas de estética da Zona Sul não o é. Pode parecer absurda a comparação, mas convenhamos que todo procedimento invasivo tem o seu grau de risco, suas consequências físicas e psicológicas. O que via de regra ocorre é que abortos executados em clínicas clandestinas geralmente tem desdobramentos na rede pública de saúde, na qual a mulher vai fazer a curetagem uterina, que é um procedimento médico executado sob anestesia geral ou locorregional, com o objetivo de retirar restos de um aborto (espontâneo ou cirúrgico), ou seja, eliminar da cavidade uterina o material placentário ou endometrial. Como aconteceu aqui em Manaus com alguns aborteiros conhecidos, o procedimento cirúrgico era realizado em sua clínica clandestina, já com o encaminhamento da curetagem uterina da mulher para a rede pública, geralmente onde esse médico aborteiro dá plantão. Vale salientar que dependendo do método utilizado, um aborto provocado pode proporcionar esterilidade e abortos espontâneos em próximas tentativas de ter outro filho, além de perfurações no útero, hemorragias, lesões intestinais, complicações renais e hepáticas (pelo uso de substâncias tóxicas). Aqueles que defendem o aborto minimizam os riscos para a mulher e omitem que mesmo nos países nos quais o aborto foi legalizado, ainda assim mulheres morrem durante o procedimento (da mesma forma que mulheres morrem em clinicas estéticas).

Finalizando, lembro que a presidente Dilma tem o dever de vetar qualquer tentativa de mudança na Lei no que se refere ao aborto, principalmente se essa decisão vai de encontro da opinião pública que já se demonstrou contrária a interrupção da gravidez pelo assassinato de bebês no ventre das mães. Se realmente estiver Dilma interessada em garantir que jovens não morram fazendo abortos, que políticas de melhorias da educação e da cultura sejam universais, não somente a uma parcela da população que possa pagar. Que políticas públicas que visem a proteção da família, como núcleo básico da sociedade, sejam colocadas em prática, não prevalecendo sua desestruturação e desintegração. Talvez a primeira e urgente medida seria demitir Eleonora Menicucci como sinalização que o governo não é abortista e declarar que vetará qualquer tentativa de modificação da lei.

Por: João Lago
Professor e administrador na Associação Viva a Vida

Gostou? Clique no link abaixo e conheça o blog que publicou essa postagem!
O que realmente pensa Dilma a respeito do aborto?

Nenhum comentário:

Arquivo