Mais um ponto para os católicos atuantes (Parabéns ACI Digital). Acabo de receber (depois quase um dia todo buscando essa informação) uma matéria onde a assessoria de imprensa da CNBB negou que houve um acordo entre a senadora Marta Suplicy e os bispos da CNBB. Segundo a senadora petista, o acordo teria resultado na inserção do Artigo 3º do substitutivo do PLC 122 que não criminalizaria “a manifestação pacífica de pensamento decorrente da fé e da moral fundada na liberdade de consciência, de crença e de religião”.
Em diálogo telefônico com a ACI Digital, Pe. Rafael Vieira, assessor de imprensa da entidade explicou que a senadora não teve a intenção de ir à sede da CNBB para fazer acordos e que os bispos na ocasião não encontraram no texto “nada que aplaudir, nem nada que repudiar”(outra coisa estranha aqui. Nada o que repudiar?).
“A informação que temos é: a senadora fez uma visita à sede da conferência dos bispos, apresentou o seu texto substitutivo do Projeto de lei e os bispos não encontraram no texto dela nada que fosse merecedor de registro”.
Assim o que foi visto nos meios “não corresponde à realidade no sentido que não foi acordo entre a senadora e a CNBB”. Isto nega o foi dito pela própria senadora Suplicy e recolhido em nota divulgada ontem pelo jornal O Globo:
“Eu disse para o Crivella: fizemos um acordo com a CNBB e vocês vão ficar do lado do Bolsonaro? – contou Marta, em referência ao deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), conhecido por sua oposição às propostas de interesse à comunidade LGBT”. (trecho da matéria do Jornal o Globo)
A bancada evangélica liderada pelos senadores Magno Malta e Marcelo Crivella se opôs à lei mesmo depois da reformulação do texto. Segundo o sacerdote, “ela (Suplicy) apresentou o texto dela e os bispos não acresceram, não diminuíram e não fizeram nenhum tipo de declaração”.
“Consideramos uma inverdade que houve um acordo ou um acréscimo ao texto que teria vindo da CNBB(…) A senadora não veio aqui com intenções de fazer acordo algum”, reiterou Pe. Rafael. A assessoria de imprensa se comprometeu a entrar em contato a presidência para receber um posicionamento oficial sobre o assunto e nós estaremos aguardando esse posicionamento. Hoje mesmo eu escrevi dezenas de mensagens via twitter e via email para a CNBB e alguns bispos, mas ninguém tinha se pronunciado sobre o assunto. Quando ela foi a CNBB? Quem a recebeu? Bispos ou assessores? Se foram bispos, quais os bispos? Se foram assessores quais foram os assessores? Essas perguntas precisam de respostas o quanto antes, pois a lei entra em pauta amanhã.
Todo caso, paralelo a essa confusão que precisa ser esclarecida, continuamos nossa luta pedindo que os católicos escrevam para os senadores se mostrando contrários a aprovação dessa lei. A lei entra em pauta amanhã de forma que hoje, precisamos fazer nossa parte. Para escrever para os senadores da Comissão de Direitos Humanos no Senado, basta copiar seus emails (abaixo) e pedir que se posicionem contra o projeto de Lei segue a lista de seus respectivos endereços eletrônicos (em um só email você escreve para todos. É rápido e fácil!):
ana.rita@senadora.gov.br
martasuplicy@senadora.gov.br
paulopaim@senador.gov.br
wellington.dias@senador.gov.br
cristovam@senador.gov.br
crivella@senador.gov.br
simon@senador.gov.br
eduardo.amorim@senador.gov.br
garibaldi@senador.gov.br
sergiopetecao@senador.gov.br
paulodavim@senador.gov.br
clovis.fecury@senador.gov.br
mozarildo@senador.gov.br
gim.argello@senador.gov.br
magnomalta@senador.gov.br
marinorbrito@senadora.gov.br
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