"Honra a essas mães, verdadeiras educadoras!"
Felicitava-se um inglês (Chesterton) de que a educação fosse toda ela confiada a mulheres até ao momento em que se torna ínútil educar, – porque "uma criança não é mandada à escola para se instruir, senão quando já é tarde para aprender qualquer coisa".
Por outras palavras: a formação depende da educação da primeira infância, e em segundo lugar a educação da primeira infância pertence às mulheres. Esta é a verdade. E grave. Porque surge imediatamente o problema: as mães encarregadas de educar estarão todas elas à altura dessa missão?
Algumas, sim, e distinguem-se. Para a primeira infância. E depois também, quando os filhos já são adultos.
Quando os filhos eram pequeninos, com que atenção não velavam elas não só pelo seu corpo, mas sobretudo pela alma, deviando tudo o que mais tarde pudesse vir a ser para eles ocasião de tentação.
Com que amor de Deus, logo desde o primeiro desabrochar da razão, lhes não juntaram elas as mãozinhas para rezarem, com o coração erguido para o céu. E por ocasião da primeira comunhão particular, com que ternura lhes não ensinaram as maravilhas da Eucaristia, os não animaram à generosidade, lhes não falaram de Cristo crucificado. “Coração de Jesus, dê sabodoria para as mães educares seus filhos”.
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Sem jamais se buscarem a si mesmas, com que alegre e sobrenatural austeridade ensinaram a criança a sacrificar-se, a pensar nos outros, com que habilidade divina lhes não mostraram as necessidades imensas do mundo e os não fizeram pensar nos pagãozinhos privados da felicidade de terem mamãe cristã, papai cristão, irmãs e irmãs batizados.
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“As crianças são sérias; e conservar-se infantil a sua alma significa precisamente continuar a encarar a vida com seriedade“. Este pensamento de Joergensen – conhecido, ou desconhecido – tem servido de regra a mães que sempre ajudaram os filhos a conservar, depois de crescidos, a profundeza juvenil da sua seriedade em face da vida.
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E quando eles são grandes, como essas mães os ajudaram a desenvolver essa seriedade, a evitar que se extraviem, que se dissipem na atmosfera do mundo e da frivolidade…vivendo elas próprias na familiaridade divina, aprenderam o grande mistério de “Deus pertinho”, de Deus que mora no fundo da alma em graça e que só deseja chamar-nos à Sua intimidade.
Honra a essas mães, verdadeiras educadoras!
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(Excertos de Cristo no lar, meditações para pessoas casadas, por Raúl Plus, S.J, tradução de Pe. José Oliveira Dias, S.J. ; 2ª Edição, Livraria Apostolado da Imprensa, 1947, com imprimatur)
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