Padres do Deserto: Sentenças do Pai Agatão



Hoje temos três sentenças do Pai Agatão. Elas vão nos falar sobre discernimento, Amor a Deus, desapego, trabalho santificado e qual a importância de vigiar seus pensamentos.


1. Era dito do Pai Agatão que alguns monges vieram procurá-lo, tendo ouvido falar de seu grande discernimento. Desejando ver se ele perdia a paciência disseram-lhe: “Você não é aquele do qual dizem ser um grande fornicador e um homem orgulhoso?” – “Sim, é verdade”, ele respondeu. Eles continuaram, “Você não é aquele Agatão que está sempre dizendo bobagens?” – “Sou eu”. Novamente, ele disseram: “Você não é Agatão, o herético?” Ao que ele replicou: “Eu não sou um herético”. Então eles perguntaram-lhe: “Diga-nos: por que você aceitou tudo que atiramos sobre você, mas repudiou este último insulto?” Ele replicou: “As primeiras acusações tomei para mim, pois é bom para minha alma. Mas heresia é separação de Deus. Vejam: eu nada tenho para ser separado de Deus”. A este dito, eles ficaram surpresos pelo seu discernimento e retornaram, edificados.



2. Freqüentemente o abade Agatão dava este conselho ao seu discípulo: “Nunca pegues para ti algo que não gostarias de imediatamente dar a alguém”.



3. Um dia perguntou-se ao abade Agatão: “O que é melhor: a ascese corporal ou a custódia da mente?”. Respondeu: “Os homens são como as árvores; o trabalho corporal é a folhagem e a custódia da mente é o fruto: ora, todas as árvores que não dão fruto – está escrito – serão cortadas e lançadas ao fogo. Com relação aos frutos, portanto, deve-se vigiar o que nos acontece, isto é, guardar nossa mente. Também temos necessidade da sombra e da beleza da folhagem, que representam a ascese corporal”. De resto, o abade Agatão era muito dedicado e infatigável no trabalho; sustentava-se sozinho; assíduo no trabalho manual, contentava-se com pouco alimento e roupas simples.


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