E pra quem acha que o documento da Congregação para a Doutrina da Fé condenando a filiação de católicos a associações maçônicas é “velho” – considerando que a Igreja tem 2 milênios de vida, 25 anos nem fazem cócegas -, temos uma recente declaração do cardeal português Dom José Policarpo, que foi publicada recentemente no Fratres in Unum. O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa afirmou, em conformidade com as leis da Igreja, que “não é compatível” ser católico e maçom, já que as associações maçônicas “rejeitam aquilo que é o essencial da fé, a aceitação da Palavra de Deus e da revelação sobrenatural”.
“Everth, o que você sabe sobre a Ordem DeMolay para a acusar daquela forma? Você, por acaso, tem informações concretas sobre a ordem, por acaso já teve a oportunidade de ir a uma reunião aberta?”
“Infelizmente, sem saber até do que se fala, você comenta e difama uma ordem que só ajudou a sociedade, ao contrario de algumas igrejas católicas (não todas) que forçam as pessoas a darem dizimo, dizendo que se a pessoa não doar tudo que tem a igreja e se dedicar integralmente a mesma, irá para o inferno.”
Não, nunca fui a uma reunião aberta da Ordem DeMolay. E não tenho sequer a pretensão de participar. Quanto ao que sei sobre a Ordem, sei o suficiente para rejeitar a filosofia que cerca tanto esta associação quanto a própria Maçonaria, cujos membros são tidos como “tios” por parte dos demolays.
Você me acusa de difamar “uma ordem que só ajudou a sociedade”… O que se encontra aqui não são difamações, mas sim esclarecimentos. Quando, neste espaço, escrevi que os princípios defendidos pela Maçonaria são simplesmente inconciliáveis com a doutrina católica, fiz apenas um alerta àqueles que são membros da Igreja, a fim de que estejam conscientes de que “permanece (…) imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas”. O documento está no site da Santa Sé para qualquer homem de boa vontade ler.
Quanto à ideia de que “algumas igrejas católicas (…) forçam as pessoas a darem dízimo”, é preciso que fique bem claro que a) existe uma boa diferença entre “Igreja” e “igrejas” – Aquela é o Corpo Místico de Cristo, sendo uma realidade que transcende a própria história, enquanto estas são as comunidades dos fiéis espalhadas pelo mundo; b) as pessoas não são forçadas a darem dízimo, muito embora se saiba que é um dos cinco mandamentos da Igreja “atender às necessidades materiais da Igreja, cada qual segundo as suas possibilidades”. A assembleia precisa colaborar, de alguma forma, com a manutenção da sua comunidade.
“Sou católico e demolay, com muito orgulho, e gostaria de saber o que você tem contra a Ordem DeMolay.”
Roberto Nery, como católico, tenho contra a Ordem DeMolay o fato de ela entender Deus de uma maneira diversa daquela que ensina o Magistério da Igreja. A Maçonaria – e da mesma forma as associações a ela filiadas – é adepta do indiferentismo religioso e do agnosticismo. Pra quem deseja entender melhor as razões que separam a Igreja Católica da Maçonaria, recomendo novamente a leitura do livro A Maçonaria no Brasil – Orientação para católicos, do frei Boaventura Kloppenburg, OFM. Também já fizemos inúmeras postagens sobre o assunto. Agora, vai caber a você escolher ou o catolicismo de fato – o que reconhece os princípios cristãos em sua totalidade – ou o catolicismo self-service – aquele em que você, como em um restaurante, escolhe da doutrina cristã aquela parte que mais lhe convém e ignora aquela que lhe desagrada.
Graça e paz.
Salve Maria Santíssima!
Salve Maria Santíssima!
Gostou? Clique no link abaixo e conheça o blog que publicou essa postagem!
Catolicismo e Ordem DeMolay – mais um esclarecimento
Curta a página do Guia de Blogs Católicos no Facebook clicando aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário