Nova proposta de legalização do aborto está circulando no Senado Federal. A reforma no Código Penal pretende alterar o Art. 128, descriminalizando o homicídio de anencéfalos e de crianças até a 12ª semana de gestação. No último caso, a prática seria liberada “quando o médico constatar que a mulher não apresenta condições psicológicas de arcar com a maternidade”.
Que condições psicológicas, cara-pálida? Na hora de deitar na cama pra fazer a criança, não há dificuldade alguma, mas, agora, que é preciso arcar com as responsabilidades da maternidade, busca-se uma válvula de escape? Não, isto está muito errado… Estamos perdendo totalmente o senso do ridículo; mais que isso: o senso do sagrado! A vida humana agora se vê ameaçada pelos caprichos da mulher que, em nome de suas “condições psicológicas”, decreta que seu filho não deve vir a este mundo. Pior: sob esta alegação, o governo dá permissão para que as mulheres maculem ainda mais a si mesmas, ou não é conhecido, por exemplo, que o aborto pode deixar em quem o provoca sequelas psicológicas seriíssimas?
A crueldade desta militância pró-aborto chega a patamares impensáveis. Na última semana, um casal de acadêmicos redigiu um artigo defendendo o direito de matar também recém-nascidos. Segundo eles, “nem os fetos nem os recém-nascidos podem ser considerados pessoas no sentido de que têm um direito moral à vida”. A afirmação escandaliza? Pois é a ideia que sorrateiramente vêm tentando implantar na América Latina organizações internacionais como as fundações Ford, MacArthur e Rockfeller. Travestida de “preocupação com os direitos reprodutivos da mulher”, a defesa do aborto ganha o financiamento destas corporações e a voz ativa do movimento feminista, enquanto se estende por todo mundo um verdadeiro Holocausto: milhares de crianças desumanamente privadas da vida.
O alvo recente dos promotores da “cultura de morte” é justamente nossa nação. Embora maioria esmagadora de nossa população seja manifestadamente contrária à legalização do aborto – e o Alô Senado registrou, na última semana, um “aumento de manifestações contrárias à legalização do aborto” -, desejam, custe o que custar, que o Brasil se alinhe às pretensões políticas mesquinhas da Organização das Nações Unidas.
Mas, o povo brasileiro tem seus porta-vozes! Já se manifestaram contra este golpe dos abortistas Dom Luiz Bergonzini, bispo – agora emérito – de Guarulhos, e Dom Odilo Scherer, cardeal-arcebispo de São Paulo.
“A mulher é o símbolo da vida humana. Recebeu de Deus a sagrada dádiva de gerar a vida. O aborto é a cultura da morte. 82% dos brasileiros são contra a liberação do aborto. Os abortistas e juristas não representam o povo brasileiro.”(…)“O demônio fechou o quadrado para tentar aprovar o aborto. Mas estamos preparados, com Jesus Cristo, para impedir esse genocídio e discriminação contra os filhos de mulheres pobres ou negras. Há muito, o Senhor da Vida já nos ensinou: ‘…ponho diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas com a tua posteridade’ (Dt 30, 19).”- Dom Luiz Bergonzini em O demônio fechou o quadrado: Dilma Rousseff, PT, Eleonora Menicucci e Edir Macedo
8 de março de 2012“É lamentável a morte de cada mulher em consequência de um aborto clandestino e mal feito. Lamentável também, e muito, é a sorte trágica de cada ser humano que tem a sua vida tolhida antes mesmo de ter visto a luz. Se há um problema de saúde pública a ser encarado, a solução não deveria ser a instrumentalização dessa tragédia humana para promover a legalização do aborto. Dar roupagem legal à tragédia curaria a dor e faria sossegar a consciência? Questão de saúde pública deve ser enfrentada com políticas voltadas para a melhoria da saúde e das condições de vida, e não para a promoção da morte seletiva. Uma campanha de conscientização sobre a ilegalidade das práticas abortistas protegeria melhor a mulher e o ser que ela está gerando. Haveria muito a fazer para alertar contra os riscos do recurso às clínicas – nem tão clandestinas – de ‘interrupção da gravidez’. Alguém conhece alguma campanha do governo ou alguma política pública para desestimular práticas abortivas contrárias à lei e arriscadas para a saúde da mulher? Não seria o caso de fazer?”
Ao contrário de seus irmãos no episcopado, o secretário-geral da nossa Conferência Episcopal, Dom Leonardo Steiner, considera “que esse não é o momento de nos manifestarmos”.
Cabe, aqui, um questionamento: qual é, então, o momento certo de nos manifestarmos? A discussão do projeto asqueroso já está acontecendo, nas mídias sociais e no Senado Federal. Será que é preciso esperar a despenalização da prática acontecer para que, enfim, a CNBB abra a boca e, enfim, deplore a situação?
Rezemos, a fim de que Nossa Senhora Aparecida livre o Brasil da maldição do aborto.
Graça e paz.
Salve Maria Santíssima!
Salve Maria Santíssima!
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Leia também: O pântano moral para o qual caminharam os ditos “progressistas”, no blog do Reinaldo Azevedo.
Leia mais: Brasil a um passo da legalização do aborto, no blog O Possível e O Extraordinário.
Filed under: Escândalos, Política
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Legalização do aborto em pauta no Senado
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