Voto Católico: é lícito dá-lo a candidatos que atentam contra a Lei Moral?



Recentemente, o Papa Bento XVI veio a público para novamente alertar os fieis e o mundo contra um grande perigo: o “casamento” entre homossexuais ameaça o futuro da humanidade.

A grande mídia deu imediata repercussão ao documento urbi et orbi do Sumo Pontífice.

Imediatamente desabaram sobre a cabeça dele impropérios, ameaças, ofensas: todos os uivos hidrófobos dos próceres da ditadura “gay”, das ativistas feministas, dos ateístas e da esquerda em geral. Se pudessem, tê-lo-iam apedrejado em praça pública.

Particularmente no Brasil, o ativista “gay” Jean Wyllys, deputado federal (com minúsculas mesmo) do PSOL do Rio de Janeiro, com o seu habitual destempero verbal e com a tresloucada postura que faz questão de utilizar para marcar publicamente a sua “orientação” sexual, desandou a atirar ao Papa acusações raivosas e sem fundamento algum. Homofóbico, cúmplice de pedófilos e nazista ― esse foi o lote mínimo de qualificativos com os quais o despreparado parlamentar rotulou Bento XVI. 

No entanto, é evidente — e bastaria a leitura, de espírito desarmado, do documento do Pontífice para isso comprovar — que o mais importante líder espiritual Católico não apresentou aos fieis coisa alguma que pudesse representar ruptura da Igreja com o ensinamento de Cristo em relação à caridade, ao perdão e ao acolhimento do pecador arrependido. O ensinamento Católico, realçado e reafirmado ao longo de todo o texto do documento Pontifício, é absolutamente claro no sentido do respeito aos que padecem do chamamento íntimo aos comportamentos homossexuais, bem como da rejeição de qualquer injusta discriminação em relação a tais pessoas. Desde que não cedam à tentação da abominação e vivam em castidade, à falta de condições pessoais de mudança. Enfatizo o adjetivo injusta porque existe, sim, a discriminação justa. Por exemplo: não cabe manter em comunhão aquele que, não obstante alegue querer vivê-la, fira deliberadamente, de modo reiterado e cínico, a integridade espiritual da própria Igreja. É o caso dos sacerdotes culpados da conspurcação, instilada no âmago sacro da Mãe e Mestra, pela brutalidade da pedofilia, que Ratzinger, então Cardeal, já combatia sem trégua. 

A porta do perdão não se fecha aos sinceramente arrependidos. Mas excomungar os impenitentes é ato de necessária justiça canônica: uma forma, portanto, de justa discriminação.

O mesmo se aplica a quem viole, reiterada e impenitentemente, o preceito, contido no próprio Evangelho (Marcos 10, 6 —7) de que a unificação das carnes só se defere, por norma Divina, ao casal humano: uma mulher e um homem, assim criados, em diferença e complementaridade, desde o início dos tempos. 

Não sei se Jean Willis, subproduto inevitável do asqueroso “reality show” Big Brother Brasil, se diz Cristão. Mas testemunhei, em meu curto mandato parlamentar, a atividade anticristã de numerosos deputados federais nominalmente católicos, que agiam abertamente em prol da aprovação de abominações que clamam por fogo e enxofre a cair dos céus: o aborto por livre escolha da mulher; as cotas de abortos “legais” nos hospitais públicos; o “casamento gay”; a permissão de adoção de crianças por pares homossexuais; a disseminação da subcultura GLBT nas escolas de ensino fundamental; a instalação de máquinas fornecedoras de preservativos nas escolas. 

Impõe-se, portanto, a pergunta: é lícito ao Católico votar, para qualquer cargo público, em figuras como Wyllys e outros militantes ou simpatizantes “gays”?

Para responder, ele precisa refletir sobre o peso de seu voto. 

Quantos eleitores somos? Apesar da perda constante de fieis, os que se dizem Católicos no Brasil correspondem a mais de dois terços da população (dados de 2011).  Esse índice pode ser, aproximadamente, projetado para o eleitorado. Há base lógica, portanto, para afirmar que o voto dos Católicos tem o potencial de eleger 342 Deputados Federais. Esse número de parlamentares, na Câmara, em caso de ação homogênea, é suficiente para aprovar qualquer lei ordinária, qualquer lei complementar e qualquer emenda constitucional. Assim sendo, se o conjunto dos Católicos der os seus votos a candidatos não compromissados com a Doutrina da Igreja, com os ensinamentos do Evangelho e do Catecismo, ou a católicos nominais, tendentes a transigir com a Lei Moral em nome de negociações e acordos políticos,  inexoravelmente tais leis, mais cedo ou mais tarde, passarão. Serão impostas aos Católicos por um Estado visceralmente laico, que porá fim à Família, à liberdade religiosa e aos valores milenares da Civilização Cristã. Daí para a perseguição, aos que tentarem opor-se a esse estado de coisas, é um passo.

Em sentido oposto, caso os Católicos rejeitem a omissão e participem com consciência e decisão da Política, nos moldes que esbocei em meu artigo inaugural, rejeitando votar na ditadura “gay”, nas figurinhas famosas do BBB, nos abortistas, nas feministas radicais da ideologia de gênero, nos ateístas e nos partidos, em geral de esquerda, que lhes dão abrigo, criarão, a curto prazo, condições políticas para um razoável grau de certeza de que, no plano material, o bom combate seja travado com sucesso.

Dito isso, irmão Católico, creio que a pergunta fica respondida. 

A ação posterior dependerá da sua consciência de Católico participante da vida política: firme na Fé, esperançoso e atuante, mas não ingênuo e desinformado.






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