Dawkins sobre o sentido da vida


“Não é apenas a nossa improbabilidade que nos torna agradecidos por estramos aqui, porque de facto somos muito improváveis. Somos também privilegiados não apenas por estarmos aqui mas também por pertencermos à espécie humana, porque a espécie humana é realmente única: entre todos os animais somos os únicos a saber que vamos morrer. Mas somos também únicos por sabermos que vale a pena existirmos. É claro que é difícil lidar com o sofrimento e a perda, mas há alguma consolação em sabermos o quão privilegiados nós somos por estarmos aqui.” (Richard Dawkins)

Esta breve afirmação de Richard Dawkins retirada de um vídeo (disponível no youtube), em que discute com Daniel Dennett a questão do sentido da vida não deixa de ser surpreendente, por vários motivos. Em primeiro lugar, porque afirma que nos devemos sentir agradecidos, mas não diz a quem. Em segundo lugar porque considera que o saber porque estamos aqui e que somos únicos entre todos os animais parece ser suficiente para compreendermos o sentido da vida humana. Em terceiro lugar, porque este saber e esta atitude nos consolam em momentod e dor e de sofrimento.

É muito comum entre os ateus militantes como Dawkins e Dennett intelectualizarem a existência humana, uma intelectualização que é feita em termos científicos. Mesmo o sentimento de maravilha do cientista perante a beleza do universo se baseia no sabermos cientificamente porque estamos aqui. Há uma desdramatização total da vida humana. Fico sem saber se ao encontrar uma pessoa em grande sofrimento por ter perido um ente querido, por exemplo, a deverei aconselhar a procurar consolação junto de um biólogo, o qual lhe explicará a razão científica da existência, do sofrimento e da morte.
Blog oficial da Comunidade Pedro Arrupe - Braga

Gostou? Clique no link abaixo e conheça o blog que publicou essa postagem!
Dawkins sobre o sentido da vida

Nenhum comentário:

Arquivo