Amor e Responsabilidade: a lei do dom – compreendendo os dois aspectos do amor


Como uma pessoa pode saber se está em um relacionamento de amor autêntico e comprometido, ou se está apenas em mais um romance desapontador que não vai resistir ao teste do tempo?
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Esse é o assunto sobre o qual João Paulo II – então Karol Wojtyla – se debruça na próxima seção de seu livro, “Amor e Responsabilidade”, quando ele discute os dois aspectos do amor.

De acordo com Wojtyla, existem dois aspectos do amor, e compreender a diferença é crucial para qualquer casamento, noivado ou namoro. Por um lado, temos o que está acontecendo dentro de nós quando nos sentimos atraídos por uma pessoa do sexo oposto.

Quando um rapaz encontra uma garota, ele experimenta uma série de sentimentos e desejos poderosos em seu coração. Ele pode se encontrar fisicamente atraído pela beleza do corpo dela, ou se perceber pensando constantemente nela em uma atração emocional. Essa dinâmica interior do desejo sensual (sensualidade) e do amor emocional (sentimentalidade) molda em grande parte a maneira com que o homem e a mulher interagem um com o outro, e é isso que faz o romance, especialmente em seus estágios iniciais, ser tão emocionante para o casal envolvido.

Entretanto, esse é apenas um aspecto do amor, que não deve ser igualado ao amor no sentido mais pleno. Nós sabemos da experiência que podemos ter fortes emoções e desejos por outra pessoa sem necessariamente estar comprometido com ela, ou sem a pessoa estar verdadeiramente comprometida conosco em uma relação de amor.

É por isso que Wojtyla coloca o aspecto subjetivo do amor em seu devido lugar. Ele nos desperta e nos lembra que, não importa o quão forte experimentemos essas sensações, isso não é necessariamente amor, mas simplesmente uma “situação psicológica”. Em outras palavras, por si só, o aspecto subjetivo do amor nada mais é do que uma experiência prazerosa que está acontecendo dentro de mim.

Essas emoções e desejos não são ruins, e podem se desenvolver dentro do amor, e até enriquecê-lo, mas não devemos vê-los como sinais infalíveis do amor autêntico. Wojtyla diz: “É impossível julgar o valor de um relacionamento entre duas pessoas meramente a partir da intensidade de suas emoções... O amor se desenvolve com base em uma atitude totalmente comprometida e totalmente responsável de uma pessoa para outra pessoa”; enquanto que ao mesmo tempo os sentimentos românticos “nascem espontaneamente das reações sensuais e emocionais. Um crescimento muito rápido e muito rico de tais sensações pode esconder um amor que falhou em se desenvolver” (Amor e Responsabilidade).

Direcionando o amor para as reações interiores

Os homens e as mulheres hoje são bastante suscetíveis a cair nessa ilusão de amor, pois o mundo moderno direcionou o amor para as reações interiores, focando-se primariamente no aspecto subjetivo. No último artigo, escrevi sobre o fenômeno do “amor hollywoodiano”, que nos diz que o amor será mais forte quanto mais forte forem nossas emoções. Wojtyla, entretanto, enfatiza que há uma outra faceta do amor que é absolutamente essencial, não importando quão fortes sejam nossas emoções e desejos. A esse aspecto ele chamou de “objetivo”.

Esse aspecto tem uma série de características objetivas que vão além dos sentimentos prazerosos que experimento no nível subjetivo. O verdadeiro amor envolve virtude, amizade, e a busca de um bem comum. No casamento cristão, por exemplo, marido e mulher se unem pelo bem comum de ajudarem um ao outro a crescer em santidade, aprofundar a união, e educar os filhos. Além disso, eles devem não apenas compartilhar esse objetivo em comum, mas possuir a virtude que os ajude a chegar lá.

É por isso que o aspecto objetivo do amor é muito mais do que um olhar interior para minhas emoções e desejos. É muito mais do que os prazeres que recebo da relação. Ao considerar o aspecto objetivo do amor, devemos discernir que tipo de relacionamento existe realmente entre eu e a pessoa que amo, e não simplesmente o que esse relacionamento significa para mim em meus sentimentos. A outra pessoa me ama mais pelo que sou ou me ama mais pelo prazer que recebe da relação? Meu(minha) amado(a) compreende o que é verdadeiramente melhor para mim? Ele(ela) tem a virtude para me ajudar a chegar ao que é melhor para mim? Estamos profundamente unidos por um objetivo comum, servindo um ao outro e lutando juntos por um bem comum que é maior do que cada um de nós? Ou estamos na verdade apenas vivendo lado a lado, compartilhando recursos e ocasiões agradáveis enquanto cada um persegue egoisticamente seus próprios projetos e interesses na vida? Esse são os tipos de questões que apontam para o aspecto objetivo do amor.

Agora podemos ver porque Wojtyla diz que o verdadeiro amor é “um fato interpessoal”, não simplesmente uma “situação psicológica”. Um relacionamento forte está baseado na virtude e na amizade, não simplesmente em experimentar juntos sentimentos agradáveis e situações prazerosas. Como explica Wojtyla, “o amor enquanto experiência deve estar subordinado ao amor enquanto virtude – de tal modo que sem o amor enquanto virtude não pode haver plenitude na experiência do amor” (Amor e Responsabilidade).

Amor doação de si

Uma das marcas mais distintivas do aspecto objetivo do amor é o dom de si mesmo. Wojtyla ensina que o que faz o amor comprometido diferente de todas as outras formas de amor (atração, desejo, amizade) é que as duas pessoas “se doam” uma para a outra. As pessoas não estão apenas atraídas uma pela outra, e elas não desejam simplesmente o que é melhor para a outra. No amor comprometido, cada pessoa se rende completamente à outra pessoa. “Quando o amor comprometido entra nessa relação interpessoal surge algo mais do que uma simples amizade: surgem duas pessoas que se entregam uma para a outra” (Amor e Responsabilidade).

De fato a idéia de amor auto-doação levanta alguns questionamentos importantes: como pode uma pessoa realmente se doar a outra? O que isso significa? Afinal de contas o próprio Wojtyla ensina que cada pessoa humana é completamente única. Cada pessoa tem sua própria mentalidade e sua vontade própria. No final, ninguém pode pensar por mim. Ninguém pode escolher por mim. Portanto, cada pessoa “é seu próprio mestre”, e não está disponível a ser entregue a outra pessoa. Então, em que sentido uma pessoa pode “se doar” a(o) seu(sua) amado(a)?

Wojtyla responde dizendo que é impossível para uma pessoa se doar a outra no nível natural e físico, mas na ordem do amor uma pessoa pode fazê-lo ao escolher limitar sua liberdade e unir sua vontade à da pessoa que ama. Em outras palavras, por causa do seu amor, uma pessoa pode na verdade desejar abdicar de seu próprio livre-arbítrio e ligá-lo ao da pessoa amada. Como Wojtyla diz, o amor “faz com que a pessoa queira exatamente isto – render-se ao(a) outro(a), à pessoa amada”.

A liberdade de amar

Por exemplo, considere o que acontece quando um homem solteiro se torna casado. Como solteiro, “Roberto” é capaz de decidir o que deseja fazer, quando deseja fazer, e como deseja fazer. Ele faz sua própria agenda. Ele decide onde vai viver. Ele pode se demitir de um emprego e se mudar para outra parte do país em um instante, se quiser. Ele pode deixar o apartamento uma bagunça. Ele pode gastar seu dinheiro do modo como quiser. E ele pode comer quando quiser, sair para onde quiser, e ir dormir quando quiser. Ele está acostumado a tomar sozinho as decisões de sua vida.

O casamento, entretanto, vai mudar de modo significativo a vida de “Roberto”. Se ele decide por conta própria se demitir do emprego, comprar um carro novo, viajar no final de semana, ou vender a casa, isso provavelmente não vai se encaixar muito bem com a vida da sua esposa! Agora que “Roberto” está casado, todas as decisões que ele estava acostumado a tomar por conta própria devem ser tomadas em união com sua esposa, e procurando o que for melhor para seu casamento e para sua família.

No amor de doação de si, um homem reconhece de modo profundo que sua vida já não é mais propriedade sua. Ele rendeu sua própria vontade à sua amada. Seus próprios planos, sonhos e gostos não estão completamente abandonados, mas agora eles são colocados em nova perspectiva. Eles estão subordinados ao bem de sua esposa e dos filhos que possam surgir do casamento. Como “Roberto” vai gastar seu tempo e seu dinheiro e como ele vai organizar sua vida já não é matéria de sua própria escolha pessoal. Sua família se torna o ponto de referência primário para tudo que ele for fazer.

Essa é a beleza do amor doação de si. Como solteiro “Roberto” tinha grande autonomia – ele podia organizar sua vida como quisesse. Mas, por causa de seu amor, “Roberto” escolheu livremente abdicar dessa autonomia, limitar sua liberdade, comprometendo-se com sua esposa e com o bem dela. O amor é tão poderoso que o impele a desejar render sua vontade à sua amada desse modo profundo.

Realmente muitos casamentos hoje em dia seriam muito mais sólidos se ao menos compreendêssemos e nos lembrássemos do amor de doação a que originalmente nos comprometemos. Ao invés de perseguir egoisticamente nossas próprias preferências e desejos, devemos nos lembrar que quando fizemos nossos votos escolhemos livremente render – amorosamente desejamos render – nossas vontades ao bem do(a) nosso(a) esposo(a) e dos filhos. Como Wojtyla explica: “A forma de amor mais plena consiste precisamente na auto-doação, em fazer do inalienável e intransferível ‘eu’ uma propriedade de outra pessoa” (Amor e Responsabilidade).

A lei do dom

Agora chegamos ao grande mistério do amor doação de si. No coração desse dom de si está uma convicção fundamental de que, ao render minha autonomia à pessoa amada, eu ganho muito mais em troca. Ao unir-me com outra pessoa, minha própria vida não fica diminuída, mas é profundamente enriquecida. Isso é o que Wojtyla chama de “lei do ekstasis”, ou lei da auto-doação: “O amante ‘sai de si mesmo’ para encontrar um existência mais plena no(a) outro(a)” (Amor e Responsabilidade).

Em uma época de vigoroso individualismo, entretanto, essa profunda afirmação de Wojtyla pode ser difícil de compreender. Por que devo sair de mim mesmo para encontrar a felicidade? Por que eu deveria me comprometer desse modo radical com outra pessoa? Por que deveria abdicar da liberdade de fazer o que quisesse com minha vida? Essas são as questões do homem moderno.

Entretanto, de uma perspectiva cristã, a vida não é para “fazer o que eu quiser”. A vida é para meus relacionamentos – é para encontrar a plenitude de meu relacionamento com Deus e com as pessoas que Deus colocou na minha vida. Na verdade, é aí que encontramos plenitude na vida: em viver bem nossos relacionamentos. Mas para viver bem nossos relacionamentos precisamos muitas vezes fazer sacrifícios, rendendo nossa vontade própria para servir ao bem dos outros. É por isso que descobrimos uma felicidade mais profunda na vida quando nos doamos desse modo, pois estamos vivendo do modo como Deus nos criou para viver, do modo como o próprio Deus vive: em um amor total, comprometido e de auto-doação. Como diz uma das passagens favoritas de Wojtyla retirada do Vaticano II: “O homem só se encontra ao fazer de si mesmo um dom sincero para os outros” (Gaudium et spes nr. 24).

Essa afirmação do Vaticano II se aplica especialmente ao matrimônio, onde o amor de auto-doação entre duas pessoas humanas se mostra mais profundamente. Ao me comprometer com outra pessoa em uma relação de amor verdadeiro eu certamente limito minha liberdade de fazer “o que quiser”. Mas ao mesmo tempo eu me abro para uma liberdade ainda maior: a liberdade de amar. Como explica Wojtyla: “O amor consiste em um compromisso que limita a liberdade da pessoa – é uma doação de si, e doar-se a si mesmo significa exatamente isso: limitar a própria liberdade em prol do(a) outro(a). A limitação da liberdade da pessoa pode parecer algo negativo e desagradável, mas o amor faz dessa limitação uma coisa positiva, criativa e cheia de alegria. A liberdade existe para que se possa amar” (Amor e Responsabilidade).

Portanto, enquanto o individualista moderno pode ver a auto-doação no matrimônio como algo negativo e restritivo, os cristãos veem tais limitações como libertadoras. O que eu realmente desejo fazer na vida é amar a Deus, minha esposa e meus filhos, e meu próximo – pois nesses relacionamentos encontro minha felicidade. E se eu existo para amar minha mulher e meus filhos e para viver totalmente comprometido a eles, eu devo evitar que meus desejos egoístas dominem minha vida e controlem minha casa. Em outras palavras, eu devo estar livre da tirania do “faço o que eu quero”. Só então é que sou livre para amar do modo como Deus me criou. Só então é que sou livre para ser feliz. Só então é que sou livre para amar.
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O Autor: Edward Sri é professor assistente de Teologia do Benedictine College em Atchinson, Kansas, Estados Unidos, e autor de vários livros de Teologia e espiritualidade.
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Traduzido de: http://catholiceducation.org/articles/marriage/mf0072.html

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O que a Bíblia fala sobre rezar pelos mortos?

Recebi a seguinte pergunta do confrade Romualdo:



"O que a Bíblia fala sobre rezar pelos mortos?"



Meu caro, a Bíblia ensina que é santo e salutar rezar pelos mortos.


No 2º livro de Macabeus (II Macabeus, 43-45) temos:


"Depois, tendo organizado uma coleta [Judas Macabeu], enviou a Jerusalém cerca de duas mil dracmas de prata, a fim de que se oferecesse um sacrifício pelo pecado: agiu assim absolutamente bem e nobremente, com o pensamento na ressurreição. De fato, se ele não esperasse que os que haviam sucumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos mortos. Mas, se considerava que uma belíssima recompensa está reservada para os que adormecem na piedade, então era santo e piedoso o seu modo de pensar. Eis por que ele mandou oferecer esse sacrifício expeiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos do seu pecado."


São Paulo, na 2º Epístola a Timóteo (II Timóteo, I, 18), assim ora a Deus pelo amigo Onesíforo:


"Que o Senhor lhe conceda achar misericórdia junto ao Senhor naquele Dia."


Comparando os versículos 15 a 18 do capítulo I dessa epístola, com o versículo 19 do capítulo IV da mesma carta, vê-se que Onesíforo já era morto, porque nesses textos o Apóstolo se refere nominalmente a outras pessoas, e quando seria o caso de nomear Onesíforo, seu grande amigo e benfeitor, ele não o faz, mas só se refere "à família" de Onesíforo. Dai se conclui que ele não era mais do número dos vivos. E São Paulo reza por ele, pedindo que o Senhor tenha dele misericórdia.


É bom notar: reza-se pelos mortos porque a Sagrada Escritura e toda a Santa Tradição nos informam da existência do Purgatório. 


Purgatório é o lugar de purificação em que as almas dos justos, que não se santificaram suficientemente neste mundo, hão de completar a sua purificação, "por intervenção do fogo", para serem admitidas no Céu, "onde nada de impuro entrará" (Apocalipse XXI, 27). É, pois, o lugar em que as almas dos que morrem na amizade de Deus (estado de graça), mas com alguma dívida, por culpas leves, ou por culpas graves já perdoadas, mas não suficentemente expiadas, se purificam inteiramente para entrar na visão e posse de Deus. Ali gozarão para sempre da sua perfeita felicidade na glória celeste. Agora, só a alma. E depois da ressurreição da carne, todo seu ser.



Alguém, então, pode questionar: a Bíblia fala desse lugar de purificação?



Sim:



1) Um fogo que salva - na 1º Epístola de São Paulo aos Coríntios (I Coríntios III, 11-15) lemos: "Quanto ao fundamento, ninguém pode pôr outro diverso do que foi posto: Jesus Cristo. Se alguém sobre esse fundamento constrói com ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno ou palha, a obra de cada um será posta em evidência. O Dia a tornará conhecida, pois ele se manifestará pelo fogo e o fogo provará o que vale a obra de cada um. Se a obra construída sobre o fundamento subsistir, o operário receberá uma recompensa. Aquele, porém, cuja obra for queimada perderá a recompensa. Ele mesmo, entretanto, será salvo, mas como que atavés do fogo."



2) O perdão na outra vida - o próprio Jesus Cristo ensinou, no Evangelho de São Mateus (Mateus XII, 32): "Se alguém disser uma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado, mas se disser contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem nesta era, nem na outra."



O Divino Mestre, portanto, ensina que há algo relacionado ao pecado que será perdoado também na outra era, isto é, após a morte.



3) Uma prisão temporária - Nosso Senhor, segundo São Mateus (Mateus V, 25-26), exorta à reconciliação com os irmãos nesta vida "...para não acontecer que o adversário te entregue ao juiz e o juiz ao guarda e, assim, sejas lançado na prisão. Em verdade te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo."



É evidente que esta prisão temporária, lugar de perdão na outra vida, através de um fogo que purifica e salva, não pode ser o Céu, "onde nada de impuro entrará" (Apocalipse XXI, 27), nem o Inferno, onde não há redenção e o fogo é eterno (Mateus XXV, 41).



Só resta que esses textos se refiram a um lugar intermediário, transitório e de expiação, que a Igreja, com toda a propriedade, chama de Purgatório, embora essa palavra não esteja na Bíblia. Sua realidade é que está.



Temos de admitir, portanto, com a Sagrada Escritura, a existência desse lugar de purificação que a Sabedoria de Deus, na sua infinita bondade, inventou para conciliar as exigências da sua justiça divina com as da sua misericórdia. Estão, pois, em erro os que só admitem a existência do Céu e do Inferno, e, com isso, não rezam pelos mortos.



Podemos e devemos fazer orações e sacrifícios pelos mortos em geral. Devemos rezar por todas as almas, porque não sabemos com certeza quais estão realmente precisando e em condições de receber os méritos impetrados por nossas ações em favor delas. Estas, sobretudo a Santa Missa que fizermos celebrar, não ficarão sem efeito, pois o Senhor saberá aplicá-las às almas mais necessitadas (além de que, com isso, prestamos a Deus as homenagens que Lhe devemos).




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Rezar pelos mortos é santo e salutar

Delírio de Dawkins

O argumento central do livro "Deus um Delírio", de Richard Dawkins, é reduzido a pó pelo filósofo Dr. William Lane Craig, que expõe de maneira límpida e cristalina as falhas completas e irrecuperáveis do argumento central do referido livro.

Dr. William Lane Craig, norte-americano é filósofo, teólogo, historiador do Novo Testamento e apologista cristão. Há muitos vídeos com suas palestras e debates na rede. Este é um dos meus favoritos.








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PROCURAVAM A TODO CUSTO MATAR JESUS - Mc 14,1-15, 22-26. (Domingo, 01/04)













Faltavam dois dias para a Festa da Páscoa e a Festa dos Pães sem Fermento. Os chefes dos sacerdotes e os mestres da Lei procuravam um jeito de prender Jesus em segredo e matá-lo. Eles diziam:- Não vamos fazer isso durante a festa, para não haver uma revolta no meio do povo. Jesus estava no povoado de Betânia, sentado à mesa na casa de Simão, o Leproso. Então uma mulher chegou com um frasco feito de alabastro, cheio de perfume de nardo puro, muito caro. Ela quebrou o gargalo do frasco e derramou o perfume na cabeça de Jesus. Alguns que estavam ali ficaram zangados e disseram uns aos outros: - Que desperdício! Esse perfume poderia ter sido vendido por mais de trezentas moedas de prata, que poderiam ser dadas aos pobres. Eles criticavam a mulher com dureza, mas Jesus disse: - Deixem esta mulher em paz! Por que é que vocês a estão aborrecendo? Ela fez para mim uma coisa muito boa. Pois os pobres estarão sempre com vocês, e, em qualquer ocasião que vocês quiserem, poderão ajudá-los. Mas eu não estarei sempre com vocês. Ela fez tudo o que pôde, pois antes da minha morte veio perfumar o meu corpo para o meu sepultamento. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: em qualquer lugar do mundo onde o evangelho for anunciado, será contado o que ela fez, e ela será lembrada. Judas Iscariotes, que era um dos doze discípulos, foi falar com os chefes dos sacerdotes para combinar como entregaria Jesus a eles. Quando ouviram o que ele disse, eles ficaram muito contentes e prometeram dar dinheiro a ele. Assim Judas começou a procurar uma oportunidade para entregar Jesus. No primeiro dia da Festa dos Pães sem Fermento, em que os judeus matavam carneirinhos para comemorarem a Páscoa, os discípulos perguntaram a Jesus: - Onde é que o senhor quer que a gente prepare o jantar da Páscoa para o senhor? Quando anoiteceu, Jesus chegou com os doze discípulos. Enquanto estavam comendo, Jesus pegou o pão e deu graças a Deus. Depois partiu o pão e o deu aos discípulos, dizendo: - Peguem; isto é o meu corpo. Em seguida, pegou o cálice de vinho e agradeceu a Deus. Depois passou o cálice aos discípulos, e todos beberam do vinho. Então Jesus disse: - Isto é o meu sangue, que é derramado em favor de muitos, o sangue que garante a aliança feita por Deus com o seu povo. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nunca mais beberei deste vinho até o dia em que beber com vocês um vinho novo no Reino de Deus. 



O QUE O EVANGELHO NOS ENSINA

Este momento se dá na época da Páscoa, quando havia em Jerusalém grande aglomerado de pessoas. Os chefes e mestres da Lei queriam acabar com Jesus. Ele está em Betânia, sentado à mesa na casa de Simão, o Leproso, ou seja, curado da doença da lepra. Então uma mulher anônima chegou com um frasco de alabastro, cheio de perfume de nardo puro, muito caro. Trezentas moedas de prata correspondiam ao salário de trezentos dias de um operário. Este detalhe revela o quanto ela apreciava o hóspede. Alguns acharam isto um desperdício, mas Jesus fala que a deixem pois, ao ungi-lo ela participou por antecipação, no seu sepultamento. O texto narra um detalhe interessante: "ela quebrou o frasco". Isto simboliza o dom total, sem reservas, como é o amor verdadeiro. Jesus diz que pobres sempre terão. Não quer dizer com isso que menospreza os pobres, mas que, se todos tivessem a atitude da mulher, os pobres nem existiriam, pois seriam ajudados. De certa forma, Ele denuncia a mesquinhez dos que não partilham. 


Num segundo momento, o texto fala da última ceia pascal, que Jesus celebrou com seus discípulos, quando ele mesmo nos revela o mistério: "Isto é meu Corpo.(...) Isto é o meu sangue". E nos convida a alimentar-nos dele. É na Eucaristia que nos alimentamos do Pão da Vida, o próprio Senhor Jesus. 






Jesus se fez pão para ficar conosco. Quis ser meu alimento. Como acolho e recebo este alimento? Estou disposto a seguir os passos de Jesus nesta Semana Santa?


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HOMEM E MULHER: AS DIFERENÇAS QUE SE COMPLETAM



Aprendemos desde crianças que não podemos excluir aquele que de nós se difere, seja na cor, na crença, na etnia etc. O fato de alguém ser diferente de nós não significa que este seja inferior naquilo que estabelecemos como padrão. A beleza do masculino e feminino está na desigualdade que atrai o seu oposto, não no sentido de torná-lo inferior por aquele que julga ser o sexo forte. Melhor será se, dentro de nossos relacionamentos, as pessoas se comportassem como aprendizes daquilo que o outro tem a contribuir e que se percebe não ser próprio da sua natureza.
Homem e mulher são diferentes. As diferenças vão muito além do aspecto anatômico. Algumas características são muito próprias da personalidade masculina, percebidas facilmente no dia a dia das relações, na maneira de pensar, de agir e reagir. Trazemos prioridades distintas, temos identidades próprias. Para os homens a importância das coisas está no cumprimento de uma tarefa. Se há algo a ser feito, mentalmente ele projeta o tempo estimado para realizar o trabalho, enquanto a mulher, além de considerar o trabalho a ser executado, também considera os efeitos gerados por aquela ação.
Na mudança de uma mobília, por exemplo, elas querem que, além do espaço obtido, haja também a harmônia dos objetos. Se for preciso levar o filho ao dentista, o pai foca na ação de levar a criança ao consultório, enquanto a mãe está preocupada nas sensações que essa visita ao profissional pode gerar no(a) filho (a) – seus medos, inseguranças – e procura assim confortá-lo (a) tanto na ida quanto na volta da sua consulta, querendo saber da criança como foi a experiência.
A sensação comum é de que a mulher tem uma visão periférica tão eficaz capaz de “enxergar” até mesmo os sentimentos. Sem mencionar aqui a sua capacidade de trazer à memoria acontecimentos de anos atrás. Dessa forma, dentro das diferenças entre o masculino e feminino não podemos estabelecer um padrão, assumindo aquilo que somos como o modelo da perfeição. Tampouco cabe ao outro lutar para conquistar uma posição de igualdade para algo de que, na sua essência, não foi constituído.
Veja o vídeo: Homens e mulheres são iguais? (por Emmir Nogueira)
Ninguém gostaria de se relacionar com uma mulher que pensa e age como se fosse um homem. A feminilidade, a suavidade nos toques, a sensibilidade delas é aquilo que um homem espera. Da mesma maneira, a mulher espera do homem atitudes  que se traduzam em segurança, conforto, força, energia. Imaginemos a decepção de uma esposa que, ao ver uma barata, chama o marido e este, ao invés de matar o inseto, subisse também na cadeira e ambos começassem a gritar?
Lançando mão da nossa capacidade de aprendizado podemos aproveitar a convivência com o sexo oposto e aprender a olhar o mundo não somente com os próprios olhos, mas com os olhos da outra pessoa. Da mesma maneira, podemos aprender a considerar importante aquilo que para o outro é sua riqueza. Talvez seja necessário aprender a rir e a chorar com os nossos, a abraçar e nos permitir ser abraçados… E em outras ocasiões, deixar de competir entre nós.
Que em nosso mundo particular ninguém precise lutar com as discriminações ou estereótipos pregados pelo universo exterior; tampouco se percam o respeito e o amor que se complementam,entre homem e mulher,dentro da relação.
Um abraço!
Dado Moura (dadomoura.com)
Veja mais sobre o tema “Mulher”



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Por que os introvertidos preferem a solidão?


Segundo um novo estudo, as expressões faciais dos humanos podem ter mais significado para indivíduos mais sociáveis do que para pessoas mais introvertidas.

Os resultados da pesquisa mostraram que o cérebro de pessoas extrovertidas presta mais atenção aos rostos humanos do que as tímidas. Na verdade, o cérebro delas parece não distinguir objetos inanimados de rostos humanos.

As descobertas podem explicar em parte porque os extrovertidos são mais motivados a procurar pela companhia de outras pessoas do que os introvertidos, ou porque uma pessoa particularmente tímida prefere ler um bom livro do que sair com um grupo de amigos.

O estudo contribui para a ideia de que as diferenças no cérebro das pessoas têm ligação com a sua personalidade. Os investigadores sugerem que o comportamento diferente que você vê nas pessoas mostra que há bases neurológicas para diferentes tipos de personalidade.

Há muitas maneiras de descrever o caráter de alguém; de falante a ansioso até trabalhador e organizado. Psicólogos descobriram que os traços da personalidade de alguém podem ser agrupados em cinco grandes categorias: extroversão, neuroticismo, afabilidade, consciência e abertura/intelecto.

Extroversão é a forma como as pessoas interagem com os outros. Os extrovertidos (mais sociáveis) gostam de estar perto de outras pessoas e geralmente desfrutam de situações sociais, enquanto os introvertidos (menos sociáveis) são o oposto. Estudos anteriores demonstram que as pessoas que são extrovertidas também tendem a ser mais assertivas, ter sentimentos mais positivos e obter mais recompensas em geral.

A pesquisa analisou 28 indivíduos com idade entre 18 e 40 anos que variavam de personalidade. Eletrodos colocados no couro cabeludo dos participantes registraram a atividade elétrica de seus cérebros, uma técnica conhecida como eletroencefalografia ou EEG.

Os pesquisadores estudaram uma determinada mudança na atividade elétrica do cérebro conhecida como P300. A mudança, que aparece como um desvio no EEG de uma pessoa, pode ser provocada por determinadas tarefas ou por uma mudança no ambiente, por exemplo, um barulho muito alto que surge de repente em uma sala quieta.

A reação do cérebro ocorre dentro de 300 milissegundos, antes que a pessoa tenha consciência da mudança. Portanto, o P300 pode ser visto como um indicador da atenção humana, ou o quão rápido seu cérebro percebe que algo mudou.

Os pesquisadores utilizaram uma sequência de rostos masculinos, com um feminino piscando de repente, e uma sequência de flores roxas, com uma amarela piscando de repente.

Nos extrovertidos, a resposta P300 maior foi aos rostos humanos. Em outras palavras, eles prestaram mais atenção aos rostos humanos. Já os introvertidos tiveram respostas muito semelhantes tanto para as faces humanas quanto para as flores. Segundo os pesquisadores, eles simplesmente não colocam um peso maior nos estímulos sociais do que em quaisquer outros estímulos, ou seja, o cérebro dos introvertidos trata a interação com pessoas da mesma maneira como trata qualquer informação não humana, como objetos inanimados.

Os resultados sugerem fortemente que, de fato, as faces humanas, ou as pessoas em geral, possuem mais significado para os extrovertidos do que para as pessoas menos sociáveis e mais fechadas.



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Uma faceta do Budismo que você não conhecia…


Está a ver aquela imagem do monge budista sereno a meditar e a abstrair-se do seu corpo físico? Agora esqueça-a.



Na Tailândia há um mosteiro que é famoso pelas tatuagens que faz aos devotos. Tatuagens de animais, sobretudo, que alegadamente possuem poderes mágicos de protecção para quem as ostenta.


Anualmente os fiéis podem regressar ao mosteiro para “recarregar” os poderes mágicos das tatuagens. Nessa altura é comum entrarem em transe e começarem a imitar os animais das tatuagens que têm.


O resultado? Veja por si…






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ALERTA POR ASESINATOS RITUALES Y ATROCES TORTURAS A NIÑOS















Alerta ante los casos de niños muertos o torturados por 'brujería' en el Reino Unido

Durante cuatro días, Kristy Bamu, de 15 años, fue sometido a las más brutales torturas. Su hemana mayor, Magalie, estaba convencida de que el chaval era un "brujo" y estaba "poseído" por los malos espíritus. Con la ayuda de alicates, martillos y barras metálicas intentó arrancarle la confesión. El niño llegó a pedir que le matara porque no soportaba el dolor.

Magalie Bamu y su novio, Eric Bikubi, han sido declarados 'culpables' en el escabroso juicio celebrado en Londres. El lunes se cerrará el caso con la probable condena a cadena perpetua para la macabra pareja. Pero el horror y el espanto se ha apoderado sin remedio de los británicos, que hasta ahora vivían de espaldas al drama oculto en las comunidades de inmigrantes centroafricanos.

La policía ha reconocido que está investigando 83 casos de muertes y torturas de niños, todas ellas relacionadas con prácticas rituales del vudú, el jinn o el kindoki. Terry Sharpe, al frente del Proyecto Violeta, creado para combatir este tipo de delitos indescifrables e indescriptibles, ha reconocido que se trata "tan sólo de la punta del iceberg" y que seguramente hay cientos de abusos que no se denuncian a la policía por miedo.

Todo tipo de torturas

Niños asesinados y con los organos extraídos. Niños amputados. Niños quemados. Niños con los ojos vendados durante semanas o privados de sueño. Niños rapados. Niños con graves heridas en los genitales por el uso de líquidos disolventes... El catálogo de los horrores supera muchas veces a la de los tortudores más sádicos.

Tan sólo en Londres, la policía ha identificado ochenta 'templos' donde se practican exorcismos, a menudo oficiados por falsos pastores que aterrorizan a los niños y a sus familias. El caso de Kristy Bamu ha servido para dar la voz de alerta entre los trabajadores sociales, que han recibido instrucciones muy precisas para identificar las "señales" de posibles abusos relacionados con la brujería.

La 'fuerza del mal'

Pierre Bamu, padre del niño muerto, compareció en el juicio esta semana para expresar "el dolor que no puede ser medido ni calculado". Kristy, que vivía en París con sus padres y otros cuatro hermanos, vino a Londres a pasar las navidades del 2010 con su hermana Magalie. Pese a la complicidad de Magalie, fue en realidad su novio -Eric Bikubi- quien creyó detectar "la fuerza del mal" en el niño.

Siguiendo un ritual del kindoki, una práctica extendida en la República del Congo, Eric y Magalie intentaron exorcizar a Kristy y arrancarle la confesión de brujería. Durante la presentación de la pruebas, el fiscal reconoció que la violencia a la que fue sometido el niño fue de "una escala inimaginable".

En el 2010, el mismo año en que murió Kristy Bamu, Shayma Ali mató a su hija de cuatro años a cuchilladas y le extrajo sus órganos vitales. En el 2005, Sita Kisanga fue condenada por extraerle los ojos a su hija de ocho años en East London. En el 2001, el torso de un niño de seis años apareció flotando en el Támesis con señales de haber sido víctima de un ritual. Un año antes, la niña Victoria Climbié, de cinco años, apareció muerta en el norte de Londres después de haber sido salvajemente torturada para "liberarla" de los malos espíritus.




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ALERTA POR ASESINATOS RITUALES Y ATROCES TORTURAS A NIÑOS

EL MISTERIO DE "LA MADONNA SIXTINA" DE RAFAEL




El Gobernatorato del Estado de la Ciudad del Vaticano emitió una estampilla postal con motivo del V centenario de la Madonna Sixtina, y para la ocasión, este mediodía tras celebrar la Audiencia General, Su Santidad Benedicto XVI se encontró en una de las salas de recepción del Aula Pablo VI del Vaticano con el Dr. Wolfgang Schauble, Ministro Federal de Finanzas en Alemania.

La Madonna Sixtina es el cuadro realizado por el pintor renacentista italiano Rafael entre los años 1513 y 1514 que se encuentra en una de las salas del Gemäldegalerie Alte Meister de Dresda, en Alemania. El lienzo representa a la Virgen, el Niño Jesús, San Sixto y Santa Bárbara, colocados en planos diversos sobre una cama de nubes circundadas por un gran telón abierto. Tras la II Guerra Mundial el cuadro había sido llevado a Moscú y sucesivamente regresó a Dresda. (Patricia L. Jáuregui Romero - RV)





EL MISTERIO DE LOS "SEIS DEDOS" Y SU POSIBLE EXPLICACIÓN

En La Madonna Sixtina (1516) Rafael pintó seis dedos en la mano derecha del papa Sixto IV, pese a que no hay evidencia que el papa tuviera esta deformidad. La tradición asociaba a esta anomalía la capacidad para un sexto sentido y una capacidad para interpretar sueños proféticos.









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EL MISTERIO DE "LA MADONNA SIXTINA" DE RAFAEL

História das Religiões 2: O Protestantismo



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História das Religiões 2: O Protestantismo

Criada a União dos Juristas Católicos de São Paulo

O Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer fundou, no dia 20 passado em São Paulo, a "União dos Juristas Católicos de São Paulo (UJUCASP)", constituída por professores, magistrados, advogados e integrantes do Ministério Público de São Paulo.

A cerimonia de apresentação do estatuto da entidade, de nomeação e de posse da diretoria, ocorreu na Paróquia de Nossa Senhora do Brasil, localizada no Jardim Paulista,
Zona Oeste da capital paulista. A UJUCASP será sediada na Rua João Ramalho, n. 182, São Paulo.

Os objetivos da entidade estão no artigo 4o.:

Art. 4o. A UJUCASP tem por escopo contribuir com a atuação dos princípios da ética católica na ciência jurídica, na atividade judiciária, na legislativa e na administrativa, bem como em toda a vida pública e profissional, particularmente:I. ocupando-se com os problemas do mundo contemporâneo e com as soluções propostas que devem pautar-se de acordo com a fidelidade ao Evangelho e à Tradição da Igreja, à luz do ensinamento do seu Magistério Supremo; II. propugnando pelo reconhecimento e pelo respeito ao Direito natural e cristão na Justiça e na Caridade;III. afirmando a dignidade humana e o apelo constante a seus deveres fundamentais e aos direitos decorrentes;IV.defendendo e protegendo a vida humana desde a concepção até a morte natural;V. defendendo e promovendo a concepção natural e cristã da família;VI. difundindo a doutrina e o ensinamento social da Igreja, principalmente, no domínio jurídico, promovendo sua aplicação para a justiça social;VII. contribuindo para a afirmação dos princípios cristãos na Filosofia, na Ciência do Direito, na atividade legislativa, na judiciária, na administrativa, no ensino e na pesquisa, assim como na vida pública e profissional.
O cardeal de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, vinha há tempos se empenhando na criação da união dos juristas, conforme ele mesmo comentou: “Havia, faz tempo, o desejo de se criar essa união e o convite foi feito a diversas pessoas. Finalmente, aconteceu. E o grupo se reuniu para fazer o esboço daquilo que seria o estatuto. Foi feito também o convite a um grupo de juristas e militantes do direito para participarem da assembleia de fundação, para que tivéssemos aqui em São Paulo uma União dos Juristas Católicos, como já existe em vários outros lugares”

Durante a sessão solene de fundação da entidade, D. Odilo Scherer disse que a Igreja deve compartilhar seus ensinamentos com a sociedade. “A Ujucasp pode ser muito significativa. A Igreja chama todos os seus membros para uma missão, que é a de levar a palavra e a lógica do Evangelho à sociedade. Nós católicos temos muito a contribuir, e isso tem de aparecer de uma forma positiva, pois lutamos por causas justas.”
O cardeal afirmou ainda que a ideia de criar a Ujucasp decorreu da necessidade de um fórum adequado para realizar discussões de natureza jurídica que tenham repercussão religiosa.
O arcebispo de São Paulo nomeou a diretoria da Ujucasp, que tem como presidente o jurista Ives Gandra da Silva Martins. Ives Gandra manifestou alegria por compor a entidade. “Estou muito satisfeito com o convite de D. Odilo para fazer parte, junto de grandes amigos, da União dos Juristas Católicos de São Paulo. E posso garantir que saberemos defender a fé, com caridade necessária, mas falando da verdade na busca da justiça.”
Como vice-presidente foi nomeado o jurista Paulo de Barros Carvalho. Também compõem a diretoria o professor Nelson Nery Junior (diretor-tesoureiro), a consultora jurídica Ana Paula de Albuquerque Grillo (diretora-secretária) e o padre José Rodolpho Perazzolo (diretor-assistente eclesiástico).
Quanto aos cargos do Conselho Consultivo, foram nomeados Antonio Carlos Malheiros, Fátima Fernandes Rodrigues, Luiz Gonzaga Bertelli, Milton Paulo de Carvalho, Dirceu de Mello e Ricardo Mariz de Oliveira.
Também esteve presente no evento o presidente a OAB/SP, Luiz Flávio D’Urso, que ressaltou a importância da criação da entidade.
“Aplaudo a iniciativa, que é muito importante, pois congrega juristas que estão em pleno exercício das várias carreiras da Justiça e com objetivos comuns. Já me vinculei como sócio fundador da Ujucasp. Acredito que a constituição da justiça deve estar calcada no princípio de fé que comungamos.”
Entidades que congregam juristas católicos já existem em outros Estados do Brasil. Todas estão articuladas com a União Internacional de Juristas Católicos, com sede em Roma (Itália).

Veja aqui o Estado da UJUCASP.


Fonte:

Arquidiocese de São Paulo – Região Episcopal de Ipiranga



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Criada a União dos Juristas Católicos de São Paulo:

O que ocasionou a fuga em massa dos fiéis?



... em cinqüenta anos, os percentuais dos assistentes à Missa de domingo [na Itália] se inverteram: de 85% sim e 15% não (1961), para 15% e 85% (hoje). O que ocasionou essa fuga em massa dos fiéis? Esta é a pergunta crucial, que não deveria dar sossego a nenhum pastor que ame o rebanho de Cristo.

Nós temos uma explicação. Cremos que nas igrejas, em muitas igrejas, se apagou o fogo: estão frias. O fogo do amor a Jesus se apagou. A luz da fé se apagou. Todo mundo quer mais riqueza e dinheiro, mais tempo para diversão, mais tempo para si do que para Deus. Por isso as igrejas estão abandonadas. Em muitas horas do dia ou da noite não há ninguém lá dentro para manter aceso o fogo do zelo e do amor àquele que pode resolver todos os problemas: Jesus, Deus feito homem, vivo no sacramento da Eucaristia, presente em todos os sacrários da terra. Em compensação, boates e discotecas, pizzarias e bares, bingos e estádios de futebol estão cheios.

Mais de um terço dos italianos joga pelo menos uma vez por semana (loteria, raspadinha, etc.); 20% vão regularmente a advinhos e videntes (mais do que os que vão à igreja aos domingos!). O governo está tentando eliminar o descanso dominical, as lojas funcionam 24 horas...

Todos os cristãos hoje em dia têm outra coisa para fazer, que não seja estar diante de Deus feito homem por amor e pregado na cruz por nós; todos, incluindo padres, freiras e bispos. Muitas igrejas abrem só para a Missa, cerca de uma hora; encerrado esse período, uma inevitável e diligente voz lembra claramente aos poucos fiéis que ainda se encontram nos bancos: "Está na hora de fechar!".

Ressoa nos ouvidos o lamento de Cristo: "Mas, quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a terra?" (Lc 18,8). (...)

Proposta: fazer horas de adoração em todas as igrejas, para que alguém volte a acender o fogo do fervor e do amor a Jesus e ao próximo.

~Padre Giuseppe Tagliareni, da Opera della Divina Consolazione, em MessaInLatino.it

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A Virgem Maria nos prepara para a ressurreição

Várias pessoas, muito machucadas no coração por causa do autoritarismo do pai, por causa de maus-tratos, rudeza, rejeição, não conseguem sentir o amor de Deus, não conseguem sentir o amor do Pai. E a Santíssima Virgem toca nesses corações com sua mão, curando e os tornando capazes de amar. E diz: “Eu não estou apenas consertando seu coração, mas lhe dando um coração novo. Receba-o. É com ele que eu quero que você caminhe”.

Nossa Senhora o chama pecador não por você ter cometido um ou outro pecado, mas porque existe um mal habitando em seu coração; o demônio colocou um veneno dentro de você. Este é o pecado original. O diabo, como serpente, o mordeu, espalhou em você o veneno da rebeldia, da desobediência, da oposição a Deus.

Há, portanto, em seu interior duas inclinações, e você sente isso: uma o leva a sentir-se impulsionado para o bem, para ser de Deus e viver n'Ele, e foi o próprio Deus quem a pôs em você; mas, ao mesmo tempo, você sente uma outra inclinação empurrando-o para o mal, para o pecado, colocando-o contra Deus e Suas ordens.

A Santíssima Virgem Maria o está preparando para a ressurreição: “Foi por isso que meu Filho veio. O Pai enviou Seu Filho, e meu Filho, para salvar você. Foi por isso que Jesus foi até a morte, e morte de cruz; foi por isso que derramou todo Seu Sangue para salvá-lo de uma doença incurável que se chama pecado. A única salvação para essa doença é Jesus, é a redenção, o Sangue de Cristo”.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

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NOVAS DIRETRIZES DO VATICANO PARA A IGREJA NA IRLANDA

Objetivo é erradicar o abuso de menores pelo clero

 A visita apostólica às dioceses da Irlanda chegou ao fim e o Vaticano expressou claramente a necessidade de uma mudança radical.
No Resumo das Conclusões da Visita Apostólica na Irlanda, publicado ontem (20) pela Santa Sé, foram abordadas todas as questões críticas relacionadas principalmente ao abuso de menores por sacerdotes e religiosos e os comportamentos e práticas sugeridos para recuperar a confiança e a credibilidade da Igreja irlandesa.
A Santa Sé reitera, segundo o documento, a "profunda consternação" já expressa pelo papa Bento XVI em sua carta aos católicos da Irlanda, enfatizando a proximidade do Santo Padre às vítimas "destes atos pecaminosos e criminosos cometidos por padres ou religiosos".
O documento deplora a "gravidade das faltas ocorridas no passado" e o "insuficiente entendimento e reação dos bispos e superiores religiosos diante do fenômeno terrível do abuso infantil". Ao mesmo tempo, notou "progressos decisivos" desde os anos 90, o que levou a "uma consciência maior do problema". A Santa Sé recomenda "que os bispos e superiores religiosos mantenham o compromisso com a assistência às vítimas de abuso".
As diretrizes contidas no documento Salvaguarda das Crianças, de 2008, prevêem um envolvimento abrangente dos fiéis em estreita colaboração com as autoridades civis e com as recomendações da Congregação para a Doutrina da Fé, e "provaram ser uma ferramenta eficaz" na proteção dos menores na Igreja.
A Santa Sé recomenda que as orientações sejam rigorosamente aplicadas em todas as dioceses e institutos religiosos, e que este processo de verificação "seja repetido com regularidade".
"A partir do documento Interim Guidance, publicado recentemente, os bispos e superiores religiosos, em cooperação com o Conselho Nacional, devem desenvolver uma normativa para lidar com os casos de padres ou religiosos contra quem houver acusações, mas a cujo respeito o Ministério Público tenha decidido não agir".
Devem ser protegidos e reintegrados os sacerdotes falsamente acusados, e, ao mesmo tempo, deve-se oferecer "a devida atenção pastoral" aos sacerdotes suspeitos ou culpados de abuso infantil.
A Santa Sé observa, ainda, a "boa formação intelectual, humana e espiritual" encontrada nos seminários durante a visita, e recomenda maior atenção à formação de uma "verdadeira identidade sacerdotal", bem como de uma responsabilidade maior dos bispos na gestão dos seminários, além da inclusão, no currículo, de disciplinas específicas sobre a proteção dos menores.
Apesar das "muitas feridas" abertas na comunidade católica irlandesa pelos acontecimentos dos últimos anos, a Visita Apostólica também identificou a "contínua vitalidade da fé do povo irlandês". A Santa Sé apela à "comunhão eclesial" entre os bispos, o sucessor de Pedro e a comunidade inteira.
O documento sugere, finalmente, "prioridades pastorais" que incluem "a formação no conteúdo da fé, a valorização do compromisso dos leigos, o papel dos professores de religião, a abertura à contribuição dos movimentos e associações, a fidelidade aos ensinamentos do Magistério".
Uma "reflexão conjunta" foi iniciada entre a Santa Sé e o episcopado irlandês "sobre a configuração atual das dioceses, com o objetivo de tornar as estruturas diocesanas mais adequadas para realizar a missão atual da Igreja na Irlanda".

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“O rei está nu!”



“Não aborte seu filho na barriga.” – Cristão, Brasil
Chamou a atenção do menino de seis anos, a foto dos manifestantes na reportagem do jornal. Ele leu todos os cartazes e, ao se deparar com a frase “Aborto legal e seguro”, olhos arregalados denunciaram que algo não fazia parte de todo aquele contexto: “Mas tá errado! Olha isso! A-bor-to, aborto le-gal e se-gu-ro… O que é isso?! Não, não…” E, apressado, ele pegou lápis de cor e papel. Fez o desenho-manifesto acima, me entregou e fez um pedido para mim.
Foi assim que eu soube: o rei estava nu, dizia-me uma criança que recém aprendera a ler. Quantos não sabem disso? Quantos ao ver a realidade sobre o aborto simplesmente desviam o olhar para qualquer outra coisa que possa tranquilizar o que lhes resta de consciência?
Mas não importa: para onde quer que se olhe, o rei está, verdadeiramente, nu. Como na história infantil do déspota que desfilou uma roupa invisível e, de repente, foi desmascarado por uma criança que – diferentemente da multidão – não se conteve em admitir o óbvio: “O rei está nu!”
Cada vez mais jovens se dão conta de que a ideologia de nosso tempo empenha-se em expulsar-nos da realidade. Mas não há mentira que dure muito tempo, o tempo todo. E a mentira sobre o aborto ser “direito”, a mentira que não se importa com a pessoa indefesa ainda no seio de sua mãe… Essa mentira está envergonhada.
Não que isso seja novidade! Que o rei está nu, é óbvio. Mas quem admitiria isso sem pensar no que poderia acontecer consigo? Que rei estaria disposto a ouvir tamanho “discurso de ódio”? O preço da lucidez, atualmente, é muito alto.
E no entanto… O rei está nu.
Todos sabemos que o aborto mata uma pessoa. Todos sabemos que mulheres e médicos, principalmente, estão sendo motivados a se tornarem assassinos dos piores tipos. Todos nós sofremos com isso, é claro, pois vivemos em sociedade.
O que fazer?
Promover o bem e deter o mal. Isso fazemos quando “restituímos à fé o poder de mover montanhas“, quando vencemos nosso cansaço e nosso dormir… Quando combatemos para preservar a natureza humana e suas liberdades.
Sejamos “ousados” em reconhecer que, sim, o rei está nu. E, sem desesperar, santifiquemo-nos.
“A vida, no fim, só apresenta uma tragédia: não ter sido um santo.” – Leon Bloy


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