NATAL - CELEBRAÇÃO DO AMOR DE DEUS

NATAL - CELEBRAÇÃO DO AMOR DE DEUS:
Natal! A palavra que indica a celebração do nascimento do Menino Deus é de origem latina. Natal, em latim "natalis", diz respeito ao nascimento. Tanto o evento quanto o lugar do nascimento de uma pessoa.

A notícia mais antiga que se tem da celebração do Natal no dia 25 de dezembro vem de Roma, do ano 336. Na mesma época, Santo Agostinho relata que também, na África, celebrava-se o Natal em data idêntica(...)

A razão da celebração do Natal no dia 25 de dezembro deve ser buscada nos primeiros séculos do cristianismo. Em Roma, no dia 25 de dezembro, celebrava-se o dia do “Sol Invicto”, uma festa pagã que rendia culto ao deus que venceu as trevas e trouxe a luz.

Para manter os fiéis cristãos afastados do culto pagão, a Igreja deu um novo sentido à festa. Em alusão ao profeta Malaquias, os padres da Igreja relacionaram Cristo com o Sol de Justiça (Ml 3,20). Cristo mesmo disse: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8,12).

No Natal, celebramos não somente o nascimento de Cristo e nem tampouco a humildade de um Deus que se fez homem. O Natal é, sobretudo, a celebração de nosso nascimento em Deus. Pelo nascimento de Cristo, fomos incorporados à vida de Deus.

As festas e o tempo do Natal

O Natal não é apenas a celebração do aniversário de Jesus, é memória da nossa redenção. Em Jesus, Deus se aproximou do mundo, desposou a nossa humanidade. No dia do Natal, celebramos a humilde presença de Deus na terra, adoramos o “Verbo que se fez carne e habitou entre nós”. É a festa da Divina solidariedade. Na Epifania, conhecida popularmente como festa dos reis magos, celebramos a sua manifestação a todos os povos do mundo. O Batismo de Jesus no Jordão é a sua manifestação, no início da sua missão. Ele, o Servo da simpatia do Pai, destinado a ser luz das nações. É importante resgatar a dimensão pascal do Natal. O presépio, as encenações, os gestos e os cânticos do Natal e da Epifania devem nos ajudar a celebrar a “passagem” solidária de Deus na pobreza da gruta, na manifestação Jesus aos povos, em Belém, e na manifestação a seu povo, no Jordão. O rito da aspersão, especialmente na Festa do Batismo, expressa o nosso mergulho na divindade do Cristo, do mesmo modo como ele mergulhou em nossa humanidade.

O presépio

Segundo o evangelista Lucas, “Maria deu à luz seu filho primogênito e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria” (Lucas 2,7).

A palavra “presépio” tem sua origem no latim "praesepire", que literalmente significa “cercado na frente”. É formada por dois elementos: pelo prefixo "prae", que significa “na frente, antes”; e pela palavra "sepire", que significa “cercar, envolver”. Ou seja, era um lugar cercado para dar comida e descanso aos animais, hoje conhecido por estábulo ou curral. Isso mesmo: Jesus nasceu num lugar destinado aos animais!

O termo “presépio” apareceu pela primeira vez no século V. O Papa Sisto III (432-440) pediu que fosse construído na Basílica de Santa Maria Maior um relicário para conservação de algumas partes da Gruta de Belém. Desde o século VI, a Basílica também ficou conhecida como “Santa Maria do Presépio”.

A cena que representa o nascimento do Menino Jesus foi sendo criada no decorrer da História. No século V, o presépio era representado apenas com a manjedoura e o Menino, uma vaca e um burro. Certamente era uma referência ao profeta Isaías “O boi conhece o seu possuidor, e o asno, o estábulo do seu dono” (Isaías 3,2). Ao final do século V, foi acrescentada a estrela de Belém. Na mesma época, também a Virgem Maria foi representada no presépio.

Foi na Idade Média que o presépio se tornou bastante popular. São Francisco de Assis foi o responsável pela popularização do presépio. Em 1223, ao retornar de uma viagem a Roma, informou ao Papa Honório III (1216-1227) sobre seus planos de fazer uma representação artística do Natal. Tendo o projeto aprovado, Francisco foi para Greccio e, nas vésperas do Natal, com a ajuda de amigos, construiu uma gruta, agrupando ao redor da imagem do Menino, as imagens de Maria, de José, dos pastores, em adoração ao Salvador recém-nascido, e ainda do asno e do boi. A partir desse momento, a tradição natalina foi se estendendo por toda a Europa, e de lá para o resto do mundo.

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