Arquidiocese do Rio faz o lógico, e veda uso da imagem do Cristo Redentor em cenas de filme ofensivo

Nota oficial da Arquidiocese do Rio em resposta a matéria do Jornal O Globo  / Arqrio

A liberdade de expressão não é um direito absoluto. Por isso, existem vários crimes que protegem a pessoa ou grupos de ofensas causadas sob a falsa alegação de liberdade. Além dos crimes contra a honra (calúnia, difamação, injúria), também existem os crimes contra o sentimento religioso. Veja a parte final do art. 208 do Código Penal: "Art. 208. (...)  vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso, Pena – detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa".


Por isso, a Arquidiocese do Rio, detentora dos direitos de imagem sobre o Cristo Redentor (que é a imagem que se encontra em cima de um templo católico, fez valer seu direito, protegendo os meus sentimentos como católico e meus direitos como cidadão.


Eis a nota da Arquidiocese.


Arquidiocese do Rio de Janeiro, em razão da entrevista publicada no dia 8 de julho, no Segundo Caderno do Jornal O Globo, denominada "O veto é censura, representa um enorme retrocesso", esclarece o seguinte:

1 – A utilização da imagem do Cristo Redentor deve ser autorizada pela Arquidiocese do Rio de Janeiro, detentora dos direitos patrimoniais de autor sobre o Monumento que não só é um símbolo da Cidade do Rio e do Brasil, mas é um Santuário que comporta dentro da Imagem uma capela.

2 – Consultada acerca da possibilidade de uso da imagem do Monumento ao Cristo Redentor no filme "Inútil Paisagem", a Arquidiocese do Rio de Janeiro comunicou à Produtora ter constatado que as cenas produzidas, acaso exibidas ao público, atentariam contra a Fé Católica, caracterizando inclusive o crime de vilipêndio, razão pela qual recomendou fortemente a exclusão da cena que considerou atentatória;

3. Na entrevista publicada pelo referido jornal a Instituição é atacada por artistas que claramente desconhecem as razões explicitadas pela Arquidiocese e desconsideram que atuação da Instituição visa unicamente evitar dano e ofensa ao sentimento religioso de milhares de fiéis.

Por fim, a Arquidiocese ressalta que a decisão de não autorizar a veiculação das imagens não é uma forma de cerceamento à liberdade de expressão, mas sim, meio hábil de garantia da preservação de imagem religiosa e da fé.

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