A arte de viver a dois

a arte de viver a dois

A arte de viver a dois, a experiencia de construir a felicidade

Na vida a dois a experiência da convivência  tende a nos fazer mais flexíveis às situações que, em tempos anteriores, jamais cogitaríamos fazer qualquer tipo de ponderação e desse desafiante processo o qual se iniciou na família e junto com os amigos, atinge a sua plenitude quando nos dispomos a vincular nossas vidas. Nessa disposição de coração, saímos mais maduros.

Para tanto, se desejamos fecundar os vínculos com quem convivemos, o ato da reconciliação é uma disposição de coração que vai nos acompanhar não somente no casamento, mas em todos os relacionamentos. Nutrir os sentimentos de alguém e mantê-los vivos é uma tarefa que exigirá dedicação, comprometimento e equilíbrio. Para isso, não se faz necessário alguém se anular ou viver aquilo que o outro deseja que seja vivido. As demonstrações de carinho no tratamento e na vivência do romantismo são também atributos de alguém apaixonado.
Contudo, encontrar alguém que esteja disposto a partilhar as coisas mais comuns do dia-a-dia, parece ser uma tarefa difícil de realizar. E a frustração de muitos relacionamentos está no fato das pessoas perceberem que apesar de terem vivido muitos outros momentos, nenhum desses eventos foi duradouro o bastante como gostaria que acontecesse.

A proposta deste trabalho,  tem o objetivo de iluminar algumas situações para aqueles que se colocam a caminho dessa emocionante descoberta; desde o inicio do namoro –  iluminando algumas situações que poderão necessitar atenção especial para não comprometer a felicidade almejada -  até a vida cotidiana conjugal e suas exigências particulares.

Comportamento

Santa Inquisição, vamos ouvir um pouco sobre isto?

Alguns católicos amarelos pensam que a Igreja tem medo de falar sobre a Inquisição. Outras pessoas, gostam de ouvir apenas aqueles 'professores' que odeiam a Igreja e que disseminam apenas o que seus ódios criam. É tanta gente que gosta de ouvir mentiras... e por outro lado, uns poucos mas que tanto gostam de mentir. Ouça um pouco da história em uma coleção de vídeos de aulas do Professor Felipe Aquino.




Papel E FunçãO Do Claustro Na Arte MonáStica De Construir



A tradição beneditina sempre esteve atenta à construção do espaço monástico, seja no seu aspecto físico, seja no seu «clima» espiritual. A Regra de São Bento, em diversas passagens, manifesta essa preocupação. Ela dá orientações seguras aos monges sobre o comportamento devido em certos ambientes extra-monásticos e insiste sobre a «gravidade» do comportamento em locais específicos. São Gregório Magno, no seu Segundo Livro dos Diálogos (cf. capítulo XXII), narra que, numa ocasião, o próprio São Bento apareceu em sonho a dois monges, determinando como deveria ser a planta de certo mosteiro.
Quando refletimos sobre o papel e a função do claustro na arte de construir um mosteiro, temos que fazer algumas considerações sobre a história da arquitetura dos mosteiros e sobre alguns aspectos da espiritualidade medieval, concernente ao que chamamos de «claustro».
 A palavra «claustro» vem do latim clássico do século XIII: claustra, claustrorum e, no neutro, claustrum, que quer dizer «local fechado». Na RB a palavra «claustra» significava a clausura, de forma geral, e não especificamente o lugar do mosteiro que atualmente denominamos «claustro». Sua origem está na antiga casa romana. Era o pátio central quadrado, às vezes ajardinado, e o centro para onde convergiam as demais dependências da casa.
A partir do século VII, quando surgiram os primeiros mosteiros cristãos, esse pátio central, começou a ser usado nas edificações dos prédios religiosos. Era ao seu redor que se localizavam a igreja, a sacristia, a cozinha e os dormitórios.
Não devemos esquecer que em seguida à primeira destruição de Monte Cassino pelos lombardos, em 580, apenas 33 anos após a morte de São Bento, os monges fugiram para Roma, indo morar ao lado da Basílica de São João do Latrão. Foi nesse momento que o monaquismo beneditino fez sua primeira experiência urbana. Além disso, ao longo da Idade Média, muitas basílicas foram atendidas por monges beneditinos.
                Essa mudança para a cidade de Roma e a variação do próprio trabalho dos monges – pois começaram com o serviço litúrgico nas basílicas, residindo ao lado das mesmas – levou os mosteiros a serem influenciados pela arquitetura romana.
A partir do século VII, essa arquitetura romana passou a ser acolhida pelos «arquitetos beneditinos» e foi levada a toda Europa, começando pela Inglaterra, através de São Wilfrido e São Bento Biscop.
                É a partir deste momento que o claustro se torna um local importante na vida de uma comunidade monástica. Era localizado, segundo a tradição, ao lado da igreja, tendo outras importantes dependências ao seu redor: refeitório, capítulo, biblioteca e sacristia.
Após o período românico apareceram os claustros góticos, sobretudo no norte da Europa e nos mosteiros de tradição cisterciense. Nesse segundo momento, além dos claustros góticos, encontramos também mosteiros e catedrais góticas.
  Mais tarde, no período barroco, veremos mosteiros e claustros «barrocos», assim como claustros fechados com vidraças, nos países de clima rigorosamente frio. No início do século XX, houve uma nova tentativa de construir claustros, mosteiros e igrejas românicos ou neo-românicos. Nas últimas décadas, porém, muitos fizeram a opção pela arquitetura moderna.
Os claustros, entretanto, não foram de uso exclusivo dos monges. Foram também foram construídos ao lado de muitas catedrais europeias, onde eram utilizados por aqueles sacerdotes que levavam vida em comum, como os cônegos e, mais tarde, pelos frades das ordens mendicantes.
                 No início, algumas atividades eram realizadas nos claustros, pois ele era uma síntese da vida cotidiana dos monges: ler, rezar, buscar água (aí encontrava-se o lavatorium), fazer a tonsura e a barba, lavar e secar roupas, dentre outras atividades.
Porém, aos poucos os monges começaram a «espiritualizar» esse local eliminando dele qualquer outra atividade. É nesse momento que o claustro se torna um local de passagem para a igreja, e de passagem espiritual. É o local procurado pelos monges para «uma preparação», antes de ingressarem no oratório para o ofício divino e onde permaneciam após o mesmo, continuando, por meio do silêncio, a saborear a Palavra celebrada em comum. Assim, escritores monásticos começaram a dar um sentido espiritual a esse local: para alguns, ele «é uma prefiguração do céu» (Honorius Augustodunensis, 1,149). Para o eremita Honório (1095-1135), em sua obra Gemma Animæ, o claustro, por estar próximo à igreja, poderia ser comparado ao Pórtico de Salomão, que ficava contíguo ao Templo (Ibidem, 1,48) e as árvores frutíferas de seu jardim poderiam ser comparadas aos livros das Escrituras (Ibidem, 1,49).
                Assim pensando, construir mosteiros sempre foi uma «arte». Em nossos dias, construí-los também é um grande desafio. Como unir, portanto, a «tradição da arquitetura beneditina» com a «arquitetura moderna»?
Nossos antepassados nunca se fecharam diante do novo proposto pela arquitetura. Assim passaram do românico para o gótico; deste para o barroco, assim como outros estilos arquitetônicos. Porém, conservaram, através dos séculos, as tradições que podiam ajudar na vida espiritual e comunitária. A construção de um mosteiro beneditino ou cisterciense deve levar em conta, sobretudo, o uso que dele se fará, prevendo, principalmente, uma vida comunitária baseada no voto de estabilidade.
Por conseguinte, é importante que os monges estejam abertos às novas formas da arquitetura contemporânea, e é ainda mais importante que os arquitetos que projetam os novos mosteiros conheçam a vida beneditina, assim como a história da arte de construir dos filhos de São Bento, devendo se realizar um «feliz encontro» entre tradição e modernidade.
Com certeza, em meio a um mundo barulhento, estressado e ativista, os claustros beneditinos expressam a necessidade de se voltar para o equilíbrio dos movimentos, tornando-se verdadeiros oásis de paz e espiritualidade. Eles continuarão sendo locais de passagem, isto é, ambientes privilegiados de repouso espiritual e de contemplação, criando harmonia entre os diversos estilos de construção, tais como igreja, capítulo, biblioteca e refeitório. O claustro, com seus elementos simbólicos, tende a harmonizar o homem com o seu interior, com seus irmãos de comunidade e com todos os homens e mulheres.
                As novas formas da arquitetura contemporânea podem e devem ser fiéis aos princípios básicos da tradição beneditina, no momento da construção de novos mosteiros. Daí encontrarmos belos exemplares, construídos nos últimos anos. Ademais, nunca devemos esquecer que os monges habitam durante toda a vida num mesmo mosteiro e, por essa razão, as construções monásticas devem ser pensadas como local de agradável convívio, harmonia e de significação vigorosa.
Os claustros, nas novas construções, deverão ser preservados dos barulhos exteriores e do próprio mosteiro, gerando uma privacidade de escuta e oração. Ele só terá sua real função se a própria comunidade perceber o seu valor. É necessário, portanto, deixar-se abraçar pelo claustro e contemplar a natureza que ali existe, por mais que ela seja micro. Nada ali é por acaso. Tudo tem um significado implícito e tocante. O claustro é, por excelência, o local da lectio, meditatio, ruminatio e contemplatio.
 Em meio às diversas atividades monásticas, precisamos redescobrir o valor dos espaços sagrados e tranquilizadores dos nossos mosteiros. Nunca poderemos esquecer, que um mosteiro sempre será a Domus Dei (Casa de Deus).


Sugiro, finalmente, que as comunidades, ao pretenderem construir novos mosteiros, sempre o façam constituindo uma equipe responsável para desenvolver, sob o alicerce da tradição e da história da arquitetura beneditina, espaços verdadeiramente sagrados, que antecipem, pela espiritualidade e beleza, o que desejamos viver na morada celeste.


Dom Emanuel d'Able do Amaral é Arquiabade do Mosteiro de São Bento da Bahia


// Khristianós

Quando a BIOTECNOLOGIA APONTA as falhas na TEORIA DA ORIGEM DAS ESPÉCIES de Darwin ?






O design das formas de vida foi sempre um problema sério para o naturalismo evolucionista. Até o mais simples organismo unicelular é bastante complexo, com múltiplas partes sofisticadas cada uma executando funções importantes e todas interdependentes.



As leis da estatística convenceram todos aqueles que se preocuparam em calcular as probabilidades que até algo tão básico como uma molécula proteica, que é uma estrutura unida por centenas de aminoácidos ordenados de forma precisa, nunca poderia surgir como efeito de forças aleatórias (não-pessoais, não-direccionadas e não-inteligentes).



Tal molécula proteica é trivial quando comparada com qualquer parte operacional da célula. Quando se aceita que todas estas partes teriam que estar presentes e funcionais desde o princípio, tem que se admitir que a vida é impossível sem Um Designer Inteligente.




De facto, as formas de vida fornecem evidências tão poderosas em favor do design que só aqueles que propositadamente ignoram os dados (2 Pedro 3:5) podem atribuir ao acaso e à selecção natural a origem de sistemas tão complexos.



Todas as formas de vida desde a bactéria até ao homem  possuem o admirável código ADN, que contém uma "livraria" cheia de informação específica e sem a qual a vida é impossível.

Outro problema fatal para o naturalismo a para a teoria da evolução que, se chegou a ocorrer, ocorreu no passado encontra-se na estrutura do registo fóssil, que é o único registo físico da vida que nós temos do passado. Como está a ser cada vez mais admitido pelos meus colegas evolucionistas, o registo fóssil não oferece qualquer tipo de evidência em favor da tese que postula a transformação/evolução dum tipo de animal para outro totalmente diferente uma vez que não há um linha evolutiva inquestionável observável no passado geológico.



Existe variação entre os tipos básicos, mas no mundo actual e no registo fóssil cada tipo é distinto dos outros. Embora a evolução "darwiniana" sempre tenha previsto que as formas transicionais (Elos Perdidos) seriam Mais Dia Menos Dia Encontradas , o conceito actual nos círculos evolutivos é o da"evolução rápida" ou "equilíbrio pontual" (punctuated equilibrium).



Esta "nova" tentativa de harmonizar a ciência paleontológica com a teoria da evolução propõe que populações isoladas evoluíram rapidamente , mas tão rapidamente que não deixaram registo fóssil.

Pergunta que não cala:

Mas se não deixaram evidências, como é que se sabe que houve evolução?


Embora as falhas anti-evolutivas no registo fóssil se encontrem entre cada tipo básico de animal, existem duas enormes falhas em particular que devem ser ressalvadas:



1ª)- A distância evolutiva entre os organismos unicelulares


2ª)- A vasta gama de formas de vida pluricelulares, invertebrados marinhos que se opõem à "evolução rápida".



ATENÇÃO !!! ATENÇÃO!!!


Na camada rochosa actualmente identificada como Câmbrica (que contém as primeiras aparições da vida multicelular)esponjas, moluscos, trilobitas, estrelas do mar, etc.são encontrados espécies sem qualquer tipo de ancestrais evolutivos. Como diz o militante ateu Richard Dawkins, "até parece que foram plantados ali" (The Blind Watchmaker (1996) p.229).



O fosso que existe entre os invertebrados marinhos e os peixes vertebrados é igualmente imenso. Para tornar as coisas ainda piores para a infalível religião evolucionista e seus devotos, é que os fósseis de peixe são encontrados no estrato Câmbrico. Se a teoria da evolução (versão darwiniana) fosse verdade, os peixes teriam evoluído de algo, e os invertebrados também.




Os filósofos há muito tempo atrás estabeleceram o conceito da Primeira Causa por trás da origem do universo.



Portanto, aquelas pessoas em quem tu puseste a tua fé como forma de justificares o teu ódio a Deus, são as mesmas que te dizem que o que acreditas (evolução ateísta) não está de acordo com os dados científicos e lógicos.


Já se fazia necessário uma obra que pudesse passar em revista os ditames da teoria de evolução tão bravamente defendida pela comunidade Neodarwinista de forma racional e científica e baseada em pesquisas. Muitos dos estudantes talvez nunca puderam saber que existem grandes problemas inerentes à teoria de evolução que não foram trazidos para as salas de aulas ou que se mantiveram ocultados do público laico.


Muita coisa deveria ser externada para que as pessoas pudessem fazer uma avaliação mais racional e pluralista envolvendo o grande tema Neodarwinista.

A teoria de evolução é definida e blindada como "fato" confirmado ignorando todas as vertentes objetáveis que ela enfrenta.


Desde o lançamento de Origin of Species de Darwin por mais de 150 anos os livros apresentam as hipóteses Darwinianas como algo seguro e confiável sem sombra de dúvidas ou objeções. Todas as postulações de Darwin continuam a ser defendidas como um fato seguro.


Por isso, é preciso averiguar em um plano mais crítico as dificuldades que existem na teoria da evolução e avaliar em contexto científico a real credibilidade dessa teoria.


A presente obra literária não se atrela a advogar alguma ideologia religiosa ou apresentar alternativas filosóficas ao modelo de evolução já estabelecido por muito tempo. Muito menos tenta apontar para o terreno metafísico em detrimento das ideias Neodarwinistas, ou buscar novos caminhos para os postulados da biologia evolutiva. Este obra tenta, de forma não dogmática, demonstrar que a teoria de evolução está envolvida nos seus mais sérios obstáculos que em grande maioria não vieram à tona ou são desconhecidos dos estudantes.


Aborda de forma exaustiva os grandes problemas enfrentados no campo da paleontologia com suas dificuldades do registro fóssil. Questiona os possíveis mecanismos evolutivos propostos para elucidar a evolução biológica.


Toca no ponto neuvrágico mais sensível que está no ramo da biologia molecular quando questiona em bases técnicas os grandes obstáculos enfrentados pela teoria de evolução química da vida, pois até hoje não se confirmou empiricamente como foi possível uma origem gradual da vida em uma suposta sopa orgânica ou em qualquer outro lugar.


Para os leitores deixo uma carta aberta para que cada um possa tirar suas conclusões bem como estar ciente de que as postulações Neodarwinianas enfrentam grandes dificuldades.

CAPÍTULO 01


Há mais de 150 anos o naturalista Charles R. Darwin desenvolveu sua teoria de descendência com modificação que mais tarde seria nomeada de teoria de evolução orgânica que ganhou aceitação de seus admiradores. Tal teoria vinha como pompa para um grande número de pessoas que já questionavam a origem criativa das espécies. Entre essas estavam muitos pensadores que desejavam obter explicações naturalistas para a origem das espécies. Embora muitos tenham feito suas suposições, foi Charles Darwin que proporcionou um melhor argumento que foi mais satisfatório em explicar um processo naturalista para a origem dos organismos. Ele então renunciou as proposições religiosas e se envolveu com o mundo naturalista.


Nascido em 1809 na Inglaterra de uma família abastada. Seu pai era um médico bem sucedido e sua mãe faleceu quando ele ainda era bem jovem com oito anos, e após isso, ingressou em uma escola administrada pela igreja anglicana.


Charles Darwin foi incentivado pelo pai a cursar medicina, mas abandonou o curso após ficar incomodado ao presenciar uma cirurgia em um paciente que seria feita sem anestesia, pois naquela época ainda não existia anestesia. As aulas práticas dessa natureza sempre eram incômodas para ele.


As propostas de Darwin


Depois disso seu pai o incentivou a estudar teologia para que ele se tornasse um sacerdote. Planejava estudar com Henslow e se ordenar um sacerdote. Naquela época os religiosos tinham uma posição privilegiada por ter uma boa renda e ainda a oportunidade de atuarem como naturalistas.


ATENÇÃO !!! ATENÇÃO !!!

Durante seus estudos teológicos ele demonstrava grande interesse pelos trabalhos do sacerdote Willian Paley, especialmente o famoso livro Teologia natural. Darwin admirava grandemente as ideias de Paley.Mais tarde, porém, ele viria a rejeitar as propostas de Paley, sobre a existência de um Deus pessoal após amargar grandes perdas em sua família.


Após isso, incentivado por um de seus instrutores, Darwin passou a se interessar por ciências naturais. Henslow foi um incentivador que estimulou Darwin a se interessar por geologia, uma matéria importante que seria de grande contribuição para suas pesquisas. O professor Adam se tornou seu tutor nessa matéria em Cambridge.


O professor John Stevens foi o grande amigo que se tornou decisivo na sua carreira. Foi ele quem encaminhou Darwin para a sua longa viagem de cinco anos pelo mundo.Em 29 de janeiro de 1839 casou-se com Emma Wedgwood, filha mais nova de seu tio Josiah.Darwin e Emma tiveram dez filhos dos quais durante o decorrer da vida pessoal muitos deles tiveram problemas de saúde, e três deles morreram ainda jovens. Darwin suspeitava que isso ocorria pelo fato de contrair um casamento com uma parenta, Emma era sua prima.


No entanto, o que trouxe a maior frustração em seu matrimônio foi a morte precoce de sua filha Annie.Ela passou a padecer de uma doença misteriosa que intrigava a família. Diversos diagnósticos eram feitos, mas sem sucesso, quando Darwin decidiu procurar a opinião de médicos especializados. Eles após avaliarem a filha de Darwin chegaram ao consenso de que "Annie provavelmente sofria de tuberculose" que era uma temida doença naquela época. Isso foi um grande golpe para Darwin que o levou a se tornar ainda mais cético e perder a fé em Deus. Ele se questionava como poderia um Deus benevolente permitir tamanha desgraça em sua vida familiar.


Nesse ínterim, certo ceticismo se arraigou em seus conceitos o que talvez o motivasse ainda mais a buscar novas interpretações naturalistas para a origem das espécies. Em sua autobiografia anotou que a descrença passou a tomar parte de seus conceitos e lentamente o dominou.



Também outras vertentes passavam a contribuir para o ceticismo de Darwin. A leitura de temas filosóficos e teológicos que questionavam a validação das escrituras foi influenciável na vida de Darwin.


O autor Newton F. Maia, defendeu que especialmente durante a época em que Darwin lia a obra de Malthus ele teria perdido:
"Gradualmente sua fé anglicana, tornando-se um materialista. Darwin teria se tornado um "ateu" de início por haver aceitado a teoria da evolução que solaparia de forma fatal, a teologia Darwin teria chegado à conclusão de que não mais era necessário acreditar em Deus."


Durante os grandes conflitos de fé sofridos, Darwin em muitas ocasiões passou a colecionar grande número de insetos e passou a dissecar muitos animais para seu estudo. Já desde bem cedo havia obsessão pela natureza e ele se envolveu completamente nessa ideologia. Na sua longa viagem que fez ele defendia suas ideias de que os organismos descenderam todos de um ancestral comum, onde a seleção natural atuaria para produzir a variação do indivíduo e gerar novas espécies. Darwin fortaleceu suas ideias durante a viagem de cinco anos que fez abordo do cruzeiro Beagle.


As viagens  de Darwin até as ilhas Galápagos no oceano Pacífico e que deu uma volta ao mundo. Havia embarcado como um jovem naturalista que recebera do capitão Fitz-Roy a oportunidade de participar da viagem.
Entretanto, o cientista Estephen Gould alegara que inicialmente o naturalista oficial do navio havia sido o cirurgião Robert Mckormick, e que Darwin havia embarcado como um amigo do capitão Fitz Roy. Essa polêmica continuou quando muitos pesquisadores afirmaram que Darwin realmente havia sido o naturalista a bordo e não fazia sentido ter embarcado a não ser para esse fim.Darwin era de classe social semelhante a do capitão Roy, e parece que o capitão se agradou de Darwin, depois de certa desconfiança que logo foi sanada. O capitão depois de melhor conhecer a Darwin entendeu que suas dúvidas sobre ele haviam sido infundadas.Assim, Fritz Roy passou a confiar em Darwin como tripulante importante para sua expedição.


A viagem pelo mundo não foi tão simples assim, pois o pai de Darwin se opôs a sua embarcação e por isso, ele teve que recorrer de forma desesperada ao seu tio Josiah para tentar convencer o pai de Darwin a autorizar a viagem pelo Beagle. Darwin junto com seu tio elaboraram uma carta esclarecendo os motivos dessa viagem e a sua grande importância para a carreira de Darwin. Assim, eles conseguiram convencer o pai, Robert, a autorizar a viagem bem como ainda bancar todos os gastos do filho.


Durante o tempo em que Darwin percorreu o mundo através do cruzeiro, ele anotou metodicamente todos os dados que conseguiu registrar a respeito de inúmeras espécies de organismos, bem como dados fósseis e geológicos. Durante a viagem no Beagle, Darwin colecionava muitas espécies para suas pesquisas que foram anotadas em seus cadernos. Ele chegou a enviar essas espécies para a Inglaterra, sua terra natal, e seus tutores elogiaram o trabalho que ele realizara durante sua viagem. Darwin ganhava credibilidade do capitão Roy que algumas vezes pedia que ele lesse suas notas sobre as pesquisas que havia realizado.


Assim, muito do que Darwin havia anotado e enviado para a Inglaterra começara a ter uma repercussão no meio científico. Um de seus antigos tutores distribuía cópias impressas das anotações que Darwin havia feito, e mesmo antes de retornar a sua terra em 1836, ele já era uma celebridade entre os cientistas daquela época.


 Já então em casa Darwin continuou a fazer suas anotações para desenvolver sua teoria sobre a descendência com modificação. todos os organismos descendiam de espécies ancestrais e sofreram lentas modificações graduais, onde as condições favoráveis seriam selecionadas nos organismos que sofriam mudanças.


Ele havia chegado às ilhas Galápagos em 1835, e permaneceu ali por cerca de três semanas, tempo suficiente para perceber uma semelhança entre animais e vegetais de determinadas ilhas do arquipélago de Galápagos.Ele se impressionou especialmente com certa espécie de pássaros tentilhões que observou nas ilhas Galápagos. Também as enormes tartarugas e espécies de lagartos chamaram sua atenção.Darwin estudou as variações dos bicos desses pássaros e julgou que isso ocorria devido ao ambiente em que viviam.



A pesquisa com os tentilhões foram decisivas para Darwin elaborar sua teoria. Darwin anotou então que, tanto os tentilhões como as outras espécies, provinham de um ancestral comum.Diante disso, julgou que esses organismos se modificaram lentamente e evoluíram para espécies inteiramente novas.Essa era a ideia que iria mais tarde florescer no famoso livro que Darwin publicou, onde ele defendeu o conceito de que as espécies surgiram por processos dirigidos por seleção natural. Essa teoria iria mudar o conceito da visão mundial sobre as espécies, quando Darwin propôs que todos os organismos surgiram por descendência com modificação que ocorreu de maneira lenta e gradual.


A viagem pelo mundo prosseguiu no Beagle, e o próprio Darwin dissera que "a viagem do Beagle foi de longe o acontecimento mais importante de minha vida e determinou toda a minha carreira". Sem sombra de dúvidas, se Darwin não tivesse embarcado naquele cruzeiro talvez não seria conhecido hoje mundialmente como o maior paladino da teoria de evolução biológica que foi descrita no livro Origem das Espécies.


A revolução do pensamento Darwinista afrontou até mesmo muitos dos cientistas daquela época que acreditavam na estabilidade das espécies, que não poderiam sofrer mudanças lentas e graduais como proposto por Darwin. Alguns cientistas como Agassiz discordava da ideia de Darwin sobre a transmutação das espécies, e tinha fortes convicções de que as espécies eram estáticas. Ele propôs que Deus havia planejado a vida.



Embora Agassiz defendesse o criacionismo ele foi também responsável por esposar algumas teorias racistas "que classificavam, segundo ele, as raças". Disse que os negros eram inferiores e incapazes, por isso ocupavam a base da "pirâmide" de sua classificação.


Muitos se opuseram ao modelo criacionista de Agassiz, como Gray, Hooker e o próprio Darwin.Louis Agassiz foi um cientista criacionista que se opôs ferozmente a Darwin. Durante longo tempo, o professor Agassiz desferiu vários comentários negativos sobre as propostas feitas por Charles Darwin. Sua eloquência era muito forte quando parecia que ele poderia, de maneira hábil, questionar as ideias que vinham de encontro com o modelo criacionista.

Outro oponente do darwinismo foi o francês George Cuvier

Este defendia a teoria do catastrofismo e questionava as postulações sobre a evolução biológica. Ele acreditava em um registro fóssil que pudesse confirmar a estabilidade e imutabilidade das espécies, quando defendia a ideia de que havia um registro de eventos catastróficos que confirmavam os períodos de criação especial sem ser necessário recorrer a algum evento evolutivo.


Esses cientistas assim como outros posteriores defenderam a proposta de que os períodos de catastrofismo apontavam uma rápida formação rochosa que poderia indicar uma teoria de criação em curtos intervalos de tempo. Acreditavam que nos tempos antigos ocorreram muitas transformações repentinas e violentas.


Um dilúvio global seria uma dessas transformações que teria ocorrido. Mesmo assim, tanto Cuvier como Agassiz entre outros oponentes não foram capazes de extinguir as ideias darwinistas correntes naquela época.


Charles Darwin continuou prestigiado pela comunidade científica e suas ideias se fortaleciam cada vez mais com o amparo de seus defensores. Então Darwin continuou livremente a defender a hipótese de que "a evolução é causada pela seleção natural, que por sua vez é o resultado da sobrevivência dos mais aptos na luta pela vida".


O pensamento Darwinista então passou a se popularizar entre as pessoas da época e os conceitos criacionistas foram um tanto sufocados pela nova teoria proposta por Darwin. Cada vez mais os debates se tornavam calorosos e as ideias de Darwin começavam a se espalhar pelo mundo a fora, principalmente através dos defensores do Darwinismo.

As Ideias Darwinistas divulgadas


As ideias de Darwin ficaram guardadas por muito tempo, pois ele tinha medo de reações desfavoráveis das pessoas daquela época. Temia as críticas das correntes religiosas, bem como a rejeição por parte da comunidade científica. Assim, ele sempre desenvolvia suas ideias secreta e tranquilamente. Já como um eminente pesquisador e com credibilidade ele continuou com suas pesquisas meticulosas buscando embasamento para suas ideias de transmutação das espécies.


Mesmo diante dos temores, Darwin, em 1856 escreveu uma obra intitulada Seleção natural a qual não chegara a ser concluída. Darwin finalmente terminou suas anotações que seriam divulgadas mais tarde em seu livro Origem das espécies por meio da seleção natural, que foram aceleradas quando Darwin recebeu os escritos fornecidos por Wallace, quando esse estava nas Índias Orientais.


Darwin havia recebido do jovem naturalista Wallace um manuscrito que apresentava ideias bem semelhantes as suas, com o tema As variações e tendências que partem indefinidamente do tipo original. O trabalho de Wallace apresentava um conceito bem parecido sobre seleção. Nesse aspecto se assemelhava aos conceitos Darwinianos. Após esse episódio os aliados de Darwin o incentivaram a publicar suas ideias, visto que Darwin já tinha uma maior influência nos meios científicos e sua proposta seria mais bem aceita, pois ele já trabalhava suas ideias há muito tempo, diferente de Wallace que teve em um rompante a iniciativa de publicar conceitos semelhantes aos de Darwin de forma independente. Durante uma ocasião em que se encontrava de cama acometido por uma alta febre provocada por uma malária.


Darwin já amadurecia sua ideia por cerca de 20 anos até a redação de seu livro. Darwin se viu então forçado a divulgar seu trabalho no qual fora preparado com muitos anos de pesquisas, e os conceitos de Wallace ameaçavam de certa forma todas as postulações e pesquisas de Darwin.

Charles Lyell e Joseph Hooker definiram a leitura do texto de Darwin e Wallace na Linnaean Society em julho de 1858. De acordo com Newton Freire, a carta se iniciava da seguinte forma:


"Meu caro Senhor. Os trabalhos inclusos, que temos a honra de comunicar à sociedade Lineana e que se relacionam com o mesmo assunto, isto é, as leis que afetam a produção de variedades, raças e espécies, contêm os resultados das investigações de dois incansáveis naturalistas, o Sr. Charles Darwin e o Sr. Alfred Wallace. Tendo esses cavalheiros, independentemente e sem que um tivesse conhecimento do outro, concebido a mesma e engenhosa teoria para dar conta do aparecimento e da perpetuação das variedades e das formas específicas em nosso planeta, ambos podem justamente reivindicar o mérito de serem pensadores originais nessa importante linha de investigação."


Assim, os escritos de Wallace foram, juntamente com os de Darwin, apresentados a membros destacados da Linnaean Society científica daquela época.Nessa reunião da Linnaean Society os textos de Darwin foram lidos antes do artigo de Wallace.


Diante da pressão dos seus aliados, Darwin se viu obrigado a divulgar sua teoria sobre evolução das espécies. Ele terminou a escrita de seus ensaios que estavam engavetados, como sua principal obra sobre a origem das espécies. Então ele finalizou sua obra e em novembro de 1859 lançou-a com o famoso título: Origem das espécies através da seleção natural. Apenas na sexta edição de 1872 o título das propostas de Darwin do livro foi abreviado para A origem das espécies.


Darwin hesitou em divulgar seus trabalhos por temer represálias por parte dos religiosos como acontecera com muitos que discordavam dos dogmas vigentes. Mas, com grande apoio de pessoas importantes e da comunidade científica ele, então, conseguiu levar adiante seus objetivos. Alguns autores consideraram a obra Origem como uma notável publicação que teria convencido ao mundo sobre o princípio da evolução biológica, embora não de forma tão completa, tal obra teria explicado a base da evolução.


A influência das ideias Darwinistas não se deu especialmente pelos esforços de Charles Darwin. Antes, muitos de seus defensores foram responsáveis pelo sucesso do seu livro. Um desses importantes defensores foi o influente orador Thomas H. Huxley, que defendeu com grande habilidade as ideias de Darwin em muitas palestras feitas para o público laico e científico. Huxley apelidado como o "Buldog de Darwin" teve uma plena participação na divulgação do pensamento Darwinista o que contribuiu em grande parte pela disseminação das ideias de evolução biológica. Em várias ocasiões Darwin enviara cartas de agradecimento a Huxley pela sua brilhante atuação em defesa de sua teoria. O próprio Huxley também correspondia com Darwin e disse que havia defendido as doutrina de Darwin "muito mais favoravelmente do que dizem que fiz, exprimi a certeza de que elas serão ao final estabelecidas."


Também Lyell contribuiu muito para a divulgação do Darwinismo


Em via de regra, Lyell a princípio não apoiava os postulados Darwinistas da transmutação das espécies, e ele havia "criticado o transmutacionismo Lamarckiano em Principles of Geology". Mesmo assim, Lyell reconheceu o importante trabalho de Darwin e o incentivou a publicar seu livro, bem como deu grande contribuição para os manuscritos de Darwin através de seu livro Principles of Geology que fora lido por Darwin.


Os escritos de Lyell foram fundamentais para a teoria de Darwin. Lyell foi o responsável pela formulação do chavão de que "o presente seria a chave para se entender o passado", de maneira que ele desenvolveu o princípio geológico do uniformismo, pelo qual se estabeleceu que todas as estruturas da crosta terrestre se formaram por longos períodos de tempo de forma lenta por meio de processos naturais que são observados em operação hoje. Em seu livro ele supunha que as cordilheiras de montanhas haviam se formado por meio de minúsculos passos incrementais, e não catastróficos.


Segundo a teoria uniformitarista todos os eventos do passado que levaram a lenta formação da terra podem ser explicados pelos fenômenos que são atualmente observáveis. Lyell em suas postulações desenvolveu a necessidade de longos períodos de tempo para as transformações da superfície terrestre. Isso foi muito adequado para a teoria de Darwin que necessitaria exatamente de longos períodos para a origem lenta e gradual dos organismos, e Lyell proporcionou uma hipótese que faltava, o encontro com as postulações do segmento criacionista que questionava as propostas feitas por Lyell sobre o uniformismo. Os criacionistas postulavam a ideia de catastrofismo ou a hipótese de que a maioria das estruturas e depósitos da terra teriam se formado em períodos relativamente curtos objetando os critérios de Lyell. Segundo os criacionistas, em muitas ocasiões os estratos terrestres poderiam ter se formado rapidamente, e muitos acontecimentos raros de curta duração poderiam ter contribuído para a formação das camadas geológicas.


Precursores da evolução biológica

Mesmo com tanto crédito atribuído a Darwin, o conceito de evolução das espécies remonta aos tempos antigos desde os dias dos filósofos gregos, e não foi iniciada por Darwin.Podemos citar, por exemplo, alguns como Aristóteles que propagou ideias evolutivas sobre a natureza que produziria vida animal a partir de matéria sem vida. Também Tales, Lucrécio e Epicuro desenvolviam a ideia da origem evolutiva das espécies.



Muitos estudiosos debatiam sobre uma origem natural para o universo e a vida na terra, mas sempre eram confrontados brilhantemente pela forte corrente dos defensores do criacionismo que estavam imbuídos de combater as ideias que afrontavam o criacionismo.


Aqueles filósofos ainda não tinham uma teoria mais abrangente de nível científico que pudesse explicar uma origem naturalista para as espécies. Os conceitos criacionistas eram quase unânimes, mesmo em decorrência de muitos pensadores que tentavam incrementar ideias evolucionistas. Um enorme confronto começara a se esboçar contra o criacionismo com uma onda de antigos estudiosos que buscavam estabelecer uma teoria naturalista para a origem da vida na terra. Já havia então se iniciado os argumentos contra a aceitação de que as espécies eram estáticas e foram criadas diretamente por Deus. Em fins do século dezoito alguns estudiosos já postulavam a possibilidade de uma origem das espécies através de meios naturais e não somente de criação especial.



Assim, a ideia de evolução orgânica já havia sido disseminada pelos precedentes pensadores de Darwin, como o seu próprio avô, Erasmus, escritor do livro intitulado Zoonomia que defendia conceitos de evolução, e que havia sido lido por Darwin. Erasmus postulou que "somos levados a acreditar" que os organismos vivos foram "produzidos de um único tronco de vida."Erasmus teve grande participação na divulgação das hipóteses de evolução quando defendia que a evolução supostamente ocorreria por influências ambientais.


Em 1744, pela primeira vez o cientista alemão Albrecht Von Haller propôs o uso do termo "evolução", para descrever o desenvolvimento de embriões até a fase adulta


Embora sua teoria fosse um tanto mística na sua descrição de que homúnculos pré-formados estavam contidos em ovos e esperma. Mais tarde, o filósofo Hebert Spencer introduziu o termo de evolução em seu sentido mais amplo, aplicado aos seres vivos. Em 1749, um pesquisador francês, George Luis, o conde de Buffon publicou o primeiro livro sobre história natural. Em seu livro ele já divulgara algumas ideias sobre evolução das espécies, embora tenha sofrido grande retaliação de religiosos da época. O conde Buffon defendia um tipo de evolução influenciada pelo meio ambiente que seria responsável pela descendência dos seres vivos em seu habitat. Mas, antes de Buffon outros pensadores já divulgavam ideias de evolução, como De Maillet que postulou a ideia de que as espécies terrestres tinham se originado de animais marinhos. Também Leibnitz defendia que as espécies estavam ligadas através de muitas formas transitivas. Muitos outros pensadores defenderam ideias de evolução orgânica antes de Charles Darwin, e esses pavimentaram a estrada para a ideia central que viria com os argumentos de Darwin que ganhou crédito da comunidade científica.


No entanto, Charles Darwin em uma de suas cartas para seu defensor T. Huxley disse que "havia lido Buffon: e páginas inteiras eram ridiculamente iguais às suas." Em certos aspectos as ideias de Darwin se assemelharam às de Buffon. Isso não deveria ser surpreendente para Darwin visto que alguns critérios de Buffon eram também semelhantes aos de Lamarck, e Darwin já havia assimilado em seus escritos a simpatização pela teoria de Lamarck. Darwin admirava os conceitos de Lamark, e ele algumas vezes defendeu as ideias de Lamark sobre os caracteres adquiridos que eram transmitidos para gerações futuras. Em algumas ocasiões se referia às ideias de Lamark como explicação de algumas de suas postulações.


O pesquisador Francês Lamarck, foi quem divulgou ideias sobre "o uso e desuso dos organismos influenciados pelo meio ambiente" com características que poderiam ser transmitidas para os descendentes das espécies. Segundo Lamarck os seres vivos ao usar plenamente um órgão promovia o seu desenvolvimento, ao passo que o desuso de outro órgão provocava seu atrofiamento e com o tempo perdia sua função e utilidade. Lamarck acreditava que as espécies poderiam se transformar com a ocorrência de alterações ambientais, em decorrência disso, espécies poderiam desenvolver novas características que seriam transmitidas aos descendentes.


Não demorou muito para que as ideias de Lamarck fossem quase todas refutadas por outros pesquisadores que afirmaram que as características adquiridas não poderiam ser transmitidas aos descendentes. Tempo depois, o pesquisador August Weismann realizou experiências com ratos - cortava a cauda para verificar se os filhotes nasceriam com a cauda cortada. Ele repetiu sua experiência por mais de doze gerações sucessivas de camundongos, e a cada nova experiência os ratos apresentavam caudas normais, demonstrando que as características não eram transmitidas. August observou que os caracteres adquiridos não podiam ser transmitidos para as próximas gerações de ratos, quando se descobriu que a teoria de Lamarck não se confirmara. August anotou que não havia um mecanismo que pudesse transmitir os caracteres.
Mesmo assim, Lamarck foi o primeiro pesquisador que audaciosamente advogou a ideia de evolução biológica e um mecanismo que pudesse esclarecê-la com suas postulações mesmo que equivocadas.No entanto, nenhuma teoria proposta pelos anteriores cientistas foi tão bem elaborada como a teroria de Charles Darwin, que ganhou grande aceitação nos meios científicos, embora outros já tivessem proposto ideia semelhante.


Logo que lançou seu livro, as primeiras edições se esgotaram rapidamente, foram 1.250 exemplares vendidos no mesmo dia do seu lançamento. Então novas remessas foram impressas em caráter de urgência e vendidas aos ávidos leitores interessados pela teoria de Darwin.

Imediatamente houve grandes reações dos oponentes de Darwin


Muitas críticas foram publicadas em artigos de jornais, dos quais o próprio Darwin obtinha essas para sua avaliação. Os religiosos desferiram seus comentários negativos contra o livro de Darwin e promoveram muitos debates para questionar as postulações Darwinistas.



Mas, em meio às discussões, muitos cientistas tomaram o lado de Darwin, e um em destaque foi Thomas Huxley que se tornou o maior defensor e divulgador das ideias Darwinistas.


O livro de Darwin provocou uma grande controvérsia entre muitas pessoas, afrontando os conceitos tradicionais da época, e ainda hoje provoca grandes debates entre os muitos pensadores contemporâneos. A teoria de evolução biológica alavancada pelo naturalista Darwin abalou o pensamento religioso, social e científico. Por isso, um eterno embate se estabelece quando muitos ainda hoje afrontam ou não aceitam as propostas de Darwin sobre evolução biológica através de seleção natural.


Charles Darwin tinha conhecimento das teorias do britânico Robert Malthus, que estabeleceu o princípio de sobrevivência entre os humanos e a deficiência de recursos de subsistência. Malthus previa que a demanda de alimentos aumentaria em sentido aritmético, enquanto a população aumentaria em sentido geométrico. Ele teorizou que faltaria em algum tempo alimento suficiente para toda a população que cresceria de forma desordenada provocando uma luta por sobrevivência. Segundo Malthus, "a potência da população é indefinidamente maior que a capacidade da terra em produzir meios de subsistência. Onde houver abundância de alimentos o homem se multiplicará rapidamente até que a população exceda os meios de subsistência".


Darwin adaptou tal ideia de Malthus, alegando que os organismos mais eficientes iriam eliminar os mais fracos, uma lei de sobrevivência aplicada à natureza


Darwin transferiu os conceitos de Malthus para a natureza, com a ideia de super população que havia sido aplicada aos humanos. Em outubro de 1838 ele investigou "o ensaio de Malthus sobre população — tinha firmemente conseguido uma teoria pela qual trabalhar."Ele "reconheceu que a ideia de seleção natural lhe foi sugerida após ler o trabalho de Malthus."


A obra de Malthus havia sido por muitas vezes investigada por Darwin, mas só após algum tempo ele teve a ideia de adaptá-la em seus conceitos darwinistas.Parecia que Darwin havia encontrado no trabalho de Malthus um mecanismo que pudesse elucidar as modificações das espécies.A seleção natural seria a resposta viável como o mecanismo responsável pelas modificações das espécies.


Não nos deve surpreender que também Wallace, o contemporâneo de Darwin, tivesse conhecimento do livro de Malthus sobre população, e que esta fonte talvez o inspirou em suas ideias independentes e tinha muita semelhança com as propostas de Darwin.
Talvez a indecifrável semelhança de teorias sobre seleção natural se deva a este fato peculiar, em que tanto Darwin como Wallace se basearam em parte nos argumentos de Malthus.


Depois de divulgar sua teoria Darwin já enfrentava sérios problemas de saúde e ele expressava isso em cartas que enviava para seus colegas


Em uma carta dirigida a Alfred Wallace ele dissera que sua saúde estava debilitada e por isso, fazia pouco progresso na divulgação de suas propostas.Mesmo assim, Darwin continuou com seus trabalhos e havia elaborado outros livros além de Origin of Species que foram também publicados. Esses outros trabalhos não tiveram tanta publicidade quanto o livro Origin, mas se tornaram importantes na divulgação do darwinismo.


Ao final de sua história, Darwin morreu em 19 de abril de 1882, às quatro horas da tarde.A pedidos de amigos foi sepultado próximo a Charles Lyell e Isaac Newton. Deixou sua esposa Emma Wedgwood e mais sete filhos.

CAPÍTULO 02


Os biólogos evolutivos se encarregaram de externar os processos que pudessem comprovar como as espécies evoluíram através de diversas formas como variabilidade gênica, especiação, seleção natural, mutações, entre muitos outros mecanismos propostos em defesa da evolução biológica. Sugere-se que as espécies evoluíram através de longos períodos partindo de um organismo rudimentar que supostamente evoluiu através dos muitos mecanismos. Essa primeira forma ancestral seria então responsável pela evolução de todas as espécies existentes hoje.


A comunidade Neodarwinista, no decorrer de muitos anos, veio a desenvolver uma série de mecanismos como apoio da evolução biológica. Em cada situação mais adversa uma nova proposta era idealizada para solucionar os aparentes problemas que surgiam. Um exemplo disso foi os problemas relacionados com a seleção natural que careciam de um aporte para explicar sua funcionalidade, e o meio encontrado foi as mutações randômicas. Com o advento do Darwinismo por volta da década de 1940 esses mecanismos em maioria surgiram como um esperançoso "Oásis no deserto" que poderia aliviar as objeções encontradas dentro
25 Falhas de uma Teoria
Processos Evolutivos 26 da teoria de evolução.
Um aspecto importante é discutir os mecanismos estabelecidos pelo Neodarwinismo para a explicação da evolução no decorrer do tempo. Os aspectos mais básicos devem ser avaliados, para se descobrir as possibilidades desses mecanismos gerarem suporte para a possível ocorrência de uma evolução biológica. Alguns mecanismos merecem ser tratados à parte, por isso, a título de exemplo, as mutações genéticas terão um capítulo em separado para se considerar minuciosamente esse mecanismo tão citado como forte evidência de evolução.
Muitas pesquisas foram realizadas para se descobrir as supostas causas para a evolução biológica, e os biólogos se empenham em seus estudos para descobrir essas evidências. Uma pesquisa da história da evolução busca descobrir as fases pelas quais ocorreram os supostos processos evolutivos, enquanto uma pesquisa diferente com mais embasamento técnico tenta buscar evidências empíricas sobre tais mecanismos.Evidentemente, a maioria das hipóteses sobre evolução não se baseiam em dados empíricos, mas sim em uma interpretação ideológica das evidências disponíveis. Embora os cientistas aleguem que a evolução seja um fato estabelecido, muita discussão acerca disso continua. Richard Dawkins é um dos pesquisadores que afirmam ser a evolução um "fato" e questiona com certo fervor a credibilidade daqueles que a rejeitam como "fato".


Muitos outros apresentam um mesmo dogmatismo em defender zelosamente as propostas Neodarwinistas e se empenham em "extirpar" qualquer argumento que venha em oposição aos conceitos de evolução biológica. Mas, é de fundamental importância que todos, especialmente da comunidade científica, deixem de lado qualquer preconceito, permitindo que os questionamentos sejam feitos e busquem as respostas para tais objeções como deve ser próprio daqueles que praticam a verdadeira ciência.


Não seria conveniente recorrer a argumentos filosóficos como muitas vezes acontece e com isso dizer que "os obstáculos são facilmente rechaçados".


O crivo científico exige que as discussões ocorram no terreno da ciência com embasamento empírico que possam corroborar qualquer afirmação mesmo que seja exótica ou mais fervorosa. Não se adéquam ao modelo científico os discursos vazios e frágeis sem uma argumentação forte e convincente, como deveria ser peculiar de um cientista.


Os mecanismos propostos são, na realidade, em maioria todos questionáveis e, por isso, existem grandes discussões mesmo dentro da comunidade científica. Não são apenas os religiosos que lançam suas dúvidas a respeito da teoria. Então devemos considerar os principais mecanismos e colocar à prova as suas evidências. Precisamos passar em revista num ângulo mais crítico a real credibilidade dos mecanismos propostos da evolução biológica.


Seleção Natural


A principal ideia defendida por Darwin foi a seleção natural da qual ele acreditava que seria esse o mecanismo para favorecer os organismos melhores adaptados ao meio ambiente e as formas menos adaptadas seriam extintas. Esse processo proposto por Darwin seria o responsável pela origem de todas as espécies.


Dawkins alegou em seu livro O Relojoeiro cego que a seleção natural é um processo cego e inconsciente, mas com consequências semelhantes a um tipo de inteligência que seria a explicação plausível para todas as formas de seres vivos existentes. A evolução, segundo ele, atua sem objetivos em longo prazo e sem nenhuma perfeição final que sirva de critério seletivo. A seleção cumulativa atuaria como um "relojoeiro cego" que refinou e construiu os organismos existentes. Darwin hipoteticamente havia proposto o princípio de variação como um mecanismo responsável pela origem das espécies. A teoria de seleção natural se tornou então a base para a interpretação da evolução biológica.


De acordo com Darwin a seleção natural agiria pela preservação e acúmulo de pequenas modificações benéficas ao organismo preservado. Ele definiu sua teoria como "a preservação das variações favoráveis e eliminação das variações nocivas que dou o nome de seleção natural."Ele alegou em primeira mão que a seleção natural teria poder para transformar as espécies, e então sugeriu que o mecanismo de modificação se baseava na seleção natural. Segundo Darwin, a seleção agiria "através da preservação e acumulação de modificações hereditárias infinitesimalmente pequenas, desde que úteis ao ser modificado."


Evidentemente, essas "modificações hereditárias" seriam então responsáveis pela especiação. Ele, através de sua proposta, questionava o conceito vigente sobre a imutabilidade das espécies, e propôs que as espécies eram mutáveis e poderiam ser transformadas em novas espécies. Ele acreditava que o mecanismo que respondia pela diversidade das espécies era a seleção natural.


As espécies modificadas tenderiam a sobrevivência e os mais aptos de uma espécie propagariam sua descendência, ao passo que os menos aptos tenderiam a serem extintos. Teoríza-se que ao longo do tempo as novas características dentro das gerações poderiam produzir as novas mudanças de uma espécie. Os pesquisadores advogam que a seleção natural é um mecanismo que poderia levar uma espécie a uma grande transformação evolutiva, enquanto em outros casos estabiliza outras espécies durante o tempo, e traria um aperfeiçoamento biológico às espécies em evolução.



A seleção natural é defendida como o principal meio de evolução.Mas, as propostas de Darwin eram questionáveis, pois o fato de uma espécie ser preservada ou sobreviver como mais apta, não esclarecia em via de regra como a própria espécie teria surgido?



Darwin ao não encontrar o mecanismo que pudesse realmente produzir novas espécies, apelava para a analogia sobre os criadores de animais que realizavam a seleção artificial para produzirem animais e plantas melhorados. Estephan Gould defendia que Darwin tinha motivos válidos para fazer essa analogia.




Dawkins alega que a seleção natural age de forma semelhante à seleção artificial, mas sem a participação do selecionador humano. Diferente dos seres humanos quem faria as escolhas, segundo Dawkins seria a natureza que iria "decidir".


Mesmo assim, havia um problema nessa comparação, visto que os criadores empregavam técnicas controladas e dirigidas para o melhoramento dessas espécies. Ainda assim, aqueles criadores tinham os limites seletivos definidos ou não ultrapassados pela seleção artificial, e o mesmo acontece com a seleção natural que não pode ultrapassar os limites extremos de uma espécie, mesmo com concessão de longo tempo.


Os limites das espécies já estão determinados em sua carga genética e, por isso, o mecanismo de seleção natural não consegue quebrar esse limite ou ultrapassá-lo. Falta sustentação para a hipótese de que órgãos especializados e inteiramente novos possam ser produto de seleção natural e mutações através de longas eras.


Darwin havia observado apenas uma variação das espécies, e ele imaginava que essa variação pudesse ser ilimitada com capacidade criadora de gerar novas espécies. No entanto, as espécies são estáveis e tem limites de variabilidade gênica. Todos os detalhes de um organismo já se encontram estabelecidos e serão transmitidos para os descendentes de uma espécie que será fiel ao tipo progenitor.

Sendo assim, o mecanismo de seleção natural não pode explicar como novas estruturas biológicas e novas espécies poderiam surgir através da variação das espécies e "sobrevivência dos mais aptos". A seleção natural poderia preservar em uma espécie um indivíduo mais "apto", e eliminar o mais frágil. No entanto, tal espécie continuará sendo da mesma sorte, ou não irá se transformar em outra inteiramente nova como prega o Neodarwinismo.


Embora Darwin houvesse encontrado na seleção natural sua mais importante contribuição para a teoria de evolução, ele apenas derivou de sua proposta uma porta de saída para esclarecer como as espécies poderiam supostamente ter evoluído através de espécies ancestrais.


Mas, de qualquer forma a seleção natural não produz algo novo, mas apena preserva ou destrói, e não revela como um organismo "mais apto" poderia ter evoluído?


ATENÇÃO !!! ISTO É FATO:

"Não existem evidências científicas cabais e experimentais comprovadas de que a seleção natural possa gerar novos órgãos e novas espécies."


A suposta "consequência seletiva" não teria sentido se a seleção natural age em detrimento de caracteres desnecessários e indesejáveis. Então, um suposto órgão incipiente enfrentaria sérios obstáculos para sobreviver com a atuação da seleção natural.Além disso, os experimentos e pesquisas durante muitos anos demonstraram que a capacidade seletiva apenas produz uma variação que fica dentro dos limites de uma espécie, e nunca se demonstrou um processo ou mecanismo que pudesse extrapolar os limites da espécie.


A seleção natural não traz evidências de evolução por lentas e imperceptíveis mudanças, devido à carência de provas técnicas que sustentem essa hipótese.

A seleção pode atuar como um meio conservador para eliminar características indesejáveis que apareçam no organismo. Isso tende a manter o equilíbrio e conservar as espécies, mas ela não produz órgãos inteiramente novos, quanto menos novas espécies. A seleção natural não produz uma evolução ascendente para o nível entre espécie.


Novas definições de seleção foram então abordadas pelo Neodarwinismo a fim de complementar e fornecer subsídios em apoio da seleção natural.Cita-se a seleção transformadora como responsável pelas alterações das características de uma espécie dentro de determinadas condições ambientais. Também a seleção estabilizadora é citada como responsável pela manutenção de certa característica de uma espécie, onde a seleção estabilizadora eliminaria qualquer ameaça que tentasse modificar tal característica. Mesmo outras definições foram sugeridas, como seleção balanceadora, seleção direcional, seleção disruptiva, dentre outras.Mas, mesmo com essas variações das definições a seleção natural não conseguiu fugir das dificuldades impostas a ela.


A proposta inicial de Darwin sobre seleção foi questionada quando se descobriu que a seleção natural por si não poderia realizar as mudanças evolutivas requeridas para efetuar uma macroevolução. Este foi um fator desafiante que levou especialista a evocar "uma nova força" para as mudanças evolutivas através da seleção.


Com as descobertas mendelianas sobre a hereditariedade, teorizou-se que os mecanismos evolutivos necessitariam de mutações randômicas para serem explicados. As mutações são consideradas como a fonte de variação e diversidade das espécies.A saída mais conveniente foi agregar agora as mutações como a base de atuação da seleção natural. Mas, como veremos adiante, as mutações também se tornaram um fracasso na defesa da teoria de evolução.



Melanismo Industrial

Existe com frequência a referência às mariposas pontilhadas que, no século passado, eram encontradas nos arredores de Londres, Inglaterra. Esse é o exemplo mais clássico citado na literatura sobre a atuação da seleção natural e melanismo industrial.Esse mecanismo ainda é citado em muitos livros como prova de evolução e especiação.


O Neodarwinismo afirma que o modelo de melanismo industrial corrobora um exemplo de evolução biológica. Alegam que as mudanças na frequência gênica das mariposas sofreram variações devido às mudanças ambientais com o efeito da indústria. Defendem que isso seria uma boa evidência de evolução através da atuação da seleção natural. Muitos ainda questionam que os oponentes do Darwinismo também nesse caso clássico têm um entendimento incorreto sobre o melanismo industrial.


O autor Anthony Barnett alegou que:

Já tem sido possível observar modificações evolutivas em plena realização. Por exemplo, o caso de certas espécies de mariposas, cujas variedades claras foram substituídas por outras escuras em zonas industriais recobertas de fuligem.
Muito crédito se atribuiu a um caso específico muito frágil como comprovação de evolução. Mas, obviamente esse exemplo clássico não evidencia uma evolução biológica na direção de uma origem de espécies totalmente diferentes, mas apenas a ação de seleção natural entre essas mariposas. Certo tipo de população dessas mariposas era formado por mariposas de asas claras em maioria, mas também havia algumas com asas escuras. O tipo mais claro de mariposas era protegido de aves predadoras, por assemelhar-se a cor clara dos troncos das árvores.


Dessa maneira as mariposas de cor clara que eram predominantes começaram a ser capturadas pelas aves predadoras e a forma escura das mariposas passou a ser dominante, visto serem elas agora beneficiadas pela coloração escura dos troncos que se combinava com a cor escura das mariposas. O episódio das mariposas é citado como evidência de seleção e adaptação ao meio dando apoio à teoria da evolução. Porém, notou-se que as mariposas claras voltaram a aumentar mesmo ainda com os troncos mais escuros das árvores, em detrimento à ideia de que as formas de mariposas escolhiam os lugares que se adequavam com a sua cor.



Mesmo com a hipótese de mutações em favor das mariposas que se tornaram mais escuras (melânicas) isso é pouco relevante para a teoria da evolução, visto que as formas claras de mariposas também possuem melanina, que são responsáveis pela coloração escura das asas das mariposas.


A seleção natural não produziu nenhuma nova espécie ou novas características nas mariposas, pois as duas variações de mariposas já estavam presentes. Apenas houve uma variação dentro da espécie de mariposas. A seleção natural atuou de fato no caso das mariposas, mas sem qualquer significação para a teoria de evolução como é defendida pelo Neodarwinismo. Não se observou, neste caso específico, a evolução biológica em ação, visto que todos os tipos variáveis de mariposas como as escuras e claras continuaram a ser da mesma sorte, ou não se transformaram em uma nova espécie.




Conclusão:
As evidências em favor da Criação são maciças e como tal, quem se opõem à mesma, fá-lo por motivos alheios à ciência empírica. Apenas um forte compromisso religioso com o naturalismo e com a militância ateísta podem explicar a fé na teoria da evolução. No entanto, o Criador diz que aqueles que negam as evidências em favor do design estão inexcusáveis.Em Romanos 1,20 percebemos que não há desculpas racionais para se recusar a acreditar na existência de Deus, mas apenas puro orgulho e revanchismo barato.



Portanto,se você pertence ao grupo de pessoas que postula uma causa não inteligente para as formas de vida, fica sabendo que a única pessoa que consegues enganar é a si mesmo.


Os evolucionistas não conseguem identificar os ancestrais (construir linhagens) mas os dados atuais científicos e observáveis encaixam-se perfeitamente com o modelo criacionista visto que este propõe que os tipos básicos de vida foram criados totalmente formados e sem qualquer tipo de transição evolutiva.




*César Araujo é mineiro nato da cidade de Set Lagoas, próxima à capital mineira. Cursou Biotecnologia no Diretriz BH, e atualmente é graduando em Ciências Biológicas pela UNOPAR.

A Igreja não pode ser pautada pelos que a Ela se opõem

Pediram-me um comentário a respeito da notícia de que o Papa Francisco estaria "sinalizando" a nomeação de mulheres para cargos importantes na cúria. Vejam, o que realmente importa nesta pergunta – assim interpreto eu os sentimentos dos que se sentem angustiados com este tipo de notícias – não é o que ela denota objetivamente. A rigor e analisada em si mesma, essa notícia (1) não possui substância alguma e, (2) ainda que possuísse, seria algo de extremamente banal e corriqueiro.

Por que digo que a notícia não possui substância? Porque ela faz todo um escarcéu em cima de uma frase solta numa entrevista à qual provavelmente nem o próprio Papa Francisco deu a importância que os microscópios da mídia artificialmente lhe conferem. Existe uma mulher concreta cujo nome está sendo cogitado pelo Papa? Não. Existe um cargo concreto que o Papa pretende conceder a uma mulher? Não. Existe um prazo definido dentro do qual passará a haver mulheres – ou pelo menos uma mulher – nomeada para os dicastérios romanos? Não. Existe ao menos a certeza de que o Papa vai realmente fazer isso? Também não. Não há absolutamente nada, portanto, exceto o Papa dizendo em uma conversa privada com outro padre que "deve" nomear uma mulher «porque [elas] são mais inteligentes que os homens». Por que não apareceu ninguém, aliás, para criticar a novidade doutrinária de que as mulheres possuem uma inteligência metafisicamente superior à dos homens?

"Porque isso é besteira", alguém haverá de dizer, "mas o empoderamento das mulheres em uma instituição tradicionalmente conduzida por homens tem um importante valor simbólico para a luta dos movimentos feministas". E este é o ponto relevante aqui.

Os que se preocupam com esta notícia estão, na verdade, preocupados não com ela, mas sim com o "valor simbólico" do (possível) gesto. Mais ainda: estão, na verdade, preocupados com a instrumentalização, por parte de grupos revolucionários tradicionalmente avessos à Igreja, do (possível) gesto, conferindo-lhe um valor simbólico que ele absolutamente não possui e utilizando-o para justificar um sem-número de barbaridades (ordenação feminina e abolição das diferenças entre os sexos, p.ex.) que ele absolutamente não justifica. O problema, portanto, não está com o Papa, o problema não está nas mulheres trabalhando ou deixando de trabalhar nos órgãos da Santa Sé: o problema está naquelas pessoas que não estão nem um pouco preocupadas com a Doutrina Católica, mas são ávidas em pinçar palavras, atitudes e gestos do Romano Pontífice para dar (aparência de) força à sua concepção de mundo particular. O problema, em suma, não é o Papa nomear mulheres para cargos importantes na cúria. O problema é as pessoas usarem indevidamente uma coisa banal e corriqueira dessas em benefício de sua própria agenda ideológica.

E por que digo que é uma coisa banal e corriqueira? Por diversas razões. Primeiro, porque o trabalho administrativo nos órgãos da cúria não tem nada a ver, nem remotamente, com nada da doutrina (ou mesmo da disciplina) da Igreja Católica. Segundo, porque as mulheres ocupam desde sempre um lugar de especialíssima proeminência dentro do universo doutrinário católico – basta pensar na Santíssima Virgem Maria, referência de todo fiel, do menor dos leigos aos Papas. Terceiro, porque historicamente já foram concedidas a mulheres posições de poder totalmente inimagináveis mesmo pelo mundo laico contemporâneo. Quarto, porque já existem mulheres trabalhando nos dicastérios romanos, é óbvio, sempre devem ter existido: se elas não ocupam os cargos mais altos – de prefeitos, secretários etc. – é por razões de ordem sacramental e não sexista: a reserva é aos sacerdotes em preferência aos leigos, e não aos homens em preferência às mulheres. Quinto, porque isso é uma mera convenção em si indiferente que poderia ser de um sem-número de outras maneiras.

O problema, em suma, é a tentativa de enquadrar a Igreja – ou, melhor dizendo, aspectos desconexos da Igreja – em uma clave que A deforma e termina por A retratar de uma maneira totalmente infiel à realidade. Há uma quantidade potencialmente infinita desse expediente pouco criterioso: se um Papa não permite a ordenação de mulheres então é um misógino, se cogita dar algumas responsabilidades a uma mulher então é porque é um feminista revolucionário, se é contra a camisinha favorece a AIDS, se diz que o uso de preservativos por parte de um prostituto é o menor dos problemas morais nesta situação envolvidos então é um libertino querendo entronizar a revolução sexual na Igreja, se celebra versus populum é um modernista, se celebra versus Deum é um tridentino retrógrado, se condena o comunismo é um porco capitalista, se protesta contra as injustiças sociais é porque é um agente da KGB infiltrado.

Isso acontece, isso é feito o tempo inteiro pelos inimigos da Igreja e pior: isso tem dado certo. Há hoje muitas e muitas pessoas que odeiam a Igreja por Ela ser misógina, por ser esquerdista, por ser antiquada em excesso, por ser modernosa demais, por ser muito rígida, por ser muito lassa, por oprimir os ricos, por desprezar os pobres, por tudo: e só uma minoria ínfima odeia a Igreja por Ela ser o que Ela de fato é. Fulton Sheen dixit. E ele estava certíssimo. As pessoas via de regra não são contra a Igreja Católica. São contra a imagem desfigurada que elas têm da Igreja Católica.

O texto já vai longo, e arremato: a solução desse problema não passa por se abster de fazer as coisas em atenção às leituras distorcidas que pessoas ignorantes ou mal-intencionadas farão dessas coisas feitas. Isso é um erro monumental e absolutamente injustificável. Ninguém pode deixar de venerar a Santíssima Virgem para não ser acusado de idolatria, ninguém pode deixar de celebrar a Santa Missa com decoro e diligência para evitar ser olhado como a um fariseu. E, pela mesmíssima razão, para não ser confundido com um TL não é legítimo a ninguém esquecer que negar ao trabalhador o salário justo é um pecado que clama aos Céus vingança. Pela mesmíssima razão, ninguém pode determinar o que vai fazer ou deixar de fazer em função das reações do movimento feminista a esta ação ou omissão.

Se a Igreja tem que preservar a Sua independência, Ela a precisa preservar também (e talvez até principalmente) contra esses reducionismos maniqueístas tão em moda hoje em dia. A Igreja não pode ser pautada pelos que a Ela se opõem, isso é bastante evidente. Mas não é tão evidente assim que há formas mais sutis de pautar o comportamento de outrem, e também contra estas é preciso se precaver. A Igreja não pode ser coagida pelos "católicos" de esquerda a sancionar as teses já condenadas da teologia da libertação, é óbvio. Mas Ela também não pode negar que a pobreza evangélica seja um valor – ou que existam deveres de caridade para com os pobres que são mandatórios para todo cristão, por exemplo. É preciso combater o lobby modernista que é feito diuturnamente contra Igreja. Mas é igualmente preciso perceber que evitar fazer coisas em si legítimas para não ser visto como modernista é também uma forma de se ser influenciado. E a liberdade de anunciar o Evangelho não pode conhecer esses limites. Os inimigos da Igreja não podem ditar o que Ela pode fazer, é claro. Mas também não podem determinar – nem mesmo indiretamente – o que Ela não deve fazer.


// Deus lo vult!

Arquidiocese do Rio faz o lógico, e veda uso da imagem do Cristo Redentor em cenas de filme ofensivo

Nota oficial da Arquidiocese do Rio em resposta a matéria do Jornal O Globo  / Arqrio

A liberdade de expressão não é um direito absoluto. Por isso, existem vários crimes que protegem a pessoa ou grupos de ofensas causadas sob a falsa alegação de liberdade. Além dos crimes contra a honra (calúnia, difamação, injúria), também existem os crimes contra o sentimento religioso. Veja a parte final do art. 208 do Código Penal: "Art. 208. (...)  vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso, Pena – detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa".


Por isso, a Arquidiocese do Rio, detentora dos direitos de imagem sobre o Cristo Redentor (que é a imagem que se encontra em cima de um templo católico, fez valer seu direito, protegendo os meus sentimentos como católico e meus direitos como cidadão.


Eis a nota da Arquidiocese.


Arquidiocese do Rio de Janeiro, em razão da entrevista publicada no dia 8 de julho, no Segundo Caderno do Jornal O Globo, denominada "O veto é censura, representa um enorme retrocesso", esclarece o seguinte:

1 – A utilização da imagem do Cristo Redentor deve ser autorizada pela Arquidiocese do Rio de Janeiro, detentora dos direitos patrimoniais de autor sobre o Monumento que não só é um símbolo da Cidade do Rio e do Brasil, mas é um Santuário que comporta dentro da Imagem uma capela.

2 – Consultada acerca da possibilidade de uso da imagem do Monumento ao Cristo Redentor no filme "Inútil Paisagem", a Arquidiocese do Rio de Janeiro comunicou à Produtora ter constatado que as cenas produzidas, acaso exibidas ao público, atentariam contra a Fé Católica, caracterizando inclusive o crime de vilipêndio, razão pela qual recomendou fortemente a exclusão da cena que considerou atentatória;

3. Na entrevista publicada pelo referido jornal a Instituição é atacada por artistas que claramente desconhecem as razões explicitadas pela Arquidiocese e desconsideram que atuação da Instituição visa unicamente evitar dano e ofensa ao sentimento religioso de milhares de fiéis.

Por fim, a Arquidiocese ressalta que a decisão de não autorizar a veiculação das imagens não é uma forma de cerceamento à liberdade de expressão, mas sim, meio hábil de garantia da preservação de imagem religiosa e da fé.

Corte americana decide violar o segredo da confissão

// CathApol



Bill Donohue, da Liga Católica comenta sobre a decisão pronunciada pelo Supremo Tribunal de Louisiana:

Uma menina de quatorze anos de idade alega que, em 2008,  disse ao pároco que estava sendo abusada por um membro leigo já falecido de sua paróquia. A menina afirma que as revelações foram feitas durante o Sacramento da Confissão. Agora, os pais estão processando o sacerdote e a Diocese de Baton Rouge, por deixar de relatar o suposto abuso. O Supremo Tribunal do Estado decidiu que o sacerdote, o padre Jeff Bayhi, pode ser obrigado a depor sobre se as confissões ocorreram e, em caso afirmativo, qual o conteúdo de tais confissões.

A confissão é um dos ritos mais sagrados da Igreja. O Sacramento é baseado na crença de que o sigilo do confessionário é absoluto e inviolável. Um sacerdote nunca está autorizado a divulgar o conteúdo de qualquer confissão, ou mesmo autorizado a divulgar que um indivíduo foi buscar o Sacramento. Um padre que viola esse sigilo sofre excomunhão automática da Igreja.

Como resultado, o Pe. Bayhi pode agora ter de escolher entre violar o seu dever sagrado como um sacerdote e ser excomungado da Igreja, ou se recusar a depor e se arriscar a ir para a prisão. A diocese disse que o padre Bayhi não iria depor.

A Primeira Emenda da Constituição dos EUA protege o livre exercício da religião. Assim como o governo não pode obrigar ninguém a seguir uma religião em particular, ele também não pode impedir ninguém de exercer os princípios de sua fé. Ao decidir que o Padre Bayhi deve escolher entre sua fé e sua liberdade, o Supremo Tribunal da Louisiana colocou em perigo a liberdade religiosa de todos os americanos.

A Liga Católica apoia o padre Bayhi e a Diocese de Baton Rouge em sua busca por uma reversão desta decisão, e um reconhecimento de que o clero não pode ser forçado a violar a sua fé.
O Blog CathApol é um portal para os fóruns hospedados por ACTS Americana Católica Truth Society.


Traduzido pelo Google Tradutor

A inutilidade da dona de casa




Dia desses estava assistindo a um programa de televisão cujo apresentador é um homem culto, mega empresário e bem sucedido profissionalmente. O assunto do programa girava em torno dos vários temas polêmicos que já havia sido apresentado.

Um dos temas falava sobre as donas de casa. Eis, então, a pérola do tal apresentador: "eu respeito muito a mulher que, mesmo fazendo faculdade, decide ficar em casa e cuidar dos filhos. Entretanto acho legal quando ela não pára com os estudos, mas continua se aprimorando. Essa, sim, merece meu respeito, porque não ficou em casa sendo inútil como dona de casa, mas continuou a se valorizar".

Não é difícil perceber nesta fala o preconceito do respectivo apresentador com as donas de casa. Na verdade, ele não respeita a mulher que decidiu ficar em casa por conta dos filhos, marido e casa, mas aquela que achou "cult" optar por isso.

O que seria "cult" neste assunto? Explico. Nossa sociedade é permeada pelo pensamento feminista de que a mulher não pode ficar em casa, pois perde tempo na vida e se rebaixa ao homem. Sendo assim, tentou equiparar homens e mulheres num mesmo patamar. Não deu certo. Então, resolveram dar à mulher a opção de trabalhar fora, ser o arrimo da família, enquanto o homem cuida dos filhos e da casa. Também não deu assim tão certo. Então, essa feminista encontrou um jeito de ficar em casa, mas não parecer "empregada" do lar (visão torta sobre os cuidados do lar, diga-se!). Ela cuida dos filhos, mas não deixa de estudar.

Ora, que a mulher pode fazer isso, não há problema algum. A única razão para repensar sobre isso é se esta mesma mulher entende que ser irrealizada é ser "apenas" mãe e esposa, dona de casa.

Nossa sociedade precisa, urgentemente, rever seus conceitos sobre este assunto. Já é passada a hora de compreender que a dona de casa é a base de uma família. Que por trás de um grande profissional há aquela dona de casa que cuidou dos filhos, da educação, da família. Que cuidar da casa e dos filhos não é nada inferior, mas importante e necessário. Que é chegada a hora de repensarmos se devemos mesmo delegar a outra mulher a chefia e o cuidado da nossa casa e família, pagando-lhe um salário mensal. Que hoje a sociedade precisa de mulheres que não enxerguem o serviço do lar como algo "cult", mas fundamental para uma família feliz.
Enquanto isso não ocorre, continuaremos a ver homens e mulheres que enxergam na dona de casa uma inútil que, a bem da verdade, inútil e inapropriado é este pensamento.

Evelyn Mayer, casada, mãe, professora de Língua Portuguesa e palestrante de recursos humanos em indústrias.

// Fertilidade Inteligente

Depois de perder a Copa


Perder é ruim. Perder de goleada é pior. Sofrer a maior derrota de nossa história nos deixa sem palavras. Dói, incomoda, chateia, dá raiva, frustra. Um misto de sentimentos que é difícil traduzir...

Ainda durante o jogo já começaram as análises dos entendidos. Algumas interessantes, outras nem tanto. A imagem que transparece é que todo mundo agora diz "eu avisei". Todo mundo sabia que ia dar errado e que era impossível dar certo. Cabe não esquecer, no entanto, que a certeza de agora, até pouquíssimo tempo atrás era apenas talvez. Talvez um talvez provável, mas ainda assim um talvez. E o talvez sempre traz espaço para a esperança...

A esperança é simplesmente o gosto de um bom futuro. O futuro que acreditamos que estamos destinados. E que às vezes não vem. E quando não vem sentimos vergonha. Hoje a vergonha é multiplicada porque foi em casa. Parece que a visita quebrou o decoro e chamou para si um lugar que julgávamos nosso.

E agora?

Agora vamos reclamar, chiar, xingar. Reclamar muito da derrota da seleção. E vamos reclamar tanto porque sentimos a derrota como nossa. Nós tomamos de 7 a 1. Nós. É claro que se racionalizarmos não foi bem assim. Nós não jogamos, não recebemos o salário dos jogadores. Mas mesmo racionalizando, a sensação incômoda fica lá. E fica lá porque, embora "racionalmente" nós não sejamos a seleção, ela funciona como um símbolo que nos congrega. Um símbolo nos quais o clubismo se dissolve. Um lugar em que nos encontramos. Por mais que falemos mal deles, tais símbolos existem... E nós precisamos deles para sermos um povo.

Claro que há a "solução" de transformar o nós em eles. E lembrar agora de tudo o que nos separa da seleção. Fazer isso é natural, mas um pouco injusto. Afinal se o resultado tivesse sido uma vitória, continuaríamos dizendo "nós".

Então tá tudo bem?

Claro que não. Tem muita coisa ruim. Ruim com o futebol. Ruim fora do futebol. Ruim com a CBF. Ruim com o país. Só que perceber esse ruim como nosso e não como deles nos dá certo poder... Não, não vamos mudar os rumos da seleção ou recriar o país do dia para a noite. Mas assumir-se como parte do problema, nos oferece um pequeno espaço de manobra. Afinal, dá para começar alguma coisa em nós.

Nessas horas, lembro do inglês Chesterton. Vou deixar minhas palavras de lado e utilizar algumas dele. No texto em questão substituirei "Pimlico" por Brasil. Acho que assim me farei compreender.

"Quando eu era menino, havia dois tipos curiosos de homens que corriam de um lado para o outro e que eram conhecidos como o otimista e o pessimista. Eu mesmo empregava, constantemente, tais expressões, mas confesso, sem tristeza, que não tinha a noção exata do que elas significavam. A única coisa que se podia considerar evidente era que tais palavras não podiam ter um significado literal, pois segundo o conceito comum, o otimista julgava esse mundo tão bom quanto podia ser, enquanto o pessimista julgava-o o pior possível. Ora, como ambas as afirmações eram obviamente uma rematada tolice, tornava-se necessário buscar outras explicações. O otimista não podia ser o homem que considerava tudo certo e nada errado. Tal maneira de pensar não tem sentido algum: seria o mesmo que chamar a tudo de direito e nada de esquerdo. No final, cheguei à conclusão de que o otimista considerava tudo bem exceto o pessimista, e o pessimista considerava tudo mau, exceto a si mesmo.

Vamos supor que tenhamos de nos confrontar com algo desesperador como, por exemplo, o Brasil. Se pensarmos no que, realmente, será melhor para o Brasil, verificaremos que nossos pensamentos nos conduzem ao místico e ao arbitrário. Não é suficiente que um homem não goste do Brasil, pois, neste caso, limitar-se-á a cortar o pescoço ou a mudar-se para outro lugar. Com certeza, também não é suficiente que um homem goste do Brasil, pois em tal caso ele continuaria a ser o que é, e isso seria terrível. A única solução seria alguém que amasse o Brasil, mas que o amasse com um apego transcendental e sem qualquer razão terrena. Se aparece um homem que amasse o Brasil, nesse local erguer-se-iam torres de marfim e pináculos dourados. O Brasil enfeitar-se-ia como uma mulher quando é amada, pois a decoração não se destina a esconder coisas feias, mas a ornamentar o que já é adorável. Se os homens amassem o Brasil como as mães amam os filhos, incondicionalmente, porque são seus, o Brasil, dentro de um ano ou dois, seria mais belo do que Florença. Alguns leitores dirão que isso não passa de mera fantasia, mas eu lhes respondo que é a verdadeira história da Humanidade. Na verdade, foi assim que as cidades tornaram-se grandes. Os homens não amaram Roma porque ela era grande; Roma foi grande porque os homens a amaram."

Agora a vida continua. A seleção brasileira perdeu, mas o Brasil continua (e a seleção também!). Estávamos em festa. Agora estamos em luto. Logo, logo voltamos ao cotidiano. É nele que nosso amor, nosso gosto, nosso desgosto ou nossa indiferença se concretizam de verdade. E aí que os status quo é mantido ou que grandeza é construída.

Agora é bola para frente! No futebol, na política, na economia... E também no chão a chão do dia a dia. Nas micro relações. Após o desastre, vem a tristeza, vem a raiva. Delas podem nascer um de dois filhos. O desespero ou a esperança. A esperança, quando amadurecida, sabe que não é realizada apenas por nobres sentimentos. É necessária a ação. Quando isso ocorre, a esperança não decepciona. E não faz isso porque, mesmo quando não se realiza, ela ainda assim nos transforma. 

É, sou brasileiro. Hoje, não com tanto orgulho, mas ainda com muito amor.


Obs: No texto do Chesterton, excluí algumas partes para tornar mais diretas aquelas que eu desejava ressaltar. Para quem se interessar tal texto encontra-se no livro Ortodoxia, no capítulo "A Bandeira do Mundo".


Alessandro Garcia
Doutorando em Sociologia - UFRJ / Fundador da Oficina de Valores

// Oficina de Valores

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