Uma questão de identidade |
Cerca de 30 alunos interromperam a reunião com apitos e cartazes com frases como "legalização do aborto", "sou comunista" e "sou gay". A estudante de Direito Isadora Penna, de 21 anos, diz que a ideia é cobrar um posicionamento da reitoria. "O reitor deve se posicionar contra a concepção de universidade que o bispo defende. Essa declaração fere direitos de educação e liberdade, garantidos na Constituição."
Em seu blog, Bergonzini disse que docentes favoráveis a descriminalização de aborto, eutanásia, maconha, "ideologia homossexual" ou "comunistas" deveriam procurar outra instituição - conforme o Estado publicou na terça.
Apesar da polêmica, d. Luiz não está sozinho na PUC. Um grupo de cinco estudantes distribuiu um cartaz intitulado "Por uma PUC Católica". No texto, há a frase: "Nós apoiamos d. Luiz e você?".
Antony Wright, de 26 anos, mestrando de Direito, é um dos estudantes por trás dos cartazes. "Dentro de uma instituição católica, faz sentido defender isso. O professor pode ter a religião que quiser, mas tem de respeitar a posição da Igreja do que é certo ou errado", diz. Wright diz que muitos têm preconceito contra a Igreja, mas que recebeu apoio de 13 alunos por e-mail.
O Estado solicitou, pela segunda vez, entrevista com o reitor Dirceu de Melo. Na segunda, ele não estava na universidade. Ontem, não houve resposta da PUC-SP.
Por Paulo Saldaña para o jornal O Estado de São Paulo.
São Paulo, 16 de março de 2012.
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Artigo de Dom Bergonzini sobre a PUC gera adeptos e opositores
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