As barrigas não se alugam

RR on-line 2012-01-09
Raquel Abecasis
O desenvolvimento do bebé ao longo de nove meses na barriga materna, os pontapés e os incómodos no final do tempo são passos que a natureza criou para ensinarem qualquer mulher a ser mãe.
Nos próximos dias, o Parlamento prepara-se para aprovar uma lei que permite o recurso a barrigas de aluguer em casos de infertilidade. Para lá de outros considerandos relativos a quem pode ou não recorrer a esta possibilidade, importa perceber o que está em causa.
A gravidez é uma parte imprescindível do processo da maternidade, não só física, mas também afectiva e psicológica. O desenvolvimento do bebé ao longo de nove meses na barriga materna, os pontapés e os incómodos no final do tempo são passos que a natureza criou para ensinarem qualquer mulher a ser mãe.
É claro que os avanços da ciência nos dias que correm já permitem o recurso a inúmeras técnicas que, nos últimos tempos, nos chegaram a tentar convencer que até os homens já podem engravidar.
A questão é que nem tudo o que o homem já sabe fazer deve pôr em prática e o caso das barrigas de aluguer é um desses casos. Não por impedimentos científicos, mas por questões éticas e morais, como sejam a de resolver o conflito entre duas mulheres que reclamam a maternidade de uma mesma criança, sendo que uma forneceu o óvulo e outra gerou, ao longo de nove meses na sua barriga, uma vida que, sem isso, não teria condições de sobreviver.


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