A IGREJA, A MULHER – PEDRO EM ROMA

A IGREJA, A MULHER – PEDRO EM ROMA:

A IGREJA, A MULHER –PEDRO EM ROMA


 Alguém já disse que o Divino Mestre não fundou a Igreja, sim Deus, eis que Ela já existia desde o Paraíso, quando afirmou, em Gênesis 3,15: “…porei inimizade entre ti e a tua descendência…”


Ora, sabe-se que neste momento o Criador não instituíra Igreja, mas prometera que enviaria um Salvador capaz de redimir a raça humana, dizendo à serpente (satanás, o tentador): “Porei inimizade entre ti a mulher, entre a tua descendência e a dela; ela te esmagará a cabeça e tu tentarás ferir o seu calcanhar” (Gênesis 3,15).


Prometia enviar uma Mulher que pisaria sobre sua cabeça, enquanto ele tentaria ferir o seu calcanhar. Foi, sim, uma promessa, de Redenção, jamais instituição de Igreja. Interpretando o texto à luz da sabedoria dos grandes teólogos, ela, a Mulher, seria a Igreja, mas também, Maria, a Mulher, a Virgem Mãe de Deus.


(Interessante que essa Mulher tem passagens maravilhosas na Sagrada Escritura, haja vista, nas “Bodas de Caná” (JO 2,4) “Mulher, ainda não é chegada a minha hora”; aos pés da cruz (JO 19, 26s): “Mulher, eis aí teu filho! Filho, eis aí tua mãe”; (Ap 12, 1): “Uma mulher vestida de sol, tendo a lua aos seus pés…” O Apocalipse 12, 13,14 fala da mulher que dera luz a um menino por ele perseguida, mas Deus lhe deu duas asas de grande águia afim de voar para o deserto, lugar seguro).


Não se pode negar, para quem é cristão, que conhece a Sagrada Escritura, que Jesus é o Filho de Deus, o prometido, na Lei e nos Profetas; que veio ao mundo por Maria, por obra do Espírito Santo, a Bem-aventurada, de quem disse Isabel (LC 1,43): “Como tenho a honra de receber em minha casa a Mãe do Meu Senhor? E ao responder, ela apresenta uma bela oração: “A minha alma engrandece o Senho… porque todas as gerações chamar-me-ão Bem-Aventurada…”


A Divindade de Jesus é por Ele mesmo revelada, intitulando-se o Messias (Ungido), o prometido. (MT 16,13-20), MT 11,27, MC 2, 27), e sua intenção de instituir a Igreja fica patente desde quando reuniu os 12, e que ela seria composta de homens bons e maus, tendo-se em vista parábolas como a do “joio e do trigo”, “a pesca de peixes bons e maus”.


Ao instituir sua igreja que iria ao “quatro cantos”, portanto, “católica” (universal), em oposição a “particular”. A fez para que tivesse vida longa, lançando suas linhas estruturais (MC 3, 13-19). Fez de Pedro o chefe visível e porta-voz: “Tu és o Cristo…” (MC 8-29-32); com função especial: “Tu és Pedro… (MT 16, 16-19) a quem os sinóticos sempre o mencionam em primeiro lugar – (LC 6, 12-16). Não raro, dizem os evangelistas: “Pedro e os seus… (LC 9, 32).


Muito oportuno mencionar que Jesus mudou o nome de Simão para Pedro (Rocha), eis que em toda a Sagrada Escritura, a mudança de nome implica na outorga a uma missão, como em GN 7, 5 – Abrão para Abraão – Gênesis 17, 15 de Sarai para Sara. Pode-se dizer mais: de Jacó para Israel.


Ao constituir Pedro (Kepha) o chefe, deu-lhe o poder de legislar, ao dizer: “ligares/desligares”, expressão técnico jurídica, que significa fazer leis.


Não se pode olvidar que a Igreja em toda sua História é o prolongamento a de Jesus: (RM 8, 5-11). Há de se dizer também que o Ministério de Pedro e toda sua Igreja goza da presença do Espírito Santo (JO. 14,16).


Por outro lado, negar a presença de Pedro em Roma é por demais primário. Em suas cartas ele dizia que era a partir da Babilônia que os escrevia. Há que se entender na Metáfora, a Roma “babilônica” eis que a verdadeira já não mais existia.


Quando das escavações no subsolo da Basília de São Pedro, construída no único local impróprio de toda Roma, a exigir pilastras e lages de sustentação, encarecendo a obra, só se justificaria por uma causa: Estava sobre um cemitério, no qual estariam os restos de Pedro. De fato, em 1950, por ordem de Pio XII, os arqueólogos pesquisaram seu subsolo e chegaram ao túmulo onde se lia: “Petrus hic est” (Pedro está aqui), por sinal, sob o altar mor da Basílica, onde está a Cátedra (cadeira, sé) do Papa. (A mim, permitiu Deus conhecer o local)


No mais, existem especulações, pelo fato de que Paulo, em sua epístola aos Romanos não menciona Pedro, o chefe. Entretanto, Pedro diz que Paulo escrevera com grande sabedoria e que sua carta era teológica.



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