REFLETINDO SOBRE O EVANGELHO

REFLETINDO SOBRE O EVANGELHO:

Lucas 2, 16-21






Solenidade Maria, mãe de Deus – Dia Mundial da Paz.

A liturgia de hoje é a mais antiga liturgia mariana: Maria Mãe de Deus. Essa definição de Nossa Senhora enche nossa boca – faz vibrar de alegria o nosso coração. Contudo, para os Judeus e muitos cristãos não católicos, esse título soa mal. Segundo alguns, não passa de ídolo, adorado pelos católicos, à semelhança do bezerro de ouro... Mas é que nós não adoramos Maria. Adoramos nela – isso sim – a vontade do Pai celeste, que a elegeu como Mãe de Jesus, a quem emprestou a sua própria carne.
Sim, Maria é mãe de Deus. Faz mais de mil e quinhentos anos que a Igreja, reunida em Éfeso sob a ação do Espírito Santo, proclama esta verdade, para a alegria do povo cristão. Parece uma verdade difícil de entender, mas, de fato, não é.
Jesus, a segunda pessoa da Santíssima Trindade, é Deus. Encarnando-se no seio de Maria, ele se assemelhou a nós em tudo – menos no pecado – e ganhou um corpo igual ao nosso. A partir daí, ele continuou sendo uma só pessoa, porém com duas naturezas: a natureza divina e a natureza humana, sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Natureza divina e natureza humana uniram-se no seio de Maria uma vez para sempre. E continuam unidas na pessoa de Jesus também no céu, para nunca mais se separarem. Maria, dando à luz o Cristo – Homem, da à luz também o Cristo – Deus, já que o Cristo – Homem e o Cristo – Deus são uma pessoa só. Portanto, dizer que Maria é apenas Mãe do Cristo – Homem é dizer que em Cristo há duas pessoas o que seria uma grande blasfêmia.
O Evangelho desta solenidade é de Lucas (2, 16 –21) Ele nos mostra a alegria e o entusiasmo dos pastores por terem encontrado Maria, José e o recém – nascido: Jesus.
Celebramos também hoje o Dia Mundial pela Paz. Foi criado pelo Papa Paulo VI, em 1968, fundamentado em Efésios ( 2,14 ), que afirma que Cristo é nossa Paz, uma palavra desacreditada e ambígua. É uma palavra desgastada como o amor. Para alguns não significa quase nada. Muitos querem a paz empunhando armas. Contudo ela é uma constante histórica com aspiração máxima da humanidade e, no novo tempo, é a ausência mais sentida na história.
Pe. Raimundo Neto
Pároco de São Vicente de Paulo

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