Jornada Mundial da Juventude tem 4 mil inscritos em um dia


Em um dia de inscrições, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) recebeu cerca de 4.400 interessados em participar do evento que acontece em julho de 2013 no Rio de Janeiro e terá a presença do papa Bento XVI. As reservas já podem ser efetuadas desde terça-feira, 28 de agosto, mas o anúncio do arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, foi feito nesta quarta-feira, o que aumentou o ritmo das inscrições. Os primeiros participantes são jovens de 28 países, divididos em 220 grupos, dos quais 112 são brasileiros. A Igreja espera atrair para o Brasil um total de 2 a 4 milhões de jovens do mundo todo.

logojmj2012Entre os estrangeiros, chineses e árabes já fazem parte da lista, que deve ser composta principalmente por latino-americanos. No primeiro dia, inscreveram-se grupos da Argentina, Equador, Colômbia, Chile, Venezuela, Paraguai e Uruguai. No Continente, somente os argentinos sediaram o encontro, há 25 anos. A JMJ espera receber em seu site a inscrição de 1 milhão de pessoas - e avisa só se responsabilizar pelos grupos que comprarem os pacotes de estadia por meio deste canal oficial. Há 21 modalidades disponíveis, com preços que variam de 106 a 608 reais. Países pobres, principalmente os da África, terão descontos.
Para não concentrar todos os católicos em um só espaço, os jovens serão divididos por idiomas e distribuídos pela cidade durante a semana da JMJ. Haverá 27 palcos para manifestações culturais perto de cada região que abrigará os peregrinos. Até outros municípios, como Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Niterói ajudarão nas acomodações. Integrantes da Igreja fazem vistorias em todas as escolas municipais, estaduais e federais da cidade para verificar a capacidade de alojamento. Outras alternativas de estadia serão casas de famílias, ginásios e igrejas.
O primeiro a se inscrever foi o Papa Bento XVI
O arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, garantiu: "Já vivemos o clima da JMJ". Para ele, a abertura das inscrições de peregrinos representa um "passo importante" para a realização do evento. "A Jornada é um investimento na juventude, construindo valores mais humanos e solidários para fazer a diferença na sociedade", afirmou. "E a Igreja é chamada a estar junto nesta construção".
O coordenador-geral da JMJ Rio2013, monsenhor Joel Amado, classificou a Jornada como um "evento maior do que se pode perceber". Ele explicou: "Há um grau de concentração de pessoas muito grande e vai deixar um conjunto de legados". Estes são, enumerou ele, humano, social e econômico. "O convívio cultural e inter-religioso, a união entre os voluntários são exemplos do legado humano", disse. "O social é um projeto de prevenção e recuperação de dependentes químicos. Economicamente, teremos geração de emprego, aumento na demanda do comércio e serviços da cidade", afirmou.

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Jornada Mundial da Juventude tem 4 mil inscritos em um dia

Sede praticantes da Palavra!

Retomamos, hoje, a leitura e meditação do Evangelho segundo Marcos, que está sendo proclamado nas missas da maior parte dos domingos do Tempo Comum deste Ano Litúrgico e, assim, continuaremos a fazer nos próximos domingos. Somos convidados a refletir sobre como temos escutado e praticado a Palavra de Deus. As leituras meditadas nos convidam a sermos ouvintes e praticantes da Palavra.

O Evangelho nos apresenta os fariseus e mestres da lei questionando Jesus a respeito da observância das leis e costumes pelos seus discípulos. Os fariseus seguiam muitas leis e preceitos, ao todo 613, que o povo tinha dificuldade em conhecer e praticar. Assim fazendo, eles seguiam “preceitos humanos”, a “tradição dos homens”, ao invés do “mandamento de Deus”, segundo constata o próprio Jesus, que os chama de “hipócritas”, por honrarem a Deus com os lábios, enquanto o coração está distante dele. 

Jesus aproveita a ocasião para ensinar a multidão a respeito daquilo que torna impuro o homem, o que sai “de dentro do coração humano” (Mc 7,21). Ao invés de preocupar-se com aparências, como faziam os fariseus, é preciso cuidar do interior, do coração, a fim de agradar a Deus e praticar a sua Palavra a partir de dentro.

O livro do Deuteronômio exorta a “guardar os mandamentos”, a “por em prática” a Palavra de Deus como condição para ter a vida (Dt 4,1). Ao contrário da postura dos fariseus perante a Lei, o Deuteronômio ressalta a necessidade de fidelidade e obediência à Palavra de Deus, sem jamais deturpar o seu sentido, nada acrescentando ou tirando (Dt 4,2). Semelhante mensagem é dirigida aos primeiros cristãos pela Carta de São Tiago que nos exorta: “sede praticantes da palavra e não meros ouvintes”, pois quem se tornasse mero ouvinte, estarei enganando-se a si mesmo. A prática da Palavra ocorre pelo testemunho da caridade para com os pobres e sofredores e pela atitude de “não se deixar contaminar pelo mundo” (Tg 1,27).

O refrão do Salmo 14, hoje rezado, traz uma pergunta fundamental para a vida cristã: “Senhor quem morará em vossa casa e no vosso monte santo habitará?” A resposta encontra-se no próprio Salmo e nas leituras da missa de hoje.

Estamos iniciando o mês especialmente dedicado à Bíblia. Por isso, vamos refletir, de modo especial, sobre como temos escutado, acolhido e praticado a Palavra de Deus. Qual é o tempo que dedicamos à leitura e meditação da Bíblia? Organize melhor o seu tempo de modo a fazer a leitura orante da Bíblia e, assim, por em prática a Palavra de Deus, com especial atenção, neste mês, para continuar a cultivar tal atitude durante todo o ano.


Dom Sergio da Rocha
Arcebispo Metropolitano de Brasília

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Martírio de São João Batista

João, cujo nascimento celebramos a 24 de Junho, deixa o mundo desde sua primeira infância; deixa mesmo a casa paterna que era todavia uma casa de santos e retira-se para o deserto, longe do bulício dos homens, para só conversar com Deus. Tem como veste apenas um rude cilício de pele de camelo, um cinto também tão espantoso sobre os rins; como alimento, gafanhotos e mel silvestre; e na sede, água pura. Exposto às intempéries e não tendo outro retiro que os rochedos, sem recurso, sem servidores, e sem outra manutenção; essa a vida que leva João Batista, desde a infância. Queixamo-nos ainda agora!
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Mas eis aqui uma privação bem mais surpreendente. João Batista tinha sentido sobre a terra o Verbo Encarnado, desde o seio de sua mãe; o pai tinha-lhe predito que ele seria o profeta e devia preparar-lhe o caminho. Entretanto, ele não deixa o deserto para o ir ver entre os homens; ele o conhece tão pouco, que será necessário que o Espírito Santo lhe dê um sinal, para o conhecer, quando chegar o tempo de o manifestar ao mundo. Todavia, ele ocupa-se sem cessar de Jesus, sem cessar ele medita em sua grandeza, sem cessar ele o adora em silêncio, sem cessar o escuta dentro de si. Ele não tem curiosidade de o ver com os olhos do corpo: é que ele sabe que Jesus opera invisivelmente, de longe como de perto. Eis quem deve servir e amar a Jesus, não mais como criança, que é preciso nutrir de leite, de consolações sensíveis, mas como homem feito, que se nutre de alimento sólido, que se nutre de privações e de sofrimentos. Somos assim?
Morrei, delicadeza no beber e no comer, delicadeza nas vestes, delicadeza no dormir; morreu, orgulho humano; morrei, curiosidade, ambição, desejo de aparecer. Se, como João Batista, queremos preparar os caminhos para Jesus, introduzi-los nos nossos corações e nos corações dos outros, como João Batista, morramos a toda vista humana, a todo afeto da carne e do sangue.
Há quinhentos anos não aparecia mais profeta. Mas uma grande novidade se espalha: um profeta veio do deserto e prega nas margens do Jordão. É o filho de Zacarias e de Isabel; seu nome é João; seu nascimento foi maravilhoso; sua vida é ainda mais maravilhosa. Não come, não bebe, por assim dizer; vive de gafanhotos e de mel silvestre. Seu vestuário é um rude cilício com um cinto de couro. Fazei frutos dignos de penitência, diz, porque o reino de Deus está próximo e o Messias vai aparecer. Toda a Judéia, toda Jerusalém para lá acorre e recebe o batismo de penitência, confessando os pecados. Corramos nós também à pregação desse admirável missionário; nós também confessemos os pecados e recebamos o batismo da penitência, para nos prepararmos à vinda de Jesus Cristo, a nossos corações.
Que multidão de pecadores abraça a penitência! João dizia-lhes: Já o machado está posto à raiz das árvores; toda árvore que n]ao der bons frutos será cortada e atirada ao fogo. Que faremos então? Perguntava a multidão do povo. Mestre, que faremos? Perguntavam os publicanos. E nós também, perguntavam os soldados, que faremos? E ele dizia a cada um o que devia fazer, e todos o faziam. Os maiores pecadores, as mulheres de má vida, acreditavam na pregação, convertiam-se e ganhavam o céu. Os fariseus ao contrário, os escribas, aqueles que se consideravam sábios e justos, não acreditavam e não se convertiam.
Temamos que, em nos ocupando de ciência, observando uma regularidade exterior, nos não enchamos de orgulho, como os escribas e os fariseus, e não percamos, como eles, o espírito de penitência e de compunção. Talvez os pecadores do mundo, cujos escândalos deploramos, se convertam e nos precedam no céu, ao passo que, árvores cheias de flores e de folhas, mas sem bons frutos, seremos cortados e atirados ao fogo. Deus nos livre de tal calamidade!
A admiração que se teve pelo santo precursor foi logo tão grande, que o povo tinha o espírito suspenso e todos pensavam se João não seria Cristo. Mas João respondeu a todos: Eu vos batizo na água para a penitência; mas aquele que deve vir depois de mim é mais poderoso que eu e não sou digno de lhes desatar as correias das sandálias (como faria um escravo ao senhor). Não, não sou digno de me prostrar diante dele, para lhe desatar a correia da sandália. Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo. Tem o abano na mão e limpará a eira; ajuntará o trigo no celeiro e queimará a palha num fogo que jamais se extinguirá.
Não somente o povo tinha de João tão alta idéia. A cidade de Jerusalém manda-lhe uma solene delegação de padres e de levitas, para lhe perguntar se era o Messias. Ele respondeu claramente: Não sou Cristo. - Como então? Sois Elias? - Não. - Sois um profeta? - Não. - Que sois, então? Que dizeis de vos mesmo? - Eu sou a voz daquele que clama no deserto: Endireitai os caminhos do Senhor, como disse o profeta Isaías. - Mas, se não sois nem Cristo, nem Elias, nem profeta, porque, então, batizais? - Eu vos batizo, respondeu ele, na água, mas há no meio de vós quem não conheceis; deve vir depois de mim; e não sou digno de lhes desatar os cordões das sandálias. - Esse era João Batista. Quanto mais o elevam, mais ele se abaixa, mais atribui a Jesus somente toda sua glória.
Entretanto, como o Senhor mesmo nos afirma, João era Elias em espírito e em virtude, se não o era em pessoa, era profeta e mais que profeta, porque devia não somente anunciar o Cristo futuro, mas mostrá-lo já vindo, batizá-lo com suas mãos. E com isso se julga indigno de lhes prestar os mais humildes serviços, de desatar-lhe as sandálias. Ó minha alma, ousaremos ainda glorificarmo-nos de alguma coisa? Orgulhamo-nos de vãos louvores que se nos dão, cobiçar os que nos não dão! Quem somos, perto de João Batista?
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No meio dessa multidão de pecadores, que se apresentam a João para receber o batismo de penitência, há um que ele recusa receber e admitir ao mesmo. Quem é? É Jesus, que vem da Galiléia ao Jordão e se apresenta a João para ser batizado. O senhor apresenta-se ao servo, o criador à criatura. Deus ao homem? O Santo dos Santos, confunde-se entre os pecadores, o Juiz entre os culpados. João o tinha reconhecido e adorado desde o seio de sua mãe, reconhece-o de novo e o adora. Eu, diz ele, inclinando-se diante de Jesus, eu é que tenho necessidade de ser por vós batizado; e vós vindes a mim! - Ó bem-aventurado João, obtende-me de Jesus vossa humildade.
Que vais fazer Jesus? Que dirá? Deixai-me agir agora, pois convém que cumpramos toda a justiça. Jesus, tendo tomado sobre si as iniqüidades de todos, era justo, era conveniente que se misturasse aos pecadores. Tendo vindo principalmente para nos curar do orgulho, da vaidade, da rebelião para com Deus, era conveniente que nos desse o exemplo de humildade, de abaixamento. Admiremos essa maravilhosa questão entre o senhor e o servo. Quem se colocará mais abaixo do outro? Ai! Nossas discussões são da mesma natureza? Entre nós não é quem mais se eleva acima do outro? Quão pouco nos assemelhamos a Jesus e a João Batista! Ó Divino Mestre, tende piedade de nós, tende piedade de mim! Dai-nos, dai-me ser doce e humilde de coração, como vós e vosso santo precursor.
A humildade de João era sincera e ele obedeceu à ordem de Jesus. Ambos descem ao Jordão. O rio, que se tinha detido outrora diante da arca da aliança, para deixar passar o povo de Deus, sob o comando de Josué ou Jesus; o Jordão estremece de alegria desconhecida: suas águas rodeiam, com respeito, a carne adorável do Filho de Deus feito homem; correm com pesar; correm, santificadas por aquele contato a santificar todas as águas do universo e comunicar-lhes a virtude de apagar os pecados pelo batismo. Entretanto, o bem-aventurado João põe sobre a cabeça sagrada de Jesus uma mão agitada pelo respeito e pela alegria e batiza seu Senhor e seu Deus; Jesus está imerso nas águas; afoga os pecados do mundo e delas sai para criar um mundo novo, um homem novo.
Ao sair do deserto, aonde tinha ido depois do batismo e triunfado do demônio, Jesus caminhava ao longo do Jordão. João viu-o vir para seu lado e disse: Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que tora os pecados do mundo. Todos os dias, de manhã e de noite, imolava-se no templo um cordeiro e a isso se chamava o sacrifício perpétuo. Como se São João tivesse dito: Não acredites que esse cordeiro, que se oferece dia e noite, seja o verdadeiro cordeiro, a verdadeira vítima de Deus; eis aquele que se pôs, entrando no mundo, no lugar de todas as vítimas; também ele é a vítima pública do gênero humano, e somente pode expirar ou tirar aquele grande pecado que é a fonte de todos os outros e que por isso pode ser chamado de pecado do mundo, isto é, pecado de Adão, que é o pecado de todo o universo.
Esse cordeiro já foi imolado em figura; e pode-se dizer, na verdade, que foi morto e posto à morte desde a origem do mundo. Foi massacrado em Abel, o Justo: quando Abrão quis sacrificar o filho, começou em figura o que devia ser terminado em Jesus Cristo. Vemos também cumprir-se nele o que começaram os irmãos de José, Jesus foi odiado, perseguido até à morte por seus irmãos; foi vendido na pessoa de José, atirado a uma cisterna, isto é, entregue à morte; esteve com Jeremias no lago profundo, com os moços na fornalha ardente, com Daniel na cova dos leões. Era imolado em espírito em todos os sacrifícios. Estaca no sacrifício de Noé, oferecido ao sair da arca, quando viu no céu o arco-íris como sacramento da paz; no que os patriarcas ofereceram nas montanhas , no que Moisés e toda a lei ofereciam no tabernáculo e depois, no templo; e não tendo jamais deixado de ser imolado em figura, vem agora, sê-lo em verdade.
Cada dia, assistimos ao sacrifício adorável onde esse cordeiro de Deus, continua a se imolar pelos pecados do mundo. Cada dia mesmo, podemos aí comer a carne adorável dessa vítima. O padre diz-nos como outrora São João: - Ecce agnus Deu, ecce qui tollit peccata mundi; - eis o cordeiro de Deus, eis aquele que tora os pecados do mundo. Creiamos, adoremos; mas creiamos, adoremos com a fé dos patriarcas e dos profetas, com a fé de São João Batista.
Um dia os discípulos de João lhe vieram dizer: Mestre, aquele que estava convosco além do Jordão e a quem destes testemunho, batiza e todos vão a ele. Julgavam que tendo ele também vindo a João, para ser por este batizado, não se devia abandonar a João por ele. Escutemos a resposta de João: "O homem nada pode receber, se não lhe for dado pelo céu. Vós me prestais testemunho de que eu disse: Aquele de quem é a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo que assiste e escuta é transportado de alegria pela voz do esposo. E por isso minha alegria completa-se. É preciso que ele cresça e que eu diminua". Meditemos bem nestas últimas palavras.
Os discípulos de João viam, com uma espécie de inveja, que o mestre era abandonado para ir a Jesus. Seu mestre, ao contrário, estava no auge da alegria, por isso. Tinha vindo anunciar Filho de Deus feito homem, anunciá-lo como esposo da natureza humana, esposo da Igreja, esposo de nossas almas. Esse divino esposo tinha começado a fazer ouvir sua voz e João com isso ficou fora de si, pela alegria: está no auge de seus desejos. É preciso, diz, que cresça e que eu diminua. Palavras admiráveis! Quem nos dera imitá-lo? Quem nos dera procurar a glória de Jesus, às custas da nossa?

Os discípulos de João ficaram com inveja por causa de seu mestre. Algo de semelhante nos pode acontecer. Pode acontecer que no mesmo bem sejamos invejosos uns dos outros, que vejamos com pesar que outro faça melhor que a nossa. Ah! Meus irmãos ou irmãs, sejamos invejosos pela glória de Jesus, nosso mestre único. Que todos nos abandonem para ir a Jesus; que a glória de Jesus aumente, sem cessar e que a nossa diminua: como São Jão deveremos por isso estar no auge da alegria.
Quando João estava na prisão, soube dos discípulos as obras do Cristo;mandou dois deles dizer-lhe: "Sois vós quem deveis vir, ou devemos esperar outro?" O fim de João era curar os discípulos da má disposição em que estavam, com relação a Jesus e dar-lhe ocasião de reconhecer, por eles mesmos, que era verdadeiramente o Messias, que esperavam, segundo o testemunho que lhes tinha dado. Esses homens foram ter com Jesus e disseram-lhe: "João Batista mandou-nos . dizendo: sois o que deve vir ou devemos esperar outro?" No mesmo instante ele curou vários doentes de suas chagas, bem como libertou alguns possessos do demônio e grande número de pessoas e deu a vista aos cegos. E respondendo disse: "Ide, contai a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e o Evangelho a boa nova, é anunciada aos pobres. E bem-aventurado o que não se escandalizar de mim".
Sua resposta mostrava a realização destas palavras de Isaías: Eis que deve vir Deus mesmo e ele vos salvará. Então serão abertos os olhos dos cegos, os ouvidos dos surdos; então curvar-se-á como um cervo coxo e será livre a língua dos mudos. Jeová enviou-me para pregar o Evangelho aos pobres. Acrescenta uma advertência para eles e para os judeus de não se escandalizarem, se se chocarem nele, pedra angular, fundamento de salvação para uns, mas pedra de escândalo para outros.
Depois que os enviados partiram, Jesus se pôs a falar de João à multidão: "A quem fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Mas a quem fostes ver? Um homem molemente vestido? Eis que os que se cobrem de vestes preciosas e vivem nas delícias estão nos palácios dos reis. Mas a quem fostes ver? Um profeta? Sim, eu vos digo e mais que um profeta. Pois dele está escrito: eis que envio meu anjo, diante de tua face, o qual preparará a estrada por onde deves caminhar. Na verdade, eu vos digo, entre os que nasceram de mulher não há profeta maior do que João Batista; mas aquele que Oe menor no reino de Deus é maior do que ele. Era Jesus mesmo menor que João na idade, mas maior em tudo o mais. Ora, desde o tempo de João Batista até o presente, o reino dos céus sofre violência e os violentos o arrebatam. Pois até Jesus, todos os profetas e a lei profetizaram; mas ele mostrou a realização. E se o quereis ouvir, é ele, Elias, que deve vir. Quem tem ouvidos, para ouvir, ouça.
Herodes, o Tetrarca, tinha mandado prender João e o acorrentar na prisão, por causa de Herodíades, mulher de Filipe, seu irmão, a quem tinha desposado; porque João disse a Herodes: Não vos é permitido ter a mulher de vosso irmão. Herodes queria fazê-lo morrer; mas temia o povo, porque se tinha a João por grande profeta. Entretanto, armava-lhe ciladas e o queria matar, mas não podia, porque Herodes, que temia João, sabendo que era homem justo e santo, fazia-o conservar, agindo mesmo em muitas coisas por seu conselho e escutando-o de boa vontade.
Por fim, chegou um dia favorável: o do nascimento de Herodes, no qual ele deu um banquete aos príncipes, aos tribunos militares e aos principais da Galiléia. A filha de Herodíades dançou diante de Herodes e de tal modo lhe agradou e aos que estavam à mesa, que ele lhe disse: Pede-me o que quiseres, e eu to darei. E jurou: Eu te darei tudo o que me pedires, meso que seja a metade de meu reino. Ela saiu e foi falar com sua mãe. Que pedirei? Sua mãe respondeu-lhe: A cabeça de João Batista.
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Voltando imediatamente com grande ânsia para a sala, onde o rei estava, ela fez-lhe o pedido, dizendo: "Quero que me deis agora mesmo, numa bandeja, a cabeça de João Batista." O rei ficou muito aflito; entretanto, por causa do juramento que tinha feito e daqueles que estavam à mesa, com ele, não aquis contristar, com uma recusa. Assim, tendo chamado um de seus guardas, ordenou-lhe que trouxesse a cabeça de João numa bandeja. E o guarda cortou-lhe a cabeça na prisão e a trouxe numa bandeja; deu-a à moça e a moça a entregou à mãe.
Os Apóstolos viam na sorte de São João um comentário falante do que Jesus lhes acabava de dizer sobre os obstáculos que encontrariam no mundo. João tinha vindo anunciar a paz, reconciliar os pais com os filhos e prepará-los para a vinda de Cristo. O povo crê na sua palavra e o reverencia como a um profeta; mas os fariseus dizem que ele é possesso do demônio. O tetrarca da Galiléia Herodes Antigas, considera-o um justo e um santo, mas tem medo, porque aquele santo repreende-o de seus crimes, em particular de seu incesto. Herodes tinha desposado a filha de Aretas, rei dos árabes, mas tendo visto Herodíades, mulher de seu irmão. Herodes Filipe, concebeu por ela uma paixão criminosa e prometeu-lhes despedir a primeira mulher para desposá-la. A lei de Moisés ordenava ao irmão desposar a viúva do irmão falecido, sem filhos. Mas Herodíades não era viúva, o marido ainda vivia, e tinha, dentre outras, uma filha, Salomé a dançarina. Era então, sob todos os aspectos, um enorme escândalo. Ademais, uma guerra surgiu entre Arestas e Herodes, onde os judeus sofreram sangrenta derrota. João defendia a causa de Deus e a causa da humanidade, quando disse: Não vos é permitido ter a mulher de vosso irmão. O justo é posto na prisão pelo culpado. Herodes teria querido fazê-lo morrer imediatamente: uma coisa, porém, lhe impedia, o temor do povo. Chegou a festa de seu aniversário, dia de regozijo e de graças: estava sentado no banquete, entre prazeres; uma moça, a mesma cuja honra as censuras de João tendiam a vingar, recebeu a promessa de obter tudo o que lhe pedisse. Pedirá talvez a liberdade de João, seu vingador, seu benfeitor. Ela quer sua cabeça, entre outras iguarias da mesa. Ao público, teve-se o cuidado de dizer, como vemos no historiador Josefo, que isso se tinha feito por razões de estado, por medidas de alta política, para a segurança do reino, ao passo que era apenas um assassínio em favor do adultério e do incesto. E eis a história de todas as oposições, que o Evangelho ou a verdade encontram no mundo.
Os discípulos de João, tendo sabido de sua morte, vieram buscar-lhe o corpo e o puseram num túmulo, Depois, foram contar a Jesus o que tinha acontecido.
Fotos: santiebeati.it
(Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XV, p. 324 à 335)

Fonte:
http://www.arautos.org/noticias/39916/Martirio-de-Sao-Joao-Batista.html


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Martírio de São João Batista

EL ETERNO PROBLEMA DEL DOLOR

Don Bosco, con sus prédicas y consejos transformó los corazones de muchos jóvenes.
Loable y natural es que preocupe a los sacerdotes de Cristo el dolor de los pobres. Pero hay que considerar que si es el dolor humano que les aflige, no sólo la pobreza atormenta al hombre. El problema de fondo viene a ser la existencia misma del dolor en todos los sentidos, pero éste hay que encararlo desde un punto de vista distinto a los ordinarios. Pues lo que hace infeliz al hombre no es el sufrimiento en sí, sino la falta del sentido del sufrimiento. Este es el verdadero problema: no tanto la existencia del sufrimiento como el no encontrarle sentido; el que padece sin sentido se precipita en el vacío; el que padece con sentido encuentra en el dolor un acicate.
Así, los santos y los héroes padecen muchas cosas, pero el padecer a causa de un ideal, viene a ser para ellos motivo mismo de felicidad. Pobreza, enfermedad, dolor irremediable, siempre habrá en el mundo. El Evangelio da por sentada la existencia de todo sufrimiento; no habla de suprimirlo violentamente; lo transforma y lo eleva. El dolor humano se convierte así en el cristianismo en una fuente inagotable de vida espiritual, y engendra fuerzas superiores.
Los sacerdotes de Cristo que ahora pugnan contra la pobreza -que es sólo un aspecto del dolor- por el peor de los caminos, deben mejor comprender  que el mundo todo no es más que un inmenso lugar a donde toda criatura viene para ser pisada, y que es a ellos, ¡oh divina vocación que únicamente salva!, a quienes corresponde encauzar los ríos de sangre y lágrimas que se derramarán hasta el fin, hacia los anchos cauces salvadores de la sombra de la Cruz. Pero la Cruz sigue siendo tan insólita, tan misteriosa, tan inaceptable, para muchos que la ven desde fuera -porque por ejemplo los pobres suelen abrazarse a su cruz-, que más que nunca se ha hecho el silencio sobre el verdadero Evangelio, que transforma todo dolor en “pasión de Cristo”, enfocándolo todo hacia realidades espirituales.
Por eso hoy tenemos sacerdotes prestos a hablar en mítines callejeros y a participar en motines revolucionarios, pero no tenemos audaces de Cristo que como en otros tiempos se proclamen pobres y predicadores de la Cruz, que salgan con un sayal (poseyendo sólo eso en verdad) a predicar sólo y nada más el Evangelio. El Evangelio se les ha ido de las manos. Hoy no se conmueven verdaderamente las almas a través de las palabras de la mayoría de nuestros sacerdotes revolucionarios, porque para predicar ideas políticas comunes a cualquiera, no hace falta ser sacerdote. Para hacer la revolución, se tienen a favor todas las pasiones humanas halagadas. Pero para convencer a los pobres de la paciencia y a los ricos de la justicia y caridad, hace falta ser portador de la gracia de Cristo. Los sacerdotes han olvidado que son portadores reales de esa Gracia; por eso su sacerdocio no convence. Su sacerdocio real esta soslayado, y hablan como cualquier otro hombre. Por esto nunca oímos hablar (cuando sí mucho de peroratas de líder) de un sermón verdadero que trascienda las paredes de un templo, y del cual los pobres salgan consolados y los ricos convencidos del desprendimiento y de la justicia.
Pero para mover a las almas a base de una gracia, hace falta tener el Espíritu Santo, y éste se posee solamente en la medida en que el hombre -el sacerdote sobre todo- se aparta del mundo y se una verdaderamente con Dios, en la oración, en la penitencia, en la contemplación, en la vivencia plena de la vocación. Por eso los problemas humanos ya no son enfocados por muchos sacerdotes desde los ángulos divinos, sino simplemente desde las miras humanas. Y sus soluciones serán soluciones según el mundo (sin que lleguen verdaderamente a serlo), pero no soluciones según Dios, las que lo serían verdaderamente.

Recordad a san Pablo, que no predicó la subversión en un mundo de esclavos, sino que tuvo poder para convencer a Filemón, el amo, para que amara y tratara a su esclavo Onésimo como un hermano, predicando lo que era su única misión -y es vuestra única misión- predicar: «Sólo a Jesús, y a éste, Cricificado».



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EL ETERNO PROBLEMA DEL DOLOR

Menina grávida do pai decide não abortar

O portal de notícias G1 publicou nesta segunda-feira (27/08), a decisão de não praticar aborto, tomada por uma menina de 14 anos, após ter sido estuprada pelo próprio pai. O fato é uma importante “vitória” do movimento pró-vida sobre a cultura da morte. As aspas na palavra “vitória” devem-se às circunstâncias trágicas e complexas da história, pois, obviamente, uma gravidez decorrente de um crime  pode ser fonte de muitos sofrimentos. Todavia, o que nos causa alívio nessa situação foi a sábia, porém, difícil escolha da garota de seguir em frente com a gravidez, mesmo diante das pressões do lar e do lobby abortista que circunda os ambientes hospitalares do Brasil.
É dentro desse quadro que se encaixa a “vitória” da vida sobre a morte. Sem essa  contextualização correríamos o risco de fazer falsos juízos a respeito do que é bem e do que é mal. Por isso, creio que seja importante compreender que uma tragédia nessas proporções, ou seja, uma gravidez fruto de um estupro com agravante de incesto, não pode ser interpretada como “da vontade de Deus”, pois o mal nunca é vontade de Deus, embora Ele o permita existir moralmente.
Assim diz o Catecismo da Igreja Católica sobre o incesto e o estupro:
2356. A violação designa a entrada na intimidade sexual duma pessoa à força, com violência. É um atentado contra a justiça e a caridade. A violação ofende profundamente o direito de cada um ao respeito, à liberdade e à integridade física e moral. Causa um prejuízo grave, que pode marcar a vítima para toda a vida. É sempre um acto intrinsecamente mau. É mais grave ainda, se cometido por parentes próximos (incesto) ou por educadores contra crianças a eles confiadas.
O que podemos concluir desse trecho do Catecismo? Que as ações desse pai que resultaram na gravidez dessa filha são perversas, pecados de matéria grave. Quanto à gravidez, ela, de per si, não é má, porque a geração de um filho é um Dom de Deus. Porém, a circunstância na qual essa gestação surgiu é dolorosa e fonte de sofrimento, pois remete imediatamente a um trauma pelo qual nenhum ser humano merece passar. Por outro lado, pode ser causa de expiação e conversão se vivida na perspectiva da cruz de Cristo. Lembremos-nos que não existe mal tão grande que dele Deus não possa tirar um bem ainda maior.
Ademais, embora esse filho tenha sido gerado de um estupro, ele, sendo outro indivíduo, não tem culpa das práticas abomináveis de seu pai. Portanto, não tem por que pagar por um crime que não cometeu. Não se sana uma dor criando outra. Desse modo, não se pode admitir, sob nenhum pretexto, a legitimidade de um possível aborto que viesse a acontecer. Assim, entendemos a decisão da menina desse caso como uma “vitória” do pró-vida sobre os defensores do aborto.
A matéria do G1 destaca que a adolescente só decidiu não abortar depois de ter visto vídeos que demonstravam como é feito o procedimento do aborto. Isso reforça aquilo que os pró-vida já dizem há muito tempo: a gestante que é informada claramente sobre o que é um aborto sempre escolhe a vida. Diante do peso de um estupro, carregar a cruz de um homicídio não seria um alívio, pelo contrário, apenas mais uma dor.
O padre Paulo Ricardo fará uma palestra sobre o assunto no seu site hoje. A aula será aberta e terá início às 21h, horário de brasília. Recomendo a todos que assistam e convidem seus familiares e amigos para participarem. Por hora, deixo com vocês um vídeo no qual o filósofo Olavo de Carvalho e o padre Paulo comentam outro caso similar, mas com um desfecho nada feliz, o caso da menina de 9 anos de Alagoinha (PE) que depois de engravidar de gêmeos por causa de um abuso de seu padrasto, foi forçada a abortar pelas feministas da cidade.

“Em 1988, a fundação MacArthur despejou U$36 milhões no Brasil para fazer clínicas de aborto”, Padre Paulo Ricardo

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Menina grávida do pai decide não abortar

Viagem à Lua: um hino de louvor a Deus

Ainda a propósito do recente falecimento de Neil Armstrong e da conseqüente onda de redivivo entusiasmo pela viagem à Lua que se levantou nos últimos dias, vale a pena contextualizar alguns acontecimentos daquela época que, não raro, encontram-se distorcidos em alguns ambientes “tradicionalistas”. Refiro-me às declarações feitas então por Paulo VI. A primeira vez que tomei contato com elas foi há muitos anos, no site da Montfort, onde se insinuava – de maneira bem pouco católica, a propósito – que o falecido Pontífice tinha proferido aquelas palavras em um espírito de idolatria ao homem, de exaltação da Cidade dos Homens em oposição à Civitas Dei.
Lembro-me que isto à época me impressionou bastante, porque a ida do homem à Lua era freqüentemente apresentada como um fetiche neo-ateísta a demonstrar, de maneira cabal, a grandeza do progresso científico que finalmente havia alçado vôo após se libertar dos cabrestos obscurantistas da Religião. A viagem à Lua era apresentada – e, ainda hoje, muitas vezes é – como um troféu da emancipação humana do seu Criador, como um estandarte resplandecente da Ciência que, enfim, fora vitoriosa sobre a Fé. E neste sentido, é verdade, a declaração do Papa parecia profundamente incômoda, como se ele estivesse enaltecendo precisamente o movimento cientificista cuja pretensão era sepultar a Igreja de Deus.
A verdade, no entanto, é bem outra. Não sei em qual momento exato a aventura lunar foi seqüestrada pelos neo-ateus para lhes servir de objeto de propaganda da Descrença; mas sei que isto é sem dúvidas um fenômeno posterior. Porque, à época, os homens de todos os credos acompanhavam os cosmonautas a uma aventura cujo propósito era não destronar o Altíssimo do Seu Trono dos Céus, mas o de fazer valer o mandamento bíblico de submeter a si a Criação. Acompanhavam-se os astronautas com o mesmo espírito que, séculos antes, motivou as Grandes Navegações; com aquela “não menos certíssima esperança / de aumento da pequena Cristandade” que Camões cantou no início d’Os Lusíadas. A viagem à Lua, historicamente, foi uma obra de arte ofertada pelo homem ao Deus Altíssimo, e não a lança erguida contra Ele que se quis posteriormente apresentar.
Prova-nos isto a própria vida de Neil Armstrong que, como eu falei ontem, jamais viu nenhuma oposição entre ir à Lua e ser capaz de elevar a alma a Deus.
Prova-nos isto um pequeno item do acervo dos Musei Vaticani que eu vi em 2008 quando estive na Città Eterna:

Trata-se de uma pequena bandeira do Vaticano que foi levada à Lua pela Apollo 11 e, quando retornou à Terra, foi presenteada ao povo do país (junto com algumas pequenas pedras lunares recolhidas pelos astronautas).
Prova-nos isto, enfim, o próprio teor dos discursos de Paulo VI (pelos quais ele é acusado de idolatrar o homem):
- Messaggio ai cosmonauti Armstrong, Aldrin e Collins (21 de julho de 1969);

- Mensagem do Angelus (7 de fevereiro de 1971).
Onde o primeiro começa com um gloria in Excelsis Deo e finda mandando uma bênção aos astronautas (que “expandem até os abismos celestes o domínio sábio e audaz do homem”) e, o segundo, fazendo explícita referência ao mandamento bíblico de “crescer e dominar”, explica a forma como se encarava então a viagem à Lua:
[O progresso humano n]ão é paixão ambiciosa: é resposta à vocação do seu ser [do homem], que com isso mesmo [nello stesso tempo] aprende a ler no cosmo a exigência de um princípio criador e ativo, misterioso, silencioso, eterno e onipotente: sugere-a a própria desoladora miséria – cheia de realidade e de leis – do satélite explorado. Que meditação! O canto encontra no salmo sua palavra sublime: «Os céus narram a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras de Suas mãos» (Ps. 18, 2).
Eis, portanto, o que pensava Paulo VI (e, com ele, a maior parte dos homens) a respeito da empresa lunar! O entusiasmo generalizado de então não tinha a conotação cientificista que se observa hoje; ao invés disso, o homem, principe del cielo, usava o seu engenho para realizar-se mais plenamente e, assim, aproximar-se mais de Deus. O homem não se afastou do seu Criador ao pisar na Lua, muito pelo contrário: da imensidão do espaço vazio, os astronautas – e, com eles, todos os homens que da Terra acompanhavam a inaudita empreitada – podiam ouvir com mais clareza os Céus cantarem a glória de Deus.

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Viagem à Lua: um hino de louvor a Deus

Resposta a um protestante que afirma que a Bíblia é confiável, mas os Apóstolos não. Sobre o Magistério e a Tradição.

Fazemos uma pausa em nosso estudo sobre o Livro do Apocalipse para responder a um comentário deixado neste blog, no post “Origem da devoção à Virgem Maria”, por um leitor que se identifica com o pseudônimo “Protestante”. Ele afirma o seguinte:

“...Não quer dizer que tudo que os primeiros cristãos faziam era inspirado por pelo o Espírito Santo, só porque está escrito nas catatumbas não quer dizer que era o correto, temos que observar o que está escrito na bíblia e que o Apóstolos orientavam e mesmo assim com cautela, pois mesmo eles podem em algum momento sair da direção que o Senhor gostaria que eles seguissem, lembrem-se que todos cometeram falhas com exceção de Cristo.”

Prezado Protestante,

Será que a nova heresia protestante afirma que a pregação dos Apóstolos não é confiável? Que o testemunho da Igreja primitiva não importa? Ah, meus irmãos, que sonharam em ver, um dia, a união entre os cristãos, quão distante fica a vossa e nossa esperança: a cada dia que passa, a situação se torna mais e mais complicada! Como é triste ver tantas voltas e criativas (mesmo que absurdas) elucubrações na simples tentativa de negar a Verdade!

Pelas suas afirmações, caro leitor, o que percebemos muito nitidamente é que, para você, a única regra que vale é a palavra do “pastor” protestante, e nada mais. O que os Apóstolos pregaram não tem valor; o que a História e a própria Bíblia nos mostram sobre a prática da Igreja primitiva também não têm valor e, ao contrário do que afirma, para você, o que a Bíblia Sagrada atesta também não tem valor. A única coisa que tem valor e deve ser observada fielmente, segundo o seu pensamento, é a pregação do “pastor”, do alto do púlpito! É um caso explícito de idolatria, a um ser humano como se fosse um deus, com poderes absolutos sobre a própria verdade!

Então, tente perceber que você faz exatamente aquilo de que muitos protestantes acusam os católicos: você segue tradições de homens. Mas por favor não se ofenda. Antes que você procure algum argumento para tentar negar as minhas afirmações, eu vou explicar e provar o que estou dizendo, na viva e mais sincera esperança de que você compreenda:

Em primeiro lugar, não há nenhum sentido em dizer que, para compreender a Verdade, a Bíblia vale, e a pregação dos Apóstolos não vale, simplesmente porque (atenção agora)foram os Apóstolos que, direta ou indiretamente, escreveram o Novo Testamento da Bíblia! Em outras palavras, não existiria a Bíblia Cristã se não existissem os Apóstolos. Entende isto? Os Apóstolos não liam a Bíblia para conhecer e saber como seguir o Caminho (até porque a Bíblia Cristã ainda não existia naquele tempo); ao contrário, eles escreveram a Bíblia para que a Igreja soubesse como seguir o Caminho, - que é o próprio Senhor Jesus Cristo.

Fazendo um exercício imaginário, se você entrasse numa máquina do tempo, encontrasse os Apóstolos e dissesse a eles que, para seguir Jesus, confia única e exclusivamente na “Palavra de Deus”, referindo-se à Bíblia, eles lhe dariam um belo puxão de orelhas! Para os Apóstolos, como também em todo o contexto bíblico, a Palavra de Deus é o próprio Cristo, como o Apóstolo João escreveu logo no primeiro capítulo do seu Evangelho. Os Apóstolos viram, ouviram, tocaram e conviveram com a Palavra de Deus em Pessoa: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e nossas mãos apalparam a respeito da Palavra da Vida (...) o que vimos e ouvimos, isto vos anunciamos, para que tenhais comunhão conosco” (1Jo 1,1-3).

Então, sendo que os Apóstolos nos deram a Bíblia, - e não o contrário, - não há sentido em dizer que a Bíblia é confiável e os Apóstolos não. Logo, se os Apóstolos não são confiáveis, a Bíblia também não é, já que a Bíblia foi escrita pelos Apóstolos, que eram inspirados por Deus!

E se eram inspirados por Deus para escrever, não eram inspirados também para pregar, para orientar e conduzir a Igreja de Cristo, aquela mesma Igreja com a qual o Senhor prometeu que estaria até o fim do mundo (Mt 28,20)? Não foi esta Igreja edificada pelo Senhor? E o mesmo Senhor não prometeu que as portas do Inferno jamais prevaleceriam contra ela (Mt 16,18)? Então, se o Senhor prometeu que estaria para sempre com a Igreja, e que o Inferno não prevaleceria contra ela, - e essa Igreja era conduzida pelos Apóstolos, - então os Apóstolos tinham que ser conduzidos também pelo Senhor! Consegue entender isto? É óbvio, é claro como água!

Se você afirma que os Apóstolos, os quais conduziam a Igreja, não eram 100% confiáveis, então você está dizendo que o Senhor mentiu, ou então que a Bíblia também não é confiável, primeiro porque a Bíblia Cristã foi escrita pelos Apóstolos, segundo porque está escrito nesta mesma Bíblia que Jesus Cristo, diretamente, deu autoridade a estes Apóstolos sobre a Igreja, até mesmo para perdoar ou não perdoar os pecados (Jo 20,23)!

A argumentação que eu lhe apresentei até aqui, em Teologia, é chamada de “Argumento Invencível”, pois não há saída, não há como contrariá-la. Não é possível você dizer que os Apóstolos foram infalíveis para escrever os Evangelhos, os Atos e as Epístolas, mas não eram infalíveis para pregar e conduzir os primeiros cristãos, porque a Bíblia mesmo afirma o contrário, quando diz que Jesus estava com a Igreja, que o Inferno não prevaleceria contra a Igreja e que dava aos Apóstolos autoridade sobre a Igreja. 


É exatamente a mesma coisa quando falamos do Papa, hoje, e a confusão dos protestantes também é exatamente a mesma: o Papa, como sucessor de Pedro, é um homem imperfeito e falho, sujeito ao pecado como qualquer um de nós, assim como foram os Apóstolos. Nós não cremos nos Apóstolos e nem no Papa como infalíveis, no sentido de serem perfeitos e intocáveis: cremos que, quando no exercício sagrado da condução da Igreja, aí sim eles são infalíveis. Cremos nisso porque cremos na Promessa de Cristo, que disse aos seus Apóstolos: “Eis que estou convosco até o fim do mundo” (Mt 28,20).

Bem, o fim do mundo ainda não chegou, e a Igreja continua a sua missão de levar o Evangelho a toda criatura (Mc 16,15). - Então, se eu creio em Jesus e creio nas Escrituras, preciso crer que Ele ainda está Presente no meio da Igreja (Ap 2,1), sendo a Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo na Terra (1Cor 12,27 / Ef 4,12 / Rm 12,5). - E se Cristo é a Cabeça que conduz o Corpo, então eu não posso afirmar que a Igreja foi corrompida, desviada, nem que aquilo que a Igreja ensina esteja errado, pois ela não pode jamais desviar aqueles que buscam a Verdade: é esta a Promessa de Cristo!

Sim, filhos da Igreja podem se desviar, podem pecar e se corromper, e levar outros a fazerem o mesmo, é claro: infelizmente, isso é notório. Mas um filho da Igreja que se perde não representa a Igreja como um todo, assim como não podemos derrubar toda uma imensa árvore porque uma única folha nasceu defeituosa.

Mas tudo o que eu falei até aqui representa um só ponto da questão. A melhor maneira de convencer alguém que foi condicionado a acreditar que somente aquilo que está escrito na Bíblia pode ser levado em consideração (a famigerada doutrina da sola scriputra), é apontando e mostrando o que a própria Bíblia tem a dizer a respeito.

Por isso, eu costumo repetir sempre certas passagens a todos os que vêm aqui repetir a cartilha da sola scriputra (e são muitos), e quem acompanha este blog já sabe disso. Você pode ler algumas dessas repostas aqui e aqui, e ver um bom exemplo do tipo de fruto que a sola scriptura costuma dar aqui, por exemplo. Se você fizer uma pesquisa em nosso “Índice de respostas católicas a acusações protestantes e 'evangélicas'", encontrará material abundante sobre esses temas.

Mesmo assim, meu querido leitor Protestante, faço questão de publicar mais uma vez (pois temos que ser incansáveis na defesa da Verdade e na prática do bem, conforme diz a Bíblia em Gl 6,9) o que a Bíblia Sagrada tem a dizer sobre a doutrina que diz que devemos observar somente aquilo que dizem as Escrituras:

Em João 5, 39
“Vós examinais as Escrituras, julgando encontrar nelas a vida eterna. Pois bem! São elas mesmas que dão testemunho de mim. E vós não quereis vir a mim para que tenhais a vida.”


Aí está Jesus Cristo, na Bíblia Sagrada, declarando categoricamente que Ele não pode ser encontrado somente através das Escrituras.

Em 1 Timóteo 3, 15
“...Quero que saibas como deves portar-te na casa de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, coluna e sustentáculo da Verdade.”


O Apóstolo Paulo define a Igreja como a coluna e o sustentáculo (ou a firmeza e o fundamento, segundo outras traduções) da Verdade. Em nenhum lugar da Bíblia está escrito que a Escritura é, sozinha, o fundamento da Verdade, mas sim a Igreja de Cristo.

Em 2Pedro 1, 20
“Sabei primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação particular.”


Mais uma vez, a Escritura é mais do que direta, e qualquer um que não seja cego ou não use uma venda nos olhos pode ver: primeiramente entendam que as profecias da Escritura não é de interpretação particular, isto é, não foram escritas para qualquer pessoa ler e interpretar do seu jeito, usando-as para qualquer fim, inclusive justificar os maiores absurdos, como temos visto ultimamente, desde a defesa do aborto até a invenção da "teologia da prosperidade".

Em 2 Tessalonicenses 2, 15
"Então, irmãos, estai firmes e guardai a Tradição que vos foi ensinada, seja por palavras, seja por epístola nossa."


Aí está o Apóstolo Paulo declarando, objetivamente, que devemos guardar não somente o que está escrito (as epístolas dos Apóstolos formam a maior parte do Novo Testamento da Bíblia), mas também a Tradição.

Em 2 Tessalonicenses 3, 6
"Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a Tradição que de nós recebeu."


Apartai-vos de todo irmão que não anda segundo a Tradição da Igreja! O que mais é preciso que a Bíblia diga, para que alguém se convença da falsidade da doutrina da sola scriptura?


Bem, meu caríssimo leitor Protestante, eu lhe mostrei e provei biblicamente que o Magistério e a Tradição dos Apóstolos são, no mínimo, tão fundamentais para a Igreja quanto as Escrituras. Mais do que isso, esses três pilares do Cristianismo se integram, se completam e conferem sentido um ao outro. A Igreja de Cristo se fundamenta igualmente nestes três princípios, estes três apoios. Assim como uma estrutura não pode se manter estável se estiver apoiada em apenas um apoio, assim também a Igreja. Isolar as Escrituras, para utilizá-las como única regra de fé e prática, é o primeiro e maior erro dos protestantes.

Esperando que minha resposta possa ter auxiliado no esclarecimento destas questões, ou ao menos que eu tenha conseguido fazer pensar, encerro fraternalmente, em Cristo.

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Resposta ao leitor: o Magistério, a Tradição Apostólica e as Escrituras

Chesterton: Tremendas Trivialidades



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Há vários livros que poderiam receber o título de melhor introdução à leitura de Chesterton. Tremendas Trivialidades é um dos melhores dentre os melhores. Ele possui apenas uma desvantagem sobre a qual consigo pensar: está atualmente fora de catálogo. Felizmente, muitos dos ensaios dessa coletânea estão disponíveis em outros lugares, como em certos sites e no recentemente lançado On Lying in Bed and Other Essays[1]editado pela Bayeux Arts. Além disso, muito desses ensaios foram publicados na revista Gilbert![2]

Tremendas Trivialidades simplesmente contém um dos melhores ensaios já escritos por Chesterton. Eles apareceram originalmente no jornal Daily News, com o qual Chesterton contribuiu de 1901 a 1913, o que explica porque as pessoas compravam esse jornal. Além do quintessêncial “Sobre ficar na cama”, o livro inclui: “As Vantagens de Ter Uma Perna”, “A Avó do Dragão”, “O que encontrei em meu bolso”, “Um pedaço de giz” (que poderia ter sido chamado de “What I Found I Was Sitting On”) e a incomparável explicação sobre os juris: “Os Doze Homens”.

Mas, voltando para a “Cama”, nunca houve um ensaio que tivesse um início melhor do que este: “Ficar na cama seria uma experiência completamente perfeita e suprema se em apenas uma das mãos houvesse um pincel colorido longo o suficiente para desenhar no teto”. Eu me lembro da primeira vez que li essa frase. Eu percebi, com abundante deleite, que tinha encontrado em Chesterton um amigo para sempre, uma companhia com a qual eu queria passar meu tempo e que com a qual nenhum tempo seria desperdiçado. Apesar de essa frase parecer totalmente sem sentido, e ter todo o apelo de uma coisa sem sentido, nós começamos a rir para uma verdade surpreendente. Chesterton não escreve meramente para fazer rir. Ele faz rir para levantar um ponto. E o ponto nunca é tão superficial e aéreo quanto parece à primeira vista. Não parece muito complicado aprender que o propósito de estar deitado numa cama é que isso não deveria ter um propósito. Não deveria haver nenhum motivo para isso, nenhuma razão, nenhuma justificativa. E então? E então temos isto: nossos prazeres simples não deveriam estar ligados à algum regime ou à algum esquema, ou, pior que tudo, à um hábito. Além do mais, nossos prazeres simples, como ficar deitado, não deveriam ser negados por alguma coisa exagerada, como riqueza excessiva ou mesmo saúde excessiva. Essas são coisas secundárias. Elas não são coisas primárias. São as coisas primárias que têm sido ignoradas e as coisas secundárias que têm sido enfatizadas totalmente fora de proporção. “Se há alguma coisa pior que o moderno enfraquecimento da moral mais elevada”, diz Chesterton, “é o moderno fortalecimento da moral menos elevada. É dessa maneira que se considera mais desmoralizante acusar um homem de ter mau gosto do que acusar um homem de ser antiético. Polidez não é sinônimo de santidade nos dias atuais, porque a polidez é tida como uma coisa essencial e santidade é tida como algo ofensivo”[3].Chesterton pôde enxergar à um século atrás que o mundo chegaria à um ponto em que fumar um cigarro seria considerado mais ofensivo que praticar um aborto.

E é nesse ensaio que ele explica, quase que como um aparte, que a brancura, assim como a brancura de um teto branco a ser pintado como Michelangelo pôde pintar a Capela Sistina, representa o Paraíso. A brancura, como o Paraíso, significa pureza, e também significa liberdade.

Essa idéia é tão ampla que transborda para outro ensaio, “Um Pedaco de Giz”. Aqui Chesterton descreve como conseguiu fazer algum desenho com seus pedaços de giz, mas estava aflito por ter esquecido seu giz branco. Branco é essencial. Branco é uma cor e não meramente ausência de cor. É uma coisa “brilhante e afirmativa... ela desenha estrelas”. O branco está para a arte assim como a virtude está para a religião. Virtude é uma coisa positiva; não é meramente “a ausência de perigo ou a fuga de perigos morais... Castidade não significa abstenção do que é sexualmente errado; significa algo fulgurante como Joana d”Arc.”

Nesse livro, Chesterton olha para as coisas ordinárias e comuns e nos convida a ver quão extraordinárias e incomuns elas são. As coisas em seus bolsos, os objetos numa estação de trem, as pessoas nas ruas. Com essas coisas simples e aleatórias ele consegue defender o Cristianismo, a Civilização Ocidental e a Democracia. “O que é isso que nós estamos procurando?”, pergunta ele no começo de seu ensaio intitulado “Um Vislumbre do Meu País”. Ele sugere que o que nós estamos buscando está muito próximo de nós; nós simplesmente não conseguimos enxergar. É um tema que perpassa todo o livro e todos os escritos de Chesterton o de que o que aparece como um trunfo é realmente tremendo. No título do ensaio Chesterton cristaliza essa verdade numa frase perfeita que viria a ser escrita nos edifícios e citada por papas: “O mundo não irá perecer por necessidade de milagres, mas sim por falta de milagres”.



[3] No original: “Cleanliness is not next to godliness nowadays, for cleanliness is made an essential and godliness is regarded as an offence.”

Resenha do livro Tremendous Trifles, por Dale Ahlquist
Disponível no site Chesterton.org
Traduzido por Adam Vieira Santos


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Eis-me aqui Senhor!


Homens e mulheres no decorrer dos séculos tem respondido generosamente o chamado de Deus a uma vida de contemplação, oração e trabalho.São os monges e monjas que atraídos pela vida de clausura vivendo em total abandono desse mundo partem para uma vida de silêncio onde buscam uma vida mais austera em contato com Deus sem dar atenções ao barulho do mundo exterior.



Assim como muitos homens tanto da Antiga e Nova aliança, eles vivem dentro de um mosteiro ou muitas vezes a sós buscam um deserto para ficar a sós num profundo mundo de meditação, contemplação e oração.Edificação da própria alma!



Em Oséias 2,16 Deus nos lembra nos dias atuais da necessidade que o homem tem de ir ao encontro Dele vivendo esse estilo de vida.É nesse modo de vida que o monge não se isola do mundo, não fica alienado, não está fugindo de nenhuma realidade ou problema, mas experimentando das delícias de um Deus que criou toda a beleza natural das coisas para que o homem sendo natureza humana participe e desfrute dessa obra magnífica de Deus através da vida monástica.É o encontro do homem com Deus falando coração a coração.

O monge torna-se privilegiado por Deus, não por benefícios humanos, mas por dizer NÃO as vantagens mundanas e dedicar sua vida inteiramente, sem reservas, a AMAR Deus.

"O monge faz sua e participa da missão de Cristo e da Igreja mediante sua doação pessoal a Deus e fidelidade à vida monástica."



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Eis-me aqui Senhor!H:

Os chefes de estado e de governo também podem ser santos


"Nasceu em 1214 e subiu ao trono de França aos vinte e dois anos de idade. Contraiu matrimónio e teve onze filhos a quem ele próprio deu uma excelente educação. Distinguiu-se pelo seu espírito de penitência e oração e pelo seu amor aos pobres. Na administração do reino, foi notável o seu zelo pela paz entre os povos, e mostrou se tão diligente na promoção material dos seus súbditos como na sua promoção espiritual. Empreendeu duas cruzadas para libertar o sepulcro de Cristo e morreu perto de Cartago no ano 1270."
Muitos imperadores, reis e rainhas foram beatificados, canonizados, elevados aos altares, apresentados pela Igreja como modelos de santidade. O exemplo mais recente viveu e faleceu em Portugal: o Arquiduque Carlos de Habsburgo (1887-1922), Imperador da Áustria, Rei da Hungria e da Boémia.

Hoje em dia os membros das famílias reais não são já modelos de virtudes. Quando muito serão modelos de alta costura ou, nos piores casos, modelos fotográficos (atente-se no recente escândalo ocorrido com um dos membros da irreal família inglesa).
O problema não será da monarquia. De facto, aquilo a que agora se chama "república" não deu ainda azo a nenhuma declaração de santidada. Existem, no entanto, alguns candidatos:
Infelizmento, o governo dos povos e das nações pode também ser caminho de perdição (quem diria !):
Is 3,14-15:
"O SENHOR entrará em juízo contra os anciãos e os chefes do seu povo: «Vós devorastes a minha vinha, e os despojos dos pobres enchem as vossas casas. Por que razão calcais aos pés o meu povo, e macerais o rosto dos pobres? Oráculo do Senhor DEUS do universo.»
Arrependei-vos e acreditai no Evangelho !




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Os chefes de estado e de governo também podem ser santosHoje celebra-se a memória de S. Luís de França

CNBB conclui reunião sobre projetos litúrgicos

Terminou nesta sexta-feira, 24, a reunião da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia. O encontro realizado nos dias 23 e 24 de agosto buscou definir, analisar, e avaliar os projetos de liturgia da Igreja no Brasil. A proposta da reunião foi fazer uma avaliação de todas as atividades realizadas este ano no setor litúrgico por parte da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

A comissão é formada por Dom Armando Bucciol, presidente, pelo bispo auxiliar de São Paulo, Dom Edmar Perón, e pelo bispo da Diocese de Crato (CE), Dom Fernando Panico. Os bispos são auxiliados por três assessores da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB): o responsável pela Pastoral Litúrgica, padre Hernaldo Pinto Farias, no Setor de Música Litúrgica, padre José Carlos Sala, e no Espaço Litúrgico, João Martins.

Na reunião, cada um dos assessores da comissão informou como tem sido o andamento dos trabalhos nas suas respectivas áreas. “Tivemos uma panorâmica da realidade litúrgica no Brasil, assim como nós a percebemos, no debate e na troca de ideias, detectar algumas áreas, atividades, âmbitos, nos quais precisamos trabalhar mais ou de uma maneira diferenciada”, explicou Dom Armando.

Os três bispos responsáveis pelo setor são informados das atividades, dos passos dados e dos programas que anteriormente tinham sido planejados e foram executados. “Partilhamos das dificuldades enfrentadas, propostas, e avaliação de tudo que ocorreu neste último período”, disse o presidente.

“É sempre muito positivo o intercâmbio e ver em conjunto o que compete à comissão litúrgica”, finalizou Dom Armando.

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CNBB conclui reunião sobre projetos litúrgicos

“Tomai e comei: isto é o meu corpo”

“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele” (Jo 6,57). S. Dionísio Areopagita diz que o amor tende sempre à união com o objeto amado. E porque a comida se faz uma só coisa com quem a toma, por isso Nosso Senhor quis fazer-se comida, para que nós, recebendo-o na santa comunhão, nos tornássemos uma só coisa com ele: “Tomai e comei: isto é o meu corpo” (Mt 25,26). Como se quisesse dizer, assevera S. João Crisóstomo: Comei-me, para que nos tornemos um só ser (Hom. 15 in Joan), alimenta-te de mim, ó homem, para que de mim e de ti se faça uma só coisa. Assim como dois pedaços de cera derretidos, diz S. Cirilo Alexandrino, se misturam e confundem, da mesma forma uma alma que comunga se une de tal maneira a Jesus que Jesus está nela e ela em Jesus. Ó meu amado Redentor, exclama S. Lourenço Justiniano, como pudestes chegar e amar-vos tanto e de tal modo unir-vos a vós, que o vosso coração e do nosso não se fizesse senão um só coração? (De div. amor, c. 5). Tinha, pois, razão S. Francisco de Sales de dizer, falando da santa comunhão: O Salvador não pode ser considerado em nenhum outro mistério nem mais amável nem mais terno que neste, no qual se aniquila, por assim dizer, e se reduz a comida para penetrar em nossas almas e unir-se ao coração de seus fiéis: E assim, diz S. João Crisóstomo, nós nos unimos e nos tornamos um corpo e uma
carne com aquele em quem os anjos não ousam fixar seus olhares. Que pastor, ajunta o santo, alimenta suas ovelhas com seu próprio sangue? Mesmo as mães dão seus filhos a amas estranhas. Jesus, porém, nesse sacramento nos alimento com o seu próprio sangue e
une-se a nós (Hom. 60). Em suma, ele quer fazer-se nosso alimento e uma mesma coisa conosco, porque nos amava ardentemente (Hom. 51).
(Santo Afonso de Ligório – A paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, I, V, 2)
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“Tomais e comei: isto é o meu corpo”

O homem não pode viver sem amor


“O homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si próprio um ser incompreensível e a sua vida é destituída de sentido, se não lhe for revelado o amor, se ele não se encontra com o amor, se não o experimenta e se não o torna algo próprio, se nele não participa vivamente” 
(João Paulo II).

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O homem não pode viver sem amor

Viés positivista do projeto de Código Penal

Já vi muita gente vaidosa. Já vi muito pavão. Já ouvi muito vitupério. Mas nunca antes lera algo semelhante à declaração que encabeça a segunda parte da proposta do novo Código Penal, elaborada por uma comissão de juristas a pedido do Senado.

Trata-se de uma frase de Tobias Barreto, intelectual sergipano do século 19. Afirmada pelo autor, tem o peso de sua opinião pessoal. Reproduzida pelos notáveis, como preâmbulo do trabalho feito, credencia-o por inteiro à cesta de lixo inorgânico. A frase, diz assim: "O Direito não é filho do céu. É um produto cultural e histórico da evolução humana".

Compreenda, leitor, a natureza do problema. Existem correntes conflitantes na Teoria do Direito. Cada qual com sua lógica intrínseca. Com essa frase, os formuladores do anteprojeto assumem a cultura e a história como determinantes do Direito positivo e rejeitam o Direito Natural. Não pensavam assim os legisladores do antigo Código Penal. Nem pensa assim a sociedade brasileira, que tem enraizado em sua cultura o caráter determinante e universal de certos princípios morais sobre as leis dos povos.

Abro parêntesis: é por força da lei natural, por exemplo, que nos indignamos quando uma mulher iraniana é morta a pedradas ou quando o regime cubano efetua prisões por delito de opinião. Fecho parêntesis.

Tampouco nossos constituintes de 1988, que esculpiram na Carta brasileira um elenco de princípios fundamentais e, até mesmo, cláusulas pétreas, pensavam como os elaboradores do anteprojeto do novo Código Penal. Com efeito, fosse o Direito mero produto cultural e histórico da evolução humana, princípios e cláusulas pétreas o colocariam em oposição tanto à cultura quanto à evolução.

Pois eis que o relativismo moral, associado ao positivismo jurídico, vem fazendo estragos no ordenamento jurídico brasileiro. Recentíssimas decisões do STF foram pinçar e lapidar certos princípios da nossa Constituição, ao gosto de grupos minoritários da sociedade, para forçá-la a admitir o que ela explicitamente recusa. Agora são os notáveis, convidados pelo Senado, que declaram ser, o seu anteprojeto, um produto da nossa cultura e da nossa evolução histórica.

De onde essa certeza, caras-pálidas? Quem os proclamou reflexos perfeitos da atualidade cultural brasileira e tomógrafos precisos a capturar nosso flagrante histórico? A sociedade certamente não foi porque ela discorda de diversos preceitos propostos em vosso anteprojeto. Em quantas famílias os pais permitiriam aos filhos criar sua hortinha de cannabis sativa ou operar um mini-laboratório caseiro para produção de cocaína? Quantos haverá que endossam a autorização para prática do aborto simplesmente porque a mãe tem "condições de criar o filho" que traz no ventre? Quando esse estratagema foi inventado, na Espanha, em 1983, as clínicas de aborto mantinham psicólogos contratados apenas para assinar atestados de incapacidade materna. Em qual recanto cultural do Brasil encontra guarida a descriminação do terrorismo quando seus agentes "forem movidos por fins sociais ou reivindicatórios"?

É claro que nem tudo é imprestável no anteprojeto da comissão. Mas sua mercadoria legislativa vem com esse vício redibitório que a torna imprópria para o uso. Seus autores não são tudo que pensam ser.



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De onde essa certeza, caras-pálidas?

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