2. Chegaram os fariseus e perguntaram-lhe, para o pôr à prova, se era permitido ao homem repudiar sua mulher. 3. Ele respondeu-lhes: “Que vos ordenou Moisés?” 4. Eles responderam: “Moisés permitiu escrever carta de divórcio e despedir a mulher.” 5. Continuou Jesus: “Foi devido à dureza do vosso coração que ele vos deu essa lei; 6. mas, no princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. 7. Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher; 8. e os dois não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. 9. Não separe, pois, o homem o que Deus uniu.” 10. Em casa, os discípulos fizeram-lhe perguntas sobre o mesmo assunto. 11. E ele disse-lhes: “Quem repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira. 12. E se a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério.” 13. Apresentaram-lhe então crianças para que as tocasse; mas os discípulos repreendiam os que as apresentavam. 14. Vendo-o, Jesus indignou-se e disse-lhes: “Deixai vir a mim os pequequinos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham. 15. Em verdade vos digo: todo o que não receber o Reino de Deus com a mentalidade de uma criança, nele não entrará.” 16. Em seguida, ele as abraçou e as abençoou, impondo-lhes as mãos.
Comentário Litúrgico: “O ser humano foi criado para a comunhão com os outros. A família, comunidade primeira da sociedade, é querida e abençoada por Deus. Solidário conosco e nosso irmão, Jesus nos instrui sobre o profundo sentido do Matrimônio”.Dos versículos 2 a 8: “Chegaram os fariseus e perguntaram-lhe, para o pôr à prova, se era permitido ao homem repudiar sua mulher. Ele respondeu-lhes: “Que vos ordenou Moisés?” Eles responderam: “Moisés permitiu escrever carta de divórcio e despedir a mulher.” Continuou Jesus: “Foi devido à dureza do vosso coração que ele vos deu essa lei; mas, no princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher; e os dois não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne”.
“Foi devido à dureza do vosso coração que ele (Moisés) vos deu essa lei” – O Papa Bento XVI disse que “o coração depois do pecado tornou-se “duro”, mas não era este o desígnio do Criador e os Profetas com clareza crescente insistiram sobre este desígnio originário”.
“Mas, no princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher” – O Papa Bento XVI disse que “É um sacramento do Criador do universo, inscrito precisamente no próprio ser humano, que está orientado para este caminho, no qual o homem abandona os pais e se une à sua mulher para formar uma só carne, para que, desta forma, se tornem uma única existência”.
“E os dois não serão senão uma só carne”
O Papa Bento XVI disse que “o matrimônio é este seguir o outro no amor e, desta forma, tornar-se uma única existência, uma só carne, e por isso, inseparáveis; uma nova existência que nasce desta comunhão de amor, que une e cria um futuro”.
O Beato João Paulo II disse também: “O amor entre um homem e uma mulher, no matrimônio, é um amor ao mesmo tempo fiel e fecundo. É um amor santo, e representa sacramentalmente a união de amor entre Cristo e a Igreja, como São Paulo escreveu aos Efésios: “É grande este mistério; digo-o, porém, em relação a Cristo e à Igreja! (Ef 5, 32)”
A família humana:
O Catecismo (2203) ensina: “Ao criar o homem e a mulher, Deus instituiu a família humana e dotou-a da sua constituição fundamental. Os seus membros são pessoas iguais em dignidade. Para o bem comum dos seus membros e da sociedade, a família implica uma diversidade de responsabilidades, de direitos de deveres”.
Sobre os filhos:
- O Papa Bento XVI ensinou aos casais: “A vossa fé no sacramento do matrimônio transforma a união conjugal num templo do Espírito Santo, numa nascente fecunda de vida nova ao gerar os filhos, fruto do vosso amor”.
- O Beato João Paulo II falou: “A Igreja afirma também com clareza que o matrimônio deve estar aberto à transmissão da vida humana. Deus quis que a união de amor entre marido e mulher fosse origem de novas vidas. Ele deseja partilhar, como fez, o Seu poder criativo com os maridos e as mulheres, confiando-lhes o poder de procriar”.
Dos versículos 10 a 12: “Em casa, os discípulos fizeram-lhe perguntas sobre o mesmo assunto. E ele disse-lhes: “Quem repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira. E se a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério.”
O Catecismo (1644) ensina: “Pela sua própria natureza, o amor dos esposos exige a unidade e a indissolubilidade da sua comunidade de pessoas, a qual engloba toda a sua vida: «assim, já não são dois, mas uma só carne» (Mt 19, 6). «Eles são chamados a crescer sem cessar na sua comunhão, através da fidelidade quotidiana à promessa da mútua doação total que o Matrimônio implica».
O Beato João Paulo II disse também: “Na base de toda a ordem social acha-se este princípio de unidade e de indissolubilidade do matrimônio – o princípio sobre o qual se apóia a instituição da família e toda a vida familiar. Tal princípio recebe confirmação e nova força na elevação do matrimônio à dignidade de sacramento”.
Dos versículos 13 a 16: “Apresentaram-lhe então crianças para que as tocasse; mas os discípulos repreendiam os que as apresentavam. Vendo-o, Jesus indignou-se e disse-lhes: “Deixai vir a mim os pequequinos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham. Em verdade vos digo: todo o que não receber o Reino de Deus com a mentalidade de uma criança, nele não entrará.” Em seguida, ele as abraçou e as abençoou, impondo-lhes as mãos”.
O Beato João Paulo II disse que “Cristo pronunciou a frase, que todos bem conhecemos: «Deixai vir a mim as crianças, pois delas é o reino dos céus» (Mt. 19, 14). Estas palavras, dirigiu-as aos Apóstolos, que, reparando no cansaço do Mestre, queriam antes proceder diversamente, isto é, queriam impedir as criancinhas de se aproximarem de Cristo. Queriam afastá-las”.
Buscar viver como criança para se ter acesso ao Reino – Santo Agostinho disse: “Eu peço: amai comigo, correi crendo comigo, desejemos a pátria celeste, suspiremos pela pátria do alto, sintamo-nos como peregrinos aqui.”
O Beato João Paulo II disse: “As crianças são, certamente, o alvo do amor delicado e generoso do Senhor Jesus: a elas reserva a Sua bênção e, ainda mais, assegura-lhes o Reino dos céus ( Mt 19,13-15; Mc 10, 14). Em particular, Jesus exalta o papel ativo que as crianças têm no Reino de Deus: são o símbolo eloquente e a esplêndida imagem daquelas condições morais e espirituais que são essenciais para se entrar no Reino de Deus e para viver a sua lógica de total abandono ao Senhor”.
“Em seguida, ele as abraçou e as abençoou, impondo-lhes as mãos” – Padre Eduardo Dougherty disse assim: “Impondo Suas Mãos divinas naquelas cabecinhas puras – não corrompidas ainda pela malícia, pelo orgulho e pela falta de confiança – certamente Jesus deu nova orientação ao futuro de cada uma delas para livrá-las de toda espécie de mal. É por isso que eu gosto tanto de abençoar as crianças todos os dias, especialmente durante a Santa Missa, porque tenho a certeza de que, com minhas mãos consagradas através do sacerdócio, posso dar a elas a Bênção, que é o próprio Jesus, oferecendo-lhes igualmente uma nova orientação para seu futuro e protegendo-as do mal”.
Conclusão
Concluímos essa reflexão com as palavras do Papa Bento XVI dirigidas:
Aos casais cristãos: “Tende coragem no vosso esforço por educar os filhos na fé. Sede rebentos de vocações para o sacerdócio e para a vida consagrada; não vos esqueçais que Cristo está presente na vossa união e a abençoa com todas as graças das quais tendes necessidade para viver santamente a vossa vocação”.
E em favor das crianças: “Cuidemos das crianças. É necessário amá-las e ajudá-las a crescer. Digo-o aos pais, mas também às instituições. Enquanto lanço este apelo, penso nas crianças de todas as regiões do mundo, particularmente nas mais indefesas, nas que são exploradas ou vítimas de abusos. Confio todas as crianças ao Coração de Cristo, que disse: “Deixai vir a mim as criancinhas!” (Lc 18, 16).
Oração
Do Círculo Bíblico: “Ó Deus, criastes homem e mulher à vossa imagem e semelhança para viverem os laços do amor e da união, da harmonia e do benquerer. Abençoai e protegei os casais de nossa comunidade, principalmente os que passam por dificuldades de relacionamento. Nós vos agradecemos porque Jesus restituiu à sua fonte original a relação entre homem e mulher, o matrimônio e a família, libertando-os do egoísmo e dando dignidade à mulher. Por Cristo, nosso Senhor”.
Senhor Jesus, pedimos-Te por todas as famílias cristãs para que possam ser exemplo no mundo de amor e reconciliação; de paz no relacionamento entre seus membros; de fidelidade e respeito entre si; de tolerância e paciência de uns para com os outros.Amém.
Sagrada Família de Nazaré, tende piedade de nós!
Jane Amábile – Com. Divino Espírito Santo
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