Num recente post no seu blogue ktreta, o Ludwig Krippahl afirmou que “a religião é má”. Não foi tão longe como outros ateus inspirados em Hitchens para o qual ‘a religião envenena tudo”. TUDO mesmo. Com algum esforço e boa vontade o Ludwig consegue encontrar duas coisas em que a religião não é má: as tocatas de Bach e as freiras que vivem na sua rua. Para ajudar o Ludwig – e muitos outros - a encontrar outras coisas boas que se fazem em nome da religião – institucionalmente, e não apenas com base nos sentimentos religiosos subjectivos – vou continuar a série de posts que intitulei “o desconhecimento faz mal”, ou “o desconhecimento é mau”.
O Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS – Jesuit Refugee Service), é uma organização internacional da Igreja Católica, fundada em 1980, sob responsabilidade da Companhia de Jesus. O JRS tem como missão «Acompanhar, Servir e Defender» os refugiados, deslocados à força e todos os migrantes em situação de particular vulnerabilidade.
JRS PORTUGAL
Em Portugal, o JRS foi criado em 1992, e até finais dos anos 90 funcionou essencialmente como uma plataforma de conhecimento e informação sobre matérias relacionadas com as leis de asilo e de imigração.
A partir de 1998, o JRS Portugal assumiu uma intervenção mais directa com a população migrante e desde então tem vindo a desenvolver actividades e projectos nas seguintes áreas:
Apoio social, nomeadamente através da intervenção com migrantes em situação de grande vulnerabilidade social / Apoio psicológico e aconselhamento / Apoio jurídico / Encaminhamento e apoio à integração social (CLAII) e à Inserção profissional (GIP) de imigrantes / Apoio a Imigrantes Qualificados / Alojamento de migrantes sem-abrigo, em situação de particular vulnerabilidade social (Centro Pedro Arrupe) / Apoio médico e medicamentoso / Cursos de Língua Portuguesa para imigrantes / Acções de formação nas áreas da promoção dos direitos humanos, promoção do diálogo intercultural e inter-religioso e educação para o desenvolvimento / Apoio psicossocial a migrantes em situação de detenção
Para além da sua forte actuação na área da integração de imigrantes, o JRS-Portugal desenvolve acções de Advocacy, baseadas na reflexão sobre a acção no terreno, quer a nível nacional, quer a nível internacional. São exemplos deste trabalho a organização de eventos dedicados ao debate e à defesa dos direitos humanos dos migrantes, nomeadamente dos requerentes de asilo e migrantes irregulares em situação de detenção e dos migrantes destituídos de direitos
JRS NA EUROPA
O trabalho no terreno coloca o JRS como uma das poucas organizações especializadas em migrações que possui delegações e pontos de contacto em 14 países europeus, incluindo Estados como Malta, Eslovénia, Roménia e Polónia.
Para além de uma forte componente de Advocacy, o apoio prestado pelo JRS na Europa inclui: acompanhar migrantes em centros de detenção; providenciar apoio jurídico a requerentes de asilo e imigrantes irregulares; prestar apoio psicológico aos migrantes em situação de maior vulnerabilidade; acompanhar espiritualmente migrantes detidos; e providenciar alimentação e alojamento a migrantes destituídos.
JRS NO MUNDO
Actualmente, o JRS está presente em cerca de 50 países, prestando apoio em situações de emergência social, e nas áreas da saúde, educação, empregabilidade, entre outras. É prioridade do JRS estar onde mais ninguém está e onde faz mais falta. Em 2009, foram acompanhados pelo JRS cerca de 500 000 migrantes em todo o mundo. Para concretizar este trabalho, o JRS conta com cerca de 1400 colaboradores, muitos dos quais voluntários, que se dedicam a esta causa e Missão.
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o desconhecimento faz mal (5)
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