Os Católicos e Cristãos em geral estão percebendo a Estratégia Gramsciana para desqualifica-los perante a Sociedade ?





ENTENDENDO A ESTRATÉGIA GRAMSCIANA

Revoluções passivas são processos de revolução sem revolução em que as elites políticas das classes dominantes se apropriam total ou parcialmente da agenda dos setores subalternos, cooptando suas lideranças, afastando outras, em uma estratégia de conservar-mudando, tal como nas palavras de um personagem do romance O Leopardo, a obra-prima do italiano Giuseppe Lampedusa, que sentenciava ser necessário mudar para que as coisas permanecessem como estavam.

Deve-se a Antonio Gramsci a mais refinada elaboração do conceito desse processo particular de mudança social, em especial em dois textos coligidos em Cadernos do Cárcere, o dedicado ao estudo do Risorgimento.

Basicamente, o que devemos entender sobre Gramsci, é o seguinte: ninguém chega ao poder e diz “Ok, galera, essa é a nossa visão de mundo e vocês estão todos obrigados a segui-la”. Obviamente, isso não funciona.


Para remodelação da cultura (com fins políticos, como retirar os religiosos da cena pública – pois os princípios religiosos representam uma dificuldade para implantar barbaridades como aborto e etc) é necessário fases de “transição”, irregulares, onde se aproveita das brechas para deixar sua opinião aqui, fortalecer sua idéia politicamente ali, usar dos controles estatais aqui e por aí vai.

Assim, a posição política que era majoritária vai se reduzindo e reduzindo até que fique tão fraca que ninguém mais tenha coragem de defendê-la e qualquer esforço intelecutal, que vá contra o novo senso comum, possa ser completamente destruído a priori, sem discussão.

Essa é a fase da hegemonia.


Para ainda dar alguma ilusão de “liberdade” e “diversidade” nessa fase, usam-se de dois expedientes:
· 1) Reservam-se na mídia e nos partidos, dois ou três lugares para discordantes resistentes, que, pelo contraste com a a opinião esmagadora da maioria, ganham ares de excêntricos amalucados. “Como alguém ainda pode defender isso? Não pode ver que já progredimos, já passamos dessa fase?”. É um instrumento de legitimação psicológica, em que a minoria ganha a pecha de “aberração” e ajuda involuntariamente a cada vez mais pessoas adotarem a posição inversa.
· 2) Abre-se um espaço cada vez maior para falsos representantes da opinião política anterior, diluindo-a cada vez mais, até o ponto em que ela fique praticamente idêntica ao do senso comum remodelado. Por exemplo: quantas vezes não vão pedir opiniões sobre a Igreja Católica para representantes da Teologia da Libertação, como Leonardo Boff? Quantas vezes não colocam como simbolos do conservadorismos pessoas que adotam posições meramente libertárias economicamente, tendo vários e vários pontos em comum com o pensamento de esquerda em outras posições?

O próximo passo é CRIMINALIZAR os que fiquem contra o novo senso comum.

E isso já está ocorrendo em países como a Inglaterra e há projetos no Brasil, como PL 122 e PNDH-3, que tem objetivos parecidos. O cristianismo é tratado como INIMIGO pelas utopias de esquerda e está, portanto, na lista de coisas que devem ser remodeladas para ela avançar.


Como eu sempre digo: ou fazemos uma reação a altura, ou aceitamos as consequências da gramscianização no futuro.

Já passou da hora de sair da espiral do silêncio.


Se é para estudarmos os efeitos da Estratégia Gramsciana, nada melhor que esta matéria publicada na Folha, a respeito da CNBB ter criticado uma decisão que permite adoção de crianças por gays.


Segue a matéria, escrita por Johanna Nublat e Larissa Guimarães:
A adoção por casais gays, direito reconhecido em decisão inédita anteontem pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), tira da criança a possibilidade de crescer em um ambiente familiar formado por pai e mãe, afirma o padre Luiz Antônio Bento, assessor da comissão para vida e família da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Nem sempre o que é legal é moral e ético, afirma ele. “Cremos que a questão da adoção por casais homossexuais fere o direito da criança de crescer nessa referência familiar.” Para padre Bento, as crianças têm o direito de conviver com as figuras masculina e feminina no papel de pais.


A decisão do STJ tratou do caso específico de duas mulheres de Bagé (RS) e pode influenciar processos futuros. O caso será analisado pelo Supremo Tribunal Federal.

ALGUMAS OPINIÕES DIVERSAS:

1)- O pastor Paulo Freire (Foto abaixo), Petista e presidente do conselho de doutrina da igreja evangélica Assembleia de Deus, tem posição semelhante a do padre Bento. “A criança precisa da figura do pai e da mãe para entender a vida”, afirmou.Para Freire, a instituição não é contra homossexuais. “Somos contra o casamento deles.” Continua e diz que a existência de dois pais ou duas mães confunde a criança sobre as figuras tradicionais da paternidade.“Se a criança não tem um pai e vive só com a mãe, sabe, mesmo assim, o que é a figura do pai. O casal homossexual que adota, foge disso”, diz o pastor.



2)- A FEB (Federação Espírita Brasileira) discorda de que a adoção por um casal gay pode ter efeitos negativos sobre a criança. “O mais importante em termos de educação e família é o amor. Com ele, não se entra na questão da sexualidade”, disse Geraldo Campetti, diretor-executivo da FEB.

Para Campetti, o importante é a preservação da família e a formação do caráter. “O maior problema das uniões é a promiscuidade, tanto em relações entre homem e mulher quanto em relações entre pessoas do mesmo sexo.”





3)- Para Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), as críticas à decisão do STJ incitam o preconceito. “Casais de homem e mulher com filhos representam hoje 50% das famílias. Filhos criados com avó, pais e mães solteiros… todos, então, têm problemas?”, critica.


Antes de tudo, é bom que eu esclareça: eu não tenho procuração para defender a CNBB, até por que sou extremamente crítico em relação a ela, principalmente no apoio que dão a marginais (como o Movimento Sem Terra). Mas concordo com o fato de que a questão da adoção por casais homossexuais é algo passível de discussão, e nesse caso sou a favor do padre Luiz Antônio Bento, da CNBB.
Não é esse o ponto que quero discutir, e sim o fato de que deveria haver uma DISCUSSÃO,certo?
Errado !!! pois são tempos em que a estratégia gramsciana atua fortemente.

Vejam abaixo alguns comentários feitos por leitores para a matéria:

Rafael Moreira: “As crianças tem direito à terem uma infância tranquila, sem serem molestadas por padres que usam de sua autoridade e da confiança depositada neles. Essa sim, deveria ser a preocupação da CNBB, já que o problema é “dentro de casa”. Além disso, acho que eles se esqueceram que essa criança, agora adotada, já foi ABANDONADA por um pai e uma mãe. Agora, tem um lar que a tira do orfanato e dá afeto.”



Gustavo Fuentes: “A CNBB, e a Igreja Católica não tem qualquer moral para vir a público criticar a sentença proferida pelo STJ no que tange à adoção de crianças por casais homossexuais. Longe estamos de que alguma instituição mergulhada em escândalos de pedofilia venha nos dizer o que é correto e o que é errado. Talvez alguns membros do corpo religioso ainda pensem que o correto é que uma criança seja assediada e violada por um sacerdote e o crime encoberto pela alta hierarquia. Fácil é pensar que os telhados de vidro não existem e que o problema existe apenas com os outros. São os cegos, que não vêem o cisco no próprio olho, mas sim a trave no olh o do vizinho. Há quem pense que tal sentença, histórica, é um sinal dos tempos e que o “fim do mundo” está próximo, que a Humanidade está perdida e bla bla bla.”


Andrea Medeiros: “Para a Igreja Católica, em se tratando de crianças, pedofilia é permitido. Adoção, não.”


Ademilson Diniz: “A IGREJA CATÓLICA sempre na contra-mão de tudo; é incrível como eles (a Igreja) não aprendem a lição que o mundo lhes dá desde a idade média: tudo em que a Igreja põe a mão, amarga e estraga. Em nome do BEM praticam as maiores crueldades e desumanidades, somente porque acreditam em que o MODELO que eles julgam SAGRADO deve ser como um MANTO a cobrir, enlaçar e moldar a REALIDADE. É claro que uma criança deve ter a figura de um PAI e de uma MÃE. Mas, e quando estes faltam? Um lar é sempre um lar, ainda que constituído dessas uniões chamadas de “casal” à falta de uma denominação melhor. Deixar a criança abandonada nesses purgatórios que são a maioria dos abrigos? Condenar de antemão esse “casal” por atitudes deletérias com a criança, não se sabendo se tais atitudes vão acontecer ou não? Tudo em nome de “princípios”? Isso é arrogante e anti-cristão. Aliás, está na hora de a Igreja Católica se reduzir à sua cozinha e deixar a sociedade se guiar pelas LEIS dos homens porque, ao que parece, a outra Lei, a que a Igreja chama de DIVINA, até agora NÃO DEU CERTO.”






Paulo Cesar Veloso Sobrinho: “CNBB – Confederação Nacional dos Bi-chas e Bastardos. Como se a entidade tivesse o direito de fazer algum julgamento! A melhor coisa que eles poderiam fazer era sair de fininho deste contexto ou ficarem calados, pois tudo que disserem será de pleno acordo para que a justiça possa usar a pedofilia no tribunal… Será que eles são iguais ao “Mula”, cegos, mudos e surdos? As crianças estão sendo vilipendiadas por toda a sorte deste mundo, e estes centros que as abrigam mais parecemantro de covardia do destino doq eu a entidade para que nossdas crianças sejam tratadas como respeito e dedicação que elas merecem. E quando alguém se candidata a ser pai ou mãe desta ou daquela criança, a “CNBB” é do contra. A CNBB só não é contra os padres pedófilos. Nós sabemos que a união de pessoas do mesmo sexo é uma proposta bem aceita e sabemos também que quando eles querem ser pais ou mães o fazem de uma maneira maravilhosa e respeitam sempre suas crianças. Sou a favor desta opção, não tenho nada contra. Não sou homossexual e apoio a decisão permanente a que eles submetam toda a forma de amor no trato com as nossas criancinhas. Que a “CNBB” enfie a viola no saco e deixe viver quem há muito tempo merece respeito…”.





Douglas Ventura: “Que moral tem os padres p/ falar alguma coisa em relação a adoção? Afinal os padres são os maiores molestadores de crianças,eles deviam era se preocupar com os padres pedófilos isso sim,porque a situação está insustentevel. “


Cesar Henrique Oliveira: “Me parece que a igreja católica e suas entidades não estão em posição de dar, falar ou querer impor regras de moralidade a ninguem.”







Claudinei Machado Nunes: “[...] uma igreja prostituta, promíscua, com padres pilantras, pedófilos, que pagam michês com dinheiro de ofertas, cardeais vivem no maior luxo, você acha que esta tal tem direito de criticar o STJ? [...] Essa CNBB nunca apareceu na mídia para falar sobre a avalanche de acusações dos bispos e padres, agora quer dar uma de santinha, depois, ataca de galinha, é óbvio. Trabalhei numa capela em Uruguaiana, RS, o padre saia todo sábado com a mulher de um ministro da eucaristia. Você acha isso justo? Era seminarista e via com meus próprios olhos, os padres transando com os seminaristas? Você acha que eu vou confiar numa igreja com estas atitudes? Você acha que estou errado?”


CONCLUSÕES COMENTADAS:


Se vocês acompanharam todos os comentários acima já deve ter sido suficiente para perceber a tônica deles.

Embora não dê para afirmarmos que é a maioria dos postadores lá, há uma grande quantidade de leitores que:
· (a) Acham que Igreja APÓIA a pedofilia
· (b) E que a maioria dos padres é composta de pedófilos
· (c) Por isso, a Igreja NÃO TEM MORAL para opinar sobre nada

Isso tudo mesmo tendo sido mostrado aqui que a categoria profissional dos padres é uma das que menos possui casos de pedofilia relacionados a ela.

E, mesmo assim, ignorando os números, a mídia, anti-religiosa, utilizou das estratégias de Pânico Moral e Espiral do Silêncio.


O objetivo é claro: Deve-se (segundo a estratégia gramsciana) reformar o SENSO COMUM, para que, pouco a pouco, a opinião de um determinado grupo de pessoas (neste caso os religiosos, mas podem ser várias manifestações do conservadorismo), NÃO MEREÇA MAIS ATENÇÃO.

A proporção de pessoas que já caiu no engodo da mídia é bastante grande, e significa que no jogo de usar a mídia para atacar a Igreja, os anti-religiosos estão levando vantagem.

E, quando se questionava a postura da direção da Igreja Católica de extrema mansidão perante os ataques, não é que queríamos uma manifestação de ira, mas uma resposta enérgica e justa.
Se não existiu a resposta, no jogo político quem atacou já obtém a vitória. Neste jogo não é importante que o ofensor esteja com a razão, mas é fundamental para o desonesto que aquele que está sendo vilipendiado se cale.
Diante do que se vê, na manifestação de muitos leitores da Folha, qualquer um pode opinar, menos os membros da Igreja Católica. Ou seja, o objetivo maior daquele que executa um ataque de mídia está sendo conquistado. Graças à falta de ação dos responsáveis pela Igreja.

Ou os líderes da religião católica (e também das outras) começam a reagir, ou então as consequências serão graves não apenas para as instituições religiosas, mas principalmente para os seus fiéis.

Portanto, se há vários que aceitaram a propaganda e já a enraizaram em seu subconsciente, temos dois principais culpados:

1) os membros da anti-religião inseridos na mídia;

2) os líderes religiosos que não reagiram quando deveriam.
E quem vai pagar o pato em um futuro não muito distante? O povo cristão, como um todo, naturalmente. Os primeiros da lista serão os católicos, mas não serão os únicos…
Obs.: Não significa que a batalha perdida seja na questão da pedofilia discutida recentemente, mas sim no pânico moral que vem de vários anos sendo trabalhado pelos ANTE-RELIGIOSOS.





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