Profissão Solene de uma religiosa |
Certas abadessas, por exemplo, eram autênticos senhores feudais, cujas funções eram respeitadas como as dos outros senhores; administravam vastos territórios como aldeias, paróquias; algumas usavam báculo, como o bispo...
Seja mencionada, entre outras, a abadessa Heloisa, do mosteiro do Paráclito, em meados do século XII: recebia o dízimo de uma vinha, tinha direito a foros sobre feno ou trigo, explorava uma granja...
Ela mesma ensinava grego e hebraico às monjas, o que vem mostrar o nível de instrução das religiosas deste tempo, que às vezes rivalizavam com os monges mais letrados.
Pena faltar estudos mais sérios sobre o tema...É surpreendente ainda notar que a enciclopédia mais conhecida no século XII se deve a uma mulher, ou seja, à abadessa Herrade de Landsberg.
Santa Hildegarda de Bingen |
Gertrude de Helfta, no século XIII conta-nos como se sentiu feliz ao passar do estado de "romancista" ao de "teóloga".
Conforme Pedro, o Venerável, ela, em sua juventude, não sendo freira e não querendo entrar num convento, procurava, todavia, estudos muito áridos, ao invés de se contentar com a vida mais frívola de uma jovem.
Ao percorrer o ciclo de estudos preparatórios ela galgara o ciclo superior, como se fazia na Universidade.
Veio da abadia feminina de Gandersheim um manuscrito do século X contendo seis comédias, em prosa rimada, imitação de Terêncio, e que são atribuídas à famosa abadessa Hrotsvitha, da qual, há muito tempo, conhecemos a influência sobre o desenvolvimento literário nos países germânicos.
Estas comédias, provavelmente representadas pelas religiosas, são, do ponto de vista da história dramática, consideradas como prova de uma tradição escolar que terá contribuído para o teatro da Idade Média.
(Autor: Régine Pernoud, “Idade Média ‒ o que não nos ensinaram”).
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A mulher na Igreja medieval
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