Jesus nos ensina a amar

Jesus nos ensina a amar:

O grande ensinamento de Cristo é o amor. "Nisso reconhecerão todos que sois meus discípulis: se vos mardes uns aos outros". (Jo 13, 35).

Existe no coração do homem dois grandes amores que estão sempre lutando entre si: o amor de Deus e ao próximo (caridade) e o amor a nós mesmos (egoísmo). Da caridade provém: bondade, paciência, compreensão, alegria, colaboração, perdão e todas as outras virtudes. Do egoísmo se originam: inveja, ciúme, calúnia, maledicência, crítica, rancor, ódio, insatisfação, mau-humor, maldade, exploração, guerra, miséria, vingança e todos os outros vícios. Quando percebemos em nós um defeito moral, procuremos por sua causa profunda; constataremos sempre que provém do egoísmo.

Até que não soubermos "renegar a nós mesmos" não saberemos amar. O amor só é possível quando cessa o egoísmo.

Cristo não nos deu muitos mandamentos, deu-nos um só. Mas por ser um, não quer dizer que é fácil. O mandamento de amar é tão grande, que se observarmos este, observaremos todos os outros, pois todos dependem dele.

Quem ama faz bem todas as coisas, pois o amor só pode querer o bem.

Um fariseu chegando-se a Jesus, fez-lhe esta pergunta: "Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Respondeu-lhe Jesus: Ama o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento. O segundo é semelhante a este: Ama o teu próximo como a ti mesmo. A estes dois mandamentos reduz-se toda a lei e os profetas." (Mt 22, 36-40).

Toda a vida e a mensagem de Jesus resume-se nesta palavra: AMOR.

Podemos perguntar: porque existem tantos mandamentos e obrigações, se o amor compreende tudo?

Todos os mandamentos e prescrições são apenas aspectos particulares, detalhes do grande mandamento do amor.

Deus é amor e quanto mais nós transformamos nossa vida em amor, tanto mais nós nos aproximaremos dele. Esse é o plano sublime da criação.

"Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por ele. Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados. Caríssimos, se Deus assim nos amou, também nós nos devemos amar uns aos outros." (1Jo 4, 7-11)

Exigências do Amor

A maior exigência do amor é que ele não tem limites. Nunca poderemos dizer: "amei o suficiente". Muitas vezes eu posso dizer: "Fiz tudo o que pude", mas quando eu disser: "Amei tudo o que pude", estarei dizendo uma mentira.


O amor é uma estrada sem termo, sem estelas para a marcação dos quilometros.

Quem ama sabe escutar, aceitar; é fiel e leal.

O Amor escuta

Quando não amamos verdadeiramente, não damos o nosso tempo para as pessoas, porque julgamos os nossos afazeres mais importantes que as próprias pessoas.

Outras vezes estamos tão distraídos e concentrados nos nossos interesses, que ouvimos os outros, mas não os escutamos, pois estamos fechados dentro de nosso pequeno mundo.

Quem ama o outro o escuta, não por educação ou por interesse, mas o escuta verdadeiramente com amor, com alegria, por aquilo que ele é: a manifestação de Deus, uma imagem sua.

Aceitar o outro

Amar é aceitar o outro como ele é.

Jesus, sem compartilhar com o mal dos pecadores, amou-os como eram.

Todas as pessoas, por mais indígnas e desprezíveis que nos possam parecer, tem qualidades e aspectos de bem que desconhecemos. Muitas pessoas são más justamente porque foram impedidas na prática do bem ou porque ninguém as amou. Quando a pessoa se sente amada, ela se tranforma.

Todos tem aspectos positivos que nós podemos ajudar a desenvolver.

Se o homem é feito à imagem de Deus, a qual dos homens podemos virar as costas?

Amar é ser fiel, mesmo nas decepções.

Se Cristo deixasse de nos amar quando nós o decepcionamos, que seria de nós? O verdadeiro amor não tem passado, existe sempre. Aliás, o amor que termina nunca existiu verdadeiramente.

Não pode existir amor onde não há verdade.

Muitas vezes, para agradar, não somos sinceros com os nossos amigos. Porém, quando falta a verdade, podemos esttar certos de que não amamos verdadeiramente o outro, amamos a nós mesmos, e porque não queremos sofrer com a sua reação dolorosa não lhe dizemos a verdade, isso não é amor, é egoísmo.

Outras vezes deixamos de ser leais, porque se exigimos do amigo, devemos antes exigir de nós. E para que não se descubra a nossa própria mediocridade, calamos. Outro aspecto de egoísmo.

Não é fácil amar a todos indistintamente. Mas até que amamos a uns mais que a outros é o nosso egoísmo que estamos amando neles, porque quando se ama verdadeiramente não se faz distinção de pessoas. Jesus falou: "Quem amar o pai ou a mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem amar o filho ou a filha mais do que a mim, não é digno de mim" (Mt 10, 37).

O Itinerário do Amor

O amor a Deus não é um amor vago, intelectual. Ama-se a Deus, amando os irmãos. "Aquele que diz amar a Deus e não ama o seu irmão é um mentiroso." (1Jo 4, 20)

Amar a Deus é amar o próximo. "O que fizerdes a um desses meus irmãos a mim o fareis" (Mt 25, 40), falou Jesus.

Um só mandamento, uma só obrigação, um só dever: AMAR.

Amar como Jesus amou, sem fazer distinção de pessoas, mas dando preferência aos que mais precisam do nosso amor: os doentes, os pecadores, os pobres, as crianças.


Fonte: Preparação para Crisma. Diocese de Anápolis. pgs: 31, 32.

Nenhum comentário:

Arquivo