LEI ANTI PALMADAS
(Demagogia na educação)
Para iniciar o novo ano (2012), tem-se a notícia de uma das piores leis que poderia produzir a presente legislatura do Congresso Nacional: A Lei ANTI PALMADAS, aprovando o Projeto de Lei 2654/2003.
Tragicamente há de se alterar a Lei 8069/90 (ECA) ao estatuir que os adolescentes não podem ser submetidos, inclusive PELOS PAIS, à castigos físicos, ainda que com os propósitos pedagógicos.
E mais, cabe aos pais, exigir, SEM O USO DA FORÇA FÍSICA, moderada ou imoderada, que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição, pena de responderem perante as leis (Eca, Código Penal e mais).
Que absurdo!
Certa feita, há bons anos passados, meu filho Rafael aprontou belas artes. Passei-lhe na bunda o devido corretivo, dando-lhe algumas correadas. Chorou muito, mas seu comportamento melhorou. Dias depois, com uma Bíblia à mão, procurou-me, indagando: Papai, a Bíblia diz que os pais podem bater nos filhos? – Calmamente abri o Livro Sagrado e lhe mostrei: – Provérbio 13,24 – “Quem poupa a vara, odeia seu filho; quem ama, castiga-o na hora precisa.” Mostrei-lhe mais: Eclesiástico 42,2,5 e outros pontos.
O menino sorriu, abraçou-me e disse: – “Papai, pode continuar batendo!”
No exato dia de sua formatura, encontrava-me no escritório, de onde ouvia suas conversas com os amigos, igualmente formandos em Tecnologia da Informação, quando ele disse: – “Se hoje estou formando, devo ao meu pai que soube me passar, na hora certa, a correia!”
De minha parte, acredito que tenha eu sido o moleque que mais apanhou dos pais, quer fosse de correias, pau de vassoura, até palmatória. Um dia, o professor bateu-me, com a pesada régua, em minhas palmas das mãos, por não ter feito a tarefa. Fui reclamar ao meu pai; ele elogiou o professor, procurando-o dias depois, mandando que batesse mais, caso merecesse.
O resultado é que estudei, e acabei por não tornar-me bandido, cujo caminho era tão certo como o nascer do sol. E nunca deixei de amar meus pais, e muito menos senti traumas ou necessitei tratamentos especializados.
Uma piada na internet mostra uma mãe batendo em seu filho que reclama, mandando-a ler o ECA, ao que ela diz que violava um artigo da lei, para não vê-lo transgredir todo um Código Penal. Sábia e exemplar verdade.
As manifestações se sucedem na internet, onde cinquenta e quatro por cento dos brasileiros foram contrários à famigerada lei que não passa de demagógica.
Dizem que lei não se discute, se cumpre! Razão porque, não prego a desobediência civil, ditando o desrespeito às leis, mas, sei, que nenhum juiz aplicará pena a algum pai que venha dar palmadas, boas palmadas nos filhos rebeldes, desobedientes, quando estiverem exercendo o seu direito à educação, eis que, acredito, que também eles, em algum momento da vida, receberam suas palmadas.
Meus filhos, hoje, são homens formados; enchem-me de alegria, mas fossem crianças, endiabrados como eram, ignoraria a lei; dava-lhes, sim, as corretivas e santas palmadas.
O Estado não pode, e não deve adentrar aos lares, exceto nos abusos, ante correções físicas imoderadas, violências que mutilem, fora daí: Palmadas neles! Ou se há de voltar à Esparta, detentora da lei, onde as crianças, ao atingirem cinco anos, passavam à propriedade do Estado? E todos sabem o que era a educação espartana.
Tal lei, falar dos pais como “agressores” e aos filhos como “vítimas”, pelo simples fato de levarem algumas palmadas na bunda, obrigando aos pais, inclusive, a tratamentos psicológicos? Isso é uma aberração, por que não dizer excrecência jurídica, dessa esdrúxula lei.
Bem diz aquela valsa: – “Mamãe, mamãe, quantas vezes te lembro com o CHINELO na mão, com o avental todo sujo de ovo. Eu queria outra vez, mamãe, começar tudo, tudo de novo.”
Ah, quando lembro-me do meu velho pai ! Ele educou-me naqueles áureos tempos que estão longe, muito longe, mas digo e repito: Ele não era portador de desequilibrado mental ou emocional, mas portador de muito amor no seu coração. Assim, só me resta agradecer-lhe:
– Obrigado, meu pai, velho, querido velho, pelas vezes que me bateu! Feliz Ano Novo, onde quer que o senhor esteja!
(Fonte – Google)
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