Lidar com o “mau comportamento”
As crianças nascem e têm que aprender a viver numa sociedade que tem determinadas regras. Estas regras existem para que a convivência entre as pessoas seja boa.
Os pais têm um papel chave na preparação da criança para a aprendizagem de capacidades sociais, como, por exemplo, tomar a perspectiva do outro, negociar e resolver problemas. Aos poucos a criança vai acumulando informação e passa a compreender aspectos como o respeito pela autoridade, a amizade, os costumes e as regras.
A disciplina é uma forma de ajudar as crianças (que não conhecem as regras da sociedade) e inserirem-se de forma adequada.
Assim, falar de disciplina é falar de regras.
Por exemplo, num jogo de futebol existe um conjunto de regras que permitem que o jogo aconteça. Quando um jogador (que não seja o guarda-redes) toca na bola com a mão, é falta, ou seja, vai sofrer um castigo. Quanto mais claras e simples forem as regras do jogo, mais fácil é a sua aprendizagem.
Na sociedade em que vivemos, é a mesma coisa. Para aprender a viver em sociedade, a criança precisa de um modelo, um adulto que lhe ensine essas regras.
Num momento ou noutro, todas as crianças mentem, tiram coisas que pertencem aos outros, agridem, gritam ou desobedecem.
- Para que uma criança se sinta motivada e interessada na escola, deve perceber que aos pais acham importantes as suas aprendizagens e dão atenção aos seus sucessos. Assim, a melhor forma de ajudar uma criança a interessar-se pelas aprendizagens escolares é acompanhando-a e dando apoio nas tarefas diárias como os T.P.C..
As crianças nascem e têm que aprender a viver numa sociedade que tem determinadas regras. Estas regras existem para que a convivência entre as pessoas seja boa.
Os pais têm um papel chave na preparação da criança para a aprendizagem de capacidades sociais, como, por exemplo, tomar a perspectiva do outro, negociar e resolver problemas. Aos poucos a criança vai acumulando informação e passa a compreender aspectos como o respeito pela autoridade, a amizade, os costumes e as regras.
A disciplina é uma forma de ajudar as crianças (que não conhecem as regras da sociedade) e inserirem-se de forma adequada.
Assim, falar de disciplina é falar de regras.
Por exemplo, num jogo de futebol existe um conjunto de regras que permitem que o jogo aconteça. Quando um jogador (que não seja o guarda-redes) toca na bola com a mão, é falta, ou seja, vai sofrer um castigo. Quanto mais claras e simples forem as regras do jogo, mais fácil é a sua aprendizagem.
Na sociedade em que vivemos, é a mesma coisa. Para aprender a viver em sociedade, a criança precisa de um modelo, um adulto que lhe ensine essas regras.
Num momento ou noutro, todas as crianças mentem, tiram coisas que pertencem aos outros, agridem, gritam ou desobedecem.
A diferença entre estes comportamentos e aquilo que os psicólogos consideram como um problema de comportamento está na gravidade dos comportamentos, na duração, na frequência, no aparecimento dos mesmos em mais do que um contexto (em casa e na escola, por exemplo) e na sua persistência através do tempo, com início numa idade muito jovem.
Há crianças que, apesar de já estarem numa etapa mais avançada do seu desenvolvimento, continuam a apresentar comportamentos como birras e desobediência.
Isso pode significar que esses comportamentos estão a ser inadequadamente reforçados, que não têm consequências e a criança está a obter o que deseja, mesmo com o mau comportamento, e por isso os comportamentos persistem.
Educar uma criança exige energia e paciência.
Energia porque algumas crianças são mais difíceis de controlar do que outras e paciência para definir a melhor forma de lidar com o comportamento no momento em que este surge, sem ser impulsivo.
A criança levou meses ou mesmo anos a desenvolver os seus comportamentos e, portanto, não é de um momento para o outro que os vai alterar.
É preciso paciência...
A aplicação de estratégias adequadas deve ser sistemática, persistente e continuada,
reforçando sempre as pequenas vitória
Há uma regra muito importante:
Separar a criança do seu comportamento!
Se o objectivo da disciplina é aumentar o bom comportamento e acabar com o mau comportamento, é para o mau comportamento que se devem dirigir os comentários, não para a criança!
Queremos acabar com o mau comportamento! ELE é o INIMIGO a abater
Não diga:
“Assim não gosto mais de ti,
diga “Não gosto que faças isso...!”.
ESTRATÉGIAS DE CONTROLO DO COMPORTAMENTO INADEQUADO
1. Reforço positivo dos comportamentos adequados
Consiste na apresentação de uma consequência positiva após um comportamento adequado. Essa consequência fortalece o comportamento e aumenta o número de vezes que ele poderá aparecer. Significa elogiar situações em que o”mau comportamento” não aparece.
O reforço positivo pode ser dado sob a forma de:
- elogios (ex.: “Muito bem, estou muito contente contigo!”)
- afecto físico (ex.: beijos, carícias, etc.)
- recompensas (ex.: ler uma história, comer pizza, chocolates, jogos, livros, brincadeiras, gelados, brinquedos, sobremesa favorita, etc.)
- Deve ser fornecido imediatamente após o comportamento adequado acontecer;
- Não deve ser combinado com uma crítica (ex.: “a cama está feita, mas já a podias ter feito logo que te levantaste e não agora!...”);
- Deve ser importante para a criança e variar ao longo do tempo;
- Devem centrar-se no comportamento adequado, de forma a aumentar a probabilidade de ele voltar a acontecer. Por exemplo: “gosto muito quando arrumas o teu quarto!”.
Assim, o comportamento que agrada aos pais foi especificado, deixando claro para a criança que terá sempre a sua aprovação ao faze-lo;
- Os elogios devem ser feitos de forma sincera;
- Os reforços não devem ser só guardados para os comportamentos excelentes, qualquer pequeno esforço que signifique uma mudança ou aproximação ao comportamento desejado
2. Usar punição moderada
Consiste num método de alteração do comportamento em que é apresentado à criança um acontecimento desagradável ou retirado um estímulo positivo (por exemplo, o brinquedo ou o programa de televisão preferido) como consequência de um comportamento inadequado. A intenção é que este comportamento diminua de frequência, duração e intensidade.
Não esquecer…
- A criança não deve ser punida por tudo o que faça de errado (o que não significa que não seja repreendida), mas pelos comportamentos considerados mais desadequados;
- Tanto a punição como as recompensas devem ser seguidas ao comportamento; períodos de tempo alargados não resultam;
- Antes de iniciar o uso da punição moderada os pais devem usar o reforço positivo dos comportamentos que querem ver repetidos pela criança. Isto irá ensinar à criança aquilo que esperam que ela faça;
- Deve ser retirado um privilégio (por exemplo, comer sobremesa) ou uma actividade preferida da criança (por exemplo, ver o programa de televisão preferido) em função do comportamento inadequado;
- A punição deve ser uma consequência do comportamento inadequado, de forma a que a criança compreenda a relação causa-efeito: “atiraste brinquedos à tua irmã, então vais ficar até amanha sem brincares com eles”.
Para as crianças os actos significam muito mais do que as palavras.
- O uso da punição deve ser consistente ao longo do tempo, ou seja, quando a criança for punida por um comportamento deve ser sempre punida quando apresenta esse mesmo comportamento;
- A punição não deve ser usada por períodos indeterminados mas sim por um período estabelecido (por exemplo, não arrumaste o teu quarto, não vês hoje o teu programa de televisão favorito). No dia seguinte a criança deve ter oportunidade de apresentar um comportamento adequado e ter uma recompensa;
- A punição deve ser suficientemente desagradável para que a criança se sinta motivada para alterar o seu comportamento;
- Não deve ser aplicado sempre o mesmo tipo de punição, pois estas perdem o seu efeito com o passar do tempo.
- Um tipo de punição muito eficaz é a “pausa”.
Há crianças que, apesar de já estarem numa etapa mais avançada do seu desenvolvimento, continuam a apresentar comportamentos como birras e desobediência.
Isso pode significar que esses comportamentos estão a ser inadequadamente reforçados, que não têm consequências e a criança está a obter o que deseja, mesmo com o mau comportamento, e por isso os comportamentos persistem.
Educar uma criança exige energia e paciência.
Energia porque algumas crianças são mais difíceis de controlar do que outras e paciência para definir a melhor forma de lidar com o comportamento no momento em que este surge, sem ser impulsivo.
A criança levou meses ou mesmo anos a desenvolver os seus comportamentos e, portanto, não é de um momento para o outro que os vai alterar.
É preciso paciência...
A aplicação de estratégias adequadas deve ser sistemática, persistente e continuada,
reforçando sempre as pequenas vitória
Há uma regra muito importante:
Separar a criança do seu comportamento!
Se o objectivo da disciplina é aumentar o bom comportamento e acabar com o mau comportamento, é para o mau comportamento que se devem dirigir os comentários, não para a criança!
Queremos acabar com o mau comportamento! ELE é o INIMIGO a abater
Não diga:
“Assim não gosto mais de ti,
diga “Não gosto que faças isso...!”.
ESTRATÉGIAS DE CONTROLO DO COMPORTAMENTO INADEQUADO
1. Reforço positivo dos comportamentos adequados
Consiste na apresentação de uma consequência positiva após um comportamento adequado. Essa consequência fortalece o comportamento e aumenta o número de vezes que ele poderá aparecer. Significa elogiar situações em que o”mau comportamento” não aparece.
O reforço positivo pode ser dado sob a forma de:
- elogios (ex.: “Muito bem, estou muito contente contigo!”)
- afecto físico (ex.: beijos, carícias, etc.)
- recompensas (ex.: ler uma história, comer pizza, chocolates, jogos, livros, brincadeiras, gelados, brinquedos, sobremesa favorita, etc.)
- Deve ser fornecido imediatamente após o comportamento adequado acontecer;
- Não deve ser combinado com uma crítica (ex.: “a cama está feita, mas já a podias ter feito logo que te levantaste e não agora!...”);
- Deve ser importante para a criança e variar ao longo do tempo;
- Devem centrar-se no comportamento adequado, de forma a aumentar a probabilidade de ele voltar a acontecer. Por exemplo: “gosto muito quando arrumas o teu quarto!”.
Assim, o comportamento que agrada aos pais foi especificado, deixando claro para a criança que terá sempre a sua aprovação ao faze-lo;
- Os elogios devem ser feitos de forma sincera;
- Os reforços não devem ser só guardados para os comportamentos excelentes, qualquer pequeno esforço que signifique uma mudança ou aproximação ao comportamento desejado
2. Usar punição moderada
Consiste num método de alteração do comportamento em que é apresentado à criança um acontecimento desagradável ou retirado um estímulo positivo (por exemplo, o brinquedo ou o programa de televisão preferido) como consequência de um comportamento inadequado. A intenção é que este comportamento diminua de frequência, duração e intensidade.
Não esquecer…
- A criança não deve ser punida por tudo o que faça de errado (o que não significa que não seja repreendida), mas pelos comportamentos considerados mais desadequados;
- Tanto a punição como as recompensas devem ser seguidas ao comportamento; períodos de tempo alargados não resultam;
- Antes de iniciar o uso da punição moderada os pais devem usar o reforço positivo dos comportamentos que querem ver repetidos pela criança. Isto irá ensinar à criança aquilo que esperam que ela faça;
- Deve ser retirado um privilégio (por exemplo, comer sobremesa) ou uma actividade preferida da criança (por exemplo, ver o programa de televisão preferido) em função do comportamento inadequado;
- A punição deve ser uma consequência do comportamento inadequado, de forma a que a criança compreenda a relação causa-efeito: “atiraste brinquedos à tua irmã, então vais ficar até amanha sem brincares com eles”.
Para as crianças os actos significam muito mais do que as palavras.
- O uso da punição deve ser consistente ao longo do tempo, ou seja, quando a criança for punida por um comportamento deve ser sempre punida quando apresenta esse mesmo comportamento;
- A punição não deve ser usada por períodos indeterminados mas sim por um período estabelecido (por exemplo, não arrumaste o teu quarto, não vês hoje o teu programa de televisão favorito). No dia seguinte a criança deve ter oportunidade de apresentar um comportamento adequado e ter uma recompensa;
- A punição deve ser suficientemente desagradável para que a criança se sinta motivada para alterar o seu comportamento;
- Não deve ser aplicado sempre o mesmo tipo de punição, pois estas perdem o seu efeito com o passar do tempo.
- Um tipo de punição muito eficaz é a “pausa”.
Consiste em retirar a criança do local onde está a apresentar os comportamentos inadequados e colocá-la num local vazio de entretenimentos, de forma a interromper esses comportamentos e não ser indevidamente reforçada com a atenção das pessoas.
…Como usar a pausa?
A pausa pode ser usada quando a criança apresenta os seguintes comportamentos: agressividade, birras, provocações, comportamentos inadequados à mesa e desobediência.
Pausa: Alguns cuidados a ter em conta:
a)Seleccionar um ou dois comportamentos alvo para iniciar o uso da pausa (por exemplo, os mais graves), pois caso os pais comecem a utiliza-la para muitos comportamentos, a criança correrá o risco de passar muito tempo na pausa, o que não é adequado;
b)Escolher um local que não tenha distractores, mas que não seja assustador;
c)Num primeiro momento os pais devem pedir à criança para interromper o “mau comportamento” (pré-aviso): “Joana, pára de gritar com o bebé ou vais para a pausa”. Caso a criança não obedeça no próximo minuto, vai imediatamente para a pausa.
d)Sempre que os comportamentos seleccionados aconteçam, a criança deve ser mandada para a pausa;
e)Quando mandam a criança para a pausa, os pais devem olhar para a criança e usar um tom de voz e postura firmes: “Estou a avisar-te que se não obedeceres à mãe/ pai vais 5 minutos para a pausa”;
f)Usar imediatamente após o comportamento inadequado, sem sermões a acompanhar;
g)Não discutir com a criança enquanto estiver na pausa, ou seja, nada de discussões;
h)Os comportamentos que não são observados pelos pais não devem ser punidos com a pausa;
i)Caso tenha sido pedida uma tarefa à criança e ela não cumpra com este pedido depois de sair da pausa, deve ser usada a punição moderada (por exemplo, não brincar com os amigos naquele dia);
j)Nada que a criança faça, peça ou prometa poderá evitar que a pausa seja implementada.
k)A criança deve ficar na pausa um minuto por cada ano de idade. Exemplo: 8 anos, 8 minutos.
- Se a criança se recusar a ir para a pausa, deve ser retirado um privilégio (por exemplo, brincar com as bonecas) e este só é reobtido quando cumprir o tempo determinado em pausa.
- Se a criança sair da pausa sem permissão deve ser dado o aviso de que se não voltar terá que cumprir o triplo do tempo e que será aplicada uma punição.
Este aviso deve ser dado apenas uma vez e com um tom de voz firme. Caso ela não volte, é imediatamente punida, sem discussões.
- Se a criança desarrumar as coisas durante a pausa, insistir para que arrume tudo antes de sair da pausa.
- Depois de terminada a pausa, não repreenda, ralhe ou censure a criança. Ela já cumpriu o castigo!
3. Ignorar o mau comportamento (não prestar atenção)
Alguns comportamentos devem ser ignorados, por exemplo, birras, gritos, mau humor, choro, “queixinhas”, pendurar-se na mãe quando fala com outra pessoa, etc.
Esta estratégia só deve ser usada com comportamentos de pouca gravidade.
Os pais devem envolver-se noutras actividades, fingir que não estão a ouvir, virar as costas ou sair de perto da criança. É importante que ao ignorar não mostrem raiva ou impaciência, isso seria dar atenção ao mau comportamento.
4. Fazer pedidos de forma eficaz
Não esquecer...
- Os pais devem decidir o que realmente querem que a criança faça;
- Os pedidos devem ser apresentados de forma directa e não sob a forma de questão ou como se estivessem a pedir um favor;
- Os pedidos devem ser feitos de uma forma clara, para que a criança compreenda e obedeça.
Por exemplo, “Maria, arruma agora estes brinquedos no caixote do teu quarto” é diferente de “Tira estes brinquedos daqui.”
- Devem ser dados comandos simples e não confundir a criança;
- Os pais devem olhar directamente para a criança (não deve ser dada uma ordem na cozinha, estando a criança no quarto);
- Os elementos que distraem a criança devem ser reduzidos antes de ser feito o pedido. Por exemplo, se a criança está a jogar um jogo de computador, o pai deve dizer-lhe para desligar e depois pedir para lavar as mãos e ir para a mesa.
- Quando necessário, a criança deve repetir o pedido para os pais se certificarem que ela compreendeu o que foi pedido. A repetição correcta deve ser elogiada;
- A criança deve ser reforçada pelo comportamento de obediência e deve ser usada a punição moderada caso não obedeça.
5. Dizer não quando é preciso
Quando acharem adequado, os pais devem usar essa palavra sem medo e mantê-la até ao fim. Não é não.
Quando os pais permitem tudo à criança, impedem-na de reconhecer os seus limites e favorecem uma posição poderosa em que não tem em conta o sentimento dos outros. Saber que existem limites ajuda a criança a saber o que esperam dela e com o que pode contar.
Se a situação justificar, os pais podem explicar rapidamente porquê estão a dizer “não”, mas não devem voltar a repetir, nem entrar em discussão ou fazer discursos moralistas. Caso ela insista em pedir o que seja, devem ignorar.
6. Escolhas e consequências
Dar uma escolha à criança, ensinando-a a ter um papel activo nas suas próprias decisões e ser responsável pelo seu próprio comportamento. Por isso, é importante para a criança saber que a sua escolha terá uma consequência. Esta consequência não deve ser referida como um castigo mas como resultado da escolha que a criança fez. Além disso, a criança deve saber antecipadamente que determinado comportamento terá
determinada consequência, ou seja, não estamos a preparar armadilhas para ninguém.
Exemplo: “Se não arrumares o teu quarto não vais brincar com os primos.”
7. Primeiro..., depois...
Primeiro as tarefas que quer que a criança faça, depois as actividades que a criança gosta/ quer fazer.
É útil para implementar tarefas menos motivadoras para a criança.
Exemplo: Rui, os teus amigos estão lá fora. Podes sair logo depois de arrumar o quarto.
8. Consequências lógicas e naturais
Aquilo que aconteceria sem a intervenção de um adulto.
Exemplos:
- A criança parte o lápis a um colega, tem como consequência dar-lhe um lápis novo ou dar-lhe o dinheiro para comprar outro;
- A criança suja a mesa, limpa-a;
- A criança parte um brinquedo, fica sem ele, não lhe dão outro.
9. Trabalho extra
É importante sobretudo para comportamentos mais sérios, como mentir, roubar ou destruir propriedade.
Exemplo: se a criança mentiu, tem como consequência varrer a entrada da sala durante 10 minutos.
Esteja preparado para o “mau comportamento” aumentar.
Frequentemente, as coisas pioram uns dias
antes de começarem a melhorar.
Dê o seu melhor, seja paciente e persistente.
E continue a não esquecer que...
- É muito importante para um desenvolvimento saudável das crianças que os pais partilhem alguns momentos de “brincadeira” com elas, isto é, disponibilizar alguns minutos diários para estar com a criança a fazer algo que ela gosta e a comunicar sem fazer críticas ou impor exigências;
- É muito importante valorizar as competências das crianças, isto é, elogiá-las e salientar que há coisas que fazem bem (ex: desenhar, cantar, jogar à bola…).
…Como usar a pausa?
A pausa pode ser usada quando a criança apresenta os seguintes comportamentos: agressividade, birras, provocações, comportamentos inadequados à mesa e desobediência.
Pausa: Alguns cuidados a ter em conta:
a)Seleccionar um ou dois comportamentos alvo para iniciar o uso da pausa (por exemplo, os mais graves), pois caso os pais comecem a utiliza-la para muitos comportamentos, a criança correrá o risco de passar muito tempo na pausa, o que não é adequado;
b)Escolher um local que não tenha distractores, mas que não seja assustador;
c)Num primeiro momento os pais devem pedir à criança para interromper o “mau comportamento” (pré-aviso): “Joana, pára de gritar com o bebé ou vais para a pausa”. Caso a criança não obedeça no próximo minuto, vai imediatamente para a pausa.
d)Sempre que os comportamentos seleccionados aconteçam, a criança deve ser mandada para a pausa;
e)Quando mandam a criança para a pausa, os pais devem olhar para a criança e usar um tom de voz e postura firmes: “Estou a avisar-te que se não obedeceres à mãe/ pai vais 5 minutos para a pausa”;
f)Usar imediatamente após o comportamento inadequado, sem sermões a acompanhar;
g)Não discutir com a criança enquanto estiver na pausa, ou seja, nada de discussões;
h)Os comportamentos que não são observados pelos pais não devem ser punidos com a pausa;
i)Caso tenha sido pedida uma tarefa à criança e ela não cumpra com este pedido depois de sair da pausa, deve ser usada a punição moderada (por exemplo, não brincar com os amigos naquele dia);
j)Nada que a criança faça, peça ou prometa poderá evitar que a pausa seja implementada.
k)A criança deve ficar na pausa um minuto por cada ano de idade. Exemplo: 8 anos, 8 minutos.
- Se a criança se recusar a ir para a pausa, deve ser retirado um privilégio (por exemplo, brincar com as bonecas) e este só é reobtido quando cumprir o tempo determinado em pausa.
- Se a criança sair da pausa sem permissão deve ser dado o aviso de que se não voltar terá que cumprir o triplo do tempo e que será aplicada uma punição.
Este aviso deve ser dado apenas uma vez e com um tom de voz firme. Caso ela não volte, é imediatamente punida, sem discussões.
- Se a criança desarrumar as coisas durante a pausa, insistir para que arrume tudo antes de sair da pausa.
- Depois de terminada a pausa, não repreenda, ralhe ou censure a criança. Ela já cumpriu o castigo!
3. Ignorar o mau comportamento (não prestar atenção)
Alguns comportamentos devem ser ignorados, por exemplo, birras, gritos, mau humor, choro, “queixinhas”, pendurar-se na mãe quando fala com outra pessoa, etc.
Esta estratégia só deve ser usada com comportamentos de pouca gravidade.
Os pais devem envolver-se noutras actividades, fingir que não estão a ouvir, virar as costas ou sair de perto da criança. É importante que ao ignorar não mostrem raiva ou impaciência, isso seria dar atenção ao mau comportamento.
4. Fazer pedidos de forma eficaz
Não esquecer...
- Os pais devem decidir o que realmente querem que a criança faça;
- Os pedidos devem ser apresentados de forma directa e não sob a forma de questão ou como se estivessem a pedir um favor;
- Os pedidos devem ser feitos de uma forma clara, para que a criança compreenda e obedeça.
Por exemplo, “Maria, arruma agora estes brinquedos no caixote do teu quarto” é diferente de “Tira estes brinquedos daqui.”
- Devem ser dados comandos simples e não confundir a criança;
- Os pais devem olhar directamente para a criança (não deve ser dada uma ordem na cozinha, estando a criança no quarto);
- Os elementos que distraem a criança devem ser reduzidos antes de ser feito o pedido. Por exemplo, se a criança está a jogar um jogo de computador, o pai deve dizer-lhe para desligar e depois pedir para lavar as mãos e ir para a mesa.
- Quando necessário, a criança deve repetir o pedido para os pais se certificarem que ela compreendeu o que foi pedido. A repetição correcta deve ser elogiada;
- A criança deve ser reforçada pelo comportamento de obediência e deve ser usada a punição moderada caso não obedeça.
5. Dizer não quando é preciso
Quando acharem adequado, os pais devem usar essa palavra sem medo e mantê-la até ao fim. Não é não.
Quando os pais permitem tudo à criança, impedem-na de reconhecer os seus limites e favorecem uma posição poderosa em que não tem em conta o sentimento dos outros. Saber que existem limites ajuda a criança a saber o que esperam dela e com o que pode contar.
Se a situação justificar, os pais podem explicar rapidamente porquê estão a dizer “não”, mas não devem voltar a repetir, nem entrar em discussão ou fazer discursos moralistas. Caso ela insista em pedir o que seja, devem ignorar.
6. Escolhas e consequências
Dar uma escolha à criança, ensinando-a a ter um papel activo nas suas próprias decisões e ser responsável pelo seu próprio comportamento. Por isso, é importante para a criança saber que a sua escolha terá uma consequência. Esta consequência não deve ser referida como um castigo mas como resultado da escolha que a criança fez. Além disso, a criança deve saber antecipadamente que determinado comportamento terá
determinada consequência, ou seja, não estamos a preparar armadilhas para ninguém.
Exemplo: “Se não arrumares o teu quarto não vais brincar com os primos.”
7. Primeiro..., depois...
Primeiro as tarefas que quer que a criança faça, depois as actividades que a criança gosta/ quer fazer.
É útil para implementar tarefas menos motivadoras para a criança.
Exemplo: Rui, os teus amigos estão lá fora. Podes sair logo depois de arrumar o quarto.
8. Consequências lógicas e naturais
Aquilo que aconteceria sem a intervenção de um adulto.
Exemplos:
- A criança parte o lápis a um colega, tem como consequência dar-lhe um lápis novo ou dar-lhe o dinheiro para comprar outro;
- A criança suja a mesa, limpa-a;
- A criança parte um brinquedo, fica sem ele, não lhe dão outro.
9. Trabalho extra
É importante sobretudo para comportamentos mais sérios, como mentir, roubar ou destruir propriedade.
Exemplo: se a criança mentiu, tem como consequência varrer a entrada da sala durante 10 minutos.
Esteja preparado para o “mau comportamento” aumentar.
Frequentemente, as coisas pioram uns dias
antes de começarem a melhorar.
Dê o seu melhor, seja paciente e persistente.
E continue a não esquecer que...
- É muito importante para um desenvolvimento saudável das crianças que os pais partilhem alguns momentos de “brincadeira” com elas, isto é, disponibilizar alguns minutos diários para estar com a criança a fazer algo que ela gosta e a comunicar sem fazer críticas ou impor exigências;
- É muito importante valorizar as competências das crianças, isto é, elogiá-las e salientar que há coisas que fazem bem (ex: desenhar, cantar, jogar à bola…).
- Para que uma criança se sinta motivada e interessada na escola, deve perceber que aos pais acham importantes as suas aprendizagens e dão atenção aos seus sucessos. Assim, a melhor forma de ajudar uma criança a interessar-se pelas aprendizagens escolares é acompanhando-a e dando apoio nas tarefas diárias como os T.P.C..
João Figueiredo (Psicologo Clinico)
Fotos net
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