A educação precisa de testemunhas

A educação precisa de testemunhas:
O novo ano começa cheio de boas intenções que, para se concretizarem em acções, têm que partir de um ponto de vista justo sobre a realidade. Hoje, Pedro Lomba fala-nos da ausência de confiança, ou melhor, do clima de suspeição em que vive, particularmente, a sociedade portuguesa.
Ontem, João César das Neves tratou do uso de imagens chocantes para transmitir uma mensagem; isto que é sempre mau, assume proporções de indignidade quando se descobre que a autoria desta publicidade é uma comissão governamental para a cidadania e igualdade de género.
Como isto contrasta com o clima de boa vontade que todos proclamamos no Natal, mas que se dissolve logo nos dias seguintes.
A educação é o meio de reconstruir a confiança, mas só o consegue se for verdadeira.
Leio o que nos diz o Papa na mensagem para o dia mundial da paz que intitulou “Educar os homens para a justiça e a paz”:

A educação é a aventura mais fascinante e difícil da vida.
Educar – na sua etimologia latina educere – significa conduzir para fora de si mesmo ao encontro da realidade, rumo a uma plenitude que faz crescer a pessoa.
Este processo alimenta-se do encontro de duas liberdades: a do adulto e a do jovem. Isto exige a responsabilidade do discípulo, que deve estar disponível para se deixar guiar no conhecimento da realidade, e a do educador, que deve estar disposto a dar-se a si mesmo.
Mas, para isso, não bastam meros dispensadores de regras e informações; são necessárias testemunhas autênticas, ou seja, testemunhas que saibam ver mais longe do que os outros, porque a sua vida abraça espaços mais amplos.
A testemunha é alguém que vive, primeiro, o caminho que propõe.

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