Num clima místico, poucos meses antes da sua deportação para
Auschwitz, nasce uma das mais belas orações de Edith Stein. Um hino ao Espírito
Santo. Foi o seu “último pentecostes”.
I
Quem és tu,
Doce luz que me preenche
e ilumina a obscuridade do meu coração?
Conduzes-me como a mão de uma mãe
E se me soltasses,
não saberia nem dar mais um passo.
És o espaço que envolve todo meu ser e o encerra em si.
Se Fosse abandonado por ti
cairia no abismo do nada,
de onde tu o elevas ao Ser.
Tu, mais próximo de mim que eu mesmo
e mais íntimo que minha intimidade,
E, sem dúvida,
permaneces inalcançável e incompreensível,
E que faz brotar todo nome:
Espírito
Santo — Amor eterno!
Auschwitz, nasce uma das mais belas orações de Edith Stein. Um hino ao Espírito
Santo. Foi o seu “último pentecostes”.
I
Quem és tu,
Doce luz que me preenche
e ilumina a obscuridade do meu coração?
Conduzes-me como a mão de uma mãe
E se me soltasses,
não saberia nem dar mais um passo.
És o espaço que envolve todo meu ser e o encerra em si.
Se Fosse abandonado por ti
cairia no abismo do nada,
de onde tu o elevas ao Ser.
Tu, mais próximo de mim que eu mesmo
e mais íntimo que minha intimidade,
E, sem dúvida,
permaneces inalcançável e incompreensível,
E que faz brotar todo nome:
Espírito
Santo — Amor eterno!
Pentecost Quilt, Linda
Schmidt
Schmidt
II
Não és Tu
O doce maná
que do coração do Filho flui para o meu,
alimento dos anjos e dos bem aventurados?
Aquele que da morte à vida se elevou,
Também a mim despertou a uma nova vida
Do sono da morte.
E nova vida me doa
Dia após dia.
E um dia me cumulará de plenitude.
Vida de minha Vida.
Sim, Tu mesmo,
Espírito
Santo, – Vida Eterna!
Não és Tu
O doce maná
que do coração do Filho flui para o meu,
alimento dos anjos e dos bem aventurados?
Aquele que da morte à vida se elevou,
Também a mim despertou a uma nova vida
Do sono da morte.
E nova vida me doa
Dia após dia.
E um dia me cumulará de plenitude.
Vida de minha Vida.
Sim, Tu mesmo,
Espírito
Santo, – Vida Eterna!
III
Tu és o raio
que cai do Trono do Juiz eterno
e irrompe na noite da alma,
que nunca se conheceu a si mesma?
Misericordioso e impassível
penetras nas profundezas escondidas.
Se ela se assusta ao ver-se a si mesma,
Concedes lugar ao santo temor,
princípio de toda sabedoria
que vem do alto,
e no alto com firmeza nos unes à tua obra,
que nos faz novos,
Espírito
Santo — Raio penetrante!
Tu és o raio
que cai do Trono do Juiz eterno
e irrompe na noite da alma,
que nunca se conheceu a si mesma?
Misericordioso e impassível
penetras nas profundezas escondidas.
Se ela se assusta ao ver-se a si mesma,
Concedes lugar ao santo temor,
princípio de toda sabedoria
que vem do alto,
e no alto com firmeza nos unes à tua obra,
que nos faz novos,
Espírito
Santo — Raio penetrante!
IV
Tu és a plenitude do Espírito
e da força
com a qual o Cordeiro rompe o selo
do segredo eterno de Deus?
Impulsionados por ti
os mensageiros do Juiz
cavalgam pelo mundo
e com espada afiada separam
o reino da luz do reino da noite.
Então surgirá um novo céu
E uma nova terra,
e tudo retorna ao seu justo lugar
graças a teu alento:
Espírito
Santo — Força triunfante!
Tu és a plenitude do Espírito
e da força
com a qual o Cordeiro rompe o selo
do segredo eterno de Deus?
Impulsionados por ti
os mensageiros do Juiz
cavalgam pelo mundo
e com espada afiada separam
o reino da luz do reino da noite.
Então surgirá um novo céu
E uma nova terra,
e tudo retorna ao seu justo lugar
graças a teu alento:
Espírito
Santo — Força triunfante!
Pentecost, Alexander
Sadoyan
Sadoyan
V
Tu és o mestre construtor da catedral eterna
que se eleva da terra aos céus?
Por ti vivificadas as colunas se elevam
Para o alto e permanecem imóveis e firmes.
Marcadas com o nome eterno de Deus
se elevam para a luz
sustentando a cúpula,
que cobre, qual coroa,
a santa catedral,
tua obra transformadora do mundo,
Espírito
Santo — Mão criadora!
VITu és o mestre construtor da catedral eterna
que se eleva da terra aos céus?
Por ti vivificadas as colunas se elevam
Para o alto e permanecem imóveis e firmes.
Marcadas com o nome eterno de Deus
se elevam para a luz
sustentando a cúpula,
que cobre, qual coroa,
a santa catedral,
tua obra transformadora do mundo,
Espírito
Santo — Mão criadora!
Tu és quem criou o claro espelho,
Próximo ao trono do Altíssimo,
como um mar de cristal
aonde a divindade se contempla amando?
Tu te inclinas
sobre a obra mais bela da criação,
e resplandecente te ilumina
com teu mesmo esplendor.
E a pura beleza de todos os seres,
Unida à amorosa figura da Virgem,
tua esposa sem mancha:
Espírito
Santo — Criador do Universo!
VII
Tu és o doce canto do amor
e do santo recato,
que eternamente ressoa
diante do trono da Trindade,
e desposa consigo os sons puros de todos os seres?
A harmonia
que une os membros com a Cabeça,
onde cada um encontra feliz
o sentido secreto de seu ser,
e jubilante irradia,
livremente desprendido em teu fluir:
Espírito
Santo — Júbilo eterno!
Tu és o doce canto do amor
e do santo recato,
que eternamente ressoa
diante do trono da Trindade,
e desposa consigo os sons puros de todos os seres?
A harmonia
que une os membros com a Cabeça,
onde cada um encontra feliz
o sentido secreto de seu ser,
e jubilante irradia,
livremente desprendido em teu fluir:
Espírito
Santo — Júbilo eterno!
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