O genocídio povo arménio
O BANQUETE DA PALAVRA / José Luís Rodrigues
A Turquia não gosta. Mas a história não mente. O denominado holocausto arménio ou ainda o massacre dos arménios é, como foi chamada a matança e deportação forçada de centenas de milhares ou até mais de um milhão de pessoas de origem arménia que viviam no Império Otomano, com a intenção de exterminar a sua cultura, a economia e todas as suas raízes familiares. Tudo se passou durante o governo dos chamados Jovens Turcos de 1915 a 1917. O Papa fez referência na Basília de São Pedro a esta tragédia. A reação de Ancara não se fez esperar. Não aceitam o termo «genocídio». Porque o governo turco rejeita o termo «genocídio» organizado e nega que as mortes tenham sido intencionais.
Porém, o Papa Francisco mandado às urtigas os salamaleques hipócritas da diplomacia, proclamou alto e bom som que este foi o «primeiro genocídio do século XX». Afirmou o Papa Francisco o seguinte referindo-se às «três tragédias massivas e sem precedentes» no último século. «A primeira, que é considerada globalmente como o primeiro genocídio do século XX, atingiu o povo arménio». Chega de andarmos com eufemismos patéticos para designar a barbárie e a tragédia da humanidade. Os salamaleques diplomáticos não podem sobrepor-se ao bem dos povos e à sua dignidade. Por isso, se entendeu o Papa Francisco utilizar a palavra genocídio, que é globalmente considerada para designar este holocausto arménio fez muito bem e que se amanhe o governo turco com o seu branqueamento histórico. Está dito pelo Papa e tem toda a razão.
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