Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus

Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus:
Queridos irmãos e irmãs,
Saudações no Cristo que chegou!
Neste domingo, 01 de janeiro de 2012, a liturgia nos coloca diante de evocações diversas, ainda que todas importantes.
Celebra-se, em primeiro lugar, a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus: dogma de fé - concílio ecumênico de Éfeso – 431. Somos convidados a contemplar a figura de Maria, aquela mulher que, com o seu “sim” ao plano de Deus, nos ofereceu Jesus, o nosso libertador.
Celebra-se também o Dia Mundial da Paz. Em 1968, o Papa Paulo VI propôs aos homens de boa vontade que, neste dia, se rezasse pela paz no mundo.
Celebra-se, finalmente, o primeiro dia do ano civil: é o início de uma caminhada percorrida de mãos dadas com esse Deus que nos ama, que em cada dia nos cumula da sua bênção e nos oferece a vida em plenitude.
As leituras de hoje exploram, portanto, estas diversas coordenadas. Elas evocam esta multiplicidade de temas e de celebrações.
Na primeira leitura, sublinha-se a dimensão da presença contínua de Deus na nossa caminhada e se recorda que a sua bênção nos proporciona a vida em plenitude.
Na segunda leitura, a liturgia evoca, outra vez, o amor de Deus, que enviou o seu Filho ao encontro do homem para libertá-lo da escravidão da Lei e para torná-lo seu “filho”. É nessa situação privilegiada de “filho” livre e amado que podemos dirigir-nos a Deus e chamar-lhe “abbá” (papai).
O Evangelho narra como a chegada do plano libertador de Deus (que se tornou realidade plena no nosso mundo através de Jesus) provoca alegria e felicidade naqueles que não têm outra possibilidade de acesso à salvação: os pobres e os marginalizados. Convida-nos também a louvar a Deus pelo seu amor e a testemunhar o desígnio libertador de Deus no meio dos homens.
Maria, a mulher que proporcionou o nosso encontro com Jesus, é o modelo do crente que é sensível aos planos de Deus, que sabe ler os seus sinais na história, que aceita acolher a proposta de Deus no coração e que colabora com Deus na concretização dos planos divino de salvação para o mundo.
Diante da “boa nova” da libertação, reagimos – como os pastores – com o louvor e a ação de graças? Sabemos ser gratos ao nosso Deus pelo seu amor e pelo seu empenho em nos libertar da escravidão?
Os pastores, após terem tomado contato com o plano libertador de Deus, fizeram-se “testemunhas” desse plano. Sentimos também o imperativo do testemunho? Temos consciência de que a experiência da libertação é para ser passada aos nossos irmãos e irmãs que ainda a desconhecem?
Maria “conservava todas estas palavras e meditava-as no seu coração”. Quer dizer: ela era capaz de perceber os sinais do Deus libertador no acontecer da vida.


Por: André Carlos M. Carvalho.

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