A MISSA EXPLICADA - PARTE IV E V: Rito da Comunhão e Ritos Finais

A MISSA EXPLICADA - PARTE IV E V: Rito da Comunhão e Ritos Finais:
Rito da Comunhão

            Sendo a celebração eucarística a ceia pascal, convém que, segundo a ordem do Senhor, o seu Corpo e Sangue sejam recebidos como alimento espiritual pelos fiéis devidamente preparados. Esta é a finalidade da fração do pão e os outros ritos preparatórios, pelos quais os fiéis são imediatamente encaminhados à Comunhão.

A Oração do Senhor – Pai Nosso

          Jesus nos ensinou a chamar a Deus de Pai e assim somos convidados a rezar o Pai-Nosso. É uma oração de relacionamento e de entrega. Ao nos abrirmos ao Pai, uma profunda sensação de integridade e descanso toma conta de nós. Como cristãos, fazer a vontade do Pai é tão importante para nosso espírito quanto o alimento é para nosso corpo.
          O Pai Nosso, não é apenas uma simples fórmula de oração, nem um ensinamento teórico de doutrina. Antes de ser ensinado por Jesus, o Pai-Nosso foi vivido plenamente pelo mesmo Cristo. Portanto, deve ser vivido também pelos seus discípulos.
          Com o Pai Nosso começa a preparação para a Comunhão Eucarística.         Essa belíssima oração é a síntese do Evangelho. Para rezarmos bem o Pai Nosso, precisamos entrar no pensamento de Jesus e na vontade do Pai. Portanto, para eu comungar o Corpo do senhor na Eucaristia, preciso estar em "comunhão" com meus irmãos, que são membros do Corpo Místico de Cristo.
          O Pai Nosso é recitado de pé, com as mãos erguidas, na posição de orante. Pode também ser cantado, mas sem alterar a sua fórmula. Após o Pai Nosso na Missa não se diz amém pois a oração seguinte é continuação
            Nessa oração pede-se o pão de cada dia, que lembra para os cristãos antes de tudo o pão eucarístico, e pede-se a purificação dos pecados, a fim de que as coisas santas sejam verdadeiramente dadas aos santos. O sacerdote profere o convite, todos os fiéis recitam a oração com o sacerdote, e o sacerdote acrescenta sozinho o embolismo, (livrai-nos dos males ó Pai... etc.) que o povo encerra com a doxologia (Vosso é o Reino... etc.). Desenvolvendo o último pedido do Pai-nosso, o embolismo suplica que toda a comunidade dos fiéis seja libertada do poder do mal. O convite, a própria oração, o embolismo e a doxologia com que o povo encerra o rito são cantados ou proferidos em voz alta.

Rito da paz

            Segue-se o rito da paz no qual a Igreja implora a paz e a unidade para si mesma e para toda a família humana e os fiéis se exprimem a comunhão eclesial e a mútua caridade, antes de comungar do Sacramento.
            Quanto ao próprio sinal de transmissão da paz, seja estabelecido pelas Conferências dos Bispos, de acordo com a índole e os costumes dos povos, o modo de realizá-lo.
            Convém, no entanto, que cada qual expresse a paz de maneira sóbria e apenas aos que lhe estão mais próximos, não causando nesse momento confusão, tumulto e distração.

Fração do pão

            O sacerdote parte o pão eucarístico, ajudado, se for o caso, pelo diácono ou um concelebrante. O gesto da fração realizado por Cristo na última ceia, que no tempo apostólico deu o nome a toda a ação eucarística, significa que muitos fiéis pela Comunhão no único pão da vida, que é o Cristo, morto e ressuscitado pela salvação do mundo, formam um só corpo (1Cor 10, 17). A fração se inicia terminada a transmissão da paz, e é realizada com a devida reverência, contudo, de modo que não se prolongue desnecessariamente nem seja considerada de excessiva importância. Este rito é reservado ao sacerdote e ao diácono.
            O sacerdote faz a fração do pão e coloca uma parte da hóstia no cálice, para significar a unidade do Corpo e do Sangue do Senhor na obra da salvação, ou seja, do Corpo vivente e glorioso de Cristo Jesus. O grupo dos cantores ou o cantor ordinariamente canta ou, ao menos, diz em voz alta, a súplica Cordeiro de Deus, à qual o povo responde. A invocação acompanha a fração do pão; por isso, pode-se repetir quantas vezes for necessário até o final do rito. A última vez conclui-se com as palavras dai-nos a paz.

Comunhão

          O sacerdote prepara-se por uma oração em silêncio para receber frutuosamente o Corpo e Sangue de Cristo. Os fiéis fazem o mesmo, rezando em silêncio.
            A seguir, o sacerdote mostra aos fiéis o pão eucarístico sobre a patena ou sobre o cálice e convida-os ao banquete de Cristo; e, unindo-se aos fiéis, faz um ato de humildade, usando as palavras prescritas do Evangelho.
            É muito recomendável que os fiéis, como também o próprio sacerdote deve fazer, recebam o Corpo do Senhor em hóstias consagradas na mesma Missa. 
            Enquanto o sacerdote recebe o Sacramento, entoa-se o canto da comunhão que exprime, pela unidade das vozes, a união espiritual dos comungantes, demonstra a alegria dos corações e realça mais a índole "comunitária" da procissão para receber a Eucaristia. O canto prolonga-se enquanto se ministra a Comunhão aos fiéis. Havendo, porém, um hino após a Comunhão, encerre-se em tempo o canto da Comunhão.
            Haja o cuidado para que também os cantores possam comungar com facilidade.
            Terminada a distribuição da Comunhão, ser for oportuno, o sacerdote e os fiéis oram por algum tempo em silêncio. Se desejar, toda a assembleia pode entoar ainda um salmo ou outro canto de louvor ou hino.
           
Modo de comungar 

          Quem comunga recebendo a hóstia na mão deve elevar a mão esquerda aberta com a mão direita por baixo da esquerda, para o padre colocar a comunhão na palma da mão esquerda. O comungante imediatamente, pega a Hóstia com a mão direita e comunga ali mesmo na frente do padre ou ministro, verificando sempre se nenhuma migalha ficou na sua mão do Corpo do Senhor.   É direito do fiel receber a comunhão, caso assim deseje, direto na boca, estando para isso de pé ou de joelhos.
          Quando a comunhão é nas duas espécies, ou seja, pão e vinho é previsto nas normas  que seja dada diretamente na boca.

Pós comunhão
          Depois de comungar temos alguns preciosos minutos em que Nosso Senhor Jesus Cristo nos tem, poderíamos dizer, abraçados. Perguntemos corajosamente: Senhor, que queres que eu faça? E estejamos abertos para ouvirmos a resposta. Quantos milagres e quantas curas acontecem nesse momento em que Deus está vivo e presente em nós! É momento de ação de graças e adoração particular. Seria muito conveniente que o sacerdote e toda a equipe de celebração, incluindo os grupo de cantores, promovessem nesse momento ao menos alguns minutos de silêncio para favorecer essa ação de graças dos fiéis e deles próprios.
Oração pós-Comunhão

          Para completar a oração do povo de Deus e encerrar todo o rito da Comunhão, o sacerdote profere a oração depois da Comunhão, em que implora os frutos do mistério celebrado.
            Na Missa se diz uma só oração depois da Comunhão, que termina com a conclusão mais breve, ou seja:
            - se for dirigida ao Pai: Por Cristo, nosso Senhor;
            - se for dirigida ao Pai, mas no fim se fizer menção do Filho: Que vive e reina para sempre;
            - se for dirigida ao Filho: Que viveis e reinais para sempre.
            O povo pela aclamação Amém faz sua participação nesta oração.

RITOS FINAIS 
            Aos ritos de encerramento pertencem:
            a) breves comunicações, se forem necessárias; evitando logos avisos e longas listas de avisos. Ninguém lembra de muita coisa avisada...
            b) saudação e bênção do sacerdote, que em certos dias e ocasiões é enriquecida e expressa pela oração sobre o povo, ou por outra fórmula mais solene estabelecida no Missal Romano. A Bênção deve ser recebida com devoção e os fiéis devem permanecer inclinados para recebê-la;
            c) despedida do povo pelo diácono ou pelo sacerdote, para que cada qual retorne às suas boas obras, louvando e bendizendo a Deus;
            d) o beijo ao altar pelo sacerdote e o diácono e, em seguida, a inclinação profunda ao altar pelo sacerdote, o diácono e os outros ministros.


          É nessa hora que começa nossa missão: a de levar Deus àqueles que nos foram confiados, a testemunhar Seu amor em nossos gestos, palavras a ações.

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