Não obedecerás a dois senhores, ao Papa e ao grande timoneiro


Universidade em Pequim. Uma delas

O Partido Comunista Chinês declarou guerra ao cristianismo nas universidades porque, diz num documento de maio de 2011 mas só agora divulgado, esta religião é uma doença, “uma conspiração política para dividir e ocidentalizar a China”. O documento tem como título “Sugestões para resistir bem ao uso da religião por indivíduos estrangeiros para ser infiltrarem em institutos de ensino superior e para evitar o evangelismo nos campus universitário”. Li no “Público” de hoje, embora duvide do título do documento e do plural de campus, que deve ser campi. Entre as medidas preconizadas pelas autoridades chinesas está “aumentar a propaganda e a educação sobre a visão marxista da religião e os princípios do partido”.

Diz ainda a notícia – e nunca tinha pensado nesta perspetiva – que a China é o sétimo país do mundo em número de católicos. Não diz quantos são em número absoluto, mas diz que são 3,1 por cento da população, o que dá mais de 40 milhões de católicos para uma população de 1,3 mil milhões. (Quais os seis com mais católicos? Penso que estes: Brasil, México, EUA, Filipinas, Itália e a seguir um destes três, mas não sei qual: Espanha, França, Polónia).


Mais uma vez, o medo de os católicos, principalmente esses, obedeceram a um outro soberano, o Papa, e não ao líder da China. Como se o dilema se pusesse habitualmente.

Por outro lado, é sabido que as autoridades chinesas não querem aplicar os princípios marxistas a outros âmbitos que o das crenças, como a economia ("é glorioso enriquecer", disse o sucessor de Mao Zedong). Se quisessem, a religião cristã e concretamente a fé católica poderiam sair prejudicadas. É que a China é a maior produtora mundial de Bíblias e de imagens de Nossa Senhora de Fátima.

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