Entre o sino que geme e o mundo que não se acaba


O ano termina, mas não o mundo, sob o signo de Assis Valente. Ele compôs aquela que deve ser a mais melancólica música de Natal de todos os tempos:
Anoiteceu, o sino gemeu,

a gente ficou feliz a rezar.

Papai Noel, vê se você tem

a felicidade pra você me dar.

Eu pensei que todo mundo

fosse filho de papai Noel.

Bem assim, felicidade eu pensei

que fosse uma brincadeira de papel.

Já faz tempo que eu pedi,

Mas o meu Papai Noel não vem.

Com certeza já morreu,

ou, então, felicidade é brinquedo que não tem.
Pra quem gosta de ver a vida de um autor na sua obra (ou o contrário), lê-se aí a pista de seu destino trágico. Mas também compôs a divertida “E o mundo não se acabou”, aquela do sujeito que acredita no Calendário Maia e…
Anunciaram e garantiram

Que o mundo ia se acabar.

Por causa disso,

Minha gente lá de casa

Começou a rezar…
E até disseram que o Sol

Ia nascer antes da madrugada.

Por causa disso, nessa noite

Lá no morro

Não se fez batucada…
Acreditei nessa conversa mole,

Pensei que o mundo ia se acabar

E fui tratando de me despedir

E, sem demora, fui tratando

De aproveitar…
Beijei a boca

De quem não devia,

Peguei na mão

De quem não conhecia,

Dancei um samba

Em traje de maiô
E o tal do mundo

Não se acabou…

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Entre o sino que geme e o mundo que não se acaba

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