“A lei que legaliza o aborto da Grã-Bretanha jamais deveria ter sido aprovada”. É o que afirma o sobrinho da rainha, Lorde Nicholas Windsor, num artigo publicado no jornal britânico mais vendido, o “Daily Telegraph”. Lord Windsor, que se converteu ao catolicismo e renunciou assim ao direito ao trono, o primeiro da casa real a dar este passo depois de Charles II, em 1685, apresentou na Câmara dos Lordes os artigos de San José, um documento assinado por intelectuais que foi apresentado na semana passada na ONU e que visa impedir que o direito ao aborto seja incluído nas leis internacionais.
A posição do filho mais jovem do Duque de Kent, sobrinho da Rainha, criou alarde na Grã-Bretanha porque se trata de um membro da família do Chefe de Estado que critica viementemente uma lei do País. Na época, a conversão da mãe de Lorde Windsor, a duquesa de Kent, esposa do primo da Rainha, chocou o Reino Unido, pois é um país anglicano onde a “Igreja da Inglaterra” nasceu como igreja de Estado, de uma decisão do rei Henrique VIII que se separou de Roma, e onde uma lei impede ainda hoje que algum católico ocupe o trono. “Nasci em 1970”, escreve Lorde Windsor no “Telegraph”, “quantos não têm aquelas irmãs e aqueles irmãos que a lei deveria ter protegido!” in verbonet
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