Fé e superstição: duas realidades completamente diferentes

Fé e Superstição

Fé e superstição são duas realidades completamente diferentes. Por quê?

A fé está alicerçada nas promessas de Deus: “A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê” (Hb 11,1). Os heróis da Bíblia são apresentados como homens e mulheres que“graças a sua fé (em Deus) conquistaram reinos, praticaram a justiça, viram se realizar as promessas” (Hb 11,33).

No Catecismo da Igreja Católica, a superstição é apresentada como um pecado contra o primeiro mandamento da lei de Deus“A superstição é o desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe. Pode afetar também o culto que prestamos ao verdadeiro Deus, como por exemplo quando atribuímos uma importância de alguma maneira mágica a certas práticas, em si mesmas legítimas ou necessárias. Atribuir eficácia exclusivamente à materialidade das orações ou dos sinais sacramentais, sem levar em conta as disposições interiores que exigem, é cair na superstição” (CIC 2111).

Quanto menos uma pessoa conhece e vive o amor de Deus, tanto maior são as suas superstições. A superstição cria medo na pessoa, levando-a a confiar em coisas e não em Deus.

Católico não tem superstição!

Costume normal em nossa sociedade, a superstição, ou acreditar que algum objeto pode mudar a sua sorte, acaba influenciando as nossas vidas de tal modo que viramos escravos dela. Vou sair de casa, primeiro leio o horóscopo. Tenho problemas afetivos, vou a uma cartomante. Preciso me dar bem em alguma coisa, uso trevo de 4 folhas, figa….etc. Na verdade esquecemos de algo fundamental: Honrar a DEUS sobre todas as coisas.

Imperceptível em alguns momentos a superstição praticamente está enraizada em nossa sociedade. Às vezes nos vemos fazendo simpatias, lendo horóscopo para uma vida melhor, para conquistar alguém ou ganhar mais dinheiro. Mas a verdade é que nada disso deve ser o fio condutor de nossa vida. Veremos como todas estas superstições não devem fazer parte da vida do cristão e muito menos do católico.

Ele disse: “Se queres entrar para a Vida, guarda os mandamentos. Não matarás, não adulterarás, não roubarás, não levantarás falso testemunho, honra pai e mãe“(Mt 19,16-19).

O primeiro dos Mandamentos se refere ao amor de Deus. Jesus resumiu assim: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento” (Mt 22,37). Estas palavras seguem as do Antigo Testamento: “Escuta; Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único” (Dt 6,4-5).

Fica bem claro que o 1º mandamento condena o politeísmo e as formas de idolatria, adorar outros deuses. Vale o mesmo para a superstição, o ateísmo, a magia, o espiritismo, a idolatria. Ou qualquer forma de tentar a Deus utilizando-se de recursos para adivinhação do futuro como horóscopos, necromantes, cartomantes, quiromancia, interpretação de presságios, médiuns. O ocultismo (cf. Lv 19,31; 20,6.9.27; Dt 3,19; 18,9-14; 1Cr 10,12-13) e a feitiçaria, mesmo com a intenção de fazer o bem, são faltas graves contra os mandamentos de Deus e veemente condenado pela Igreja Católica Apostólica Romana. 
 
O católico não deve ter em casa objetos que sejam contrários a sua fé. É comum termos objetos de outras religiões como o hinduismo ou budismo, ou até mesmo de seitas satânicas. Talvez por ingenuidade aceitamos todo tipo de conselhos em como obter o que desejamos, seja dinheiro, saúde, trabalho, através de simpatias onde, ao fazer algo eu obtenho a recompensa que tanto desejo. Devemos lembrar sempre do 1º mandamento, onde Ele é minha Fortaleza, Ele é meu Porto Seguro. Nosso Deus não é um Deus de escambo, onde troca graças e bênçãos na hora que bem entendo. É preciso tomar uma decisão muito segura de não se envolver nestas práticas pois não podemos deixar que um pedaço de papel diga se devemos ou não sair de casa ou se teremos ou não sucesso em algum momento de nossa vida.

É triste ver que pessoas se afastam cada vez mais de Deus por acreditar que Ele não é o Caminho que devemos seguir.

A fé nos salva e nos conduz a Deus, mas você se pergunta. E as promessas? E os votos religiosos?

“Em várias circunstâncias o cristão é convidado a fazer promessas a Deus… Por devoção pessoal o cristão pode também prometer a Deus este ou aquele ato, oração, esmola, peregrinação, etc. A fidelidade às promessas feitas a Deus é uma manifestação do respeito devido à majestade divina e do amor para com o Deus fiel” (§2101).

“O voto, isto é, a promessa deliberada e livre de um bem possível e melhor feita a Deus, deve ser cumprido a título da virtude da religião” (CDC, cân. 1191,1)

“O voto é um ato de devoção no qual o cristão se consagra a Deus ou lhe promete uma obra boa. Pelo cumprimento de seus votos, o homem dá a Deus o que lhe prometeu e consagrou. Os Atos dos Apóstolos nos mostram S. Paulo preocupado em cumprir os votos que fizera” (Hb 9,13-14). (Cat. §2102)

 
A Igreja reconhece a validade das promessas, mas desde que sejam feitas com consciência, sem fanatismo ou superstição. O nosso Catecismo ensina também que as promessas feitas a outras pessoas devem ser cumpridas. A palavra empenhada deve ser mantida: “As promessas feitas a outrem em nome de Deus empenham a honra, a fidelidade , a veracidade e a autoridade divinas. Devem pois, em justiça, ser respeitadas. Ser-lhes infiel é abusar do nome de Deus, e de certo modo, fazer de Deus um mentiroso”(1Jo1,10) (§2147).

 O Catecismo diz que: “Atribuir eficácia exclusivamente à materialidade das orações ou dos sinais sacramentais, sem levar em conta as disposições interiores que exigem, é cair na superstição” (Mt 23, 16-22). (Cat. §2111). É o caso das medalhas de Nossa Senhora ou a medalha de São Bento, ela por si só não dá nenhuma vantagem, mas a fé dentro de quem usa é uma arma poderosa. O Catecismo ainda conclui: “A superstição é um desvio do culto que rendemos ao verdadeiro Deus. Ela mostra-se particularmente na idolatria, assim como nas diferentes formas de adivinhação e de magia“. (Cat. §2138).

A pessoa que coloca sua fé em objetos ou práticas que não são de Deus está O afrontando.Ferradura, bater três vezes na madeira, colocar vassoura atrás da porta, comer lentilhas no fim de ano, usar branco na passagem de ano, usar sal grosso para espantar o azar, trevo de 4 folhas, fitinha do Senhor do Bonfim ou Nossa Senhora Aparecida, medo de passar em baixo da escada, quebrar espelho da azar….enfim tudo que foge da fé em Deus. (Comunidade Católica)

Usar medalhas não é superstição

Nós, fiéis, temos o hábito de usar medalhas de Nossa Senhora numa corrente, à volta do pescoço, no bolso, na bolsa, etc. Essa devoção constitui, de nossa parte,um testemunho de fé, um sinal de veneração à Mãe de Deus e expressão de nossa confiança na proteção maternal da Virgem Maria.

Usar medalhas não é, pois, uma superstição. No Concílio de Trento, em 1563, a Igreja fixou o bom uso de medalhas, imagens, escapulários, lembrando aos cristãos que, é preciso que fique bem claro, quando veneramos as imagens de Cristo, da Virgem e dos Santos, não significa que colocamos nossa fé nas imagens e sim que veneramos as pessoas que elas representam. (Adf.org)

São Paulo disse: 
“Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rom 8,31)

http://devocaoefe.blogspot.com/2013/09/fe-e-supersticao-duas-realidades.html

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