Um dos peregrinos perguntou ao Dr. Bonaventura - O psiquiatra da Comissão de Inquérito - quais mudanças físicas os visionários sofriam quando estavam conversando com Jesus ou Maria. "Durante as aparições, todos os visionários entravam em um estado parecido com o do coma e seus cérebros simplesmente não recebiam qualquer informação do mundo físico.", respondeu ele. "Porém, eles estavam tão acordados quanto eu e você. Cada um deles experimentava um completo desligamento da realidade como nós a percebemos... E eu acho que esse desligamento era mais pronunciado em Segatashya.
Eu fiz todos os testes que podia para despertá-lo do seu estado extático logo que ele entrava em transe. Examinei seus nervos cranianos jogando a luz brilhante de uma lanterna médica bem dentro de seus olhos - nenhuma resposta. Examinei sua função sensorial tocando os seus pontos de reflexo com um martelo de borracha - de novo, nenhuma resposta. Belisquei todo o seu corpo, torci seus dedos quase a ponto de arrancá-los, espetei agulhas em seus braços e os torci de um modo que quase deformou seu corpo... Todo teste tinha o mesmo resultado - nenhuma resposta. Finalmente, coloquei eletrodos por todo o seu corpo, conectei os cabos a uma grande bateria e dei uma descarga de eletricidade nele - nem mesmo isso o perturbou, não teve nenhuma reação física!
Pode parecer que eu estava agindo de forma cruel, mas eu precisava ter certeza de que ele não estava fingindo!", explicou o doutor. "Se ele não estava fingindo, então nada do que eu fizesse iria afetá-lo negativamente; por outro lado, se ele estivesse fingindo, qualquer um daqueles testes teria o feito correr do palco gritando de dor. Isso nunca aconteceu. Não importa o que eu fizesse com ele, ele nem sequer se mexia.
Devo admitir que algumas vezes eu posso ter ido longe demais. Em uma ocasião, empurrei o pobrezinho pelas costas e em seguida sentei-me em cima dele com todo o meu peso. Depois coloquei minhas mãos em volta do seu pescoço e o estrangulei momentaneamente, tentando interromper o fluxo de oxigênio para o seu cérebro com o objetivo de induzi-lo a ficar inconsciente... Veja, ele não podia fingir indiferença quanto a isso. Se ele sentisse que estava sendo sufocado até a morte, seu sistema nervoso simpático teria disparado sua reação de 'luta ou fuga', e ele teria tentado lutar comigo. Mas ele apenas ficava lá no chão do palco, sorrindo e conversando com Jesus durante toda essa tortura. Por fim, um dos sacerdotes que estavam no palco correu e me derrubou no chão. 'Você ficou maluco, Bonaventure?', gritou ele. 'O que você está tentando fazer? Matar o garoto?'
Depois disso, eu fiquei completamente convencido de que Segatashya era um visionário verdadeiro, que estava vendo aparições autênticas. Eu o continuei estudando objetivamente como médico e psiquiatra, mas a minha tomada de notas ganhou uma função adicional: eu queria preservar um registro histórico do que estava acontecendo em Kibeho."
ILIBAGIZA, Immaculée. O menino que conheceu Jesus. Campinas-SP: Ecclesiae, 2013. p. 130-131.
http://anjosdeadoracao.blogspot.com/2013/09/provas-de-que-segatashya-nao-estava.html
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