A Noção Católica de Beleza




Foi durante o Renascimento que, pela primeira vez o "artesão" se diferenciou do "artista plástico" (por exemplo, Michelangelo, Da Vinci e Rafael). O artista plástico era agora reconhecido como o formador do "belo" em vez de o artesão ou artífice, que era dedicado a fazer o que poderia ser usado por aqueles que tinham um trabalho a fazer. A "beleza" e suas leis tornaram-se domínio exclusivo do pintor, escultor ou músico.

De lá para cá, temos experimentado uma progressiva diminuição, um estreitamento, um enfraquecimento do conceito de "belo". Na verdade, a única vez que a palavra é usada hoje em dia, principalmente por mulheres, raramente por homens, é para descrever coisas para as quais não há outra palavra adequada na mente quando estão agarrando algo que é colorido, polido e brilhante.

Ao contrário do que possamos pensar em primeiro lugar, os artistas plásticos do Renascimento não ampliaram os espaços para as expressões do "belo". Na verdade, a atenção que estes artistas deram a "beleza", tornando-a algo a ser buscado estritamente por ela mesma fez com que o belo fosse cada vez mais regulado enquanto ia sendo "permitido" a emergir. A beleza, como no caso das pinturas de Da Vinci, teve de se expressar de acordo com as leis matemáticas da natureza (por exemplo, o equilíbrio matemático em seu A Última Ceia). Mesmo que Michelangelo tenha se rebelado contra esta escravidão do olhar artístico e da imaginação às leis matemáticas de proporção, ele ainda contribuiu para a exclusividade do belo, insistindo sobre a capacidade única do artista plástico ter insights sobre as formas latentes no material "informe" da matéria (por exemplo, um bloco de mármore não formado). Como ele afirma: "o maior artista não tem noção que um único bloco de mármore não contém potencialmente sua massa, mas apenas uma mão obediente à mente pode penetrar nesta imagem." 1

Depois de ver a busca da “beleza” primeiramente relegada à elite artística e aos círculos intelectuais Neo-platônicos, o Romantismo dos séculos XVIII e XIX enclausurou a "beleza" dentro do "momento" da experiência artística perseguida e possuída pelo apreciador da arte - o esteta. Soren Kierkegaard identificou esse tipo de homem como aquele que não avalia as ações, situações ou escolhas em termos de "bom" e "mau", mas sim em termos de "belo" e "feio". Sua busca na vida era conseguir experiências estéticas que poderiam ser capturadas e inseridas dentro do belo momento. A vida do esteta era um acumular-se de "momentos maravilhosos". A partir de agora, "o belo" foi colocado na categoria do subjetivo. Ao invés de ser um atributo real de coisas concretas existentes, "a beleza estava nos olhos do observador" e, para ser uma experiência válida, precisava ser anexada a uma sensação subjetiva de contentamento.

O gradual sequestro do "belo" pela elite artística e literária terminou quando essa mesma elite rejeitou violentamente o conceito de "belo" como a imposição de um padrão objetivo sobre a autonomia da mente artística, portanto, oprimindo a mente e reprimindo a originalidade e a escolha subjetiva do artista, por exemplo, no Dadaísmo [ver "Splendor of Form: Catholic Aesthetics” The Angelus, Julho, 1996, 2-9-Ed.] e Surrealismo. Desde o exílio de beleza no século passado pelas elites artísticas, ela vagueou para o reino do piegas, do sentimental, e do "agradável" [a]. Este conceito de Beleza não pode se mover, conduzir ou dominar.

Tudo é "Belo"?

Santo Tomás de Aquino diz em seu Commentary on the Divine Names [Comentário Sobre os Nomes Divinos] (IV, 5): "Não há nada que não participe do belo". Que mundo de diferença entre nossa concepção moderna e banal do belo e a riqueza de Santo Tomás de Aquino. A parte de sua frase "Não há nada..." é a ideia clássica grega de pankalia, o entendimento de que tudo que é bonito. Em outras palavras, "Ser é ser belo". Aqui devemos fazer uma distinção muito importante entre "seres" e "ser" para que possamos compreender o significado e a intenção da atribuição de Santo Tomás da beleza para toda a realidade criada e incriada.

Considerando os seres (por exemplo, cães, sapos, nuvens, arco-íris) eles podem ter atributos ligados a eles que indicam suas qualidades (por exemplo, "Fifi o cão é vicioso.": Fifi é compreendido como tendo a característica de ser vicioso), tais características não poderiam ser usadas para qualificar e distinguir 'ser". '1 '1 Ser é o atributo fundamental de todas as coisas que existem. Como "ser" tem um alcance universal, não pode ser descrito de uma forma que o restrinja (por exemplo, "doce", "faminto", ou "cansado"). Em um dia bom, Fifi pode ser "doce", mas o "ser" em que Fifi participa não pode ser "doce". É imediatamente evidente que, enquanto podemos dizer , "Fifi é doce", é absurdo dizer: "Ser é doce." Entendemos que o predicado deve ser mais abrangente do que o sujeito. "Doçura" pode aplicar-se a mais coisas do que Fifi. Considerando que se dizemos "Ser é doce" estaríamos dizendo que "coisas doces" superam essas coisas que existem e, portanto, têm ser. Isso seria um absurdo!

Mesmo que ser não seja doce, ou suave, ou redondo, podemos dizer com sinceridade que ser é belo e, portanto, que tudo o que tem de ser (ou seja, tudo o que é) também tem beleza? Se dissermos que sim, há três consequências muito importantes a seguir: 1) Se Deus é o maior exemplo de ser - na verdade, se Deus é Ser-Si Mesmo e tudo o que significa "ser" -, então Deus teria uma nova qualidade, que poderia ser eminentemente aplicada a Ele, ou seja, Beleza. 2) O universo dos seres iria adquirir uma nova perfeição, colocando para descansar a proposição niilista que diz que o universo, em si, é sem sentido e sem valor objetivo. Assim como não há nada ontologicamente mau (isto é, o mal nas raízes do seu ser), assim também as aparentes deformidades e dissonâncias no universo seriam resolvidas dentro de uma beleza resplandecente que brilhou na medida em que ficou diante do nada. 3) A perfeição da beleza em si adquiriria uma nova dignidade e objetividade, que não teria se existisse simplesmente "no olho do observador." Isto é muito importante se queremos fundamentar nossa descrição das coisas como "belas". Se os defensores da antiga Fé e Tradição devem defender a conexão intrínseca entre a arte e "o belo” - se quisermos refutar aqueles que apagam e acendem as luzes em salas vazias insistindo que isso se aplica ao seu padrão de "o belo"- devemos ser capazes de relacionar racionalmente a aparência do belo, do qual todos os homens são conscientes, a algum exemplar que revele, de forma racionalmente acessível e manifesta, o esboço do que constitui o belo.

Santo Tomás e os Nomes Divinos

O lugar nos escritos de Santo Tomás, onde ele trata diretamente toda a questão do "belo" está em seu Comentário Sobre os Nomes Divinos. O texto Os Nomes Divinos foi produzido por um monge sírio do século V conhecido como Pseudo-Dionísio. É no capítulo  4 deste texto intitulado "Sobre o Bem, Beleza, Luz, Eros, Êxtase, e Zelo", que Pseudo-Dionísio apresenta o reino do ser como uma hierarquia de bondade e de ser. Nesta hierarquia, o grau de perfeição de uma coisa depende de seu grau de participação nas qualidades possuídas (em uma maneira proeminente) pelo ser mais perfeito, isto é, Deus. Assim como a bondade e o ser pertencem a Deus e às criaturas, de uma maneira bem diferente, assim também a propriedade da beleza pertence a Deus e às criaturas, de uma maneira bem diferente. As palavras que Santo Tomás e Pseudo-Dionísio usam para descrever a beleza de Deus excluem qualquer compreensão do belo como uma forma de mera "beleza". Deus é "ser supersubstancial" e beleza "além do ser". Quando nós predicamos a qualidade da beleza de Deus, no entanto, estamos diante de uma dificuldade filosófica, que transcende a mera estética e beira o reino da metafísica. Como pode Deus e suas criaturas ser "belos", se um é auto-suficiente, ser infinito, eterno, e o outro é contingente, limitado, e em constante mudança? Estamos falando de uma maneira completamente equivocada quando aplicamos o termo "beleza" aos dois simultaneamente?

A resposta a esta questão é, naturalmente, não. Mas como a "beleza" de cada um é semelhante? Este problema filosófico só é agravado pelo fato de que, enquanto a experiência mais imediata do belo que o homem tem é o que ele experimenta com seus próprios olhos, Deus é invisível e tem em Si Mesmo nenhum contorno, nem forma, nem proporção, nem unidade de partes, os elementos que normalmente constituem a beleza de uma coisa. Como pode a beleza de Deus se assemelhar de algum modo ao esplendor sensível das formas visíveis, que tanto atraem a nossa consciência visual? A maneira mais óbvia em que podemos descobrir esta propriedade compartilhada do belo é, reconhecendo o fato básico de que a Beleza de Um é a fonte da beleza de todo o resto. Como São Tomás afirma em seu Comentário Sobre os Nomes Divinos (1,2):

Tudo o que existe vem da beleza e bondade, que são de Deus, a partir de um princípio efetivo. E todas as coisas têm o seu ser na beleza e na bondade, e as deseja como seu fim... E todas as coisas são e todas as coisas tornam-se por causa da beleza e da bondade, e todas as coisas buscam por elas, como a uma causa exemplar, que possuem como uma regra que rege suas atividades.

Aqui podemos fazer a conexão entre as nossas considerações anteriores, em que mencionamos a ideia grega antiga e medieval que tudo é belo na medida em que é, e a beleza super-eminente de Deus, Deus como Beleza-Em Si. Tudo o que existe possui beleza na medida em que sai da mão criadora de Deus. Todas as coisas são geradas na beleza. É a marca formal que o Criador coloca em todas as coisas, trazendo assim ordem e harmonia a todas as coisas, do íntimo do seu ser até a mais "superficial" das aparências externas. Para a ordem criada, todas as coisas estão reunidas em comunidade e plenitude pela beleza. Citando Santo Tomás: "É sempre assim que as criaturas que possam estar em vias de entrar em comunhão e de se unir, elas tem isso devido ao poder da beleza." 2

Não só as criaturas vêm da Beleza Divina, mas também estão motivadas para voltar à Beleza Divina pela atração da Perfeição Divina. É só Deus, perfeitamente proporcionado, perfeitamente integral, e superabundantemente radiante, que pode imprimir ordem em tudo o que Ele cria. Nada pode escapar a esta forma interior caracterizando todas as coisas. Quando o homem conforma seus atos morais à forma interior impressa nele por Deus, podemos ver a relação óbvia entre o "belo" e o racional.

Os três critérios do Belo

Como pode esse entendimento metafísico (isto é, ostensivamente "abstrato") do "belo" se relacionar com as coisas bonitas que encontramos continuamente em momentos ainda mais imediatos e apreciativos? Como pode a beleza de Deus se assemelhar, de alguma forma, a beleza de uma vasta paisagem iluminada pelo sol ou o rosto de um filho amado? Além disso, como podemos relacionar a beleza metafísica de todas as coisas que são aos corpos proporcionados e brilhantes que atraem a nossa atenção visual e psicológica?
A fim de discernir as conexões entre esses vários aspectos da beleza, devemos considerar os critérios [isto é, normas para julgar algo – Nota do Editor] pelos quais os antigos julgavam se algo que viram ou ouviram era belo ou não.

Antes de considerarmos os três critérios de 1) proporção correta, 2) integridade e 3) "clareza", é preciso identificar o fato básico da experiência que nos leva ao nosso reconhecimento corporal humano do belo. Santo Tomás expressa este fato experiencial como "Diz-se que Belo é aquilo que quando visto agrada." Tal facilidade e naturalidade em lidar com as realidades da existência humana é característica de Santo Tomás. Ele faz essas declarações "comuns" como: “... nós chamamos as coisas de belas quando elas são coloridas". Santo Tomás não só revela para nós o reconhecimento de que os homens de sua época tinham pela cor simples e brilhosa, tons cálidos e iluminações brilhantes, ele também refuta aqueles que acusam a mente Medieval Católica de ser grosseira e de relegar a beleza para o domínio da abstração metafísica, afirma a concretude do belo e o imediatismo de sua atratividade para os olhos. Nós, modernos, que nos orgulhamos de nossa "atenção ao mundo real", temos dificuldade em apreciar a naturalidade e a alegria que caracterizam a declaração de Santo Tomás:

Produtos de beleza ou formosura surgem quando a claridade e a devida proporção andam juntas. Então, a beleza do corpo consiste no fato de que uma pessoa tem membros bem proporcionados, juntamente com uma certa clareza necessária de cor.3

São as qualidades de proporção correta (isto é, a relação de adequação das partes umas às outras), integridade (isto é, a relação entre as partes e a unidade do conjunto), e clareza ou esplendor (isto é, a cor radiante e uniforme) que são tão "adequadas" aos poderes conhecidos e desejados do homem que há um profundo contentamento gerado na alma humana quando um objeto de beleza é encontrado. Tal contentamento e prazer indica que há alguma conaturalidade que caracteriza o encontro entre a forma esplêndida e a apreciativa e receptiva mente humana. Como Santo Tomás afirma, a bela forma "apazigua" o apetite racional 4, é um ato extático que deixa a o interesse próprio e o conceito perverso para trás no jeito arrebatador da forma e ordem que marcam "o belo". Ela traz paz e contentamento à alma por que o homem tem atração pelo que está de acordo com a perfeição na Mente Divina da qual ele também saiu. O olhar momentâneo que "captura" a beleza e o esplendor de uma forma visível dela se afasta com lágrimas de alegria a fim de que ela fique residindo em forma perfeita libertando o coração, incentivando o homem a buscar o que ainda não pode ser alcançado. É um anseio tranquilo, choroso, pelo paraíso perdido ou pela visão celeste ainda a ser adquirida.

Mas o que é mais animador para nós viajantes do que as lágrimas é o fruto do "belo". Estas são lágrimas de esperança, pois nenhum homem chora por aquilo pelo qual ele está em desespero. Talvez possamos dizer então que quando a beleza e as lágrimas se encontram a essência de nossas vidas humanas é expressa.

A beleza do Filho

Não é sem razão que Santo Tomás trata mais amplamente os três critérios para julgar a beleza das coisas em um artigo na Summa Theologica dedicado à pergunta: "Os Santos Doutores Atribuíram Corretamente os Atributos Essenciais a Cada uma das Pessoas Divinas?" No decorrer deste artigo sobre a "atribuição" das qualidades de cada uma das Pessoas divinas, Santo Tomás afirma que a beleza é uma qualidade que é mais adequadamente atribuída a Deus Filho. O Filho é a beleza de Deus, Ele é Beleza-Em Si.

Ao aplicar o critério da proporção correta a Deus Filho, Santo Tomás indica que não estamos a pensar na proporção correta somente em termos de forma simétrica das partes, mas também num sentido mais profundo, mais intelectual... No Filho encontramos "clareza" no mais alto grau, porque Ele é uma imagem clara do Pai. Além disso, podemos encontrar proporção exemplar em Deus por causa da perfeita harmonia que existe entre o Seu Intelecto e Sua Vontade. Deus é, portanto, "corretamente proporcionado" em um grau preeminente.

Integridade é também aplicável em uma forma preeminente a Deus Filho. Santo Tomás diz que o Filho possui integridade, porque Ele possui a natureza completa do Pai verdadeira e perfeitamente dentro de Si mesmo. Ele é substancialmente uno com o Pai, sem qualquer confusão de Pessoa. De acordo com Santo Tomás, a integridade da forma de uma coisa pode ser violada por falta ou por excesso. [As formas das coisas são como números. Qualquer mudança, qualquer adição ou subtração, confunde a natureza das espécies e a transforma em algo diferente. - nota do Editor] Uma coisa deve ser unificada, deve ser uma, a fim de ser realmente "bela”. O que é mutilado ou caracterizado por superfluidade é, por isso mesmo, distorcido e feio.

O Esplendor da Forma e do esplendor divino

De todos os três critérios para identificar o belo, a clareza foi o que mais seduziu as mentes dos Anciães. Ao tentar explicar o que eles queriam dizer com essa característica mais extraordinária e única do "lindo", eu ofereço palavras como "luminosidade", esplendor", "brilho", "clareza da forma", ou "ser colorido". Não se pode duvidar que a luz, brilho e luminosidade foram entendidos como sendo associados com a beleza. Na verdade, eles eram a expressão específica do objeto físico bem proporcionado e harmonioso. Santo Tomás afirma que Deus, o Filho pode ter atribuído a Ele clareza uma vez que Ele é a palavra inteligível do Pai, a "luz e esplendor da mente [Divina]."

O Filho de Deus, então, é uma imagem perfeita, uma entidade adequada à Sua própria natureza, harmoniosamente de acordo com o Pai, e resplandecente com uma expressiva vida porque Ele é a Palavra - que é profundamente racional, um splendor intellectus.6

É tarefa dos Católicos libertar a realidade da "beleza" das restrições artístico-artesanais que lhe são impostas por aqueles que achavam que podiam dominá-la. Como estamos bastante longe dos gregos que falavam regularmente do kaloskagathos, ou seja, o "homem belo e bom", a vitalidade do homem de excelência moral, a "beleza" de cujas virtudes brilharam através do decoro, da nobreza, e atraente vitalidade de suas ações. É tanta beleza, forma e clareza em cada homem ou mulher que põe abaixo todas as confusões desta terra, que podem trazer lágrimas aos nossos olhos e anseio de felicidade aos nossos corações.

Todo o esforço de uma cultura verdadeira e genuína é trazer o coração humano para esses momentos de transfixão. Nós estamos perfurados e "abertos" com a lança que só pode vir de uma Fonte divina e perfeita. Uma Fonte que não teme levar o homem à exaltação. Uma Fonte que não conhece inveja. Só pode ser do Verbo, nunca a luz do homem, Quem tem encorajado a carne com a divindade que podemos esperar com certeza a efusão de graça e verdade.

Original aqui.

O autor:

Dr. Peter E. Chojnowski tem uma licenciatura em Ciência Política e outra em Filosofia pelo Christendom College. Ele também recebeu seu diploma de mestrado e doutorado em Filosofia pela Universidade de Fordham. Ele e sua esposa, Kathleen, são pais de cinco filhos. Ele ensina para a Fraternidade São Pio X, na Immaculate Conception Academy, Post Falls, ID.
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Notas:

1. Cf. Anthony Blunt, "Michelangelo's Views on Art" em Readings in Art History, vol. II, ed. Harold Spencer, p. 116.
2. Santo Tomás de Aquino, Comentário sobre os Nomes Divinos, I, 2.
3. Santo Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, Q.39, art. 8.
4. ST, I-II, Q.27, art. I, ad 3.
5. ST, I, Q.39, art. 8.
6. ST, I, Q.5, art. 5.
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Notas da tradutora:
[a] No original “pretty”, que muitas vezes é traduzido como “bonito”. Mas o sentido do termo é “agradável”, “adorável”, “atraente”. 

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